terça-feira, 24 de novembro de 2015

Componente valetrônico transmite dados sem emitir calor

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Mais um interessante artigo publicado pela Revista Eletrônica Inovação Tecnológica em 19/11/2015.

Valetrônica
Uma das áreas de fronteira no campo da 
computação é a valetrônica, uma possibilidade 
tecnológica que emergiu com a descoberta 
do grafeno e outros materiais bidimensionais.
Além de estabelecer uma ponte entre a eletrônica e 
a computação quântica, a valetrônica acena com 
circuitos com um consumo mínimo de energia e 
virtualmente nenhuma dissipação de calor.
Agora, engenheiros da Universidade de Tóquio, no 
Japão, construíram o primeiro componente 
valetrônico totalmente controlável.
A aplicação de uma corrente elétrica vertical cria uma diferença de energia entre as duas camadas de grafeno, o que quebra sua simetria e permite o controle da corrente de vales. [Imagem: Seigo Tarucha Lab]

Corrente de vales
Embora o controle das "correntes de vales" - em 
oposição às correntes de cargas, ou elétrons - já 
tivesse sido demonstrado no grafeno, o controle da 
conversão entre a corrente de cargas convencional e
a corrente de vales era limitado.
Yuya Shimazaki e seus colegas construíram um 
componente com uma camada dupla de grafeno 
ensanduichada entre duas camadas isolantes, que 
se mostrou capaz de converter a corrente comum 
em corrente de vales ao longo de um canal de 3,5 
micrômetros.
Assim, a corrente de vale foi transferida a uma 
distância grande o suficiente para excluir outras 
possíveis explicações para os resultados. O 
componente também permite controlar da eficiência 
da conversão.
A equipe acredita que o sucesso na integração desse
 dispositivo permitirá a futura fabricação de 
componentes valetrônicos que operem a 
temperatura ambiente - no protótipo, a corrente de 
vales foi detectada a -203,15º C.

Esquema (em cima) e protótipo (embaixo) do componente valetrônico. [Imagem: Seigo Tarucha Lab]

O que é corrente de vales?
Em escala atômica, a matéria se comporta como 
partícula ou como onda. Assim, os elétrons possuem
 um comprimento de onda associado a eles, que 
normalmente pode ter muitos valores diferentes.
Os sistemas cristalinos, no entanto, - materiais 
sólidos - parecem ter uma certa "preferência" por 
alguns comprimentos de onda. O grafeno, por 
exemplo, tem dois comprimentos de onda 
favorecidos, conhecidos como K e K'. Isto significa 
que dois elétrons no grafeno podem ter a mesma 
energia, mas diferentes comprimentos de onda - 
ou, dito de outra maneira, diferentes vales.
O termo "vale" refere-se às depressões na onda-
elétron, um valor determinado pela simetria do 
cristal - essas ondulações na banda de condução do 
grafeno alcançam valores que são denominados 
"índices de vale".
A eletrônica usa a carga dos elétrons para 
representar informações, mas quando as cargas 
fluem através de um material, uma parte da energia 
é dissipada na forma de calor, um problema para 
todos os dispositivos eletrônicos atuais. No entanto, 
se a mesma quantidade de elétrons fluir em um 
canal em direções opostas, nenhum calor será 
dissipado. Infelizmente, isso significaria que 
nenhuma informação poderia ser transferida.
Um componente valetrônico resolve essa deficiência 
transmitindo as informações em correntes de vale 
puras, ou seja, uma corrente na qual os elétrons 
com o mesmo vale fluem na mesma direção - 
levando a informação sem dissipar calor.
"A corrente de vales, ao contrário da corrente de 
cargas, é não dissipativa. Isso significa que 
nenhuma energia é perdida durante a transferência 
de informações. Com o consumo de energia 
tornando-se uma questão importante na eletrônica 
moderna, componentes baseados nas correntes de 
vales abrem um novo caminho para futuros 
equipamentos de computação de consumo ultra-
baixo," disse o professor Seigo Tarucha, 
coordenador da equipe.

