quarta-feira, 23 de abril de 2014

Raios – As novas e fantásticas descobertas da ciência - Terceira Parte

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Terceira Parte:

Brasileiros estudam fenômenos relacionados à eletricidade atmosférica, como os raios.

 Pesquisadores brasileiros reunidos no Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Materiais Complexos Funcionais (Inomat), que tem sua sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciaram uma pesquisa neste sentido, a água eletrizada.

 

Apesar de sua importância para a compreensão de fenômenos relacionados à eletricidade atmosférica, como os raios, e de ter dado origem a tecnologias como a da fotocópia, a área da eletrostática permanecia praticamente estagnada até a última década.
A principal razão para isso era a falta de novas teorias e técnicas experimentais que permitissem identificar e classificar adequadamente quais entidades, íons ou elétrons conferem carga aos materiais.
"Os novos modelos de distribuição de carga eletrostática têm aberto possibilidades para o desenvolvimento de materiais que não apresentam problemas atribuídos à eletrização, como incêndio espontâneo, por exemplo", disse Fernando Galembeck, coordenador do Inomat. "As descobertas na área ainda poderão contribuir, no futuro, para a geração de energia."
Fenômeno da triboeletrificação demonstrado pelos pesquisadores brasileiros usando esferas de vidro. [Imagem: Thiago Burgo et al./10.1038/srep02384]
Os pesquisadores do grupo de Galembeck descobriram que a água na atmosfera pode adquirir cargas elétricas e transferi-las para superfícies e outros materiais sólidos ou líquidos.
Por meio de um experimento em que utilizaram minúsculas partículas de sílica e de fosfato de alumínio, os pesquisadores demonstraram que, quando exposta à alta umidade, a sílica se torna mais negativamente carregados, enquanto o fosfato de alumínio ganha carga positiva.
A descoberta da eletricidade proveniente da umidade -
 denominada pelos pesquisadores brasileiros de
"higroeletricidade" - teve repercussão mundial.
Assunto correlato:
Cientista brasileiro descobre como coletar energia do ar

 Alimentar casas e fábricas com eletricidade coletada

 

diretamente do ar pode ser possível: cientistas brasileiros 


resolveram um enigma científico que duravam séculos


 sobre como a umidade na atmosfera torna-se 


eletricamente carregada, abrindo caminho para seu 


aproveitamento.

Imagine dispositivos capazes de capturar a eletricidade do ar e usá-la para abastecer residências ou recarregar veículos elétricos, por exemplo.

Fernando Galembeck, da Unicamp apresentou suas descobertas históricas hoje (25) durante a reunião da American Chemical Society(ACS), em Boston, nos Estados Unidos. [Imagem: Unicamp]
Da mesma forma que painéis solares transformam a luz do Sol em energia, esses painéis futurísticos poderão coletar a eletricidade do ar - a mesma eletricidade que forma os relâmpagos - e direcioná-la de forma controlada para alimentar qualquer equipamento elétrico, nas casas e nas indústrias.
Se isso parece revolucionário demais, mais entusiasmaste ainda é saber que a descoberta que poderá tornar esses sonhos uma realidade foi feita por um cientista brasileiro.
O professor Fernando Galembeck, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apresentou suas descobertas históricas hoje (25) durante a reunião da American Chemical Society  (ACS), em Boston, nos Estados Unidos.
"Nossa pesquisa pode abrir o caminho para transformar a eletricidade da atmosfera em uma fonte de energia alternativa para o futuro," disse Galembeck. "Assim como a energia solar está liberando algumas residências de pagar contas de energia elétrica, esta nova e promissora fonte de energia poderá ter um efeito semelhante."
Eletricidade atmosférica
A descoberta do professor Galembeck parece resolver um enigma científico que já dura séculos: como a eletricidade é produzida e descarregada na atmosfera.
No início da Revolução Industrial, os cientistas perceberam que o vapor que saía das caldeiras gerava faíscas de eletricidade estática - trabalhadores que se aproximavam dos vapores eram freqüentemente atingidos pelos choques elétricos.
Mas essa eletricidade se forma também em locais mais amenos, quando o vapor de água se junta a partículas microscópicas no ar, o mesmo processo que leva à formação das nuvens - é aí que começam a nascer os relâmpagos.
Nikola Tesla ficou famoso pelas suas tentativas de capturar e utilizar essa eletricidade do ar, tentativas infelizmente nem sempre bem-sucedidas.
Mas, até agora, os cientistas não tinham um conhecimento suficiente sobre os processos envolvidos na formação e na liberação de eletricidade a partir da água dispersa pela atmosfera.
"Se nós soubermos como a eletricidade se acumula e se espalha na atmosfera, nós também poderemos evitar as mortes e os danos provocados pelos raios," estima Galembeck.
Higroeletricidade


