quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O que é Suportabilidade Elétrica!

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Escrevi este artigo, como parte informativa no Fórum PC´s, fechado recentemente.

Nossos equipamentos deveriam suportar mais aos distúrbios da rede elétrica conforme normas, no entanto, o que prolifera é o uso de supressores, estabilizadores e filtros.
Entenda um pouco mais do que é suportabilidade elétrica.



De uma forma singela poderíamos dizer que é a capacidade de uma estrutura ou equipamentos suportarem eventos eletromagnéticos dentro das especificações vigentes. ´

Porque isso é importante;

É importante para determinar a vida útil de equipamentos, o MTBF ("Mean Time Between Failures") ou período médio entre falhas é um valor atribuído a um determinado dispositivo ou aparelho para descrever a sua confiabilidade.

O uso de equipamentos complementares em determinadas aplicações é justamente para manter os dados normalizados dentro destas especificações. Portanto, proteções, estabilizadores e No-breaks são dispositivos que visam compatibilizar equipamentos sensíveis aos distúrbios elétricos, a dados definidos em normas e, em última análise, a garantia funcional.

Obviamente que o tema é mais complexo quando envolve tensões disrupitivas. Muitas vezes não se sabe porque as câmaras de extinção de arco em disjuntores, contatores, chaves seccionadoras. Não se sabe porque o desenho de um isolador para operar ao tempo e atuar normalmente em meio a tempestades é daquele jeito, em gomos. Fusíveis especias para operar em determinadas circunstancias, rompendo quando atuado sem gerar danos ao equipamento. Aqui cabe um parentese, em CC, o fusível é tão diferente da aplicação em CA que muita gente não se da por conta, quando troca um fusível destes que é muito caro por outro comum. Depois quando ocorre uma explosão , abertura de arcos e danos nos equipamentos é que vai ver a burrada.

As paredes das subestações são o dobro em espessura e, algumas até construídas em concreto com armadura de ferro e porque isso ? Um assunto para se discutir no futuro, por hoje, nos dedicaremos aos equipamentos propostos no inicio.
Complemento estes dados com o estudo abaixo;

De um estudo da COELBA, feito pelos Eng. Rogério Salles, e Eng. Cleuber Sobreira Lactec.

Pincei os seguintes dados do estudo realizado por eles;

“Fabricantes;

Assistências Técnicas;

Cumprimento dos Padrões da ABNT;

Reduzir a Assimetria de Informações Sobre Deveres e 

dos Consumidores;

Cumprir Legislação Vigente;

Criar através de Regulamentação, Compensação 

Administrativa Entre os Agentes do Setor pelos Danos 

Causados;


Empresas Devem Investir em Novas Tecnologias
Desenvolvimento de Metodologia Para Gestão e Avaliação de Danos Elétricos

Pesquisar os tipos de eventos eletromagnéticos mais comuns nas linhas de distribuição de energia da COELBA: possíveis causas, amplitudes, freqüência e outras características;

Pesquisar os eventos eletromagnéticos existentes na rede de distribuição como resultado da ruptura de elos fusíveis de proteção, desligamento e religamento manual de chaves-fusível, religamentos automáticos e outros eventos;


Pesquisar o envelhecimento e a suportabilidade elétrica de equipamentos eletrodomésticos de consumidores através da realização de ensaios em laboratório que reproduzam os eventos coletados por meio das medições em campo.

Desenvolvimento de Metodologia Para Gestão e Avaliação de Danos Elétricos

Avaliar o envelhecimento e a suportabilidade elétrica dos equipamentos eletrodomésticos de consumidores sob elevada incidência de salinidade;

 Desenvolver um sistema computacional que permita à COELBA a criação de um banco de dados sobre ressarcimentos, possuindo elementos estatísticos que permitam à companhia o cruzamento de informações passadas e os resultados das medições e ensaios realizados neste projeto para a determinação da procedência de novas reclamações. “

Estes dados são importantes até para que a concessionária ressarça os usuários de danos nos equipamentos domésticos perante eventos na rede elétrica. Como sabemos se ocorrer queima de equipamentos por problemas na rede elétrica a concessionária terá que ressarcir o usuário. No entanto qual a sensibilidade destes equipamentos?
Por isso a suportabilidade elétrica é importante para quer um determinado equipamento suporte as agruras da nossa rede de distribuição.

Nos equipamentos profissionais, isso já mais raro em face de normas especifica e testes de aceitação. Um deles é a isolação medida em M ohms e a outra a rigidez dielétrica (aplicação de uma tensão de até 3 vezes a de trabalho entre a entrada e massa, entrada contra saída e saída contra massa).
Em transformadores de alta e extra-alta tensão até tensões impulsivas em laboratórios são aplicadas prevendo eventuais danos na queda de um raio por exemplo.

Os estudos de EMC publicados anteriormente visam compatibilizar equipamentos para operarem dentro das normas claras ligadas a suportabilidade elétrica.

Agora vejamos um caso claro do que estamos falando, estes dados da Phoenix para os níveis de proteção elétrica. Poderemos ver que no primeiro nível ou entrada, esta especificada um impulso máximo de 6 Kv. Quem determina isso para a rede alimentadora de baixa tensão? São os pára-raios colocados na média tensão que além de protegerem transformadores, cadeia de isoladores etc., já compatibiliza que na baixa o nível estará limitado.
Já no segundo nível ou alimentação dos equipamentos baixa para 4 KV. Portanto, deveria ter um protetor contra sobre tensão garantindo isso, mas normalmente não ocorre, por quê?
Já no terceiro nível, nos Cd´s de alimentação final dos equipamentos é de 1,5 Kv. Portanto todo equipamento elétrico deveria suportar estes níveis de sobre – tensão.
Com o advento dos computadores e equipamentos digitais sensíveis, tem se exigido um nível menor de sobre tensão. Aqui no Brasil a NBR 5410 define 0,8 KV para instalações monofásicas.

Portanto todo equipamento eletrônico deveria suportar estes níveis sem anormalidades, fatos que levam aos usuários o uso de estabilizadores, no-break´s , short-breaks  e protetores adicionalmente.

Um assunto muito interessante discutido pelos Engenheiros da COELBA e muito pertinente, estaríamos sendo enganados como consumidor / Eis a questão.

http://www.coelba.com.br/Sustentabilidade/Documents/relatorios/Relatorio%20de%20Sustentabilidade%202008.pdf

J.A.



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