sábado, 13 de dezembro de 2014

Caixa de câmbio acopla eixos por levitação magnética

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Muito interessante este artigo da Inovação Tecnológica publicado em 08/12/2014, se referindo ao uso da técnica de levitação magnética numa caixa de cambio mecânica.

 Caixa redutora por levitação

Engenheiros europeus desenvolveram uma caixa de 
câmbio baseada na levitação magnética, o que 
significa que o eixo que vem do motor não toca o 
eixo que leva a tração para as rodas ou qualquer 
outro mecanismo a ser acionado.
Em vez da conexão por meio de engrenagens 
redutoras, como nos câmbios tradicionais, a 
transmissão é produzida sem contato, graças ao 
magnetismo.
"É a primeira vez na história que o eixo de entrada e o eixo de saída de um câmbio redutor ficam flutuando sem nenhum tipo de contato, e podem manter um mecanismo que não contém nada mais girando a 3.000 rotações por minuto." [Imagem: UC3M]
Os eixos de entrada e saída literalmente levitam e, 
ainda assim, transmitem toda a força necessária do 
motor para o mecanismo a ser movimentado.
As principais vantagens são a ausência de atrito 
entre as peças e de desgaste dos vários 
componentes, dispensando a necessidade de 
lubrificação.
"A vida operacional destes equipamentos pode ser 
muito mais longa do que a vida dos câmbios 
redutores convencionais com engrenagens dentadas,
 e pode funcionar até mesmo em temperaturas 
criogênicas," disse Efrén Díez, da Universidade 
Carlos III de Madri, na Espanha.
Outra vantagem da transmissão sem contato é a 
virtual ausência de quebras, com o câmbio 
suportando grandes sobrecargas - mesmo que um 
eixo fique bloqueado, as duas peças simplesmente 
giram sobre si mesmas, já que não há engrenagens 
para quebrar.
"É a primeira vez na história que o eixo de entrada e
 o eixo de saída de um câmbio redutor ficam 
flutuando sem nenhum tipo de contato, e podem 
manter um mecanismo que não contém nada mais 
girando a 3.000 rotações por minuto," disse o 
professor José Luíz Perez Díaz.
Câmbio espacial e terrestre
Embora o objetivo do trabalho fosse construir um 
protótipo que possa ser usado no espaço, a equipe 
construiu também uma versão terrestre, que 
funcionou perfeitamente a temperatura ambiente.
Os "rolamentos" onde se apoiam os dois eixos são 
esferas supercondutoras que geram forças de 
repulsão estáveis, mantendo os eixos girando sem 
vibrações e evitando possíveis desalinhamentos.
O funcionamento dos supercondutores no espaço 
tem a vantagem de dispensar o resfriamento, já que
 as condições de uso envolvem temperaturas de 
-210º C no vácuo.
No espaço, o câmbio magnético deverá acionar 
braços robóticos e posicionadores de antenas, 
equipamentos que dependem de alta precisão, além 
de veículos espaciais para exploração robotizada ou
 humana.
A versão "terráquea" teve os ímãs supercondutores
 substituídos por ímãs permanentes.
Segundo a equipe, a caixa redutora por levitação 
terá grande apelo nas indústrias alimentícia e 
farmacêutica, onde a ausência de óleos lubrificantes 
é um apelo importante devido às estritas exigências 
de limpeza. Mas, segundo eles, o equipamento pode 
ser usado em qualquer aplicação onde seja 
necessário um câmbio, ou caixa de redução.
Fontes:

J.A.

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