terça-feira, 19 de novembro de 2013

Toque de humor 27 - “He,he,he...eita Macabeu!

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CAUSO – “He,he,he...eita Macabeu!”

Macabeu era um técnico do teste final da Suturnia nos anos 70, tinha por mania ao receber os equipamentos da montagem, não seguir os rituais de testes padrão que todos os outros seguiam. Ele não tinha meias palavras e paciência e logo tratava de energizar as fontes para inicio dos testes. Muitas vezes se dava mal e aí ocorria o pior.
De vez em quanto, se escutava um estrondo de um curto dentro da fabrica e um em coro de vozes gritando;
- He,he,he...eita Macabeu!
Muitas vezes era outro o causador mais a fama corria na frente e sempre alguém do corpo técnico gritava he,he,he..eita Macabeu. 

Não posso dizer que este blogueiro de araque, não tenha soltado seus fogos de artifício e por acaso  me lembrei de alguns;

O Primeiro que me lembro ocorreu quando comissionava uma fonte no norte paranaense.
Durante os testes, escuta um pequeno ruído anormal num Conversor aditivo, seguido de um cheiro que parecia a queimado. Não conseguia identificar de onde vinha. Então pelo cheiro observei que vinha do banco de capacitores do conversor 2. Abaixei-me e enfiei a cabeça dentro do equipamento para cheirar!
Foi quando eu vi a caneca dos capacitores do filtro de entrada saindo em direção ao meu rosto, uma eternidade se passou para tirar a cabeça dali, pedi desesperado que o técnico da Telepar desligasse o equipamento, mais não tive tempo, um estouro e meu rosto ficou cheio de mica e óleo de capacitores. Saí ileso mais muito assustado neste episódio.
Foi mais uma sacanagem da turma da fábrica que inverteu os capacitores de saída pelos de entrada,affe,affe,affe...
 Os de entrada era de 10.000uF por 70 Vdc e os de saída era de 10.000uF por 25 Vdc entederam os riscos da brincadeira.

O segundo foi nos testes das fontes de Passo Fundo II.
Tinha chegado antes da equipe de infra estrutura da CRT e fazia testes preliminares no sistema. Precisava simular uma falha de comutação nos retificadores e para isso precisava de uma carga no sistema. Com um ligado e com quase 50% de carga, desconectei da eletrônica o sinal de gate de um tiristor, foi quando escutei um ( estrondo) verdadeiro tiro na sala de baterias. Corri rapidamente e logo apareceu mais gente da obra e vimos àquela grande bateria rachada e vazando todo o eletrólito. Rapidamente pegamos uma mangueira d’agua e jogamos sobre o piso para neutralizar o ácido que reagia com a cal e o cimento do piso.
Qual foi a mancada, dei uma de Macabeu por não ter vistoriado os serviços de montagem das baterias e suas conexões .

A terceira foi no Banco do Brasil CPD de São Pulo.
Aqueles No-breaks´s ASEA antigos,eram de mania e eu não conhecia todas elas. O CPD tinha caído e eu fui fazer o atendimento das 4 máquinas de 200 Kva  que operavam em paralelo. Em principio não deveria ter caído ou desligado as outras, mas era um problema a ser visto posteriormente. Tinha que recolocar o CPD em operação novamente.
Após verificações coloquei duas em operação, mais quando eu fui colocar a terceira, um estrondo de estremecer o chão vindo da sala de baterias, várias baterias explodirão era pedaço de vasos e tampas para todo lado. Novamente desliguei tudo e tivemos que limpar e descontaminar a àrea. Depois coloquei o sistema em operação com apenas 3 máquinas , deixando esta quarta esperando novas baterias.
Qual foram as causas:
Referente à explosão- As baterias em final de vida útil , eram muito velhas com mais de 12 anos de uso.Não resistiram a sobrepressão gerada pelo curto , explodindo antes da abertura do fusível de proteção DC ( 800 A / 1000 Vdc).
B) Referente à falha efetiva que desligará o sistema;
Um tiristor praticamente em curto nesta máquina colocava em curto o inversor principal, portanto um curto entre o + e  - baterias numa tensão de 480 Vdc.
C) Existia um defeito histórico na chave estática de neutro . Este tipo de equipamento quando ocorria um desligamento ele abria o neutro do trafo isolador de saída para não arrastar aos outra máquinas. Quase todos eles tinha um defeito na chave estática , motivo que levou na semana seguinte ir ao Rio para verificar estes mesmos problemas, ou seja, toda vez que um no-break desligava derruba tudo. "Uma descoberta que levou este incauto  técnico a subir no conceito da chefia e do cliente rs..."

Depois deste episódio, passei a carregar no meu acervo de instrumentos importante, um megômetro. Neste episódio, um tiristor do módulo principal apresentava uma isolação normal ( bem acima de 2 Megôhms). No entanto no sentido direto era de uns 100 K ôhms, ou seja um curto para operações a 500 Vcc/440Vac. Coisa que no multitester convencional não se vê.

Eu já tive os dias de Macabeu e você já teve o seu ?

Este é mais um causo daqueles!
J.A.

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