domingo, 6 de abril de 2014

Raios – As novas e fantásticas descobertas da ciência

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Um tema que me fascina por trabalhar no seguimento de proteção contra sobretensões e aterramentos.

Eles estão aí desde o inicio dos tempos. As civilizações primitivas e antigas o tratavam como ação de divindades. O homem moderno não era diferente, alguns achavam que eram ações mandadas (mandados) pelo criador, orações, rezas e benzeduras visavam desviá-los, bem como, as tempestades que se seguiam através dos anos.

Misterioso, ele assusta e fascina. Já abordado no cinema,
 na literatura, na mitologia, o raio desperta a curiosidade
 de todos, pesquisadores ou não. Mais quente que a 

superfície do Sol, o potencial elétrico do raio é de 100
 milhões de volts, o equivalente a 1 milhão de vezes a 

tensão de uma tomada residencial, e corrente elétrica de
 aproximadamente 30.000 A. Para se ter uma idéia, o 
chuveiro elétrico residencial opera com corrente de 30 A.
 Por se tratar de um fenômeno natural, as descargas 
atmosféricas são fontes de intermináveis pesquisas e 
intrigam cada vez mais os pesquisadores e outros
 interessados. Na obra literária Frankenstein, por exemplo,
 o raio desempenha papel fundamental. O escritor Mary 

Shelley descreve a história de um cientista que constrói a
 sua criatura a partir de tecidos mortos de um cadáver, e
 lhe confere vida com a ajuda de um raio. Também 
Hollywood cedeu aos encantos do fenômeno, quando em 

1985, o diretor Robert Zemeckis lançou o filme “De volta 
para o futuro”, que conta a história de um cientista que inventa uma máquina do tempo ativada graças à energia de um raio.
Historicamente, as descargas atmosféricas estiveram sempre relacionadas à fúria da Terra contra o homem, como diversas mitologias sustentavam. Na mitologia grega, por exemplo, o raio era uma forma de Zeus – deus dos deuses – demonstrar sua ira, eliminando quem era contra seus desígnios. Os babilônicos, há cinco mil anos, também acreditavam que o deus Adad provocava trovões ao arremessar com uma das mãos um bumerangue e com a outra os raios. Os nórdicos, que viviam no norte da Europa, tinham como referência o deus do trovão e dos raios, Thor, que, com o movimento das rodas de sua carruagem, produzia o trovão e, ao arremessar seu martelo, produzia o clarão dos raios. Na Austrália setentrional, os aborígenes desenharam nas cavernas o que seriam os “irmãos raios” – guerreiros tribais que brigavam pelo amor de uma mulher. Quando seus machados de pedra se chocavam, as faíscas se tornavam raios e o ruído da luta eram os trovões. A história conta que o vencedor teve vários filhos raios, que aguardam o momento para serem lançados.”
Para a ciência nada disso interessa e sim fatos palpáveis que pudessem ser estudados. Entender o como, o porquê, de que forma, em que circunstâncias, são tarefas da ciência.
Desde os estudos de Benjamin Franklin e as pesquisas de Tesla, o homem se aproximou do conhecimento deste fenômeno natural planetário. Com a criação dos laboratórios de ensaios de extra-alta tensão para testes de transformadores foi possível realizar simulações. Através destas foi possível criar proteções contra sobre-tensão e proteger pessoas, edificações e equipamentos.
Mediu-se pela primeira vez a forma de onda muito aproximada de um raio. Uma frente de onda alta e uma cauda,
se intuiu e definiu estudos de tese de como ocorria à carga dentro das nuvens. Era tudo uma grande carga estática de milhões de volts dentro delas, oriunda da colisão de cristais de gelo que precipitam do topo e colidem com as moléculas de ar úmido e quente que sobem. Isso acaba gerando um desequilíbrio de forma que no topo fica as cargas positivas e na parte inferior as negativas.


