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Desde que o governo
brasileiro lá nos anos 60, durante o regime militar, resolveu que o país
entraria na corrida nuclear para exploração pacífica, que existia uma preocupação com o
lixo e os rejeitos atômicos.
A retórica do governo eram as seguintes;
A retórica do governo eram as seguintes;
-Dotar o país do
conhecimento.
-Dotar o país do uso e
exploração pacífica.
-Afiançavam que todas grandes
nações utilizavam a tecnologia e que os rejeitos eram acondicionados, de forma
confiável.
-Mais tarde os militares
deixaram um viés para que o Brasil construísse uma bomba nuclear no futuro. Hipótese
descartada no governo Collor de Mello quando o local reservado no centro oeste
foi lacrado e fechado.
-Nos anos 80 a marinha resolveu fazer um
projetos para construir submarinos inclusive nucleares, projeto este, que este
bem adiantado.
Vamos ao histórico:
Angra 1 é uma usina nuclear brasileira que integra a Central Nuclear Almirante Álvaro
Alberto. Situada na Praia de Itaorna,
em Angra dos Reis,
foi a primeira usina do programa nuclear brasileiro, que
atualmente conta também com Angra 2 em operação, Angra 3 em construção e mais
duas novas usinas a serem construído na região Nordeste, conforme o planejamento
da Empresa de Pesquisa Energética - EPE.
Angra 1 teve sua construção iniciada em 1972, tendo recebido
licença para operação comercial da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN em dezembro de 1984. É uma
usina tipo PWR (Pressurized Water Reactor) onde o
núcleo é refrigerado por água leve, desmineralizada. Foi fabricada pela Westinghouse e é operada pela Eletro nuclear.
Sua potência elétrica nominal bruta é de 640 MW.
Unidade a direita da Foto.
Ocorre que problemas no projeto original a levaram
sofrer alterações para se tornar mais segura.
Nos primeiros anos de sua operação, Angra 1 enfrentou problemas
com alguns equipamentos que prejudicaram o funcionamento da usina. Essas
questões foram sanadas em meados da década de 1990, fazendo com que a unidade
passasse a operar com padrões de desempenho compatíveis com a prática
internacional. Em 2010, a
usina bateu seu recorde de produção, fato que se repetiu novamente em 2011.
Esta primeira usina nuclear foi adquirida da empresa americana
Westinghouse sob a forma de “turn key”, como um pacote fechado, que não previa
transferência de tecnologia por parte dos fornecedores. No entanto, a
experiência acumulada pela Eletrobrás Eletronuclear em todos esses anos de
operação comercial, com indicadores de eficiência que superam o de muitas
usinas similares, permite que a empresa tenha, hoje, a capacidade de realizar
um programa contínuo de melhoria tecnológica e incorporar os mais recentes
avanços da indústria nuclear.
Um exemplo disso foi a troca dos geradores de vapor – dois dos
principais equipamentos da usina – realizada em 2009. Com a substituição, a
vida útil de Angra 1 poderá ser estendida, permitindo que a usina esteja apta a
gerar energia para o Brasil por décadas.
Angra 2 é a segunda das usinas nucleares que formam a Central Nuclear Almirante Álvaro
Alberto. Situada na Praia de Itaorna,
em Angra dos Reis,
entrou em operação comercial no ano de 2001.
É uma usina do tipo PWR - Pressurized Water Reactor,
com o núcleo refrigerado a água leve desmineralizada. Foi fornecida pela
Siemens - KWU da Alemanha, no âmbito do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha e é operada pela Eletronuclear.
Com potência nominal de 1300 MW (aproximadamente 50% do consumo do Estado do
Rio de Janeiro), produziu no ano de 2008 um total de 10.448.289 MWh.
Sala dos geradores de Angra 1 e 2 :
Em abril de 2008 Angra 2 alcançou a marca de 80 milhões de MWh
produzidos desde sua entrada em operação.
Angra 2 foi a primeira usina construída a partir do Acordo
Nuclear Brasil-Alemanha, firmado em 1975. As obras civis da usina foram
contratadas à Construtora Norberto Odebrecht e iniciadas em 1976 com o
estaqueamento. O início da construção propriamente dita se deu em setembro de
1981, com a concretagem da laje do prédio do reator. Entretanto, a partir de
1983, o empreendimento teve o seu ritmo progressivamente desacelerado devido à
redução dos recursos financeiros disponíveis.
Em 1991, o governo decidiu retomar as obras de Angra 2, sendo
realizada em 1995 a
concorrência para a contratação da montagem eletromecânica da Usina. As
empresas vencedoras se associaram formando o consórcio
UNAMON, o qual iniciou as suas atividades no canteiro em janeiro de
1996.