Os cientistas sempre consideraram que as gotas de água na atmosfera são eletricamente neutras, e permanecem assim mesmo depois de entrar em contato com as cargas elétricas nas partículas de poeira e em gotículas de outros líquidos.
Mas o professor Fernando Galembeck e sua equipe descobriram que a água na atmosfera adquire sim uma carga elétrica.
O grupo brasileiro confirmou essa idéia por meio de experimentos de laboratório que simulam o contato da água com as partículas de poeira no ar.
Eles usaram minúsculas partículas de sílica e fosfato de alumínio - ambas substâncias comumente dispersas no ar - para demonstrar que a sílica se torna mais negativamente carregada na presença de alta umidade, enquanto o fosfato de alumínio se torna mais positivamente carregado.
"Esta é uma evidência clara de que a água na atmosfera pode acumular cargas elétricas e transferi-las para outros materiais que entrem em contato com ela," explicou Galembeck. "Nós a chamamos de higroeletricidade, ou seja, a eletricidade da umidade."
Coletores de energia do ar

Painéis para capturar a energia higroelétrica poderão ser colocados no topo dos prédios para drenar a energia do ar e impedir o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios. [Imagem: Martin Fischer]
No futuro, segundo Galembeck, poderá ser possível desenvolver coletores - similares às células solares que coletam a luz solar para produzir eletricidade - para capturar a higroeletricidade e permitir seu uso em residências e empresas.
Assim como as células solares funcionam melhor nas regiões mais ensolaradas do mundo, os painéis higroelétricos vão funcionar de forma mais eficiente em áreas com alta umidade, uma característica das regiões tropicais, Brasil incluído.
Alta umidade significa altos níveis de vapor de água no ar - um vapor que se torna visível ao se condensar e embaçar os vidros do carro, por exemplo, e cuja baixa intensidade incomoda tanto nos dias secos de inverno.
Galembeck afirmou em sua apresentação que uma abordagem semelhante poderia ajudar a prevenir a formação de raios. Ele vislumbra a colocação de painéis higroelétricos no topo de prédios em regiões onde ocorrem muitas tempestades. Os painéis drenariam a energia do ar, impedindo o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios.
Seu grupo de pesquisa já está testando metais para identificar aqueles com maior potencial para utilização na captura da eletricidade atmosférica e prevenção dos raios.
"São idéias fascinantes que novos estudos, nossos e de outras equipes de cientistas, poderão tornar realidade," disse Galembeck. "Nós certamente temos um longo caminho a percorrer. Mas os benefícios no longo prazo do aproveitamento da higroeletricidade podem ser substanciais."
Fenômenos eletrostáticos
Durante o século 19, houve vários relatos experimentais associando a interface ar-água e os fenômenos eletrostáticos da chamada "eletricidade do vapor". O famoso Lord Kelvin idealizou um equipamento, que ele chamou de condensador de gotas de água, para reproduzir experimentalmente o fenômeno.
Contudo, até hoje ninguém havia conseguido descrever os mecanismos do acúmulo e da dissipação das cargas elétricas na interface ar-água.
Isso pode dar a dimensão dos resultados agora obtidos pelos cientistas brasileiros.
O trabalho do professor Fernando Galembeck e sua equipe demonstram que a adsorção do vapor de água sobre superfícies de materiais isolantes (dielétricos) ou de de metais isolados - devidamente protegidas dentro de um ambiente blindado e aterrado - leva à acumulação de cargas elétricas sobre o sólido, em um intensidade que depende da umidade relativa do ar, da natureza da superfície usada e do tempo de exposição.
A pesquisa verificou ainda um aumento acentuado nas cargas elétricas acumuladas quando são usados substratos líquidos ou isolantes sólidos, sob a ação de campos externos, quando a umidade relativa do ar se aproxima de 100%.”
Segundo Galembeck, a descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da "água eletrizada" - água com excesso de cargas elétricas -, em condições bem definidas, que pode ser útil para o desenvolvimento de sistemas hidráulicos.
"Em vez da pressão, o sinal utilizado em um sistema hidráulico com base na água eletrizada poderia ser o potencial elétrico, mas com corrente muito baixa, da própria água", explicou.
Outra possibilidade mais para o futuro seria o desenvolvimento de dispositivos capazes de coletar eletricidade diretamente da atmosfera ou de raios.
"Fizemos algumas tentativas nesse sentido, mas não obtivemos resultados interessantes até agora", contou Galembeck. "Mas essa possibilidade de captar a eletricidade da atmosfera existe e já descrevemos um capacitor carregado espontaneamente quando exposto ao ar úmido."

