quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Pneus que se autoconsertam estão a caminho

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Mais um interessante artigo publicado pela  Revista
Eletrônica Inovação Tecnológica  na edição de         

   29/09/2015 .        

Sem vulcanização

Pela primeira vez, químicos conseguiram fabricar
 uma borracha própria para uso em pneus sem o 
processo de vulcanização, que tem sido essencial 
para a fabric ação dos pneus infláveis desde a sua
 invenção, nos anos 1920.
A vulcanização envolve a adição de enxofre ou 
outros compostos para tornar a borracha mais
 durável mantendo sua elasticidade - durante o
processo, as cadeias poliméricas se unem por 
ligações covalentes.
O problema é que qualquer objeto cortante ou 
perfurante vai estragar o pneu e exigir um reparo 
que, ainda que permita que o pneu volte a rodar, 
nunca lhe dará de volta sua resistência original.
A borracha para pneus se une sozinha mesmo quando é totalmente seccionada. [Imagem: Amit Das et al. - 10.1021/acsami.5b05041]

Materiais autocicatrizantes
A solução foi encontrada por Amit Das e seus 
colegas das universidades de Dresden (Alemanha) e
 Tampere (Finlândia) em uma nova geração de 
materiais conhecidos como "autocicatrizantes", uma 
categoria de materiais inteligentes que se rearranja 
de forma autônoma para corrigir uma falha 
estrutural.

Agentes de ligação
Embora o processo possa ser acelerado aquecendo o
 pneu a 100º C por 10 minutos, a resistência 
máxima foi recuperada em estado de repouso depois
 de 8 dias, quando a borracha resistiu a uma tensão 
de 754 libras por polegada quadrada.
Os pesquisadores afirmam que o material poderia 
ser ainda mais reforçado pela adição de agentes de
 ligação, como a sílica ou o negro de fumo.


Artigo correlato publicado pela mesma revista em 
13/11/2012:

Pele artificial cicatriza-se em 30 minutos

Uma amostra da pele sintética é cortada com um estilete - ela recupera 75% de sua resistência e de sua condutividade elétrica originais em 15 segundos, e volta ao estado original em meia hora. [Imagem: Benjamin Tee/Chao Wang]

Pele para robôs
Primeiro a equipe da Dra. Zhenan Bao, da 
Universidade de Stanford, criou uma pele artificial 
Há cerca de um ano, o material já havia progredido 
Agora, a pele sintética não apenas é flexível e 
sensível, como também pode curar-se de um 
ferimento em poucos minutos.
É claro que não se trata ainda de uma "pele artificial"
 no sentido médico do termo - ela não tem os 
atributos necessários para um implante em um 
paciente humano.
Mas o material sintético já alcançou propriedades 
tão surpreendentes que poderá ser usado como 
pele de robôs, no revestimento de próteses 
robotizadas, ou como sensor nas mais diversas 
aplicações.
A Dra. Bao chama a nova pele artificial de "o melhor de 
dois mundos", uma vez que ela reúne a capacidade de 
autocicatrização, geralmente obtida com polímeros, com a 
condutividade de um metal, algo essencial para dar-lhe a 
sensibilidade, mas que também abre caminho para mais 
aplicações.
"Para interfacear esse tipo de material com o mundo 
digital, o ideal é ter um material que seja condutor [de
eletricidade]," disse a pesquisadora.
Ligações de hidrogênio
Tudo começa com um plástico formado por longas cadeias
 de moléculas unidas por ligações de hidrogênio - a 
atração relativamente fraca entre a região positivamente 
carregada de um átomo e a região de carga negativa de
 outro.
São essas ligações que permitem que o material adquira 
propriedade da autocicatrização. As moléculas podem 
ser separadas por uma força relativamente pequena,
 rasgando o material.
Mas, quando elas se reconectam, as ligações se
 reorganizam e restauram a estrutura do material, que não 
perde suas características originais, uma grande vantagem
 em relação a outros materiais igualmente capazes de se 
autoconsertar.
A sensibilidade da pele artificial - baseada em sua 
condutividade elétrica - é garantida pela adição de 
partículas de níquel, que também ajudam a aumentar a 
resistência do material, para que ele não se rasgue tão
 facilmente.
Autocicatrização
Para testar a capacidade de se autoconsertar da pele 
artificial, os pesquisadores foram direto ao ponto, sem 
rodeios: eles cortaram o material com um estilete.
Não foi necessário medicamento e nem mesmo curativo.
 Bastou segurar as duas partes juntas para que a pele
 sintética recuperasse 75% de sua resistência e de sua 
condutividade elétrica originais.
Esse índice se aproximou dos 100% depois de 30 minutos.
 Em comparação, ressaltam os pesquisadores, a pele 
humana leva dias para cicatrizar.
Melhor ainda, a mesma amostra foi cortada e recortada 50
 vezes no mesmo ponto, e recuperou suas propriedades 
iniciais.
Robôs e próteses robotizadas
A Dra. Bao disse que é possível melhorar a pele sintética, 
já que as partículas de níquel, importantes para tornar o 
material condutor e resistente, acabam atrapalhando o 
processo de autoconserto, que não é tão bom quanto ela
 gostaria.
Apesar disso, Benjamin Tee, que foi o grande idealizador 
do novo material, afirmou que, neste estágio, ele é 
sensível o suficiente para detectar um aperto de mão, o 
que abre o caminho para seu uso na robótica, o que inclui 
as próteses robotizadas.
Bibliografia:

