segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Sonda Espacial Rosetta surpreende cientista com novas descobertas

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Muitas explicações sobre a cauda dos Cometas, se especulava que era devido a materiais congelados ( gelo) que ao ter aproximação do sol estes materiais seriam a causa da cauda luminosa. A Rosetta vei a surpreender os cientistas com informações dos sensores e imagens, inacreditáveis, não detectou H2O.
Enquanto gradativamente faz suas órbitas de aproximação até chegar a distancia necessária para lançar o módulo Philae que ficará ancorado no cometa, a sonda continua enviando informações valiosas.

A Revista Eletrônica Inovação Tecnológica de- 08/09/2014, trouxe  um título diferente do esperado pelos cientistas.

Cometa é mais escuro que carvão - e sem água


Os primeiros resultados mostram que sempre vale a pena fazer grandes empreitadas científicas, como enviar uma sonda para pousar em um cometa. [Imagem: ESA/ATG Medialab]

Métrica rápida
Existem inúmeras técnicas concebidas para tentar
medir o sucesso de uma empreitada científica.
Mas parece que nenhuma se compara a uma métrica
 bem do tipo senso comum: o quão boquiabertos os
 cientistas ficam quando veem os resultados de seus
 esforços.
E, por essa avaliação, os primeiros resultados 
obtidos pela sonda espacial Rosetta representam um
 sucesso inegável: os cientistas ainda não
 encontraram nada do que esperavam ao ver um 
cometa de perto.
"À primeira vista" porque a missão Rosetta está
 apenas no começo, olhando o cometa 
67P/Churyumov-Gerasimenko ainda a meia 
distância, aproximando-se para enviar um módulo de
67P chegaram, os cientistas ficaram meio sem saber
o que fazer com suas teorias, que defendem que os 
cometas são essencialmente "pedras de gelo sujo".
A "sujeira" está lá, mas o gelo, que se acreditava 
responder pela larga maioria de sua massa, ainda 
não deu o ar da graça.
Cometa escuro como carvão
Agora, mais um instrumento a bordo da sonda 
Rosetta fez a sua primeira coleta de dados, e 
colocou em números o que as primeiras imagens já
 deixavam desconfiar.
O instrumento, chamado Alice, começou a mapear a 
superfície do 67P, registrando o primeiro espectro de
 luz emitida por ele na faixa do ultravioleta extremo.
A partir dos dados, a equipe do Alice constatou que 
o cometa é extraordinariamente escuro - mais 
escuro que carvão - quando visto nesses
 comprimentos de onda. O aparelho detectou 
hidrogênio e oxigênio na "atmosfera" do cometa, 
conhecida como coma, mas não moléculas de H2O.
O instrumento confirmou ainda que, ao contrário do 
que se esperava inicialmente, a superfície do cometa
 não possui sinais de gelo.
"Estamos um pouco surpresos com o quão pouco 
reflexiva é a superfície do cometa e com quão pouca
 evidência há de gelo de água exposto," disse Alan
 Stern, principal cientista do Alice, do Instituto de
 Pesquisa do Sudoeste, nos Estados Unidos, que
 construiu o instrumento com financiamento da 
NASA.
Ainda é muito cedo para dizer que o cometa 67P não
 tem água. O que dá para garantir é que ele não a
 tem na quantidade esperada, o que levanta grandes
 expectativas sobre os jatos emitidos em sua 
aproximação do Sol - que serão filmados de perto 
pela Rosetta.
Teorias por água abaixo
A observação do cometa foi idealizada para ajudar 
os cientistas a entender mais sobre a origem e a 
evolução do nosso Sistema Solar, partindo do 
pressuposto de que os cometas seriam verdadeiras 
cápsulas do tempo desse processo de formação.
Além disso, com a dificuldade de explicar a origem
 da vida, vinha ganhando força a ideia de que a vida
 teria-se originado no espaço e vindo para a Terra a
 bordo dos cometas, congelada nesses hipotéticos 
blocos de gelo cósmicos.
E, até antes do que isso, com a dificuldade de 
explicar a origem da água na Terra, alguns cientistas
 já argumentavam que os oceanos da Terra foram 
 chocaram com nosso planeta.
Mais uma vez, a realidade está se mostrando um 
pouco mais complicada do que as teorias gostariam
 - e isto sim, é o que sempre faz valer a pena 
grandes empreitadas científicas como as da sonda 
espacial Rosetta.
Locais possíveis de pouso.

