segunda-feira, 10 de março de 2014

A procura de novas fontes de energia limpas e renováveis – Terceira Parte.

Peço aos amigos que deem uma clicada nos reclames da lateral direita ou inferior da página. Assim estarão ajudando este blogueiro a manter a página  e receber algum do Google".

Energia Geotérmica!

O que é Energia Geotérmica?

A energia geotérmica vem do núcleo da Terra. Não diretamente, claro. O núcleo derretido da Terra contém muita energia, na forma de calor. Esse calor se move pelo interior da Terra, em direção à superfície. Ele derrete a rocha ao longo do caminho, formando o magma. Se o magma atinge a superfície, ele se transforma em lava, e um vulcão se forma.
Em algumas partes do mundo, o magma chega a pontos muito próximos da superfície da Terra, particularmente nos limites de placas da crosta terrestre ou em pontos quentes espalhados. Nessas localidades, o magma pode ser encontrado em profundidades de alguns quilômetros ou menos. As rochas acima dessas câmaras de magma ficam muito quentes. Se a água subterrânea ou das chuvas atingirem essas rochas, a água também fica aquecida. As temperaturas da água podem chegar a 275ºC (527ºF) sob pressão. A água subterrânea forma fontes termais, gêiseres e fumarolas quando atinge a superfície da Terra.
Agora que conhecemos a fonte da energia geotérmica,


 como ela fornece calor ou eletricidade?

 Existem dois métodos: 


aquecimento geotérmico direto e usinas de energia 

geotérmica.

Principais regiões do mundo onde existe a possibilidade 

de exploração.

Existem dois tipos de sistemas que utilizam água aquecida 

geotérmicamente para aquecer edifícios. O primeiro sistema 

desenvolvido bombeia água quente de um reservatório 

geotérmico e a envia diretamente, através de tubulação, aos

edifícios que a utilizam para obter calor. A maior parte dessa


 água é devolvida ao solo após esfriar, para que possa voltar

ao reservatório de água subterrânea. Sistemas mais novos 

bombeiam a água quente para um trocador de calor, que 

contém um fluido que absorve o calor da água. Esse fluido

 aquecedor, que pode ser água, fica armazenado em uma 

alça separada que percorre as construções locais. Um 

sistema que utilize um trocador de calor mantém a água 

quente e o fluido aquecedor separado. O motivo para essa 

separação: a água subterrânea quente pode conter sais e 

minerais que podem obstruir o sistema de aquecimento 

local. A maior parte da água quente bombeada para fora do 

solo é devolvida ao solo para evitar que o reservatório fique vazio.
Sistemas geotérmicos diretos têm um impacto mínimo sobre 

o meio ambiente. Sistemas mais antigos que utilizam a água

 aquecida diretamente devem devolver a água ao 

reservatório de água subterrânea para manter o sistema. Em

 sistemas mais novos, a água quente apenas chega até o 

trocador de calor, de forma que retorna rapidamente ao 

reservatório de água subterrânea. Sistemas diretos utilizam

 água bombeada do solo, e os sistemas devem usar a 

energia gerada por combustíveis fósseis para alimentar as 

bombas. Dessa forma, sistemas geotérmicos indiretamente 

aumentam as emissões de CO2. Contudo, esses sistemas 

reduzem significativamente a dependência de combustíveis 

fósseis para gerar calor.

No que se refere à geração de energias elétrica.