An electrically and mechanically self-healing composite with pressure- and flexion-sensitive properties for electronic skin applications
Benjamin C-K. Tee, Chao Wang, Ranulfo Allen, Zhenan Bao
Nature Nanotechnology
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nnano.2012.192

Fontes:


J.A.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Concreto permeável a solução para enchentes.

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A Revista Eletrônica Olhar Digital  de 21/09/2015 , 
trouxe  esta boa notícia

A empresa britânica de materiais de construção Lafarge Tarmac desenvolveu um concreto que é capaz de absorver até 4 mil litros de água em menos de um minuto, ajudando a prevenir inundações causadas por tempestades e podendo evitar acidentes de automóveis em estradas molhadas e reduzir o aquecimento das pistas em dias quentes.
O concreto permeável se chama TOPMIX e conta com canais de drenagem incorporados, criando uma espécie de reservatório subterrâneo. "Durante períodos de aumento das temperaturas e de chuvas intensas, a água armazenada dentro do sistema evapora, criando um efeito de resfriamento que reduz a temperatura da superfície", explica a empresa.

O
conceito de concreto permeável existe há quase 60 anos, mas não é utilizado na superfície por não conseguir resistir ao tráfego de veículos. De acordo com a Lafarge, o TOPMIX não enfrenta esse problema e é ideal para áreas urbanas. A companhia afirma apenas que, em locais com temperaturas muito baixas, a água retida pode congelar, danificando o piso.

http://olhardigital.uol.com.br/noticia/concreto-permeavel-pode-ser-a-solucao-para-enchentes/51528



CONCRETO PERMEÁVEL

Dados do Site  Lafarge Tarmac


Urbanização de áreas rurais e levemente desenvolvidos cria um aumento de superfícies impermeáveis ​​devido à construção de edifícios e ao melhor infra-estrutura de apoio. Aumentos em superfícies impermeáveis ​​com os sistemas tradicionais de drenagem, guias e sarjetas ligados diretamente à superfície redes de drenagem, pode resultar em fluxos de água instantâneos elevados que podem sobrecarregar infra-estrutura existente levando ao aumento riskd de inundações flash.
Sistemas Intergrating superfícies permeáveis, pode povide uma solução para ajudar a gerenciar a água Surace, por meio de infiltração e atenuação de manter os fluxos de água naturais.
Concreto permeável pode ser parte integrante de uma solução SUDS, um inquilino chave do planejamento sustentável.
Alguns dos benefícios do betão permeável são:
  • As reduções no escoamento superficial 
  • Manter em fluxos de água natural
  • Redução do efeito de ilha de calor 
  • Ajudando a manter a qualidade da água
Para saber mais, faça o download da nossa brochura , diz o Fabricante inglês.
https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.lafargetarmac.com/&prev=search
Outras imagens de "Concreto Permeável"





Fontes:
Imagens e viíeo disponíveis na internet
J.A.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O que é Anomalia do Atlântico Sul ?

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Não passou despercebido a preocupação com a navegação aérea e orbital sobre esta região.
Em recente documentário do History Channel entre outros cita;

Anomalia do Atlântico Sul:
“Localizada perto do Brasil, essa área possui um cinturão magnético terrestre que está mais perto do centro do planeta do que outros lugares, gerando uma forte radiação que afeta os satélites e outros objetos que cruzam a área. Algumas pessoas supõem que esse fenômeno pode ter sido um dos causadores da catástrofe do vôo 447 da Air France (2009), no qual, morreram 228 pessoas.”

