segunda-feira, 9 de junho de 2014

Possível apagão energético para o final de 2014 assusta no Brasil-Segunda Parte

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Em recente reportagem da imprensa e TV mostram a situação preocupante no Rio São Francisco.
Considerado com o " Rio da Integração nacional brasileira" é preocupante a situação na sua nascente e, consequentemente junto a primeira barragem, a Usina de Tres Marias.

O Rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e de toda a América do Sul. Sua nascente está localizada na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas. O rio também atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte comPernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados deSergipe e Alagoas, e, por fim, deságua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641 000 km². Seu comprimento medido a partir da nascente histórica é de 2 814 km, mas chega a 2 863 kmquando medido ao longo do trecho geográfico. Seu nome indígena éOpará ou Pirapitinga e também é carinhosamente chamado Velho Chico.
Apresenta dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1.371 km de extensão, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) / Petrolina (PE) e o baixo, com 208 km, entre Piranhas (AL) e a foz, no Oceano Atlântico."
A mais recente reportagem trás esta assustadora notícia:
Fechamento das comportas de Três Marias esvazia leito do São FranciscoEm BH, chuvas dos últimos dias causaram inundações, prejuízos e morte

O leito do São Francisco está praticamente seco em alguns trechos em Pirapora, como nas proximidades da histórica ponte Marechal Hermes


Enquanto Belo Horizonte e a região metropoltina enfrentam temporais, inundações e alagamentos, como os ocorridos na capital na terça, na quarta e na quinta-feira, em alguns locais no Norte de Minas o leito do Rio São Francisco está praticamente seco, em decorrência da redução da vazão da Usina de Três Marias. A diminuição do volume de água liberado pelas comportas da represa, determinada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), criou um cenário de desolação que moradores mais antigos da região afirmam nunca ter visto desde a inauguração da usina, em 1962.

Em Pirapora, o problema é mais grave e visível nas chamadas duchas do Rio São Francisco, localizadas próximo à histórica ponte Marechal Hermes e consideradas uma atração turística do município. A drástica diminuição do volume do Velho Chico gera danos ambientais, ameaçando a sobrevivência dos cardumes. Também dificulta a navegação e provoca outra apreensão: a possibilidade de comprometer a captação de água para o abastecimento da cidade.

A situação piorou devido à falta de chuvas nos últimos três meses. De acordo com o Centro de Climatologia (Climatempo) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), o índice pluviométrico na região de Três Marias no primeiro trimestre foi o pior dos últimos 10 anos, em torno de 150 milímetros, enquanto a média histórica no período varia de 300 a 400 milímetros. Por conta da falta de chuvas, o reservatório de Três Marias está com apenas 19% de sua capacidade. A ordem do ONS levou à redução da vazão da usina de 500 mil litros por segundo para 250 mil. E o pior ainda está por vir, pois já há orientação para que a partir do dia 15 a vazão passe para 200 mil litros por segundo. O quadro só vai melhorar quando voltar a chover. Porém, segundo o serviço de meteorologia, pelo menos para este mês não existe previsão de quantidade de chuvas suficiente para reverter a situação. 

Pirapora , cidade com cerca de 51 mil habitantes, sofre mais com os efeitos da diminuição da vazão de Três Marias por causa da sua localização, a apenas 168 quilômetros da represa. No trecho entre a hidrelétrica e o município, o São Francisco recebe água de apenas um afluente de maior porte, o Rio Abaeté. Outro fator negativo é que,  com a vizinha Buritizeiro, o município fica situado acima da foz do Rio das Velhas, um dos principais afluentes da margem direita do Velho Chico. Assim, as chuvas em algumas áreas, como a Região Metropolitana de Belo Horizonte, contribuem para melhorar a vazão do Rio das Velhas e chegam ao São Francisco, mas não beneficiam o município.

“Estamos muito preocupados. Se não chover nos próximos dias, a situação vai piorar e o impacto no turismo será muito grande”, alerta Anselmo Matos, presidente da Empresa Municipal de Turismo de Pirapora (Emutur). Morador de Pirapora, o ambientalista Roberto MacDonald salienta que a redução da vazão ameaça a vida no Velho Chico, diminuindo a quantidade de peixes. Ele frisa que as lagoas marginais servem para a reprodução dos peixes da bacia. “Mas, neste ano, muitas lagoas estão secando com os peixes dentro delas. Isso será uma catástrofe. Os cardumes estão sendo dizimados de forma gradativa”, diz MacDonald. “A vazão do São Francisco foi reduzida de tal forma que, nos lugares em que o rio tinha 700 metros de largura, hoje está com 200 ou 300 metros”, observa o ambientalista.
ABASTECIMENTO EM RISCO A situação também é muito preocupante no que diz respeito ao abastecimento de água em Pirapora. O diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) do município, Esmeraldo Pereira Santos, disse que já estão sendo enfrentadas dificuldades para captar a água do rio. Ele informou que, com a redução da vazão do São Francisco, o SAAE teve que fazer alguns serviços emergenciais, como a limpeza e desassoreamento do canal onde a água é recolhida. “Estamos no nosso limite. A situação é gravíssima. Se não chover e o volume liberado baixar para até 200 metros cúbicos por segundo, o abastecimento de Pirapora será comprometido”, disse Esmeraldo. Ele lembra que cerca de 70% da população da cidade (aproximadamente 40 mil pessoas) são abastecidos com água retirada do Rio São Francisco. 

