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Pois amigos que me
acompanham no blogger, fui surpreendido com um pedido de consultoria para
criticar a medição de um medidor fabricado por tradicional empresa do mercado. Segundo consta, ao
instalar um no-break a conta de luz quase dobrou mesmo com a corrente de
entrada estando dentro do normal. Com ajuda da concessionária local eles
fizeram uma medição em conjunto atrás de possíveis erros / defeitos dos dois
lados. Este medidor tem programações que podem ser alteradas, assim pode medir
outras grandezas elétricas. No caso ele foi selecionado para medir corrente e
comparada com os amperímetros alicates, onde foram constatados valores
diferentes.
Achei estranho muito
estranho e fui verificar o que se estava falando no mercado e na rede sobre
este tema.
Fui surpreendido mais uma
vez com uma quantidade de reclamações a respeito. A mais séria foi verificada no Rio em algumas
favelas onde foi acionado até o Ministério Publico.
No final o Tribunal de
justiça soltou a decisão no link abaixo;
“TRIBUNAL DE JUSTIÇA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº 0009252-08.2012.8.19.0000 Agravante: MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO Agravada: LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/A Origem:
JUÍZO DE DIREITO DA 4ª VARA EMPRESARIAL DA COMARCA DA CAPITAL”
Consultei o INMETRO pela
rede, sobre a homologação do instrumento citado pelo meu amigo no inicio do
texto. Realmente o equipamento estava homologado pelo órgão público federal
seguindo as resoluções da ANEEL.
Como eu poderia de alguma
forma condenar um instrumento homologado de uma multinacional, usado em vários
paises?
A questão é que muito destes
instrumentos tem comunicação e permite que os funcionários das concessionárias
façam as leituras sem precisar entrar nas residências entre outras novidades
tecnológicas.
Então veio uma luz através
do próprio fabricante que respondeu a concessionária e ao meu amigo sobre este
questionamento de medir a mais, diz o texto numa parte;
“ - Baseado em
informações de nossos clientes e testes realizados no nosso laboratório, foi
possível confirmar que alguns modelos de
inversores geravam harmônicos de alta freqüência, influenciando na medição de
corrente devido às características derivativas do sensor, fazendo com que o
medidor registrasse valores alterados de
energia consumida e fornecida.”
Mais a frente diz;
“ ... a produção e revisão D do ASIC de medição
utilizado, permitiram um aumento da imunidade do circuito de medição de
corrente quanto a tais interferências ( harmônicos de alta freqüência) e, desde o inicio de março de 2017.
Isso é surreal, deve ser por
isso que o tribunal de Justiça do Rio mandou voltar aos velhos medidores. Onde
esta o estatuto de defesa do consumidor, onde esta a ANEEL e o INMETRO?
Como o incauto consumidor
que compra, por exemplo; um chuveiro de controle eletrônico ou um dimmer para
controlar luz da casa, a vai saber que pode pagar mais por usar estes
equipamentos também homologados e vendidos no comércio em geral?
Mas eu aqui fiz um estudo
dos porquês acontece isso.
A primeira coisa que vem a
mente é a medição padrão usado e o que ela diz;
Em matemática, a raiz do valor quadrático
médio ou RMS (do inglês root mean square) ou valor eficaz é uma
medida estatística da magnitude de uma quantidade variável.
Pode-se calcular para uma série de valores discretos ou para uma função variável contínua. O nome deriva
do fato de que é a raiz
quadrada da média aritmética dos quadrados dos valores. É um caso especial da potência média com o expoente p = 2.
Numa medição com harmônicos
vai causar um erro:
Numa medição senoidal o
valor vai dar correto;
Agora que vem a questão do
“erro”, é muito provável que os medidores meçam de outra forma, ou seja, como
os instrumentos de medição de precisão em tru-rms.
O que é a medição tru-rms?
“True-rms”. “RMS” significa “root-mean-
square”(raiz-média-quadrada). Vem de uma fórmula matemática que calcula o valor
“efetivo” (ou valor de aquecimento) de qualquer forma de onda ac.
Equipamentos
ditos TRUE RMS, são
capazes de fornecer o valor RMS verdadeiro, não importando o tipo de carga e,
por conseqüência, o tipo de distorção do sinal. Mas dependendo do tipo de harmônico pode marcam um pouco mais em se tratando de corrente.
Concluindo:
Em carga convencional e
senoidal nenhum problema os testes foram feitos em vários lugares e até pelo
INMETRO.
Mas numa rede com
harmônicos...
É necessário que as
autoridades tomem uma posição sobre isso, pois do outro lado temos algumas
inovações tecnológicas que vieram trazer benefícios a todo público consumidor
como, por exemplo;
- As novas televisões têm
fonte chaveada.
- Os computadores têm fontes
chaveadas,
- Os novos condicionadores de ar inverter têm acionamento chaveado.
- Alguns chuveiros têm
chaveamento e controle eletrônicos.
- Os celulares têm fontes
chaveadas.
- Temos outros
eletrodomésticos que também podem gerar algum tipo de harmônico como o fogão de indução.
- Alguns prédios têm
elevadores controlados por acionamentos eletrônicos.
- No-breaks etc.