O Blogue CavoK Brasil ligado a informações aeronáuticas relata  dados das conversas dos pilotos momentos antes do acidente acima citado:

...“ A 1:51 hs a cabine fica iluminada por um estranho fenomeno elétrico O co-piloto no acento da direita , um jovem pouco experiente de 32 anos, Pierre- Cédric Bonin pergunta:
- O que é isso ?
O Capitão Marc Dubois, um veterna com mais de 11.000 horas de vôos diz a ele;
- Isso é fogo de São Elmo, um fenômeno que ocorre com frequência em tempestades nestas altitudes”...

... “As 2:08:07 Já sem o comandante na Cabine e entrando na tempestade Robert diz ao Co-piloto;
- Você poderia colocar um pouco a esquerda. Concordamos que estamos em manual correto ?
Bonin desvia para a esquerda e em seguida um cheiro estranho na cabine como de um transformador elétrico na cabine  e a temperatura rapidamente aumenta.
 Num primeiro momentos os jovens pilotos imaginam, ser um problema no sistema de ar condicionado, mas Robert assegura que é devido as condições do tempo ao redor.... Neste momento um alarme  soa por 2.2 segundos indicando que o piloto automático esta sendo desligado... Segue o relato até o final incluindo a entrada do comandante na cabine.

Todos esses relatos estão levando alguns pesquisadores a concluírem que alguns acidentes podem terem sido causados por estes fenômenos eletro-magnéticos como indica os links em anexo.
Segundo uma reportagem do History Channel os astronautas evitam passeios espaciais quando vão passar por esta área, então é sinal que algum risco tem.

Afinal que seria esta anomalia do Atlântico Sul.

Se trata da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, AMAS ou SAA (do inglês,South Atlantic Anomaly) é uma região onde a parte mais interna do cinturão de Van Allen tem a máxima aproximação com a superfície da Terra. O resultado é que para uma dada altitude, a intensidade de radiação é mais alta nesta região do que em qualquer outra.

A AMAS é produzida por um "mergulho" no campo magnético terrestre nesta região, causada pelo fato de que o centro do campo magnético terrestre esta deslocado em relação ao centro geográfico por 450 km.

A anomalia do Atlântico Sul afeta satélites e outras espaçonaves com órbitas a algumas centenas de quilômetros de altitude e com inclinações orbitais entre 35° e 60°. Nessas órbitas, os satélites passam periodicamente pela AMAS, ficando expostos durante vários minutos às fortes radiações que ali existem. A Internacional Space Station, orbitando com uma inclinação de 51,6 °, necessitou de um revestimento especial para lidar com o problema. O Hubble Space Telescope não faz observações enquanto está passando pela região.

A “AMAS” sofre um deslocamento para a direção oeste, cuja velocidade de deslocamento é de 0,3 ° por ano. A taxa de deslocamento é muito próxima da rotação diferencial entre o núcleo da Terra e sua superfície, estimada estar entre 0,3 ° e 0,5 ° por ano.
Campo magnético total da Terra, sobre o Brasil na área azul mais escura existe a AMAS, abreviação de Anomalia Magnética do Atlântico Sul, observar que as linhas de campo formam na região uma figura que se assemelha a cabeça de um pato, por isso é chamada "El Pato"

Posição e forma:

O cinturão de Van Allen, é simétrico em relação aos eixos magnéticos da Terra, que por sua vez é inclinado em -11 graus em relação ao eixo de rotação do nosso planeta. A intercessão entre os eixos magnéticos e de rotação, não está localizado no centro da Terra, mas sim, cerca de 500 km para o Norte. Devido a esta assimetria, a região mais interna do cinturão Van Allen, fica mais próxima a cerca de 200 km de altitude da superfície da Terra na região Sul do Oceano Atlântico, e mais afastada sobre o Norte do Oceano Pacífico.

Uma visão transversal do cinturão de Van Allen, destacando o ponto onde ocorre a AMAS.

Uma das razões para esta variação, é que se representarmos o magnetismo da Terra por uma barra magnética de pequenas dimensões, mas grande intensidade, a melhor descrição é obtida, colocando essa barra, não no centro da Terra, mas sim, a alguma distância desse centro, na direção aproximada de Singapura. Como resultado, sobre a América do Sul e o Atlântico Sul, próximo ao ponto antipodal de Singapura, o campo magnético é relativamente fraco, resultando numa menor repulsão às partículas do cinturão de radiação nessa área, e como resultado, essas partículas alcançam regiões mais baixas da atmosfera superior.