 Além de Pirapora, outros municípios do Norte de Minas estão tendo dificuldades causadas pela determinação do ONS de diminuir a vazão de Três Marias. Em praticamente toda a extensão do rio, o nível da água baixou muito e em vários pontos surgiram ilhas e bancos de areia, deixando o leito com poucos centímetros de água. Nos municípios de São Francisco e Itacarambi, o baixo volume das águas dificulta a travessia de balsa. Os pontos de travessia tiveram que ser mudados. Também já começam a aparecer obstáculos para travessia de balsa entre Manga e Matias Cardoso. “Na verdade, o São Francisco vem perdendo volume ano a ano, mas agora a situação está pior, totalmente fora do normal”, lamenta o barranqueiro Francisco Guedes da Silva, de 55 anos, o “Marujo”, que vive praticamente dentro do Velho Chico, em Januária, também no Norte do estado. Ele ganhou o apelido porque é dono de um barco, que aluga para pescadores ou pessoas que queiram passear no São Francisco.
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/04/05/interna_gerais,515748/fechamento-das-comportas-de-tres-marias-esvazia-leito-do-sao-francisco.shtml
A Rede Globo através do Globo Rural completa com informações de dificuldades dos piscicultores em face da baixo nível da barragem  Rio.Vejam as imagens no link anexo;http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/t/especial-de-domingo/v/baixo-nivel-de-reservatorio-de-agua-em-mg-prejudica-producao-de-peixes/3400258/
No Rio, as Barragens das Hidrelétrica s servem para regular a vazão do Rio evitando o desperdício e as inundações nos períodos de chuva. Nele foram construídas Hidrelétrica a saber;Da nascente em direção a Foz :
Usina Hidrelétrica de Três Marias - Rio São Francisco, 396 MW 
A próxima grande Usina é Sobradinho.
Usina Hidrelétrica de Sobradinho está localizada nos municípios de Sobradinho e Casa Nova, estado da Bahia, a 40 km das cidades de Juazeiro (Bahia) e Petrolina (Pernambuco) e distante, aproximadamente 470 km do complexo hidroenergético de Paulo Afonso. A usina tem uma potência instalada de 1.050.000 kW(1.050 MW) e conta com 6 máquinas geradoras.A Usina está posicionada no rio São Francisco a 748 km de sua foz, possuindo, além da função de geração de energia elétrica, a de principal fonte de regularização dos recursos hídricos da região.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_de_Sobradinho

A seguinte e´o complexo de Paulo Afonso:A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf - iniciou a construção de suas usinas em Paulo Afonso no ano de 1949. Hoje, estão instaladas na região, num raio de 4 km, 5 grandes hidrelétricas, a Usina Apolônio Sales, na divisa de Paulo Afonso-BA e Delmiro Gouveia-AL e as Usinas Paulo Afonso, I, II, III e IV que produzem 4.300 MW de energia elétrica. Somadas às usinas Luiz Gonzaga, em Petrolândia e Xingó, na divisa dos Estados de Sergipe e Alagoas, o Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso é responsável por 83,4% de toda a energia produzida pela Chesf, que é de 10,7 MW. A Usina PA.IV, que produz 2,462 MW, possui uma das maiores cavernas do mundo. Tem 210 metros de extensão, 24 de largura, 55 de altura. Para o funcionamento das usinas foram construídas grandes barragens que formam imensos lagos regiãohttp://www.pauloafonso.ba.gov.br/turismo/internas/atrativos/?id=29


