quarta-feira, 18 de setembro de 2013

FALANDO DE GERADORES 2

FALANDO DE GERADORES 2

Uma das grandes preocupações das empresas é o custo da energia elétrica. Investimentos neste sentido, no uso de equipamentos em geral de gasto energético menor, mais eficiente, o uso de sistemas capacitivos para correção do fator de potencia e por último o uso de geradores para não só, funcionarem como rede de emergência, mas também, como fonte alternativa nos horários de ponta (de maior tarifação).
Este último tema vai merecer nossa atenção.
Como dissemos no último tópico, os fabricantes de GMG tem oferecidos novas tecnologias que permitem que o GMG troque reativos com a rede e assuma parte da carga. Outros que fazem a transferência de carga, paralelando momentaneamente com a rede e da mesma forma anterior sem que ocorram cortes de energia. Existem ainda, as velhas tecnologias que fazem transferências com cortes de energia, ou seja, rede ou GMG.

Vamos nos debruçar em dois problemas com relação às velhas e as novas tecnologias observadas em clientes.

Nova tecnologia;

Em um cliente nosso de no-break´, ocorreu um problema de sincronismo entre o GMG e a rede. Parece que no retorno da desta, quando o sistema foi retransferir do GMG para a concessionária ocorreu um paralelismo fora de fase, ou melhor, fora de sincronismo. O barulho foi grande contam alguns presentes. Ocorreram sobre-tensões que danificaram vários equipamentos no prédio inclusive dos no-breaks´s. O motor do GMG estourou o bloco e se danificou internamente etc.

Deduzo que o sistema deste GMG tenha inter-travamento elétrico apenas entre os disjuntores ou contactores de transferência. Deduzo ainda, que o sincronismo seja só por um tipo de medição eletrônica.

Para esta potência o normal seria que este tipo de equipamento tivesse inter-travamento mecânico ente os disjuntores ou contactores. No entanto, como ele paralela as fontes, este dispositivo é retirado. Então como o outro  inter-travamento, o elétrico, matem o sistema seguro?
Nesta questão, o mais importante é o sistema de sincronismo que deveria ter uma lógica de liberação para fechamento de uma ou outra fonte. Um sistema com dois tipos de liberação lógica de forma a bloquear qualquer transferência.
A primeira seria uma espécie de discriminador de freqüência que abrisse uma janela de +/- 1,5 Hz no máximo. Uma segunda proteção lógica seria pela diferença de tensão entre as fontes, por exemplo, que não fosse maior que 15 Vac.

Porque isso é importante?
É importante porque existe a possibilidade de troca na seqüência de fase em manutenções externas, por exemplo, em trabalhos da concessionária. Também podem ocorrer em manutenções internas também. Portanto, estes dois requisitos só vão liberar o paralelismo, quanto às duas fontes estiverem sincronizadas e com diferenças de tensão aceitáveis para este tipo de operação.
Outro dispositivo adicional de segurança poderia ser adicionado, seria um sensor de sobre corrente ou curto, tripando disjuntores. Com tudo isso, evitaríamos este tipo de acidente relatado.
Um assunto muito preocupante em que os projetistas deveriam olhar com maior cuidado e não só nos custos, a segurança é mais importante que tudo.

Das velhas Tecnologias;

As velhas tecnologias funcionam com uma ou com a outra fonte, muitas tem inter-travamentos mecânicos estão aí funcionando há muitos anos e com muita segurança.
O reparo que faço é os novos tipos de cargas sensíveis que estão sendo aplicados em toda área da tecnologia.
Os novos computadores, os novos no-breaks´s, os novos equipamentos de ar condicionados os novos equipamentos de rádio, de transmissores, de TV enfim...
Como sabemos um sistema predial qualquer ou industrial em plena operação com carga, quando ela é interrompida, a energia armazenada no sistema gera sobre-tensões maiores até que no retorno da energia por exemplo.
O que se tem notado é que isto ocorre com maior ênfase é na saída do GMG para o retorno da rede.
Como disse um amigo; - É nos clec, clec dos contactores que o bixo pega.
Este curto tempo de transferência gera uma descontinuidade energética e conseqüentemente, um transitório de sobre-tensão danificando equipamentos.

Em um cliente, sugeri que, junto ao CD do CPD, instalasse outro CD com contactores temporizados no ligamento, de forma a minimizar este efeito. Adicionalmente instalasse protetores contra sobre-tensões DPS.
Estes dispositivos serviram para minimizar os efeitos citados e não mais foi notado problemas com entrada deste GMG no horário de ponta.

Espero ter contribuído com estas dicas importantes.

J.A


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