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O "Gelo de fogo".
Uma nova forma de energia disponível que
os pesquisadores encontraram foi o gás conhecido como hidrato de metano ou simplesmente "Gelo de fogo".
Embora, também não seja uma fonte
ecologicamente limpa, no entanto é uma promissora fonte de energia de hidrocarbonetos.
Esses cristais são formados a partir de uma combinação de
temperaturas baixas e pressão elevada. [Imagem: Wikipedia/Wusel007]
Como temos relatado ao longo deste tópico, cada vez maior o esforço em busca de alternativas aos hidrocarbonetos
tradicionais - petróleo, carvão e gás natural - seja porque eles são poluentes,
seja porque sua extração tem-se tornado mais difícil.
Um substituto
potencial que vem ganhando atenção é o hidrato de metano, encontrado em enormes
quantidades sob o permafrost - o solo gelado do Ártico - ou os
leitos dos oceanos.
Porém, apesar de
potencialmente menos poluente que petróleo e carvão, sua extração apresenta
enormes riscos ambientais.
Gás hidratado
Conhecido como
"gelo que arde", o hidrato de metano - mais rigorosamente um clatrato
de metano (CH4*5.75H2O) - é constituído por cristais de
gelo com gás preso em seu interior.
Esses cristais são
formados a partir de uma combinação de temperaturas baixas e pressão elevada e
são encontrados no limite das plataformas continentais, onde o leito marinho
entra em súbito declive até chegar ao fundo do oceano.
Ao reduzir a pressão
ou elevar a temperatura, a substância simplesmente se quebra em água e metano -
muito metano.
Um metro cúbico do
composto libera cerca de 160 metros cúbicos de gás, o que o torna uma
fonte de energia altamente intensiva. Por causa disso, da sua oferta abundante
e da relativa facilidade para liberar o metano, um número grande de governos
está cada vez mais animado com essa nova fonte de energia.
Acredita-se que as
reservas dessa substância sejam gigantescas - a estimativa é de que haja mais
energia armazenada em hidrato de metano do que na soma de todo petróleo, gás e
carvão do mundo.
Extração do gás
hidratado
O problema, porém, é
extrair o hidrato de metano. Além do desafio de alcançá-lo no fundo do mar,
operando sob altíssima pressão e baixa temperatura, há o risco grave de
desestabilizar o leito marinho, provocando deslizamentos.
Uma ameaça ainda
mais grave é o potencial escape do metano. Extrair o gás de uma área localizada
não é tão complicado, mas prevenir que o gás hidratado se quebre e libere o
metano no entorno é mais difícil.
E isso tem conseqüências
sérias para o aquecimento global - estudos recentes sugerem que o metano é 30
vezes mais forte que o CO2 em termos de efeito estufa.
Por causa desses
desafios técnicos, ainda não há escala comercial de produção de hidrato de
metano em qualquer lugar do mundo.
Mas alguns países
estão chegando perto.
Distribuição
global de reservas de hidratos de metano.
Os Estados Unidos, o
Canadá e o Japão já investiram milhões de dólares em pesquisa e já realizam
alguns testes.
Os Estados Unidos
lançaram um programa de pesquisa e desenvolvimento nacional já em 1982 e, em
1995, tinham terminado a sua avaliação dos recursos disponíveis do gás de
hidratos no país. Desde então, têm realizado projetos-piloto na costa da
Carolina do Sul, no norte do Alasca e no Golfo do México. Cinco ainda estão em
execução.
Os experimentos mais
bem-sucedidos ocorreram no Alasca em 2012 e na costa central do Japão em 2013,
quando, pela primeira vez, a extração de gás natural a partir de hidrato de
metano no mar teve êxito.
Maior importador de
gás do mundo, o interesse do Japão é óbvio, embora o orçamento anual do país
para pesquisa na área é relativamente baixo - US$ 120 milhões (cerca de R$ 270
milhões) - embora o governo fale em produzir hidrato de metano em escala
comercial no fim desta década.
A China e a Índia,
com demandas enormes por energia, continuam tímidos em seus esforços para
explorar o recurso.
Assim, mesmo os
especialistas parecem céticos, sobretudo levando em conta a concorrência da
indústria petrolífera e das enormes reservas de gás e petróleo de vários dos
países que poderiam capitanear os esforços de extração do hidrato de metano.