Vale lembrar, o que é a Valetrônica?

Segundo artigo da hypescience, detalha o assunto;

Em um artigo da Physical Review Letters os pesquisadores Daniel Gunlycke e Carter T. White fundamentam os pilares de uma nova área de pesquisa – a Valetrônica.
Como boa parte das novidades tecnológicas que tem surgido ultimamente essa pesquisa está também relacionada ao grafeno.

Recordando nossas aulas de Química, sabemos que o grafeno – a nova vedete tecnológica – é simplesmente o nome dado à cada uma das camadas que compõe a estrutura cristalina do grafite. A IUPAC o define como sendo:
“Uma única camada da estrutura grafítica, da espessura de um átomo, sendo considerada como o último membro da série de naftalenos, antracenos, coronenos, etc., e o termo grafeno deve, portanto, ser utilizado para designar a camada individual de carbono em compostos de intercalação de grafite. O uso do termo “camada de grafeno” é também considerada para a terminologia geral dos carbonos”.
Numa analogia, imagine o grafeno como sendo uma tela de arame. Empilhadas seria o grafite. Se com uma tela confeccionarmos um tubo, teremos o nanotubo de carbono. Se confeccionarmos uma bola teremos mais um estado alotrópico do carbono: o fulereno – e assim sucessivamente.
Como já noticiado aqui no Hypescience pesquisadores descobriram que inserir “defeitos” intencionais na estrutura do grafeno pode permitir a criação de componentes eletrônicos menores e mais rápidos.
No entanto Gunlycke e White decidiram aproveitar os “defeitos” naturais que produzem comportamentos discretos ao longo das folhas de grafeno.
Esses defeitos produzem “vales” nas bandas de condução e de valência do grafeno – daí este novo campo da tecnologia ser batizado de valetrônica.
O comportamento convencional dos semicondutores está fundamentado no fluxo de cargas elétricas, representadas pelos elétrons (carga negativa) e lacunas (carga positiva).
Entre estas duas pistas de condução existe um “gap” ou banda de condução que determina o comportamento do semicondutor – se conduz ou não a corrente elétrica – por exemplo.
No grafeno, essa banda não é homogênea, mas repleta de vales, os denominados “defeitos naturais”, provavelmente provocados por flutuações térmicas.
O termo “vale” refere-se a depressões de energia na estrutura de banda (que descreve a energia dos elétrons que ali atuam como ondas) permitidas pela simetria do cristal e assim formando graficamente dois pares de cones.
A polarização pelos vales é realizada quando elétrons e lacunas em um vale são separados espacialmente dos elétrons e lacunas de outro vale. Esse processo é complicado de ser obtido na prática porque ambos os vales possuem a mesma energia.
Com a nova descoberta, essa separação espacial pode ser realizada em estruturas de grafeno que possuam uma simetria de reflexão ao longo de uma direção cristalográfica específica, sem ligações que intercruzem a região de simetria.
A simetria de reflexão permite que somente ondas eletrônicas (elétrons) simétricas percorram a linha de defeito – as demais ondas são refletidas.
Estima-se que elétrons e lacunas que se aproximem dessa linha de defeito com um grande ângulo de incidência serão polarizados com uma eficiência próxima aos 100%.
Na prática, isso significa que há outro estado quântico caracterizando os elétrons do grafeno, intimamente associado à dimensão desses vales. Esse “índice de vale” corresponde a um momento magnético distinto, consequentemente a um novo número quântico.
O interesse nesse novo número quântico é crescente tendo em vista que esse novo momento magnético é pelo menos 30 vezes mais forte do que os mensurados anteriormente, ou seja, um efeito com grande potencial para aplicações tecnológicas, em substituição à eletrônica e eventualmente complementar a outro ramo emergente – a spintrônica (que abordaremos em artigos futuros).
A valetrônica promete ainda muitas novidades, desde a fabricação de supercondutores à temperatura ambiente até superprocessadores que transformarão o tão sonhado computador quântico em uma realidade. É esperar para ver.

