QUANDO A SUB TENSÃO GERA PROBLEMAS DE OUTRAS ORDENS
Pois amigos,
Problemas de sub tensões são quase sempre identificados
rapidamente, seja por observação da iluminação elétrica, quer seja por
desligamentos de equipamentos. A solução quase sempre vem sendo acompanhada e, adicionalmente, com a instalação de no-break´s ou estabilizadores profissionais quando o caso não é
identificado ou de difícil solução. Se resolve, mas não se sabe as origens disso.
Muitas vezes até equipamentos instalados para resolver o problema,como
citado acima, sofrem também com tal anomalia elétrica. Já foi observado que muitos equipamentos
apresentam certa sensibilidade e consequentes falhas, levando à fabricantes
perderem clientes em relação a outras tecnologias não tão suscetíveis.
Nota : E comum alguns tecnologias apresentarem falhas constantes em locais assim. A troca por uma outra tecnologia não tão suscetível resolve o problemas . Muitos fornecedores acabam perdendo clientes e seus equipamentos recebem a fama de ruins ,mas...
Então, quais seriam os danos causados pelas sub tensões.
Cito aqui três;
A) Junto
a elas acompanha um transitório, um impulso de sobre tensão gerando outro tipo
de dano.
B) Dependendo
de sua profundidade, os equipamentos podem identificar como uma falta de
energia da rede alimentadora, desligando tudo.
C) A
repetição ou periodicidade do evento, gerando outra anomalia elétricas de
difícil identificação.
Para nós, vai interessar a última (letra C) cujo diagnóstico
às vezes fica sem solução.
Certa ocasião pegamos um problema desta natureza que levou
mais de três anos para se identificar de forma clara o que estava ocorrendo.
Neste período se trocou a tecnologia de baterias ( automotivas com solução para selada VLRA) e realmente ocorreu uma
melhora em relação ao tipo anteriormente utilizado pelo cliente mesmo assim a
nova tecnologia deveria durar 3
a 4 anos e durava pouco mais de 1 ano. Neste período fizemos uma intervenção no no-break, trocando a placa de controle micro-processada, revisões e testes funcionais
rigorosos foram realizados.
O caso em questão se tratava de um No-break Tri-mono de 18 kVA,
Entrada 380 trifásica e saída monofásica de 120 Vac. Possuía baterias de 40 A ., inicialmente automotivas
e depois trocamos para seladas VLRA como dito anteriormente. O motivo é porque os carregadores modernos
na sua maioria não possuem tensão de recarga, necessárias para baterias que
operam com solução aquosa, portanto, preparados para operarem com baterias seladas somente.
A falha ocorria quase sempre de manhã com queda do sistema.
O cliente religava o no-break e tudo voltava como se nada tivesse ocorrido. Muitas vezes, falhas da rede no período da tarde não derrubava nada, funcionava como deveria. Outro fato interessante, quando se trocava as baterias passava cerca de 1,2 anos sem anormalidade, sendo
que a primeira (automotiva) não durou nem oito meses.
Nas últimas ocorrências, contatamos o fabricante,
explicamos o que estava ocorrendo. Solicitaram então, uma serie de testes com
acompanhamento de profissional deles via telefone. Nada anormal foi constatado
foi aí que sugeriram a troca da placa principal onde estava o processador
geral dito também acima.
Neste período já
desconfiado de problemas externos ao no-break, sugeri adição de mais
capacitores no link Dc, o que foi rejeitado pela engenharia do fabricante.
Sugeri adição de mais um carregador de baterias, também foi rejeitado com a afirmação que o carregador fornecia os 4 A , suficiente para o que a
bateria precisava nas recargas.
Pouco tempo depois voltaram os problemas e o que dizer ao
cliente nesta situação ?
Resumindo,
Tratava-se de uma empresa do setor químico, instalado em uma
zona rural de certa cidade do interior com alimentação em 13.8 KV a mesma que
servia toda comunidade daquela região. Então pedi que me enviassem o software
para verificar os eventos guardados na memória do equipamento, os quais forma medidos por parceiro de serviços.
Acreditem, da meia noite até próximo às 5 horas tinham sub-
tensões, desligamentos e religamentos de forma repetitivas e quase todos os
dias.
Estava aí, o descobrimento de todos os problemas nos últimos quase 3, 5
anos.
Didaticamente ocorriam dois tipos de problemas;
O primeiro;
Se referia a Indústria que deixava para utilizar
motores pesados e bombas de tratamentos de efluentes e químicos durante a noite
porque durante o dia a vizinhança tinha reclamado no inicio e, como não existia
uma linha adequada para eles (69KV ou 130 KV) utilizavam de forma autorizada pelo fornecedor elétrico, a rede normal de média 13.8 Kv.
Segundo;
As constantes micro interrupções durante a
madrugada descarregava as baterias e na hora da manobra da subestação regional as baterias apresentavam o efeito saco ( degrau de tensão ), bloqueando o inversor . Com a rede anormal os sensores do by-pass não permitiam a transferência ou até ,sem a rede não tinha by-pass e caia tudo.
O que então ocorria?
Não tendo tempo de uma recarga, as baterias se recarregavam de forma insuficiente e, ao longo do tempo, iam gradativamente sulfatando por insuficiência de carga, por isso duravam pouco tempo.
Não tendo tempo de uma recarga, as baterias se recarregavam de forma insuficiente e, ao longo do tempo, iam gradativamente sulfatando por insuficiência de carga, por isso duravam pouco tempo.
Sugeri ao fabricante, adicionarmos outro carregador dobrando
a corrente de recarga. Aceitaram, e me mandaram o material. Já passam de 3 anos
sem chamados para manutenção creio que o caso esta solucionado.
Mais um causo ligado ao EMC.
José Amilton
Nenhum comentário:
Postar um comentário