segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Nova teoria do Universo pode ser testada - Segunda Parte

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Um tema que vem sendo discutido sobre a Teoria do Big Bang e debatida intensamente pela comunidade cientifica.

A Revista Eletronica Inovação Tecnológica de 28/09/2014 tras mais um artigo sobre essa discussão.
 O Título é;

Inflação cósmica balança, multiverso ganha firmeza

O mapa do céu gerado pelo Planck mostra regiões mais empoeiradas (vermelho) e menos empoeiradas (azul). A região observada pelo BICEP2 (retângulo preto) não está entre as menos empoeiradas, o que deve explicar uma porção substancial dos resultados interpretados como ondas gravitacionais (polarizações de modos B).[Imagem: Planck Team]

Poeira na teoria
Em Março deste ano, uma equipe de astrofísicos 
norte-americanos anunciou ter detectado ondas 
eventualmente a primeira comprovação experimental
 da inflação cósmica.
Em Junho, porém, quando o artigo foi revisado por 
outros cientistas e publicado, a equipe já admitia que
os sinais eventualmente detectados poderiam 
Agora, os resultados preliminares da equipe do 
telescópio espacial Planck confirmam que a área 
observada pelo BICEP2 tem poeira suficiente para 
invalidar as conclusões iniciais, ao menos em parte.
Sai inflação, entram multiversos
Contudo, a surpresa é que agora outros físicos estão
 defendendo que, além de não comprovar a inflação
 cósmica, os resultados obtidos na verdade 
descartam esse processo essencial para o modelo do
 Big Bang e reforçam uma hipótese oposta - a 
David Parkinson e seus colegas da Universidade de
 Queensland, na Austrália, afirmam que, já 
descartada a poeira, qualquer sinal de ondas 
gravitacionais que possa ter sido detectado pelo 
BICEP2 - a chamada polarização de modos B - na 
verdade descarta qualquer "forma razoável de teoria
 inflacionária".
A referência a "formas razoáveis" de uma teoria
 lembra que, nesse campo, há muito mais 
conjecturas do que sequer hipóteses - quanto menos
 teorias. São essencialmente modelos matemáticos, 
que alguns físicos afirmam ser "tão 
ultrassimplificados" que não poderiam ser usados 
para sugerir qualquer indício detectável 
experimentalmente - aí incluídas as ondas 
gravitacionais.
De qualquer forma, é o melhor que temos hoje. 
Ocorre que a equipe australiana afirma que mesmo 
os melhores desses modelos são descartados pelas 
observações.
"O que a inflação [cósmica] prevê é justamente o 
reverso do que nós descobrimos. Quantos modelos 
inflacionários [os dados] descartam? A maioria 
deles, para ser honesto," disse Parkinson.
  • O artigo de Parkinson e seus colegas foi colocado no
 repositório arXiv, mas ainda não foi analisado 
profundamente por outros cientistas - e mesmo 
esta 
análise dependerá dos resultados finais da equipe do
 telescópio Planck, que está se mostrando 
extremamente cuidadosa em suas análises, e só 
deverá publicar os resultados finais no mês que vem.
Mas a proposta já está ecoando na comunidade de
 astrofísicos.
Não é tão simples
Katherine Mack, astrofísica da Universidade de 
Melbourne, concorda que encaixar os modelos de 
inflação cósmica nos dados do BICEP2 exige tantos 
"truques matemáticos" que se perde a chamada
 relação de consistência da inflação, "algo que é 
considerado absolutamente básico para a inflação," 
disse ela - essa relação de consistência correlaciona
 a amplitude das ondas gravitacionais primordiais 
com a distribuição de matéria no Universo.
"O problema mais profundo é que, uma vez que a 
inflação começa, ela não termina da forma como 
estes cálculos simplistas sugerem," disse defende
 Paul Steinhardt, da Universidade de Princeton, um
 dos criadores da teoria inflacionária, em entrevista à
 revista New Scientist.
"Em vez disso, devido à física quântica, ela leva a
 um multiverso, onde o universo se divide em um
 número infinito de fragmentos. Os fragmentos 
incluem todas as propriedades concebíveis conforme
 você vai de um para o outro. Assim, não faz 
nenhum sentido dizer o que a inflação prevê, exceto
 dizer que ela prediz tudo. Se for fisicamente 
possível, então acontece no multiverso," explica ele.
teoria dos multiversos foi antecipada por um teólogo da Idade Média. [Imagem: Tom C. B. McLeish et al.]
Steinhardt acha que não vale a pena introduzir "um 
multiverso de possibilidades" para explicar a inflação
- mas também que a inflação não é a explicação 
simples e convincente que todos estão procurando.
Opiniões à parte - os fóruns de física neste 
momento 
têm delas para todos os gostos - o fato é que todos 
terão que aguardar ansiosamente os resultados do
Planck no mês que vem, e então ver quais truques 
matemáticos serão possíveis para cada um manter 
viva a teoria de sua preferência - e quais delas terão 
que ceder às evidências.
Por enquanto, a "comunidade dos multiversos" 
parece estar ganhando força.
Relembrando, o que diz a teoria publica em 
04/08/2011 Pela Inovação Tecnológica.

