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Trabalhando num projeto e especificação de aterramento e
proteção para um site de TV, me deparei com algumas novidades tecnológicas. Uma
positivamente e outra nem tanto.
A primeira se tratava de antenas para as novas TV´s Digitais
na freqüência aberta e comercial em formato tubular e preparada para servir
como captor das descargas atmosféricas (raios).
A segunda se refere aos DPS que será assuntos do nosso
tópico de hoje.
Acredito piamente que é por desconhecimento de alguns
profissionais que trabalham na área elétrica que acabou gerando um conforto no
mercado comercial ao disponibilizar DPS genéricos, ou seja, que funcionam tanto
em redes elétricas 220 Vac como em 380 ou 440 Vac.
Quando fui inspecionar a obra em questão, me deparei nos
quadros elétricos com DPS com especificação para operação até 270 Vac.
Pesquisando no mercado realmente a maioria dos fornecedores tem estes produtos
de várias origens e fabricante.
Vejam este exemplo no mercado livre na internet:
Esta errado, não existe protetor contra sobre-tensões bi-volt,
genéricos ou flex. O que existe é DPS ou protetores dimensionados para a tensão
de trabalho. A grande maioria destes é apropriada para redes de 380 ou 440 Vac
fase-fase e na configuração de instalação em derivação que é 220 Vac –
fase/terra.
O protetor adequado para redes de 220/127 Vac são aqueles
para uma tensão de trabalho entre 175 Vac e 185 Vac. É imperioso se tratar no inicio e nível de atuação.
Quando se trabalha com equipamentos eletrônicos sensíveis
tem que se ater a nova norma NBR 5410-5.4.2.3 tabela 31 onde estabelece a
suportabilidade para impulsos elétricos.
Este claro no item para produtos especialmente protegido o valor de 0,8
KV. Nas tensões de 120-208 e 127-220 Vac em sistemas trifásicos e outras para
sistemas monofásicos correspondentes.
Se for colocado um protetor errado o nível de proteção vai
1,5 KV o que não vai proteger adequadamente os equipamentos eletrônicos
sensíveis.
Fica um aviso aos fornecedores e os profissionais da área de
instalações elétricas que prestem atenção nestes detalhes. Aliás, que muitas
concessionárias também não estão prestando. É muito comum se ver os pára-raios
nas linhas de média 13,8 kV, dimensionados para 15 KV erradamente. Ora se a
rede é de 13,8 kV fase /fase, ela será de 7,9 kV Fase / terra. Ou seja, o
protetor teria que ser no máximo 12 kV e não 15 kV. Destra forma, o impulso
máximo na entrada da baixa tensão que esta especificada em 6 kV. Fica
prejudicado bem como toda cadeia de isoladores e transformadores, ainda bem que
estes sempre são bem dimensionados.
Para finalizar, falando genericamente;
Para redes em até 220/127 o DPS é aquele que tem a tensão de
serviço (UC) em 175 V.
Por exemplo, o Modelo VCL 175 – 40 kA da Clamper.
Ou...
O Protetor do Phoenix Contact -
VALVETRAB, com
alta capacidade de varistor, Val-MS elemento básico, monitoramento térmico,
120Vac, largura 17,7mm - VAL-MS 120
ST é para uma tensão UC de 175 Vac.
Para Redes de 380/220 Vac o DPS é aquele em que a tensão de
serviço UC é 275 VAC.
No caso em questão por se tratar de um morro com uma torre de
70 metros
e com queda constantes de raios, o assunto é bem mais complicado. Estou
prevendo uma proteção em cascata com uso no primeiro estágio os DPS “convencionais”
que todo mundo fornece ( vide imagem acima) e na entrada e saída do equipamento o protetor correto
conforme a especificação já relatada no texto para 220/127 Vac.
Em anexo: link relacionado.
J.A.