O avanço tecnológico, notadamente o espacial, exigiu mais conhecimento para proteções efetivas de aeronaves, naves e foguetes. A eletrônica digital presente em todas as atividades humanas exigiu melhores conhecimentos de proteção.
Eles ainda matam mais que muitas doenças. Só no Brasil estima-se em 132 morte/ano.
Todos os estudos até a pouco tempo guardavam apenas a ponta de um iceberg do conhecimento. A cada uma se chegava a outra, que levavam a seguintes, a próxima, a coisas inacreditáveis.
Primeiro vieram os documentários como os do Dicovery Channel vieram trazer luz em algumas questões.
Os raios não eram coisas do mal que matavam, destruíam causavam incêndios, eles tinham outras funções.
Os benefícios dos raios
Enganam-se quem pensa que o raio ofereça apenas destruição. O químico norte-americano Stanley Miller demonstrou, em 1953, que os raios tenham formado, na atmosfera primordial, os primeiros aminoácidos – estrutura indispensável à formação da vida em nosso planeta. Ou seja, não fossem as descargas atmosféricas, talvez você não estaria lendo esta reportagem agora.
Além disso, outra vantagem dos raios está no fato de eles quebrarem as moléculas de nitrogênio e oxigênio, que se recombinam formando o óxido de nitrogênio, o qual, levado pela chuva para o solo, atua como fertilizante. Outra parte desse óxido de nitrogênio em reação com outras partículas mantém o equilíbrio da camada de ozônio. Se as descargas atmosféricas não existissem, esse equilíbrio seria abalado, deixando a camada de ozônio mais vulnerável e, conseqüentemente, aumentando a intensidade dos raios ultravioleta.”
Os pesquisadores e cientista passaram a estudar os raios de uma forma que nunca anteriormente, tinha-se visto. Aquelas explicações de anos atrás não eram mais satisfatórias. A energia contida nos raio é muito maior que uma simples descarga eletro estática. Além disso, o ar é um elemento isolante como seria possível romper a isolação de distâncias que chegavam a mais de Km. Tinha que existir outra explicação e assim o fio da meada começo a ser puxado. Para mudar a isolação do ar a estrutura atômica precisaria ser rompida ou modificada.
Os Raios X
Um dos pesquisadores era o Professor e Físico Joseph R. Dwyer.

“Em 2002 Dwyer, juntamente com colegas de Tecnologia da
 Flórida e a Universidade da Flórida, lançou foguetes 
durante tempestades em uma instalação de agora 
conhecido como o UF / Florida Tech Center Internacional
 para a Investigação e Ensaios de Raios (ICLRT) 
no Acampamento Blanding, FloridaUsando um instrumento
 fortemente blindado que contém um detector de cintilação, 
construído por Dwyer e seus alunos, eles descobriram que 
um relâmpago, de fato, produzir raios-x e que a emissão de
 raios-x é comum que um raio. Esta pesquisa foi publicada
 na Science (revista) (Dwyer et al., 2003).  Desde então
, Dwyer e seus colaboradores criaram muitas propriedades-
chave das emissões de raios-x de um raio, incluindo o fato
 de que o raio-x emissão é produzido durante o processo de
 intensificação do relâmpago,  tem energias de até cerca de
 1 MeV e os raios-x são produzidos nas regiões de alto 
campo gerado pelo líder que se propagam.  Em 2005 TERA
 (Temporal Matriz Energética Radiation), um conjunto de
 detector 24, foi construído para continuar a medir raios-x e 
raios gama a partir de relâmpagos e estudar ainda mais as
 características de raio-x que estão associadas com 
trovoadas.  Além disso, em 2005, Dwyer e colaboradores fez
 a descoberta surpreendente que faíscas de laboratório
 longos no ar também gerar raios-x semelhantes a
 relâmpagos,  que, desde então, motivou muitos grupos ao
 redor do mundo para estudar as emissões de raios-x a
 partir de faíscas. Mais recentemente, Dwyer e sua equipe
 têm construído e implantado uma câmera de raio-x no
 ICLRT e fizeram imagens de raios-x do mundo primeiros 
relâmpagos.  Dwyer também fez várias contribuições
 teóricas importantes para o campo recém-desenvolvimento
 de alta Energia Física Atmosférica, incluindo o trabalho em
 elétrons em fuga ou ruptura fugitivo física,  -raios gama e de
 rádio freqüência emissões ou ruído atmosférico,  e iniciação relâmpago.  Em 2003, ele introduziu o 
mecanismo de feedback Relativistic de avalanches 
Relativistic-fugitivo-elétron ,  um novo mecanismo de
 descarga de ar, o que explica como nuvens carregadas
 podem gerar grandes flashes de raios gama
 chamados terrestres flashes de raios gama (TGF).  Este 
trabalho também mostrou a importância de pósitrons (anti-
elétrons) para eletrodinâmica thundercloud. Trabalhar com
 David Smith de UCSC ele também ajudou a estabelecer 
que TGFs originam de dentro de nosso ambiente e não em
 grandes altitudes, como tinha sido anteriormente 
assumido. De fato, Dwyer e sua equipe observaram um TGF
 do nível do solo, em Camp Blanding em 2004.  Finalmente
, usando dados BATSE formar o Observatório de Raios
 Gama Compton, Dwyer e colaboradores descobriram
 Terrestres Electron Beams (Tebs)  na magnetosfera interior
 , que são gerados pelas emissões de alta energia de trovoadas.”
O professor Dwyer no inicio das pesquisas imaginava que só 
tinha uma explicação, a incidência dos raios cósmicos 
poderiam ser a causa, o catalisador que faltava seria isso.
 Foi um tiro certeiro que nem imaginava a principio
. Radiações podem ser medidas, então ele preparou um
 instrumento para isso e dias depois, quando estava 