Usina Hidroelétrica de Moxotó:
Usina Hidrelétrica de Moxotó, construída em 1971, está localizada a cerca de três quilômetros a montante do barramento das Usinas Paulo Afonso I, II e III, no município alogoano de Delmiro Gouveia.Foi inaugurada em 1975. Em 1983, passou a ser chamada Usina Apolônio Sales, em homenagem a Apolônio Jorge de Faria Sales (1904-1982) que foi ministro do Governo Getúlio Vargas, senador da República e presidente da Chesf  Sua construção e operação formou um reservatório de 100 quilômetros quadrados, acumulando 1,2 bilhão de metros cúbicos de água, totalizando uma potência instalada de 440.000 quilowatt  .
Atualmente a potência total gerada não deve ultrapassar 400.000 quilowatt fin evitar o aumento de problemas estruturais existentes.
Usina de Itaparica;
Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga (antes conhecida como Usina Hidrelétrica de Itaparica) é uma usina hidrelétrica localizada nos estados brasileiros de Bahia e Pernambuco. A usina, que pertence a Eletrobras Chesf foi renomeada em homenagem ao cantor e compositor brasileiro Luiz Gonzaga do Nascimento (1912-1989).
A hidrelétrica pertence a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf) e esta inserida na bacia hidrográfica do rio São Francisco.
Com capacidade de gerar cerca de 1 milhão e 480 mil kW, o reservatório acumula quase 11 bilhões de m³ (metros cúbicos) ocupando área de 834Km². A formação do lago inundou áreas da Bahia e Pernambuco antes habitadas por 10 mil e 500 famílias que foram reassentadas em 3 cidades e um povoado, em projetos de irrigação que hoje contam com mais de 15.000 hectares em operação.
A última , ou melhor, a mais próxima da Foz junto ao Oceano Atlântico é a Hidroelétrica de Xingó:
Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 quilômetros do município de Piranhas e a 6 quilômetros do município de Canindé de São Francisco.
A Usina de Xingó está instalada no São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 609.386 km2 , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km2, com extensão de 3.200 km, desde sua nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE.
A posição da usina, com relação ao São Francisco, é de cerca de 65 km à jusante do Complexo de Paulo Afonso, constituindo-se o seu reservatório, face as condições naturais de localização, num canyon, uma fonte de turismo na região, através da navegação no trecho entre Paulo Afonso e Xingó, além de prestar-se ao desenvolvimento de projetos de irrigação e ao abastecimento d’água para a cidade de Canindé/SE.
A preocupação term sentido quando já em janeiro último o reservatório de sobradinho 30% de sua capacidade.
O SOS Rios do Brasil relata;
"A longa estiagem transformou a paisagem em vários trechos do Rio São Francisco, um dos mais importantes do país.
A água transparente revela o drama de um gigante. A profundidade é baixa, é possível ver o fundo. O Rio São Francisco enfrenta a pior seca dos últimos 12 anos.
A pouca chuva nos afluentes do rio até dezembro de 2013 fez diminuir o volume de água no lago de Sobradinho, na Bahia. O reservatório está com pouco mais de 30% da capacidade. Segundo a Chesf, essa quantidade é uma ameaça à geração de energia no Nordeste.
Há cinco meses, a vazão média, volume d'água que sai da represa, diminuiu de 1,3 mil para 1,1 mil metros cúbicos por segundo (m³/s). O São Francisco perdeu suas forças. Não há mais correnteza no rio."
Já Ozildo Alves do Jornal a Tribuna de Hoje de Paulo Afonso, relata em reportagem;

Seca e falta de chuva revelam limites do Rio São Francisco.


A Bacia do São Francisco tem um peso significativo na geração de energia elétrica do país. É responsável por 12% de toda a capacidade hidrelétrica e por 22% da produção nacional de energia, e ainda opera com muito potencial, segundo a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Mas o rio está perdendo força.
A estiagem na região de sua nascente, na Serra da Canastra, município de São Roque, em Minas Gerais, e nos seus afluentes ao longo dos cinco estados (entre eles Alagoas) e dos 504 municípios que banha, reduziu o nível de água e obrigou a Companhia a diminuir, de maneira controlada há quase um ano, a corrente do rio no intuito de acumular água na Barragem de Sobradinho, na Bahia, maior lago artificial do mundo com um reservatório de 320 quilômetros de extensão e capacidade de armazenar 34 bilhões de metros cúbicos de água.
A medida vem prejudicando atividades como a pesca, irrigação, distribuição de água e ameaçando a própria vida do Velho Chico, principalmente na região do Baixo São Francisco, que compreende os estados de Alagoas e Sergipe, segundo defendem estudiosos.
“A operação da barragem é que determina o regime das águas no Submédio e Baixo São Francisco. Como nós tivemos uma estiagem prolongada com a seca e falta de chuva, desde março de 2013, o setor elétrico solicitou à Agencia Nacional de Águas permissão para reduzir a vazão regularizada e teve permissão. Eles diminuíram a corrente de água. Soltam menos água, para melhorar o volume útil do reservatório. O lago de Sobradinho chegou no começo do ano passado com um volume de 21% do valor total, esse valor é considerado crítico”, explicou o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda.
Dessa forma, a vazão do rio, que antes da construção das hidrelétricas de Paulo Afonso, na década de 50, era de dois mil metros cúbicos por segundo, diminuiu quase pela metade, caindo para menos que a mínima permitida pelos órgãos gestores dos recursos hídricos do país, que é de 1.300 metros cúbicos por segundo.
O presidente do Comitê alerta para a importância de se começar a investir em novas formas de produção de energia elétrica. Segundo ele, a tendência é de o quadro atual piorar no futuro.
“A máxima [vazão] regularizada é 1.800, é o ideal. Essa é a pior redução desde 2001 quando o reservatório chegou em torno de 20% da capacidade total. De lá pra cá, o bloqueio da corrente já foi praticado umas quatro vezes e a tendência é se repetir, então é importante pensar numa outra forma de geração de energia. Tem que investir mais em energia eólica, solar, em outras alternativas pra evitar que a gente entre numa situação de colapso”, alertou. "
Nos resta rezar para que as chuvas voltem a cair na Serras de Minas Gerais um celeiro hídrico para o Brasil onde alimenta duas grandes bacias e importantes rios para S. Paulo e Rio de Janeiro.
Por enquanto a preocupação persiste...

Fontes:

J.A.

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