O formato da área da AMAS sofre alterações ao longo do tempo. Desde a sua descoberta em 1958,  os limites ao Sul desta área permanecem relativamente constantes, enquanto uma expansão constante tem sido registrada nos limites Norte, Noroeste, Nordeste e Leste. Além disso, a forma e a densidade das partículas variam diuturnamente, com a maior concentração de partículas ocorrendo ao meio-dia local. A uma altitude de cerca de 500 km, a área da AMAS se expande entre -50° e 0° de latitude geográfica e -90° e +40° de longitude.  A parte de maior intensidade da AMAS se desloca para Oeste à velocidade de cerca de 0,3 graus por ano. A taxa com a qual a AMAS se desloca, está bem próxima do diferencial de rotação entre o núcleo da Terra e a sua superfície, que é estimado entre 0,3 e 0,5 graus por ano.
Vídeo:

A literatura atual sobre o assunto sugere que um lento enfraquecimento do campo geomagnético, é uma das várias causas nas alterações nas fronteiras da AMAS desde a sua descoberta. Enquanto esse enfraquecimento continuar, mais a região interna do cinturão se aproxima da Terra, com a conseqüente expansão da área da AMAS em determinadas altitudes.

Sul do Brasil:

As correntes que fluem na ionosfera induzem campos elétricos em elementos metálicos de grandes extensões na superfície da Terra, tais como estradas de ferro, linhas de transmissão de alta potência, tubulações metálicas e grandes estruturas mecânicas. Durante uma tempestade geomagnética de grande magnitude, a ionização (indução) de corrente elétrica excede a centenas de ampéres e as conseqüências de tal são imprevisíveis, podendo inclusive ser catastróficas ao sistema em que fluem.

Vários institutos de pesquisas de todo planeta estão tentando desenvolver métodos de previsão das Correntes Geomagnéticas Induzidas (GICs), usando modelos físicos da magnetosfera, da ionosfera, da condutividade global e do campo magnético terrestre. A leitura pode ser obtida através de satélites que capturam dados e índices para análise. O campo elétrico e magnético na superfície pode ser desta forma determinado com antecedência, permitindo assim que um alerta de uma GIC seja calculado para redes condutoras com antecedência.

As mudanças do campo estão intimamente ligadas às variações do ciclo solar e são manifestações do clima espacial. O fato do campo geomagnético responder às condições solares pode ser útil na investigação da física terrestre. As variações magneto-energéticas, por assim dizer, podem criar certos tipos de efeitos ainda desconhecidos, mas que estão aos poucos a ser descobertos. Muitos fenômenos sem uma causa primária hoje são atribuídos diretamente às condições climático-espaciais. Existe, por exemplo, o perigo geomagnético, que pode causar danos em equipamentos e sistemas de alta tecnologia.
Deformação da magnetosfera.

O campo magnético da Terra é deformado pelo campo magnético do Sol, na interação Terra-Sol. Uma vez que explosões solares ocorrem ciclicamente, na Terra as tempestades magnéticas seguem o mesmo ciclo, devido à conexão do campo magnético do Sol com o campo magnético da Terra. A conexão magnética direta não é o estado normal do ambiente espacial. Porém, quando partículas altamente energéticas se propagam ao longo das linhas magnéticas, podem ser incorporadas à magnetosfera terrestre, gerar correntes e estando assim a fazer o campo magnético submeter-se à variação dependente do tempo.

No Sul do Brasil, no Estado do Paraná, município de Paula Freitas se localiza um Laboratório de Pesquisas em Geomagnetismo do Instituto de Aeronáutica e Espaço, IAE, ligado ao Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial, CTA, chamado Campus de Pesquisas Geofísicas Major Edsel de Freitas Coutinho, é um Campus de Pesquisas, cuja finalidade principal é o estudo da Anomalia Geomagnética do Atlântico Sul e seus efeitos em âmbito regional e global. É mantido atualmente (2007) pelas Faculdades Integradas 'Espírita', UNIBEM. O campus de pesquisas está próximo ao epicentro da Anomalia Magnética que afeta a Ionosfera, desde a Cordilheira dos Andes até a África do Sul, no sentido Oeste - Leste, e no sentido Norte - Sul, em toda a América do Sul.