revisando os gráficos de medição veio a surpresa.

 Em cada tempestade que media estava ali também um

 pulso de raio x.
Uma coisa estranha segundo o professor, um estrela que morreu ou explodiu a milhares de anos lançando radiação pelo espaço tem alguma coisa a ver com a vida na terra.

Um segundo evento intrigava os pesquisadores. Pilotos de aeronaves e até astronautas relatavam estranhas luzes que ocorriam como um flash de luz instante depois de uma descarga elétrica, seguindo em direção ao espaço.
O que seria isso?

Os Sprites (fadas)

Em 06/07/1989, físicos da Universidade de Minnesota testam
 uma câmara de imagem low light. Eles pretendiam utilizar
 para uma experiência com foguetes em grande altitude.
 Eles direcionam para leste para algumas estrelas e para
 cima do que parecia uma tempestade ao longe. Quando passavam o type observaram algo estranho, dois pulsos
luminosos lado a lado. Com duração de poucos 
milionésimos de segundo. Pelas medições estimam que os
 flashes estavam a cerca de 32 km de acima das nuvens e a
 uma incrível distancia de 20 km do local.

Este assunto acabou na mão do Prof. Steven A. Cummer - da Duke University.

O que seriam estas coisas. O fenômeno passou a ser estudado em todo mundo. Foram requisitadas até imagens do ônibus espacial e de aeronaves preparadas para voar em grande altitude acima das tempestades.

Receberam o nome de Sprites – Transiente luminosos que ocorrem sobre as nuvens de tempestade até 80 km, de cor avermelhada com duração aproximada de 100 ms, largura de 5 a 30 Km.

O professor utiliza um aparelho que mede ondas de rádio de forma que possa identificar cada um deles, desta forma pode-se ouvir um raio individualmente em qualquer parte do planeta. Ele pode compara com o padrão vindo de outras estações e pode verificar que eles só ocorriam nos mais poderosos raios e não em todos. Ele chegou a conclusão que os grandes raios de tempestade causam uma perturbação na atmosfera acima.

O Dr. R. Earle Williams do MIT e equipe resolveu criar seu em laboratório o tal fenômeno utilizando uma câmara pressurizada e temperatura controlada correspondendo a uma altura de 80 km. Fazendo passar uma corrente elétrica pelo tubo fazer aparecer o mágico raio na cor do nitrogênio ( vermelho) seguindo em direção as camadas mais baixas da atmosfera a variação da pressão e composição gasosa faz mudar as cores para roxo até o azul. Na garrafa transparente o professor brinca com variações de pressão e pode de perto observar de muito perto o fenômeno que esta longe de uma conclusão final.

Os estudos levaram a outros fenômenos correlatos, igualmente desconhecidos. Estes novos fenômenos luminosos receberam novos nomes.

Um assunto para a segunda parte entenda o que é Foo fighters (raios globulares ou fogos de Santelmo), ELFOS, Blue Jets (Jatos Azuis), O mistério dos cinturões de Van Allen e a safe zone ou safe slot em torno da Terra e o que eles têm a ver com os raios.


J.A.

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