sexta-feira, 6 de setembro de 2013

MERCADO DE BATERIAS SELADAS AQUECIDO,PREÇOS COMPETITIVOS É UMA VANTAGEM PARA O CONSUMIDOR ?

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Tem gente vendendo gato por lebre !


Em recente episódio com um grande cliente público estadual gaúcho, me levou a pensar e questionar os preços praticados atualmente. Seria uma vantagem para o consumidor ?
Numa recente licitação, uma dessas pequenas empresas do seguimento, acabou ganhando com um valor em torno de 30% inferior ao segundo colocado. O que se pergunta é como conseguiram isso sem comprometer seu equilíbrio econômico-financeiro.
Uma das respostas veio quando este cliente Público, nos entregou as mais de 300 baterias proveniente de uma licitação para que realizássemos manutenção em série de equipamentos. Observando os elementos já vimos que não tinha qualquer nome nos vasos mais sim, uma identificação do importador nacional. Mesmo assim foram trocados 12 elementos de um pequeno No-break de 2 kVA.  No teste simulado de falha da rede em vazio,observamos que o bargraff indicativo do nível de tensão/carga de baterias caiu para o ponto de alarme crítico.  Imediatamente fomos testar as demais das tais baterias, utilizando um resistor apropriado como carga. Mais da metade das baterias apresentavam tensão abaixo de 11 Vdc e algumas até abaixo de 10 Vdc.  Entramos em contato com o responsável pela nossa contratação e solicitamos que mandassem um lote para o nosso laboratório para fazer um teste de amostragem.

Pois bem , encontramos coisas piores, tinham elementos que apresentavam tensão abaixo de 8 Vdc.  O lote todo foi devolvido, para que o fornecedor atendesse os preceitos do edital.
Então fui pesquisar o que esta ocorrendo neste mercado bem como, como algumas empresas estão se protegendo contra estes produtos de segunda linha. O Banco estatal gaúcho só compra baterias homologadas, eles fizeram uma parceria com o CIENTEC para realizar os ensaios e testes. Outras empresas se protegem exigindo que a bateria tenha certificação mínima do fabricante de seu No-break.
Então como estas baterias estão chegando ao mercado com custo tão baixo. Analisando por exemplo, o preço de uma bateria de 12V/7ª, seu valor é praticamente o mesmo de dois anos atrás, mesmo com os aumentos de matéria prima e frete que são uma espécie de freio para que o produto não baixe ainda mais ainda.

Então, onde estaria o milagre dos preços baixos ?
Sabemos que a valorização de nossa moeda (Real) perante outras, tem propiciado uma facilidade na importação de similares a produtos nacionais com qualidade e tecnologia superior e preços competitivos. Até aqui nada demais, é a lei de mercado, se estabelece o mais competitivo e competente.

As empresas tradicionais do mercado brasileiro, estão aí a mais de 15 anos em média, trabalhando muito próximas do limite econômico-financeiro. Afinal neste período, investiram em infra estrutura,pessoal,logística,estoques,engenharia,controle de qualidade,certificações e homologações, rastreabilidade linkada a fábrica de origem e, ora bolas, pagam seus impostos em dia.

Por outro lado, os novos empreendedores do mercado, principalmente os ligados a área de energia,segurança, iluminação por exemplo, estão trazendo baterias junto com seus produtos como uma forma agregada, baterias do mercado asiático. Isto com certeza influenciarão o preço do seu produto final distribuído aqui. O risco para o consumidor é praticamente zero, pois o item bateria faz parte da garantia, de um todo.
Mais também tem aqueles que estão trazendo baterias como mais um nicho de mercado e aí mora o perigo. Para o pequeno consumidor diria que o risco é baixo levando em conta o uso de até duas baterias, mais para o consumidor de quantidade a coisa é diferente.

Então vamos analisar os riscos ;
A) Quais os requisitos para se ter uma bateria de qualidade;
1- Fornecedor conhecido
2- Estoques em quantidade para suprir o mercado
3- Capacidade financeira para suportar garantias
4- Certificações e rastreabilidade do produto
5- Suporte técnico

B) Que fatores podem influenciarem o fluxo normal Fabrica/Distribuidor;
1- Greves, tanto fabris como aduaneiras.
2- Acidentes no percurso fabrica/ Distribuidor
3- Desvalorizações monetárias e crises políticas

C) Que fatores podem interferirem na qualidade intrínseca do produto;
1 – Baterias com mais de 6 meses em estoque e sem recarga – Vide B 1 e 2.
2- Lotes diferentes, ocasionado desequalisação no conjunto
3- Testes e recarga feitos nos elementos a serem entregues ao mercado.
4 – Etiquetas com código de barras que em síntese é a rastreabilidade do produto – Ver A4

Muito destas baterias que estão aparecendo no mercado, desta última forma de empreendimento, apresentam uma etiqueta de super mercado com a data de saída do distribuidor. Ora isso, não afiança qualidade no produto e nem rastreabilidade num possível problema envolvendo baterias . Muitas vezes um esperto consumidor vai reclamar uma garantia cujo problema foi do seu equipamento e não da bateria, mais este distribuidor não tem como se contrapor pois não sabe o estado da baterias quando do fornecimento.

Portanto, para finalizar, devemos ter o cuidado com baterias sem rastreabilidade, isto pode ser um indicativo de procedência duvidosa, a qual, pode colocar em risco sua infra-estrutura de cargas crítica. Por outro lado , existe a possibilidade da etiqueta ser uma farsa, uma maquiagem , um fake. E como fica o consumidor neste imbróglio todo.
Eu dou algumas dicas importantes :
A primeira utilize produtos homologados pelo fabricante de seu equipamento, a segunda compre em loja de reconhecida qualidade em seus produtos comercializados e que dê garantias , a terceira é consultar um técnico ou engenheiro de confiança sobre o assunto , quarta é consultar a assistência técnica de seu equipamento sobre a tal bateria que pretende utilizar.
LEMBRE-SE O PREÇO NEM SEMPRE É TUDO !



J.A.

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