Usinas de Energia Geotérmica

Está havendo um aumento na eletricidade gerada geotermicamente. Segundo um relatório de 2005 da ENEL, provedora de energia italiana, usinas de energia geotérmica estavam fornecendo 8.900 megawatts para 24 países do mundo. Os Estados Unidos produzem mais eletricidade geotérmica do que qualquer outro país, com aproximadamente 32% do total mundial.
A primeira usina de energia geotérmica foi construída em Larderello, Itália, em 1904. Um grupo liderado por Prince Piero Ginori Conti desenvolveu uma forma de usar o vapor de fumarolas locais para movimentar turbinas e alimentar um gerador. Essa usina ainda está em operação. Na década de 1950, o governo da Nova Zelândia começou a estudar a possibilidade de usar o campo geotérmico de Wairakei para gerar energia. O campo incluía gêiseres, fumarolas, fontes termais e piscinas de lama. A usina geotérmica de Wairakei, a segunda no mundo, foi inaugurada em 1958. A maior usina de produção de eletricidade geotérmica é a The Geysers, próximo a Santa Rosa, Califórnia. A usian foi inaugurada em 1960. Embora na verdade não exista nenhum gêiser nessa localidade, bueiros de vapor existem em toda a região. A usina de Geysers produz cerca de 750 megawatts de energia—suficiente para uma cidade do tamanho de San Francisco.
Desde 2000, a geração de energia geotérmica triplicou na França, na Rússia e no Quênia. Países tão diversos quanto Filipinas, Islândia e El Salvador produzem uma média de 25% de sua eletricidade a partir de fontes geotérmicas, ao passo que o Tibete suprem 30% de suas necessidades energéticas dessa forma.
As usinas geotérmicas usam um de três processos diferentes para gerar eletricidade. Usinas de vapor direto ou vapor seco são construídas em localidades onde os principais recursos hidrotérmicos são bueiros de vapor. Um poço de produção captura o vapor pressurizado que escapa do solo e o envia a uma turbina através de uma tubulação. A turbina consiste em uma série de pás anguladas montadas em um eixo central. O vapor pressurizado passa através da turbina, fazendo com que ela gire em seu eixo central. A turbina em movimento, por sua vez, alimenta um gerador. A água esfria e volta ao solo. Larderello e The Geysers são exemplos de usinas de vapor direto.

Uma usina de vapor flash utiliza água em temperaturas acima de 180ºC (360ºF) para fazer vapor. A técnica de flash pega água quente profunda, em alta pressão, e a pulveriza em tanques de baixa pressão. A água rapidamente volta ao estado de vapor, “em um flash,” criando algo chamado de “vapor flash.” Esse vapor em alta pressão movimenta as turbinas, que alimentam o gerador e produzem eletricidade. A água resfriada é injetada de volta ao solo.

Uma usina de ciclo binário utiliza água geotérmica moderadamente quente, de 107 a 182ºC (225 a 360ºF). A água geotérmica entra em um trocador de calor, onde passa por um fluido secundário com um ponto de ebulição muito mais baixo que o da água. O calor geotérmico faz com que o fluido secundário se transforme em vapor “em um flash”, movimentando as turbinas. A água geotérmica nunca chega à turbina diretamente; ela é injetada de volta ao solo a partir do trocador de calor. A maioria dos recursos geotérmicos recai na categoria de temperatura moderada; assim, a construção de usinas binárias é a mais provável no futuro.

Problemas

As usinas de energia geotérmica são a maior causa de preocupações referentes à energia geotérmica. Um problema: o afundamento do solo à medida que água ou vapor são inicialmente retirados. Esse pode ser um sério problema. Em Wairakei, o solo chegou a cair 13 metros quando a usina começou a operar. Isso continua sendo um problema em Wairakei. Em usinas mais novas, a água é rapidamente reinjetada para manter sua pressão e o nível do reservatório subterrâneo.
Usinas de energia geotérmica binárias não causam emissões de nenhum gás. Contudo, usinas de vapor flash e vapor seco emitem quantidades relativamente pequenas de CO2, dependendo do teor da água. Também é emitido um pouco de sulfeto de hidrogênio, mas não em quantidades significativas para contribuir para a chuva ácida. Em função dos compostos sulfúricos dissolvidos na água subterrânea, as usinas emitem um cheiro de enxofre que desagrada às pessoas. Nos Estados Unidos, as usinas de energia geotérmica precisam remover o sulfeto de hidrogênio, seja por sua queima ou por sua conversão em dióxido de enxofre. O dióxido de enxofre pode então ser dissolvido ou convertido em ácido sulfúrico e vendido. Sais e minerais retirados da água são injetados de volta ao reservatório subterrâneo. Um pouco de lama também é produzido; a lama está atualmente sendo processada para remover minerais valiosos.

Em estudos e pesquisas;

Os pesquisadores estão se concentrando em canalizar o calor da Terra por meio da perfuração até camadas mais quentes nas profundezas da Terra—por exemplo, perto do manto. Contudo, isso exige uma capacidade de perfuração a níveis muito mais profundos que a capacidade atual permite.
A história;
A primeira tentativa de gerar eletricidade de fontes 

geotérmicas. O trabalho se deu em 1904 em Larderello na 

região da Toscana, na Itália. Contudo, esforços para 

produzir uma máquina para aproveitar tais fontes foram mal 

sucedidos pois as máquinas utilizadas sofreram destruição 

devido a presença de substâncias químicas contidas no 

vapor. Já em 1913, uma estação de 250 kW foi produzida 

com sucesso e por volta da Segunda Guerra Mundial 100 MW estavam sendo produzidos, mas a usina foi destruída na Guerra.
Por volta de 1970, um campo 

de gêiseres na Califórnia estava produzindo 500 MW de 

eletricidade. A exploração desse campo foi dramática, pois 

em 1960 somente 12 MW eram produzidos e em 1963 

somente 25 

MW. México, Japão, Filipinas, Quénia e Islândia também têm 

expandido a produção de eletricidade por meio geotérmico.

