quarta-feira, 7 de maio de 2014

Transformando calor em eletricidade dos metais e orgânicas - Segunda Parte.

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A revista Inovação Tecnológica - 22/06/2005 trouxe uma 

promissora pesquisa japonesa.

Cerâmica termoelétrica gera eletricidade a partir do calor


Cientistas do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias 

Industriais Avançadas do Japão, conseguiram construir um

 módulo capaz de converter calor em energia elétrica. O 

módulo de conversão termoelétrica é feito totalmente de 

material cerâmico. Os cientistas conseguiram eliminar 

totalmente a degradação normalmente associada a este

 tipo de material, causada pela oxidação.

Cerâmicas termoelétricas
Cientistas norte-americanos anunciaram recentemente a 
criação de um material termoelétrico, mas construído à 
base de nanofios (veja Materiais termoelétricos 
Embora já existam cerâmicas capazes de transformar calor
 em eletricidade, elas não chegaram 

ainda ao mercado devido a um sério problema de 

durabilidade: 
oxidação faz com que elas deixem de funcionar muito 
rapidamente.
Já a nova cerâmica sintetizada pelos cientistas japoneses
 mantém seu desempenho mesmo sob operação em ar 
ambiente a 800° C. Além disso, ela não utiliza em sua 
composição materiais tóxicos ou metais raros, que 
poderiam inviabilizar sua utilização prática ou sua 
viabilidade econômica.
Módulos termoelétricos
Módulos termoelétricos construídos com a nova cerâmica
 poderão ser utilizados em incineradores, fornos 
industriais, motores de automóveis e em qualquer outra
 fonte que libere calor como resultado de sua operação
 normal. Ao invés de desperdiçar esse calor excedente, ele
 poderá então ser transformado em energia elétrica.
Além disso, módulos portáteis poderão ser muito úteis em
 áreas de desastres ambientais, onde a infraestrutura de
 energia normalmente é destruída e de difícil recuperação; 
mas fontes de calor são sempre fáceis de serem criadas
 rapidamente.
Os módulos geradores termoelétricos são inteiramente
 cerâmicos, não possuindo partes móveis e efetuando a 
conversão direta de calor em eletricidade.
Módulos em série
A cerâmica é feita de óxidos de tipos P e N, conectados
 alternadamente em série. Cada módulo é capaz de gerar
 100 mV. O maior desafio para os pesquisadores foi criar
conexões que permitissem a ligação de vários desses
 módulos para a geração de quantidades úteis de energia.
Por exemplo, para se fabricar um módulo de 4 Volts, ideal
 para o recarregamento de telefones celulares, é 
necessário a construção de 80 junções entre módulos.
 Qualquer problema em uma dessas junções pode reduzir
 a quantidade disponível de energia. A unidade mostrada
 na foto gera 10 W de potência quando operando com um
 lado quente a 800° C e um lado frio a 300 °C.

Outro ponto de pesquisa correlata:

Materiais termoelétricos transformam radiador do carro em gerador de energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/04/2005


Apesar de todos os avanços tecnológicos, os motores 
dos carros atuais conseguem retirar apenas 30% da
 energia contida na gasolina. Os restantes 70% são 
perdidos na forma de calor.

Gerando energia a partir do calor
Agora cientistas das universidades do Oregon, Estados 
Unidos, e do Conselho de Pesquisas da Austrália,
 trabalhando conjuntamente, descobriram não apenas 
como recuperar essa energia perdida pelos motores a 
combustão, mas também como retirar energia das fontes
 geotérmicas, uma forma de geração de energia limpa e 
renovável disponível em áreas vulcânicas.
Os cientistas criaram um novo tipo de material 
termoelétrico - ou material termogerador, capaz de
 converter calor em energia elétrica - utilizando nanofios. "
[...] dispositivos termoelétricos nanoestruturados poderão
 ser práticos para aplicações como a recuperação do calor
 perdido nos motores de automóveis, resfriadores 
construídos diretamente dentro dos chips e refrigeradores 
domésticos mais compactos e silenciosos," explica Heiner 
Linke, um dos pesquisadores.
Ele e seu colega Tammy Humphrey descobriram que dois
 objetos podem ter diferentes temperaturas e ainda assim
 manterem o equilíbrio mútuo em nanoescala. Esse é um
 fenômeno crucial para que se possa atingir 
desempenho necessário para o uso prático dos materiais
 termoelétricos na geração de energia elétrica e na 
refrigeração.
Materiais termoelétricos
Imagine uma xícara de café sobre uma mesa: o café irá
 esfriar gradualmente porque as moléculas na xícara 
transferirão automaticamente o calor do café para a mesa,
 até atingir o equilíbrio térmico. Esse fenômeno é explicado
 pelas leis da termodinâmica: o calor irá sempre fluir do
 mais quente para o mais frio. O problema é que a energia
 gasta pelos elétrons para fazer essa transferência é
 simplesmente perdida.
Os materiais termoelétricos tentam recuperar essa energia
 convertendo-a em eletricidade. Mas eles não funcionam 
muito bem se o fluxo de calor for descontrolado. A 
descoberta feita por Humphrey e Linke envolve justamente
 o controle do movimento dos elétrons, utilizando materiais
 que são estruturados em nanoescala.
Eles demonstraram que, se uma tensão elétrica for 
aplicada a um sistema elétrico que tiver uma diferença de 
temperatura, é possível controlar elétrons que tenham 
uma energia específica. Isto significa que, se o material
 nanoestruturado for projetado para permitir apenas o fluxo
 desse tipo de elétron, atinge-se um novo tipo de 
equilíbrio, no qual os elétrons não migram 
espontaneamente do quente para o frio.
Como o sistema não ficará verdadeiramente em equilíbrio
, o fluxo de elétrons pode ser revertido, permitindo que um
 equipamento funcione na eficiência máxima possível. Para
 os motores de carro, essa eficiência máxima téoria é
 conhecida como limite de Carnot.
Os pesquisadores acreditam que a tecnologia atual já
 possibilite que seus materiais nanoestruturados criem
 equipamentos que atinjam 50% do limite de Carnot. Os
 mais eficientes materiais termoelétricos conhecidos hoje
 atingem apenas 15% desse limite.
O trabalho foi apresentado neste último dia 5 de Abril, na
 Conferência de Dispositivos em Nanoescala e Integração
 de Sistemas, realizada em Houston, nos Estados Unidos.
Fontes:







J.A.


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