Fontes :



J.A.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Pioneirismo do Prof. Ênnio Amaral evolui - Cabos Pára-Raios Energizados (PRE).

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Esta é a conclusão do trabalho de pesquisa do engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP.

Os amigos que me acompanham devem lembrar dos artigos sobre o pioneirismo do Prof. Ênnio Amaral na eletrificação rural de baixo custo.
A idéia segue o mesmo caminho, transportar energia elétrica com retorno pela terra ou simplesmente conhecido como (RDR) ou ( MTR) e agora no artigo como(PRE).
Obviamente que precisaria de uma pesquisa cientifica de viabilidade técnica, econômica e segurança, coube ao autor do estudo mostrar os caminhos.

Vamos ao artigo:

Cabos para-raios tornam energia elétrica mais barata.

As linhas de transmissão, utilizadas para transportar grandes quantidades de energia elétrica, utilizam os cabos para-raios para protegê-las de descargas atmosféricas (raios), evitando com isso seu desligamento. Esses cabos também podem ser utilizados para transportar energia elétrica, por meio da Tecnologia Cabos Para-raios Energizados (PRE), para atender pequenas comunidades situadas nas proximidades dessas linhas. Um estudo desenvolvido pelo engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP, mostrou que a Tecnologia PRE tem um desempenho econômico e operacional melhor, se comparado às tecnologias convencionais, para abastecer essas pequenas comunidades próximas às linhas de transmissão.
Com a tecnologia PRE, além de proteger as linhas de transmissão contra descargas atmosféricas, os cabos pára-raios podem transportar energia elétrica a comunidades próximas.[Imagem: Ag.USP]

A Tecnologia PRE, desenvolvida na Itália, é baseada na 
utilização dos cabos para-raios em linhas de 
transmissão de Alta e Extra Alta Tensão, sendo esses 
cabos isolados e energizados para viabilizar a 
transmissão de energia elétrica em Média Tensão. 
“Nesses níveis de tensão é possível o atendimento às 
pequenas comunidades por intermédio de 
subestações, 
onde a tensão elétrica é reduzida para o nível de 
consumo doméstico ou de pequenas indústrias”, 
explica Ramos.
O engenheiro participou da implantação da tecnologia 
em Rondônia, acompanhando, posteriormente, sua 
operação e manutenção. Daí o interesse pelo estudo do
 PRE.
A pesquisa investigou, entre outras questões, como as 
descargas atmosféricas (raios) afetam a linha PRE e 
linhas de transmissão como um todo, o desempenho 
operacional resultante de mais de 180 meses de 
operação do PRE em Rondônia e sua viabilidade 
econômica em relação aos demais sistemas. 
“Estudamos também se as descargas atmosféricas são 
as principais causadoras das interrupções no Siste
ma PRE, e não as falhas em equipamentos ou outras 
limitações operacionais”, completa o engenheiro.
Foram utilizados como fonte de dados os registros 
operacionais do PRE em duas cidades de Rondônia: 
Jaru, entre 1996 a 2000, e Itapuã, entre 1997 e 2007. 
Os 180 meses de experiência operacional com as duas 
instalações PRE permitiu comparar o número de 
interrupções verificadas no período com o número de 
interrupções estimadas na teoria.
Também foram feitas também medições de 
resistividade do solo e resistência de terra, e utilização 
de dados disponíveis da região relacionados à 
quantidade de chuvas, temperatura, umidade relativa, 
pressão atmosférica, e registros de descargas 
atmosféricas.