Teoria dos Multiversos: dados não confirmam e nem descartam


A imagem mostra as assinaturas de colisões entre bolhas em vários estágios da análise. Uma colisão (no alto à esquerda) induz uma modulação de temperatura na radiação cósmica de fundo (no alto à direita). A bolha associada com a colisão é identificada por uma forte resposta (embaixo à esquerda) e a presença de uma fronteira é mostrada por uma forte resposta pelo algoritmo de detecção de bordas (embaixo à direita). [Imagem: Peiris et al.]

Colisões entre universos
Se você observar o modelo do Big Bang, que procura
explicar o surgimento do Universo, vai se deparar
com a questão da "fronteira do universo", onde 
estariam os resquícios que primeiro se afastaram da 
explosão inicial.
Muitos físicos lidam com a questão falando não "do 
Universo", mas do "nosso universo". Para eles, 
existem inúmeros outros universos, cada um 
existindo dentro de sua própria "bolha cósmica".
Cada um desses universos poderá ter físicas 
distintas, ou seja, diferentes constantes
 fundamentais e diferentes leis da física.
Uma decorrência imediata dessa teoria é que as 
bolhas necessariamente tocam umas nas outras. E, 
se tocam, deve haver alguma forma de detectar 
sinais dessas "colisões universais".
Como procurar por outros universos
Agora, pela primeira vez, uma equipe de cientistas 
está tentando testar experimentalmente essa teoria.
Dois artigos publicados nas principais revistas de
 física do mundo detalharam propostas de como 
procurar assinaturas de outros universos, diferentes
Os pesquisadores estão procurando padrões em 
formato de disco, que se formariam pelo contato 
entre duas bolhas.
Para eles, esses padrões deveriam aparecer 
na radiação cósmica de fundo, uma radiação na faixa
 de micro-ondas que permeia todo o universo, e que
 os cientistas acreditam ser o eco do Big Bang.
Além da dificuldade de rastrear todo o céu, é 
necessário identificar padrões em formato de disco 
demonstrar que eles não são apenas padrões
 aleatórios, do tipo "você vê o quer ver se olhar 
tempo suficiente" para alguma coisa - lembre-se 
das figuras que se formam nas nuvens ou do "rosto"
 na superfície de Marte.
Uma equipe britânica acredita ter encontrado uma
 solução segura para fazer isso.
Marcas na radiação cósmica de fundo
"Procurar por marcas de colisão, de todos os raios
 possíveis, em qualquer lugar do céu, é um problema
 estatístico e computacional muito difícil," comenta a
 Dra. Hiranya Peiris, da Universidade College
 London. "Mas foi isto que capturou minha
curiosidade."
Em vez de confiar nos facilmente enganáveis olhos
 humanos, eles desenvolveram um algoritmo com
 regras muito estritas, que procura padrões em uma
 imagem, eliminando aqueles que se devem ao mero
 acaso.
A imagem analisada é a da radiação cósmica de 
fundo, feita pela sonda espacial WMAP (Wilkinson 
Microwave Anisotropy Probe), que fez o primeiro 
Pistas não conclusivas
Os resultados não foram conclusivos: eles 
encontraram quatro possíveis sinais de colisão com 
outros universos, quatro formações esféricas no céu
 que, segundo seus modelos matemáticos, não 
podem ser atribuídos ao acaso.
Estatisticamente, os resultados não são 
consistentes 
o suficiente nem para confirmar a teoria dos 
multiversos e nem para descartá-la.
Mas, segundo eles, a sonda WMAP da NASA não é a 
última palavra em termos de radiação cósmica de
 fundo.
telescópio espacial Planck, da agência espacial 
europeia, já está rastreando o céu, e deverá gerar 
um mapa muito mais preciso.
Os cientistas planejam esperar por esse mapa e
 então rodar seus programas sobre seus dados. Só
 então, afirmam eles, algo "definitivo" poderá ser
 dito sobre a teoria dos outros universos.
Se os Doutores no tema não se entendem, só nos 
resta acompanhar este debate teórico muito 
interessante sobre o nosso universo.
Fontes:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teoria-multiversos&id=010130110804
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=inflacao-cosmica-balanca-multiverso-ganha-firmeza&id=010130140929#.VClx3WddUl8
J.A.

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