A usina tornou-se operacional em julho de 2000, iniciando a
operação comercial em fevereiro de 2001.
Angra 2 opera em ciclos de 14 meses, parando ao final de cada
ciclo durante aproximandamente 30 dias para troca de 1/3 do seu combustível. A
primeira parada foi realizada entre março e abril de 2000, e até maio de 2013
haviam sido feitos 10 reabastecimentos.
Subestação de Angra 1 e 2.
Projetada para produzir 1309 MW, ao entrar em operação Angra 2
alcançou a potência de 1360 MW graças a atualizações do projeto. Dentre as
usinas do tipo PWR existentes no mundo, Angra 2 foi avaliada pela Wano (World
Association of Nuclear Operators) como acima da média em 8 dos 13 parâmetros de
desempenho, alcançando em três deles a melhor performance da categoria. Com a
produção de 10.488.289 MWh em 2008,
a usina ocupou o 21º lugar mundial, sendo que apenas 38
usinas, das 436 em operação no mundo, alcançaram mais de 10 milhões de MWh
naquele ano.
Já Angra 3 é primeira usina nuclear do país projetada
para dar lucro.
A
usina de Angra 3 é o primeiro projeto de geração de energia nuclear no Brasil
desenhado para ser lucrativo. Os anteriores, Angra 1 e Angra 2, não tinham essa
missão por incorporar os custos de aquisição e desenvolvimento de tecnologia
nesse segmento, explica Iukio Ogawa, superintendente de Licenciamento e Meio
Ambiente da Eletronuclear, empresa do grupo Eletrobrás responsável por
construir e operar usinas termonucleares no País.
"Angra 3 é a primeira que não carrega um passivo de alguma
natureza. É uma usina planejada para dar retorno, que não carrega outros custos
associados ao pioneirismo. Por isso, encerra um ciclo. A partir de agora, o
País começa a dispor de uma nova forma de geração de energia a custo
competitivo", afirma Ogawa, que participou do comitê de Meio Ambiente da
Amcham-São Paulo nesta terça-feira (21/08).
Cálculos de viabilidade econômico-financeira de Angra 3 estimam que a usina tenha rentabilidade de 10% e alcance o completo retorno do capital investido em 23 anos. Segundo o executivo, Angra
Nesta foto à direita o local onde esta sendo construída a Unidade
3.
Imagens da construção;
Do YouTube:
Piscina com o combustível radioativo usado em
Angra 1. É uma solução provisória
O governo americano paga às usinas pelos gastos delas com a
administração do lixo, que já deveria ter passado para o Estado. O prejuízo
poderá chegar a US$ 35 bilhões. Por isso, está tentando acelerar a construção
na Montanha Yucca. Em junho, a Secretaria de Energia submeteu o pedido de
licença para a construção. A perspectiva mais otimista é que o depósito seja
inaugurado em 2017.
O Brasil ainda está longe de ter um projeto como o dos EUA ou da
Finlândia. Não há local definido para o depósito nem estimativa de custo. Os
responsáveis pelo programa nuclear brasileiro ainda discutem o que é lixo
nuclear. “O combustível usado não é lixo”, afirma o presidente da CNEN, Odair
Dias Gonçalves. “Ele pode ser usado novamente porque conserva 40% de seu
potencial energético.” É por isso que o projeto brasileiro prevê a construção
de um abrigo de 500 anos. O objetivo é reciclar o combustível. É uma promessa
que encontra resistência. No reprocessamento, é possível obter plutônio, usado
na construção de armas nucleares. Outra desvantagem é o alto custo: por
enquanto, reprocessar o urânio sai mais caro que retirá-lo da natureza. “O
reprocessamento ainda não é viável”, diz Leonam dos Santos Guimarães, porta-voz
da Eletronuclear, a empresa que administra as usinas de Angra. “Mas precisamos
dar às próximas gerações o direito de usar essa fonte de energia.”
A aposta de Guimarães nas soluções futuras é partilhada por
Anneli Nikula, porta-voz da TVO, empresa operadora das usinas finlandesas de
Olkiluoto. “Estamos construindo um depósito tão seguro que não precisará ser
monitorado depois de lacrado”, diz. “Mesmo assim, sempre penso que as novas
gerações não serão menos inteligentes que nós. Elas encontrarão maneiras mais
fáceis de controlar a radiação.” O dilema do lixo nuclear é que só no futuro
distante ficará claro se deixamos um belo presente ou um grande fardo para as
futuras gerações.
Destino
do lixo nuclear, herança para nossos filhos.
A verdade é que depois de Chernobyl e Fukushima existem
uma atenção mundial para estes assuntos ligados a segurança ambiental e se
seria alguma vantagem continuar investindo numa forma de geração de energia de
tão alto risco.
Fontes:
J.A.
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