Menos custos e mais benefícios

Uma das primeiras conclusões do trabalho foi a 
constatação de que o Sistema PRE não diminui o 
desempenho da linha de transmissão. Ao contrário, o 
desempenho da linha é melhorado. Os resultados 
mostraram também que o Sistema PRE é bastante 
sensível às descargas atmosféricas, de forma que, 
mesmo para baixas correntes de descarga, acontece a 
saída de operação do sistema. “Apesar disso, devido à 
característica sazonal das descargas atmosféricas, o 
desempenho operacional anual do PRE é igual ou 
melhor que os sistemas utilizados nas pequenas 
localidades da região”, explica.
No aspecto econômico, Ramos destaca que, somadas 
as duas cidades, a Tecnologia PRE evitou a queima de 
mais de 80 milhões de litros de óleo diesel para 
produção de energia, resultando em uma economia 
superior a R$ 180 milhões. “Comparando esse valor 
com o custo do investimento para implantar o PRE, eles
 foram pagos mais de 60 vezes. E comparando somente
 os cabos para-raios isolados e energizados, seu custo 
é quase dez vezes menor que os cabos convencionais”, 
completa.


Alternativa tecnológica

O estudo favorece futuros projetos de implantação ou 
expansão da Tecnologia PRE. Dessa forma, empresas 
públicas e privadas têm uma alternativa a mais em 
relação às convencionais com finalidades semelhantes: 
atender pequenas comunidades isoladas, próximas aos 
corredores das grandes linhas de transmissão.
Ramos espera que essa alternativa tecnológica possa 
ser utilizada nas políticas públicas de universalização 
da energia elétrica. “O grande desafio enfrentado pelas 
novas tecnologias é a falta de conhecimento sobre as 
mesmas, o que pode levar à sua rejeição. Portanto, a 
pesquisa tem o mérito de contribuir com a oferta de 
maior conhecimento, permitindo sua inclusão no rol 
das demais alternativas analisadas para atendimento a 
pequenas comunidades”, finaliza.
O estudo foi defendido como tese de doutorado, no 
IEE, em abril de 2010, com o título Universalização da 
energia elétrica através da tecnologia cabos para-raios
energizados (PRE). A pesquisa foi orientada pelo 
professor Alexandre Piantini.
Como é normalmente o cabo de cobertura aterrado ao contrario do proposto que tem isoladores.

Fontes:




J.A.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Equipe brasileira testa eficácia do dióxido de estanho nos varistores.

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Publicado pela Revista Eletrônica Inovação Tecnológica 

de 13/11/2015.


