quarta-feira, 25 de março de 2015

Mais um avanço nas pesquisas das baterias de lítio.

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A Revista Inovação Tecnológica de 24/03/2015 traz a 

informações destes avanços com o título " 

Finalmente um avanço nas baterias de lítio?" Mostra mais um passo nesta tecnologia.

O novo material é mostrado com (esquerda) e sem o lítio (direita).[Imagem: HIU]

Densidade de energia
Pesquisadores alemães descobriram uma forma de 
acondicionar uma quantidade inédita de íons de lítio 
em um material hospedeiro.
Esse material, a ser usado no polo negativo da 
bateria (catodo), permite aumentar enormemente a 
capacidade de armazenamento das baterias de íons 
de lítio, a melhor tecnologia de armazenamento de 
eletricidade disponível atualmente, mas que está
 virtualmente estagnada há vários anos.
Hoje, os íons de lítio ficam em pequenas cavidades,
 chamadas interstícios, de uma estrutura hospedeira,
 normalmente feita de óxidos metálicos. Funciona 
bem, mas não é possível aumentar a densidade de 
armazenamento porque não dá para colocar mais do
 que um íon de lítio por unidade da fórmula.
O novo princípio de armazenamento e o material que
 o viabiliza - cuja fórmula é Li2VO2F - permitem guardar até 1,8 íon de lítio por unidade da fórmula.
Isto permite alcançar 420 mAh/g (miliamperes-hora 
por grama de material) a uma tensão de 2,5 V. 
Como resultado, a bateria pode alcançar uma 
densidade de energia por volume de até 4.600 Wh/L 
(Watts-hora por litro), em comparação com os cerca
 de 650 Wh/L das baterias atuais.
Rede atômica
Um aumento de densidade de energia nesta 
magnitude foi possível porque o material não 
armazena o lítio nos interstícios, mas diretamente na
 rede atômica do material, que tem uma estrutura 
cúbica muito densa.
Apesar de acondicionados na rede atômica, os íons 
de lítio mantêm uma alta mobilidade, essencial para 
o carregamento e uso de uma bateria recarregável.
 O mecanismo envolve sobretudo os átomos de 
vanádio, que capturam até duas cargas - ou as 
liberam - sem afetar a estrutura como um todo, que 
apenas se reduz em volume em cerca de 3% 
quando toda a energia da bateria é drenada.
"O princípio de armazenamento parece ser 
transferível para outras composições. Usando 
compostos de estrutura similar, nós já medimos
 densidades de energia ainda maiores do que as 
obtidas no sistema baseado em vanádio," disse o 
professor Maximilian Fichtner, do Instituto de 
Tecnologia de Karlsruhe.
Bibliografia:

Disordered Lithium-Rich Oxyfluoride as a Stable Host for Enhanced Li+ Intercalation Storage
R. Chen, S. Ren, M. Knapp, D. Wang, R. Witter, M. Fichtner, H. Hahn
Advanced Energy Materials
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/aenm.201401814
A dois anos atrás a mesma revista na edição 
de 20/02/2013 falava de uma estagnação  nesta pesquisa.
O Título naquela época era ; 

Lítio-silício: finalmente uma bateria melhor?


Baterias de lítio-silício
As baterias de íons de lítio são muito boas, mas 
virtualmente pararam no tempo em termos 
tecnológicos.
As tentativas para levá-las acima do seu limite 
deram resultados explosivos - literalmente.
A maior esperança para um salto tecnológico no 
armazenamento de energia a curto prazo está na 
associação do lítio com o silício.
O silício, mais conhecido pelo seu uso nos chips e
 nas células solares, consegue acomodar 10 vezes 
mais íons de lítio do que o carbono, atualmente 
usado no anodo das baterias de lítio.
Isso em termos teóricos.
Na prática, a equipe da Dra Sibani Biswal 
(Universidade de Rice-EUA) obteve, no final de 
2012, os melhores resultados reportados até agora.
Os pesquisadores passaram a trabalhar com nanopartículas de silício já disponíveis comercialmente, criando um material com a mesma porosidade que os nanofios. [Imagem: Mingyuan Ge/Chongwu Zhou]
Nanopartículas porosas
Resultados que acabam de ser superados pelo 
trabalho de Jiepeng Rong e seus colegas da 
Universidade Sul da Califórnia, nos Estados Unidos.
A equipe já havia conseguido um grande avanço 
usando nanofios de silício, mas os nanofios são 
frágeis e, embora funcionem bem em condições de 
laboratório, ainda não existem técnicas robustas 
para fabricá-los em escala industrial.
Por isso os pesquisadores passaram a trabalhar com
 nanopartículas de silício já disponíveis 
comercialmente, criando um material com a mesma
 porosidade que os nanofios - os poros são 
essenciais para que os íons de lítio fluam para fora e 
para dentro do anodo.
Enquanto o melhor resultado anterior (da 
Universidade de Rice) havia alcançado uma 
capacidade de 1.000 miliamperes-hora por grama 
(mAh/g) de material, o novo protótipo alcançou 
nada menos do que 1.500 mAh/g depois de 100 
ciclos, com um decaimento de menos de 0,05% por 
ciclo.
Ciclos de carga
Enquanto a bateria original, usando nanofios, 
suportou 2.000 ciclos, o protótipo com 
nanopartículas durou apenas 200 ciclos, abaixo dos
 500 estipulados pela equipe para que a tecnologia 
atinja a viabilidade comercial.
Contudo, com base nos resultados anteriores, e nos
 trabalhos de outras equipes, os pesquisadores 
avaliam que a tecnologia das baterias de lítio-
silício deverá estar no mercado nos próximos dois a 
três anos.
Bibliografia:

Coaxial Si/anodic titanium oxide/Si nanotube arrays for lithium-ion battery anodes
Jiepeng Rong, Xin Fang, Mingyuan Ge, Haitian Chen, Jing Xu, Chongwu Zhou
Nano Research
Vol.: Published online
DOI: 10.1007/s12274-013-0294-x
Artigo anterior publicado aqui.
A procura de estabilidade para as baterias Íon-Lítio...


Fontes :


http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=finalmente-avanco-baterias-litio&id=010115150324&ebol=sim#.VRLanfzF8l8

J.A.


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