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Um dos problemas que os profissionais que trabalham no campo
se deparam é relacionado com os responsáveis pelos equipamentos em questão.
Seja por soberba ou auto-afirmação perante os comandados,
muitos deles questionam assuntos técnicos que não compreendem ou não entendem
relacionados a situações antigas e similares que trataram.
Há pouco tempo estivemos numa empresa que reclamava em
desligamento de um no-break numa falha da rede elétrica da concessionária.
Depois de verificar o equipamento informamos que era um
problema nas baterias.
O responsável disse que era impossível. As baterias eram
relativamente novas e que em outra unidade num equipamento antigo tinha as
mesmas baterias e funcionavam normalmente, deveria ser problema no no-break.
Explicamos que a bateria original que tinha acompanhado o
equipamento, era selada VLRA e que na troca que eles fizeram após 3 anos, optando
por outro tipo derivativo das automotivas de custo mais barato, mas no entanto,
implicava em ter um carregador preparado para fornecer tensão de recarga.
O sujeito discutiu que aquela bateria tinha sido vendida
como selada também.
Mais uma vez expliquei didaticamente que não era bem assim.
Falei que as baterias seladas VLRA tinham o ácido imobilizado e utilizavam o
processo de recombinação de gases. Aquela em questão tinha solução, um
flutuador para indicar o nível de carga e não eram seladas e sim blindadas,
trabalhando em posição única para não ocorrer vazamentos da solução.
O cara não se convencia e falava grosso perante seus
comandados no CPD da empresa. Ameaçou trocar o no-break, e voltava a falar na
outra planta deles que possuía um no-break antigo.
Expliquei por fim, que as baterias para uso em no-break´s
tem que estarem de conformidade com o projeto dos equipamentos.
Baterias que utilizam solução acida ou soluções alcalinas
precisam que o carregador tenha outra função além da tensão de flutuação. Eles
dispõem de um sensor de corrente no link de bateria que aciona outro nível de
tensão, "a tensão de recarga". Com esta tensão mais alta todo o eletrólito interno
da bateria será movimentado, deixando a solução mais homogenia e permitindo o
pleno carregamento delas.
Os no-break´s que utilizam baterias seladas, a própria
tensão de flutuação é suficiente para recarregar as baterias.
O Gerente geral que estava perto entendeu e me fez um sinal.
Na realidade, este cliente sofreu com série de interrupções
de rede na região durante aquele mês. Em dias anteriores tinha sofrido um a
falha de rede e as baterias já deram sinal ao segurarem por aproximadamente 5
minutos, quando o normal seria algo próximo há uma 1 hora.
Um fator também a ser levado em consideração é quando se tem
duas ou mais interrupções da rede
elétrica. A bateria, qualquer que seja, ao sofrer uma descarga ela demora um
período para se carregar novamente. Se neste período ocorrer uma nova falha da
rede, elas vão se comportar como uma bateria em final de vida útil. O degrau de
sub-tensão será maior podendo atingir o nível de atuação do sensor de bateria
baixa, desligando o inversor do no-break. Esse processo é conhecido como efeito
saco.
Baterias Seladas VLRA.
Encerrando, baterias seladas trabalham com tensão de
flutuação constante, corrente de recarga limitada em 10% da capacidade plena da
bateria e temperatura ambiente de 25
°C . Podem
trabalhar em posição diferente e dentro de ambiente condicionados.
Baterias com solução precisam de recarga, portanto, a fonte
tem que elevar a tensão de flutuação para no mínimo 2,35 Volts por elemento.
Suportam bem uma corrente mais alta inicial bem como a temperatura ambiente. Só
operam na posição normal, sendo desejável que fiquem em ambiente separado e
ventilado.
Alerta:
Relembrando o que já publiquei há um ano atrás.
Com a chegada do inverno no sul do Brasil, quem trabalha com
baterias que operam em locais sem condicionamento térmico, deve ficar alerta
com relação a temperaturas baixas.
Baterias são acumuladores eletroquímicos e como tal é muito sensível
a grande amplitude de variações térmicas. Com relação a temperaturas muito
baixas alterará as condições da reação química das baterias e com isso, teremos
alteração do desempenho.
O primeiro é a perda de autonomia e sensibilidade a degraus
de carga profunda.
O segundo se refere a dificuldade do carregamento,
insuficiência da tensão face aquela temperatura.
Estes dois processos poderão levar baterias, principalmente
as em final de vida útil, a danos irreparáveis.
A área de Telecomunicações resolveu parcialmente isso com
uma norma da Telebrás que recomendava que as fontes tivessem compensação da
tensão em função da temperatura.
J.A.
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