A teoria da equipe brasileira está chamando a atenção de pesquisadores da área em todo o mundo, sobretudo pelas possibilidades de aplicações práticas. [Imagem: Thiago Burgo et al./10.1021/la301228j]


Triboeletrização
A mais recente contribuição do grupo para o avanço do conhecimento sobre a eletrostática foi desvendar alguns dos mecanismos envolvidos na triboeletrização ou geração de eletricidade por atrito.
Considerada o fenômeno eletrostático mais comum, a triboeletrização era mal compreendida e começou a ser mais bem estudada a partir do fim da década de 1990, contou Galembeck.
Por meio de experimentos com politetrafluoretileno - um tipo de polímero isolante -, os pesquisadores brasileiros demonstraram que o atrito entre as superfícies de materiais condutores (dielétricos) produz padrões fixos e estáveis de cargas elétricas com uma distribuição não uniforme nas duas faces do material.
A descoberta desmistificou a idéia de que materiais como vidro, fibra sintética, lã e alumínio têm tendência a adquirir somente carga positiva ou só negativa quando atritados.
O que gera a eletricidade estática? Vide link abaixo.
Voltando as pesquisas do Prof. Galembeck...
O grupo brasileiro demonstrou que, em alguns casos, o principal componente do atrito é justamente a triboeletrização. "A triboeletrização cria interações entre os materiais que aumentam ou até diminuem o atrito", disse Galembeck.
Segundo ele, a descoberta pode contribuir para o desenvolvimento de materiais mais resistentes aos desgastes ocasionados pelo atrito, tais como lonas de freio e pneus de automóveis, ou com menor consumo de energia.
"Estima-se que 30% de toda a energia produzida no mundo seja dissipada ou jogada fora por causa do atrito," afirmou Galembeck. "Se conseguíssemos controlar o atrito dos materiais, seria possível consumir menos energia do que usamos hoje."

Outra pesquisa envolvendo raios...

Outro tema novo é o aproveitamento das 

características das descargas elétricas, sendo

utilizadas para identificação de problemas na isolação

 ao longo da instalação de linhas e subestações.


Raios vão ajudar a evitar apagões

Para quem não é iniciado entender, a onda básica do raio já conhecida. Sabe-se que ao mudar do meio ar para o meio das instalações elétricas sua velocidade cai pela metade, algo em torno de 150 Km/s. As sobre tensões causadas sobre as linhas de transmissão de energia elétrica vão se descarregando ao longo do caminho, gerando fenômenos elétricos de descontinuidade que poderão ser medidos, basicamente é isto que se trata as pesquisas. Conhecendo a característica padrão, a anormalidade poderá ser detectada quando se mostra diferente.
O lado bom dos raios
Raios são bem conhecidos como inimigos das redes de energia.
Mesmo quando eles não causam o desligamento total da rede, causando os apagões, as correntes induzidas pelos raios - os chamados transientes naturais - desgastam rapidamente a saúde dos componentes ao longo da rede de distribuição.
Roya Nikjoo, do Instituto Real de Tecnologia da Suécia, decidiu ver o lado positivo da coisa e analisar se poderia tirar algum proveito dos raios em benefício das redes elétricas.
O que ela descobriu poderá não apenas ajudar a monitorar a saúde dos componentes elétricos, como também evitar os apagões.
Roya Nikjoo descobriu uma forma de tirar proveito dos raios e transformá-los em uma ferramenta de "medicina preventiva" para as redes elétricas. [Imagem: Hakan Lindgren/RIT]
Impressão digital da rede elétrica
A técnica pode ser considerada como uma espécie de "medicina preventiva" para a rede elétrica - os componentes podem ser substituídos ou consertados antes que falhem de forma catastrófica, geralmente induzindo defeitos nos componentes vizinhos.
Nikjoo desenvolveu um sistema que usa os transientes naturais para medir o desgaste dos componentes de potência.
As medições começam quando os sinais criados pelos raios derrubam um circuito elétrico, interrompendo a corrente ou desviando-a de um condutor para outro.
Esses sinais são usados como "estímulos" para obter uma resposta dos componentes de energia, explica Nikjoo.
A saída é uma representação gráfica do sistema, da mesma maneira que um ultra-som produz uma imagem de um feto.
"É como tirar a impressão digital do componente," disse Nikjoo. "Conforme essa digital muda, eu posso usá-la para identificar o bem-estar do componente, e saber se algo está errado."
"Nós podemos usar essas altas tensões para obter mais informações sobre o estado de componentes como transformadores e isoladores do que por meio das inspeções tradicionais," conclui a engenheira.
Fontes:

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=raios-ajudam-detectar-falhas-componentes-rede-eletrica&id=010115140416&ebol=sim#.U1fIj1VdXSk

 

 

 

J.A.




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