Então é preciso que se defina
primeiro que nível de harmônico permitido e depois sim o tarifamento como foi o
caso do fator de potencia.
O que não pode é chegar à
casa do usuário, trocar o medidor e de uma hora para outra dobrar a conta de luz.
Se for permitido o uso
eletrônico, por exemplo, do controle de um chuveiro ou de um dimmer que se
defina qual percentual é permitido e se exija dos fabricantes filtros que
limitem os valores da distorção de um lado. Do outro lado, que se exija dos
fabricantes de medidores eletrônicos que a medição só ocorra baseado no
definido acima e com tempo para todos se adequarem. Lembram da mesma situação
em alguns medidores de água no passado que media até o ar dos canos, pois é
algo similar. É preciso que as autoridades normalizem os dois lados, o que não
pode é o consumidor que é a parte mais fraca na situação pagar por isso.
Nota 1:
Aqui não estamos dizendo que
todos os medidores eletrônicos medem errado, pois não conhecemos todos e suas
tecnologias, e que, de alguma forma, enganem o consumidor. O que dissemos foi
que os medidores usam uma outra maneira de medir diferente dos convencionais e
isso sim pode causar distorções na medida.
Nota 2 :
As medições de corrente são similares as de tensão na tecnologia tru-rms.
Nota 2 :
As medições de corrente são similares as de tensão na tecnologia tru-rms.
Fontes:
José Amilton
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMatéria procedente e verídica, caso de origem está sendo processado nesta semana, onde foram constatadas as irregularidades em medidor onde a AES se recusou a resolver em um usuário de nossos equipamentos, a TECNICONTROL gerou laudo apontando o problema. A matéria está muito bem detalhada e é um alerta à nossa população. www.tecnicontrol.com.br
ResponderExcluirComplementando.
ResponderExcluirUma coisa é a geração de harmônicos industrias, de origem fabril do processo, onde o usuário muitas vezes se obriga a colocar filtros.
Outra coisa é a geração de harmônicos com origem em equipamentos domésticos.Neste último existem certificações de fabricantes, normas internacionais etc...
Perfeito Amilton, mas em qualquer das hipóteses o medidor deve realizar a leitura com isenção e imunidade a qualquer interferência, seja qual for, o fato de existirem interferências não isenta o equipamento de uma leitura "HONESTA" referente ao consumo real de energia utilizada.
ExcluirA aproximadamente dois anos, a cia de energia elétrica do meu estado, "a CEMIG", enviou técnicos para substituir o meu relógio de leitura por este modelo digital. Já nos próximos meses, mesmo pagando a bandeira vermelha percebi um aumento no kw/h, sendo que não havia aumento anunciado para os meses em questão.
ResponderExcluirO GOVERNO SÓ SE PREOCUPA EM ROUBAR OS BRASILEIROS,E NA LUZ,ÁGUA,GASOLINA,GÁS DE COZINHA,VENDER O PAÍS AOS COMUNISTAS POR PREÇO DE BANANA,NÓS BRASILEIROS NÃO PODEMOS DEIXAR QUE TROQUE AS CORES DE NOSSA BANDEIRA,TODOS UNIDOS PELO UM BRASIL MELHOR SEM COMUNISTAS!!
ResponderExcluirPara aqueles que tem dúvidas que harmônicos possam marcar grandes correntes, eu tive vivenciado dois casos. Em deles nos anos 80 com uma geração de no-breaks ASEA e outro mais recentemente, com fornecimento de painéis elétricos. O primeiro é um caso muito longo e vou me focar neste segundo.
ResponderExcluirUm amigo que tem empresa no seguimento, me ligou pedindo uma luz para um disjuntor fornecido por uma multinacional que eu trabalhara.
Segundo ele, por exigência do cliente, forneceu disjuntores em dois painéis para ampliação de um setor numa siderúrgica famosa.
Após a instalação e com os equipamentos em operação o disjuntor geral de um painel de 400A aquecia muito e o cliente queria uma solução. Perguntei qual a corrente que passava pelo circuito , ele me falou não chega a 300A.
Comentei com ele que esta multinacional tinha uma fabrica que produzia estes disjuntores para todo mundo mas não descartava um defeito eventual e forneci o telefone do representante local.
Meses depois ele me liga dizendo que a tal multinacional trocou o disjuntor em garantia , mas que o novo também aquecia muito.
Aí me caiu a ficha e respondi para o amigo;
- Parece ser problema de algum harmônico em que a corrente dele esta ultrapassando a capacidade do disjuntor. Conversa com a engenharia de manutenção do cliente e pede para fazerem uma medição que normalmente tem um certo custo.
Passou-se mais um tempo ele me retornou dizendo que realmente acontecia o que eu tinha dito. Acrescentou, a empresa que tinha feito as medições esta negociando o fornecimento de um filtro neste harmônico.
Como disse acima , em se tratando de unidades fabris, as empresas são obrigadas a resolverem este problema que geram aquecimentos de cabos, disjuntores, seccionadoras etc além de poder danificar os capacitores para correção do fator de potencia entre outros . Na situação do tema atual, se fosse hoje, eles teriam mais uma dor de cabeça, o aumento do custo da energia.