"Nunca antes vimos um mapa tão detalhado de um núcleo de cometa", são as palavras de Hoger Sierks, do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, da Alemanha. E não é exagero de quem chefia a mais audaciosa missão de estudos de um cometa da história da exploração espacial.
Só para recapitular que missão é essa, a sonda Rosetta, uma empreitada da Agência Espacial Europeia (ESA), está orbitando o núcleo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Hoje ela está a menos de 60 km de distância dele, mapeando toda a sua superfície com câmeras infravermelhas de alta resolução, e a distância só vai diminuindo ao longo das semanas. Para se ter uma ideia, em algumas imagens obtidas até agora é possível distinguir detalhes do relevo com 75 centímetros de tamanho!
O mapas produzidos com esse levantamento topográfico têm uma finalidade: encontrar um local adequado para o pouso controlado de uma outra sonda, a Filas. Esse módulo de pouso tem uma carga de 100 kg de equipamentos para estudar a composição química e física do núcleo do cometa, além de câmeras que vão registrar as mudanças que ocorrem no núcleo quando um cometa se aproxima do Sol. E ele nem deve se aproximar tanto. No dia 13 de agosto do ano que vem, ele deve alcançar sua menor distância ao Sol (chamada periélio) que é pouco menor que o periélio de Marte. Apesar disso, o aquecimento causado por essa aproximação deve ser suficiente para evaporar o gelo aprisionado no núcleo, produzindo jatos espetaculares.
Mas a principal missão da Rosetta é de procurar por compostos orgânicos complexos, a base de ácidos nucleicos e amino ácidos, ingredientes essenciais para a vida como conhecemos. Existe uma teoria que esses elementos essenciais à vida foram trazidos para a Terra justamente por cometas que a atingiram há uns 4,5 bilhões de anos, como já falei aqui recentemente.
A imagem colorida (acima) do núcleo do cometa 67P, que mais parece um mapa de alguma região da Europa, mostra diversos tipos de terreno. Na verdade, essa é a intenção de cada cor, mostrar terrenos diferentes para serem analisados e assim escolher qual o melhor ponto para o pouso da Filas. A parte vermelha, vista de frente, foi batizada de "umbigo" do núcleo, e a parte superior é chamada de "cabeça".
Minha imagem preferida, por enquanto, é essa em preto e branco obtida a uma distância de 62 km, que mostra detalhes tão pequenos quanto 1,1 metros. Se ninguém avisasse, ele poderia ser confundida com uma foto de alguma montanha na Terra, de tão próxima que ela foi tirada.
Na próxima segunda-feira (15), a ESA prometeu anunciar o local do pouso escolhido para a Filas. Na verdade dois locais, caso a primeira opção se mostre inadequada quando a Filas estiver a caminho. O pouso do módulo de pesquisa está previsto para o início de novembro.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/observatorio/post/o-mapa-de-um-nucleo-de-cometa.html
A Revista Eletrônica Inovação Tecnológica de 12/09/2014
 trás as mais recentes informações.

Primeiro selfie espacial: Rosetta e seu cometa.


[Imagem: ESA/Rosetta/Philae/CIVA]

Selfie espacial
A sonda espacial Rosetta registrou o primeiro 
autorretrato espacial: um selfie que mostra sua 
aproximação do cometa 67P/Churyumov-
Gerasimenko.
Além de estudar o cometa, a sonda enviará 
Na verdade, o selfie foi tirado justamente pelo 
módulo de pouso, chamado Philae, usando uma
 câmera de um experimento chamado CIVA.
CIVA é uma sigla para Comet nucleus Infrared and 
Visible Analyzer, analisador do núcleo do cometa em
 infravermelho e visível. Suas câmeras serão capazes
 de tirar fotos panorâmicas em 360º do local de 
O experimento CIVA conta ainda com um 
microscópio para caracterizar as amostras e com um
 sensor para registrar o espectro em infravermelho
 dessas amostras.
Pouso no cometa
No início da semana que vem deverá ser anunciado o
 local de pouso do Philae. Técnicos da missão 
pouso complicou-se muito nos últimos dias.
Conforme a sonda se aproxima do cometa, as 
imagens mais detalhadas revelam que os locais tidos
 como relativamente planos quando vistos à 
distância, na verdade são cheios de relevos 
acidentados e grandes rochas.
Essas imagens também deixaram os cientistas
 coçando a cabeça por outros motivos, já que o 
cometa não era exatamente o que eles esperavam.

Selfie espacial
selfie foi tirado no dia 7 Setembro, quando a 
sonda Rosetta e seu módulo de pouso - os dois 
ainda estão acoplados - estavam a 50 km do 
cometa.
Os painéis solares da sonda, que aparecem na foto,
 medem 14 metros de comprimento. O cometa 67P
 mede cerca de 4 km de comprimento por 3,5 km de
 largura.
Fontes:



J.A.

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