sábado, 25 de abril de 2015

Novas descobertas sobre eletromagnetismo viabiliza antenas dentro dos chips...

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A Revista Eletrônica Inovação Tecnológica traz uma grande 

informação, complementando sua informação em 

19/12/2013 sobre o Eletromagnon: o elo que faltava entre o "eletro" e o "magnetismo" 

A reportagem atual publicada em em 20/04/2015 mostra um avanço tecnológico importante e uma complementação da Teoria de  Maxwell.

Hoje os chips são menores do que os conectores das antenas - agora a antena inteira cabe dentro do chip. [Imagem: Dhiraj Sinha/Gehan Amaratunga/UCam]

Descoberta sobre eletromagnetismo

Se a onda tecnológica atual dava a impressão de que

 já sabíamos tudo sobre o eletromagnetismo e a 

transmissão de dados por meio de antenas, ficou 

claro agora que essa era uma suposição ilusória.
Uma nova descoberta não apenas complementa e 

estende as teorias atuais, como também tem 

implicações práticas imediatas para a melhoria da 

própria tecnologia, com grande impacto no campo 

das transmissões via rádio, hoje mais conhecidas 

wireless (sem fios).
Físicos acabam de apresentar uma nova descrição da

natureza mais íntima do eletromagnetismo que torna

possível a construção de antenas pequenas o 

suficiente para serem inseridas dentro dos chips de

 computadores, tablets e celulares.
E, no nível mais fundamental, a nova descrição 

alinhava uma ponte entre as teorias da física clássica

 e da mecânica quântica.

Dimensões das antenas

O entendimento atual das ondas eletromagnéticas 

vem do trabalho de James Clerk Maxwell, feito há 

mais de 150 anos, que estabelece que as ondas 

eletromagnéticas são geradas pela aceleração dos 

elétrons.
Impulsionados por uma corrente elétrica, os elétrons

 aceleram e geram a radiação eletromagnética, ou 

ondas de rádio, que podem então ser dispersas pelo

 espaço através das antenas - a chamada radiação

 eletromagnética.
Ocorre que, para emitir e captar essas ondas, as 

antenas precisam ter dimensões que são 

determinadas pelo comprimento das ondas usadas 

nas transmissões - dimensões estas que são 

incompatíveis com as dimensões dos circuitos 

eletrônicos ultraminiaturizados da atualidade.
Dhiraj Sinha e Gehan Amaratunga, da Universidade 

de Cambridge, no Reino Unido, descobriram agora 

que não precisa ser assim.
Além de permitir fabricar antenas dentro dos próprios chips, a descoberta pode ser o elemento que faltava na teoria eletromagnética. [Imagem: Dhiraj Sinha/Gehan Amaratunga/UCam]
Teoria incompleta

Os físicos sabiam que a teoria de Maxwell era 

incompleta há várias décadas, desde que foram

 descobertos materiais conhecidos como sólidos 

dielétricos, que normalmente agem como isolantes, 

nos quais os elétrons não estão livres para se mover

 - mas esses materiais dielétricos geram e emitem 

radiação eletromagnética.
Além disso, o fenômeno da radiação devido à 

aceleração dos elétrons não tem uma contrapartida 

na mecânica quântica, onde se assume que os 

elétrons saltam entre estados discretos de energia.
Apesar da incompletude da teoria, isso não impediu

 que esses materiais fossem usados na prática: os 

ressonadores dielétricos são a base das antenas dos 

telefones celulares, por exemplo.
Os dois pesquisadores descobriram agora que o 

fenômeno da radiação eletromagnética não precisa 

ser gerado apenas pela aceleração dos elétrons: ele

 é gerado também por um processo chamado 

quebra de simetria.
A nova teoria elucida a geração de ondas que se espalham para o ambiente a partir de materiais dielétricos. [Imagem: Dhiraj Sinha/Gehan Amaratunga/UCam]
Quebra de simetria do campo elétrico

Em física, a simetria é uma indicação de uma 

característica constante de um aspecto particular de 

um sistema. Neste caso em particular, quando os 

elétrons estão em movimento no material, há uma 

simetria do campo elétrico.
Usando uma película muito fina de material 

piezoelétrico, a dupla demonstrou que é possível 

quebrar a simetria do campo elétrico aplicando um 

tensão assimétrica ao material. Isto gerou uma 

radiação eletromagnética que se espalha pelo 

espaço livre ao redor, demonstrando que o material 

pode funcionar como uma antena mesmo em 

escalas nanométricas.
Assim, a radiação eletromagnética emitida pelos 

materiais dielétricos é gerada tanto pela aceleração 

dos elétrons nos eletrodos metálicos conectados a 

eles, como Maxwell previu, quanto pela quebra de 

simetria do campo elétrico gerada pela chegada 

desses elétrons no material isolante.
Além de permitir fabricar antenas dentro dos 

próprios chips, a descoberta pode ser o elemento 

que faltava na teoria eletromagnética.
"Eu não estou sugerindo que nós tenhamos 

descoberto alguma grande teoria unificadora, mas 

esses resultados vão ajudar a entender como o 

eletromagnetismo e a mecânica quântica se cruzam 

e se juntam. Eles abrem um enorme conjunto de 

possibilidades a serem exploradas," disse 

Amaratunga.
Aplicações práticas
A descrição deste novo fenômeno terá efeitos 

práticos imediatos, não apenas para os telefones 

celulares e para as redes sem fios, mas também 

para tecnologias que estão dependendo de um 

impulso de miniaturização para decolar, como 

Internet das Coisas, que depende de 

transmissores e receptores sem fios muito 

pequenos - algo limitado pela atual dimensão 

das antenas.
Os materiais piezoelétricos usados no experimento 

podem ser fabricados na forma de filmes - ou 

películas muito finas - usando semicondutores como 

o niobato de lítio, o nitreto de gálio ou o arseneto de 

gálio, todos bem conhecidos da indústria eletrônica 

totalmente integráveis no interior dos chips.


Imagens do Artigo publicado em 9/12/2013 sobre 

Eletromagnon
Só recentemente um material multiferroico permitiu  controlar o magnetismo usando eletricidade a temperatura ambiente pela primeira vez.[Imagem: Ruhr Universitat]


Este foi o complexo aparato desenvolvido por Pimenov para demonstrar que suas suspeitas iniciais estavam corretas. [Imagem: TUWien]

Fontes:

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberta-eletromagnetismo-antenas-dentro-chips&id=010110150420&ebol=sim#.VTrTXtJViko
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=eletromagnon-elo-entre-eletro-magnetismo&id=010110131219

J.A.


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