FALANDO DE
GERADORES 2
Uma das
grandes preocupações das empresas é o custo da energia elétrica. Investimentos
neste sentido, no uso de equipamentos em geral de gasto energético menor, mais
eficiente, o uso de sistemas capacitivos para correção do fator de potencia e
por último o uso de geradores para não só, funcionarem como rede de emergência,
mas também, como fonte alternativa nos horários de ponta (de maior tarifação).
Este último
tema vai merecer nossa atenção.
Como
dissemos no último tópico, os fabricantes de GMG tem oferecidos novas
tecnologias que permitem que o GMG troque reativos com a rede e assuma parte da
carga. Outros que fazem a transferência de carga, paralelando momentaneamente
com a rede e da mesma forma anterior sem que ocorram cortes de energia. Existem
ainda, as velhas tecnologias que fazem transferências com cortes de energia, ou
seja, rede ou GMG.
Vamos nos
debruçar em dois problemas com relação às velhas e as novas tecnologias
observadas em clientes.
Nova
tecnologia;
Em um
cliente nosso de no-break´, ocorreu um problema de sincronismo entre o GMG e a
rede. Parece que no retorno da desta, quando o sistema foi retransferir do GMG
para a concessionária ocorreu um paralelismo fora de fase, ou melhor, fora de
sincronismo. O barulho foi grande contam alguns presentes. Ocorreram
sobre-tensões que danificaram vários equipamentos no prédio inclusive dos
no-breaks´s. O motor do GMG estourou o bloco e se danificou internamente etc.
Deduzo que
o sistema deste GMG tenha inter-travamento elétrico apenas entre os disjuntores
ou contactores de transferência. Deduzo ainda, que o sincronismo seja só por um
tipo de medição eletrônica.
Para esta
potência o normal seria que este tipo de equipamento tivesse inter-travamento
mecânico ente os disjuntores ou contactores. No entanto, como ele paralela as
fontes, este dispositivo é retirado. Então como o outro inter-travamento, o elétrico, matem o sistema seguro?
Nesta
questão, o mais importante é o sistema de sincronismo que deveria ter uma
lógica de liberação para fechamento de uma ou outra fonte. Um sistema com dois
tipos de liberação lógica de forma a bloquear qualquer transferência.
A primeira seria
uma espécie de discriminador de freqüência que abrisse uma janela de +/- 1,5 Hz
no máximo. Uma segunda proteção lógica seria pela diferença de tensão entre as
fontes, por exemplo, que não fosse maior que 15 Vac.
Porque isso
é importante?
É
importante porque existe a possibilidade de troca na seqüência de fase em
manutenções externas, por exemplo, em trabalhos da concessionária. Também podem
ocorrer em manutenções internas também. Portanto, estes dois requisitos só vão
liberar o paralelismo, quanto às duas fontes estiverem sincronizadas e com
diferenças de tensão aceitáveis para este tipo de operação.
Outro dispositivo
adicional de segurança poderia ser adicionado, seria um sensor de sobre
corrente ou curto, tripando disjuntores. Com tudo isso, evitaríamos este tipo
de acidente relatado.
Um assunto
muito preocupante em que os projetistas deveriam olhar com maior cuidado e não só
nos custos, a segurança é mais importante que tudo.
Das
velhas Tecnologias;
As velhas
tecnologias funcionam com uma ou com a outra fonte, muitas tem inter-travamentos
mecânicos estão aí funcionando há muitos anos e com muita segurança.
O reparo
que faço é os novos tipos de cargas sensíveis que estão sendo aplicados em toda
área da tecnologia.
Os novos
computadores, os novos no-breaks´s, os novos equipamentos de ar condicionados
os novos equipamentos de rádio, de transmissores, de TV enfim...
Como sabemos
um sistema predial qualquer ou industrial em plena operação com carga, quando
ela é interrompida, a energia armazenada no sistema gera sobre-tensões maiores
até que no retorno da energia por exemplo.
O que se
tem notado é que isto ocorre com maior ênfase é na saída do GMG para o retorno
da rede.
Como disse
um amigo; - É nos clec, clec dos contactores que o bixo pega.
Este curto
tempo de transferência gera uma descontinuidade energética e conseqüentemente,
um transitório de sobre-tensão danificando equipamentos.
Em um cliente,
sugeri que, junto ao CD do CPD, instalasse outro CD com contactores temporizados
no ligamento, de forma a minimizar este efeito. Adicionalmente instalasse
protetores contra sobre-tensões DPS.
Estes
dispositivos serviram para minimizar os efeitos citados e não mais foi notado
problemas com entrada deste GMG no horário de ponta.
Espero ter contribuído
com estas dicas importantes.
J.A
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