Na Nova Zelândia o campo de gases de Wairakei, na Ilha 

do Norte, foi desenvolvido por volta de 1950. Em 1964, 192 

MW 

estavam sendo produzidos, mas hoje em dia este campo está acabando.
Portugal conta com uma moderna central geotérmica em 

funcionamento na Ilha de São Miguel, Açores. Esta central 

foi construída pela multinacional israelita Ormat. Isto para 

além outra mais antiga, e está a ser acabada uma nova 

na Ilha Terceira, Açores.
Vantagens e desvantagens.
Aproximadamente todos os fluxos de água geotérmicos 

contém gases dissolvidos, sendo que estes gases são 

enviados a usina de geração de energia junto com o vapor 

de água. De um jeito ou de outro estes gases acabam indo 

para a atmosfera. A descarga de vapor de água e CO2 não 

são de séria significância na escala apropriada das usinas 

geotérmicas.
Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e 

as propriedades nocivas do ácido sulfídrico (H2S) são causas que preocupam. Nos casos onde a concentração de 

ácido sulfídrico (H2S) é relativamente baixa, o cheiro do gás causa náuseas. Em concentrações mais altas pode causar 

sérios problemas de saúde e até a morte por asfixia.
É igualmente importante que haja tratamento adequado a 

água vinda do interior da Terra, que invariavelmente contém

 minérios prejudiciais a saúde. Não deve ocorrer 

simplesmente seu despejo em rios locais, para que isso não 

prejudique a fauna local.
Possibilidade de pequenos abalos sísmicos.
Quando uma grande quantidade de fluido aquoso é retirada 

da Terra, sempre há a chance de ocorrer subsidência na 

superfície. O mais drástico exemplo de um problema desse 

tipo numa usina geotérmica está em Wairakei, Nova Zelândia O nível do superfície afundou 14 metros 

entre 1950 e 1997 e está deformando a uma taxa de 0,22 

metro por ano, após alcançar uma taxa de 0,48 metros por 

ano em meados dos anos 70. Acredita-se que o problema 

pode ser atenuado com reinjeção de água no local.
Há ainda o inconveniente da poluição sonora que afligiria 

toda a população vizinha ao local de instalação da usina, 

pois, para a perfuração do poço, é necessário o uso de 

maquinário semelhante ao usado na perfuração de poços de petróleo.
Por enquanto parece ter uma desvantagem significativa em 

relação à eólica e solar.

E no Brasil, como seguem os estudos nesta fonte de 

energia.
No Brasil, a energia geotérmica é utilizada apenas na forma de água aquecida, como no caso dos parques termais de Caldas Novas (GO) e Poços de Caldas (MG).
Como o terreno brasileiro é bastante antigo, não possui formações que tornam possíveis as rochas derretidas ou magma estarem mais próximas à superfície. Sendo necessário mais trabalho, estrutura e gastos para atingir um nível considerado suficiente para a produção.
Porém, o Brasil possui as duas maiores reservas de água doce subterrânea do mundo: Aqüífero do Guarani e Aqüífero Alter do Chão. A temperatura dessas águas são classificadas como fontes geotérmicas de baixas temperaturas – entre 35o e 148oC –, podendo ser utilizadas para aquecimento de água em residências e sistemas de calefação. Porém, o último estudo completo concluiu em 1984 que o Brasil não possui o potencial necessário para produção de energia geotérmica.
Nos últimos anos, com base em novos dados preliminares, o tema voltou em pauta e o Brasil tem feito acordos com a Alemanha a respeito de fontes alternativas de energia, e a geotérmica está entre elas. O deputado Rogério Peninha Mendonça propôs, esse ano, a criação de uma Frente Parlamentar para fomentar incentivos governamentais na área geotérmica brasileira. Ele afirma que existem vários pontos no Brasil capazes de gerar energia com apenas 300 ou 400 metros de perfuração com auxílio de nanoestruturas que aumentam o armazenamento de calor, recentemente descobertas nos EUA.
A energia geotérmica anda a passos lentos e é bastante discutida mundialmente por conta de possíveis riscos de terremotos que podem ser provocados pela rachadura das pedras.

Fontes;

J.A.




Nenhum comentário:

Postar um comentário