Falando
estritamente da bateria, poderíamos dizer que não tem manutenção, no entanto,
alguns fatores contribuem para que tenhamos alguns cuidados e revisões periódicas
assunto que comentaremos abaixo.
Estamos falando
tanto de baterias seladas VLRA como das baterias blindadas imersas em solução
aquosa com respiro de alivio de pressão interna. Esta última, embora não seja
selada, ou seja, só pode trabalhar em uma posição determinada, também é
considerada livre de manutenção. Por exemplo, as automotivas.
As
considerações que faço se referem a fatores externos que vão influenciar as
condições de uso destas baterias.
Quais
seriam estes fatores:
O primeiro; se deve a contaminação externa dos
vasos por produtos corrosivos oriundos do processo fabril.
O uso de
conectores produzidos para uso elétrico com fina camada protetora poderá
ocasionar oxidações nas conexões entre elementos.
O segundo; se refere ao uso de ferramentas
inadequadas forçando os bornes. Isso poderá ocasionar pequenas fissuras nas buchas,
permitindo a saída de gases internos da bateria. O resultado é vazamentos e oxidações
de cabos e conexões.
O terceiro; seria o uso de baterias com muito
tempo de armazenamento. O processo de recarga poderá ocasionar sobre-pressão
interna gerando pequenas aberturas das válvulas, aliviando gases para o
ambiente e umidade sobre as tampas.
O quarto; seriam elementos oriundos de vários
lotes e, portanto, desequalizados no processo de carga. A conseqüência seria o
mesmo indicado no item 3. É muito comum em bateria menor, ocorrerem o
estufamento de alguns elementos trabalhando nestas condições adversas.
O quinto; se refere à fonte. Fornecendo a
tensão correta, limitando sua corrente para aquele tipo de bateria. Que possua
um ripple dentro das especificações para este uso.
Todos estes
fatores poderão encurtar a vida útil das baterias.
O sexto; se refere à temperatura ambiente. Toda
bateria foi produzida mediante norma para uma temperatura de 25 graus. Qualquer
operação com temperatura muito diferente disso tem que utilizar a tabela de correção
de tensão para a determinada temperatura. O uso de temperatura ambiente
incorreta é causa de encurtamento da vida útil.
O sétimo; se refere ao grau de uso das
baterias. Ciclagem, profundidade de carga, tempo (duração) e freqüência disso. Também
um item importante que vai determinar a vida útil da bateria.
O oitavo; se refere a medições periódicas (6
em 6 meses, por exemplo) ou adotar o método de medição pela condutância como
dito em tópico anterior. Isso é importante para se verificar se algum elemento
esta apresentando defeito interno e por conseqüência valores de medição
diferentes do normal. Permite fazer intervenções antecipadas.
Dessa forma
como poderíamos resolver algumas questões postas aqui?
Na
instalação;
Uma delas
seria limpar as novas baterias com uma solução de bicarbonato de sódio. Uma segunda
seria o uso de conectores estanhados ou de aço inox, bem como parafusos, porcas
e arruelas. O uso de graxa antioxidante ajudaria muito. O uso de ferramentas
adequadas e torquímetro para as baterias maiores.
Quanto
ao produto;
Procedência
idônea.
Baterias
que sofreram um processo de recarga antes de sair do distribuidor ou que foram
feitos testes de aceitação em
fábrica. Que sofreram um processo de medição pela condutância
para detectar defeitos internos. São garantias importantes que poderão
evitar dores de cabeça no futuro.
Para
finalizar, baterias são livres de manutenção, mas nunca devemos nos descuidar
de revisões periódicas básicas.
Fonte das fotos: nobreaksenetel.blogspot
J.A.
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