Alguns efeitos da AMAS:
A AMAS é produzida por um "mergulho" no campo magnético terrestre sobre grande parte do Brasil e, por conseqüência da América do Sul. É causada pelo fato do centro do campo magnético do planeta estar deslocado em relação ao centro geográfico por 450 km, aproximadamente. A variação diurna da altura da camada ionosférica "D", associada à Anomalia Geomagnética do Atlântico Sul, é menor. O fenômeno afeta satélites artificiais com órbitas a algumas centenas de quilômetros e com inclinações orbitais entre 35 ° e 60 °. Nessas órbitas os artefatos passam periodicamente pela AMAS, ficando expostos durante vários minutos às fortes radiações que ali existem. A "Estação Internacional", orbitando com inclinação de 51,6 °, necessita de revestimento especial para suportar as fortes radiações oriundas do Sol, em especial na região da AMAS. Também o Telescópio espacial Hubble tem limitadas as observações durante sua passagem sobre o Sul do Brasil.
A AMAS sofre um deslocamento para oeste e sua velocidade é 0,3 ° por ano. A taxa de deslocamento é muito próxima da rotação diferencial entre o núcleo da Terra e sua superfície, estimada estar entre 0,3 ° e 0,5 ° por ano.

Ionosfera e Campo Magnético da Terra:

A Ionosfera é composta por camadas segundo o grau de ionização. Estas se dividem em "D", "E", "F1" e "F2". O aparecimento da camada D é ao amanhecer, acumula energia por absorção até o pôr do Sol. Na medida em que o horário avança, aumenta significativamente o número de íons, permanecendo até após o anoitecer.

A quantidade de íons na camada D atinge o pico no final da tarde, a região é a que menos refrata as ondas de rádio e praticamente não as reflete. As freqüências mais afetadas pela absorção estão situadas abaixo dos 10 MHz, portanto, quando está muito ionizada pode causar o fechamento de propagação naqueles comprimentos de onda durante o dia. Acima da camada D está a camada E e a camada E esporádica, que estão localizadas abaixo das camadas F1 e F2 (durante o dia). Sua altitude média é entre 80 km e 100 km até aproximadamente 140 km.

A camada D é rica em ruídos de baixas freqüências, que se propagam por milhares de quilômetros e podem ser utilizados para se verificar a influência da ionização do Sol. A Magnetosfera é a região definida pela interação do plasma magnetizado do Sol com a região magnetizada da Terra, em que os processos eletrodinâmicos são basicamente comandados pelo campo magnético intrínseco do planeta e sua interação com a estrela. Sua morfologia, numa visão simples, é semelhante a uma bolha comprimida na parte frontal ao fluxo estelar incidente no astro e distendida no sentido do afastamento desse fluxo. A magnetosfera terrestre, por assim dizer, apresenta a parte frontal a aproximadamente 10 raios terrestres, uma espessura de 30-50 raios terrestres e uma cauda que se alonga a mais de 100 raios terrestres. Mesmo um astro sem campo magnético pode apresentar uma magnetosfera induzida, que é conseqüência das correntes elétricas sustentadas pela ionosfera existente.

A Terra aparentemente se comporta como um dipolo perfeito onde existe a transmissão ideal de forças entre os dois pólos, porém, devida inclinação de 11,5 graus em relação ao eixo de rotação, os pólos são assimétricos. Medindo-se a intensidade do campo magnético vertical, na profundidade de 2.900 quilômetros, na interface manto-núcleo, é possível observar as variações magnéticas. Para tal foi desenvolvida uma técnica pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. Além dos pontos de fluxo reverso é possível perceber o movimento de duas colunas de convecção (representativas, que fazem parte dos modelos teóricos de geração do campo), que rotacionam em torno do eixo terrestre, influenciando na geração do campo que se observa na superfície

Seguem os principais projetos de pesquisas sobre o AMAS.
Nome
Instrumento
Data de Início
Comentário
Explorer I Satellite
31/01/1958
Quando o Cinturão de Van Allen foi descoberto
Explorer III Satellite
26/03/1958
Quando o Cinturão de Van Allen foi estudado pela 1a vez.
South Atlantic Anomaly Probe (NASA/CNAE)[7]
11/06/1968
Apoio ao Projeto Apollo
ERS-1 Satellite
17/07/1991

ERS-2 Satellite
21/04/1995

2 RBSP Satellites
30/08/2012



China anuncia programa espacial para estudar magnetosfera da Terra

Imagem divulgada pela NASA mostra o campo magnético ao redor da Terra

A Academia Chinesa de Ciências anunciou que iniciará em 2021 um programa espacial conjunto com a Agência Espacial Européia (ESA) para o lançamento de uma rede de satélites que ajude a estudar a magnetosfera da Terra.

Este projeto, chamado Smile e selecionado entre 13 propostas, procura criar imagens obtidas através de escâneres com raios-X e ultravioleta para analisar os efeitos da luz do Sol no meio ambiente terrestre e as interações entre a magnetosfera e o vento solar, informou a agência oficial "Xinhua"...


Fontes:






J.A.