Invenção brasileira protege rede elétrica contra raios

Negociações
Pesquisadores brasileiros foram até a Alemanha em 
busca de parcerias para testar em campo um novo 
componente eletrônico que promete aumentar a vida
 útil e a segurança de para-raios e grandes linhas de 
transmissão de energia elétrica.
O professor José Arana Varela, do Centro de 
Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), 
levou o invento brasileiro a uma reunião sobre 
materiais para transmissão de energia em Munique, 
na Alemanha, que reuniu inventores e empresários 
de 70 países.
Varistor de dióxido de estanho não precisa ser substituído quando recebe a descarga de um raio.[Imagem: Divulgação/CDMF]
Segundo o pesquisador, ainda são necessários 
testes experimentais para aplicar o novo 
equipamento na indústria. "Foi por isso que fomos 
atrás de parceiros nesta reunião com empresários 
em Munique, nós temos resultados acadêmicos 
sobre a eficácia do dióxido de estanho nos 
varistores, mas isso ainda precisa ser mais 
observado experimentalmente. Houve uma resposta 
muito positiva por parte desses empresários para a 
produção industrial do equipamento que 
desenvolvemos", apontou.
Varistor
O novo varistor é fruto de mais de 15 anos de 
pesquisas do grupo.
Varistores são componentes eletrônicos cuja 
resistência elétrica depende da tensão aplicada aos 
seus terminais.
Isto os torna ideais como proteção contra 
sobretensão e como limitadores de tensão em para-
raios - são os varistores que dissipam a corrente 
elétrica dos raios, protegendo as linhas de 
transmissão de curtos-circuitos.
Os varistores normalmente são feitos a partir de um 
composto químico à base de óxido de zinco (ZnO). 
problema é que eles são parecidos com fusíveis, 
precisando ser substituídos assim que cumprem sua 
função - caiu um raio, é necessário trocar o varistor.
Com a nova tecnologia desenvolvida pela equipe 
brasileira, o varistor é fabricado a partir de dióxido 
de estanho (SnO2). "A probabilidade do varistor de 
dióxido de estanho deteriorar é menor. A 
composição do estanho tem menos aditivos 
químicos e isso também ajuda o meio ambiente," 
comentou Varela.
Energia dos raios
Um raio pode alcançar 100 milhões de volts - 1 
milhão de vezes a tensão disponível nas tomadas 
domésticas. A corrente pode chegar a 30 mil 
amperes, mais de mil vezes maior do que a corrente 
consumida por um chuveiro elétrico, por exemplo.
Assim como os raios podem causar danos aos 
aparelhos domésticos, quando atingem as grandes 
linhas de transmissão o prejuízo pode ser bem 
maior, além de deixar milhares de residências sem 
energia.
Por isso os pesquisadores brasileiros esperam que 
alguma empresa se interesse em produzir protótipos
do varistor de dióxido de estanho e testá-lo em 
campo, oferecendo um elemento de proteção mais 
versátil e mais simples.
mundo. De acordo com o Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais (INPE), cerca de 70 milhões de 
raios atingem o país todos os anos - uma média de 
duas ou três descargas elétricas por segundo.

VEJAM TAMBÉM ASSUNTO CORRELATO : 

Raios vão ajudar a evitar apagões

Publicação da mesma revista em  16/04/2014

O lado bom dos raios
Raios são bem conhecidos como inimigos das redes 
de energia.
Mesmo quando eles não causam o desligamento 
total da rede, causando os apagões, as correntes 
induzidas pelos raios - os chamados transientes 
naturais - desgastam rapidamente a saúde dos 
componentes ao longo da rede de distribuição.
Roya Nikjoo descobriu uma forma de tirar proveito dos raios e transformá-los em uma ferramenta de "medicina preventiva" para as redes elétricas. [Imagem: Hakan Lindgren/RIT]
Roya Nikjoo, do Instituto Real de Tecnologia da 
Suécia, decidiu ver o lado positivo da coisa e analisar
 se poderia tirar algum proveito dos raios em 
benefício das redes elétricas.
O que ela descobriu poderá não apenas ajudar a 
monitorar a saúde dos componentes elétricos, como 
também evitar os apagões.
Impressão digital da rede elétrica
A técnica pode ser considerada como uma espécie 
de "medicina preventiva" para a rede elétrica - os 
componentes podem ser substituídos ou 
consertados antes que falhem de forma catastrófica, 
geralmente induzindo defeitos nos componentes 
vizinhos.
Nikjoo desenvolveu um sistema que usa os 
transientes naturais para medir o desgaste dos 
componentes de potência.
As medições começam quando os sinais criados 
pelos raios derrubam um circuito elétrico, 
interrompendo a corrente ou desviando-a de um 
condutor para outro.
Esses sinais são usados como "estímulos" para 
obter uma resposta dos componentes de energia, 
explica Nikjoo.
A saída é uma representação gráfica do sistema, da
 mesma maneira que um ultra-som produz uma 
imagem de um feto.
"É como tirar a impressão digital do componente," 
disse Nikjoo. "Conforme essa digital muda, eu 
posso usá-la para identificar o bem-estar do 
componente, e saber se algo está errado."
"Nós podemos usar essas altas tensões para obter 
mais informações sobre o estado de componentes 
como transformadores e isoladores do que por meio
das inspeções tradicionais," conclui a engenheira.

Fontes:

J.A.