O fato é que a
Agência Internacional de Energia (IEA) ainda não inclui o gás hidratado nas
suas projeções globais de energia para os próximos 20 anos.
Riscos ambientais
Mais preocupados
estão os ambientalistas.
Se essa nova fonte de
energia for explorada, o que parece provável no futuro, as implicações
ambientais podem ser extensas.
Apesar de ser menos
poluente que o carvão ou o petróleo, o gás hidratado continua sendo um
hidrocarboneto e, portanto, emite CO2. E há ainda o risco mais sério da
liberação direta de metano na atmosfera.
Alguns argumentam,
porém, que pode não haver alternativa, na medida em que o aumento da
temperatura global pode provocar a liberação do gás naturalmente, devido ao
aquecimento dos oceanos e ao eventual derretimento das calotas polares.
Se essas
prospectivas ambientalistas estiverem corretas, a decisão futura poderá ficar
entre escolher explorar o gás hidratado ou deixá-lo vazar na atmosfera.
As noticias que circularam deram conta que o
Japão conseguiu extrair com sucesso o gás mais de 13 mil metros cucos de gás.
A Revista Info traz esta noticia:
Tóquio -
Cientistas japoneses conseguiram nesta terça-feira pela primeira vez extrair do
fundo do mar gás a partir de hidrato de metano, uma fonte de energia que
poderia salvar o Japão da deficiência energética.
Após
vários anos de preparativos, o primeiro teste começou durante a manhã, informou
o ministro da Indústria do Japão, Toshimitsu Motegi.
"Pretendemos
consolidar as tecnologias para explorá-las comercialmente", explicou.
"Conseguimos
produzir um pouco de gás esta manhã, quatro horas depois do início do
teste", afirmou uma fonte do ministério.
O objetivo é
alcançar uma extração estável durante duas semanas.
Motegi
manifestou satisfação, pois tecnicamente a produção de gás a partir de hidrato
de metano é mais complexa que a de gás de xisto, considerado por alguns como um
recurso revolucionário.
O teste da
extração, coordenado pela empresa estatal japonesa de Petróleo, Gás e Metais
(JOGMEC) e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão,
aconteceu na costa do município de Aichi.
O experimento,
realizado a 330 metros
debaixo da terra (1.000
metros de profundidade marinha), consiste em provocar
uma queda da pressão para recuperar o gás, preso na água de forma cristalina.
O fundo do mar
do arquipélago nipônico contém grandes quantidades deste recurso.
"O Japão
está cercado (por este gás), mas, por exemplo, é encontrada pouca quantidade
nas costas do leste da África. Isto se explica porque os hidratos de metano se
encontram presentes sobre tudo em lugares fortemente sísmicos", explicou
Chiharu Aoyama, especialista em recursos energéticos.
Segundo algumas
estimativas, o Japão teria quantidades equivalentes a um século de consumo
energético. Atualmente, o país depende da produção estrangeira, pois importa
95% da energia que consome.
Além disso, o
consumo de gás no Japão aumentou nos últimos dois anos, desde que a grande
maioria dos 50 reatores nucleares do país foram paralisados após o acidente
nuclear de Fukushima em 2011.
O atual governo
considera a situação como algo economicamente insustentável e propõe retomar a
operação dos reatores atômicos considerados seguros.
"Desejo
que chegue rapidamente o dia em que o Japão possa utilizar seus recursos
naturais e consiga superar um a um todos os obstáculos", declarou Motegi.
Os hidratos de
metano foram descobertos há dois séculos, mas até agora nenhum país havia
conseguido extraí-lo pela dificuldade técnica e pelo alto custo da perfuração
de um poço no fundo do mar.
Os avanços
tecnológicos do Japão, o país mais avançado neste campo, são essenciais.
O Estado
nipônico criou em 2001 um consórcio para explorar os hidratos de metano. O
projeto de pesquisa, que deve prosseguir até 2019, prevê um segundo teste de
extração entre 2014 e 2015.
Este tipo de
gás é teoricamente adequado para o transporte de longas distâncias e,
eventualmente, poderia competir com o gás natural liquefeito (GNL) ou o gás de
xisto.
Uma das
principais vantagens é que a temperatura e a pressão necessárias para sua estabilização
são menos estritas que as do GNL.
Fontes:
[http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrato_de_clatrato
J.A.
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