Este assunto se confunde entre assuntos técnicos e causos ou histórias engraçadas.
Muitas intervenções técnicas têm por causa, defeitos provocados de forma involuntária ou até mesmo de forma premeditada. Para as duas situações, muitas vezes é de difícil diagnóstico e os reparos podem se estenderem por longo tempo, gerando desgastes, desconfianças,custos de toda ordem e muitas vezes perda de confiança junto ao cliente final.
Aqui vou contar o primeiro caso sobre o tema, considerando defeito provocado de forma intencional.
CASO 1- TELEPAR AMPLIAÇÃO CENTRAL DE GUARAPUAVA
Quando realizava a ampliação da central de Guarapuava, adicionando mais dois retificadores de 400 A e dois conversores aditivos de 400 A ao sistema, um defeito provocado intencionalmente em fábrica, apos os testes de aceitação,fez com que um dos conversores,apresentasse a queima de dois braços do módulo de potência. Como mostra a foto, estes conversores tinham 16 transistores por braço (total de 64, num sistema de chaveamento em ponte) e mais os 4 do driver.
Imagine a minha surpresa, após todos os testes preliminares padrão e quando fui energizar a potência, era só fusível queimando.
Após constatar e identificar quais apresentavam defeito, retirei transistores dos outros braços e com alguns sobressalentes, montei 50% do módulo para testes. Utilizando osciloscópio, medi todo o pulso e sinais de controle da eletrônica, troquei a placa de controle pela do outro conversor. Cheguei até a medir os sinais chegando em cada braço entre bases e emissores, tudo perfeito. Curto contra massa não existia, tinha sido os primeiros testes de aceitação, isolação e rigidez dielétrica.
Fomos testar a potência , para que!?
Queimou os dois braços novamente.
Sem mais o que fazer fiquei passeando pela região enquanto aguardava a chega deste grande estoque de 182 T2 ou 109 T2 e às vezes o 2N3055 he.he.he
Já há quase 1 mês na cidade, chegam às peças. Resolvo então bater um papo com um colega do laboratório de desenvolvimento, o Luiz Soares.
O Luiz me disse;
- J.A. isso parece sacanagem. Esse tipo de falha acontece em fabrica quando o enrolamento do trafo de driver estava invertido o sentido de polarização, dá uma olhada se as identificações estão corretas e suas numerações.
-Respondi, tudo perfeitamente, inclusive as interna .
- Então J.A. se alguém aprontou esta sacanagem, fazes o seguinte:
Solta toda fiação que chega ao trafo de driver e pega uma pilha e liga o negativo dela no comum do primário, e o positivo da pilha, fica cutucando no positivo do primário, como um chaveador. Antes,pega o multitester analógico,em resistência ôhmica, coloca o negativo no enrolamento secundário comum, correspondendo ao emissor e o positivo no correspondente a base dos transistores de potência. Ao cutucar no pólo positivo da pilha, o multitester marcar positivo mais se ele der um contra aí esta o pepino.
Não deu outra, os enrolamentos internos do trafo de driver daqueles dois braços estavam invertidos, ou seja, o ponteiro do multitester quase grudou no batente antes do zero He.he.he.

Confesso se não fosse o Luiz nunca teria descoberto esta pilantragem. O Luiz era daqueles auto- didata que beirava a genialidade, sem contar a pessoa boníssima e espetacular que era e deve continuar sendo, aposentado no interior de S.Paulo.
Nunca descobri quem foi o filho de uma mãe que aprontou esta.
Fomos testar a potência , para que!?
Queimou os dois braços novamente.
Já há quase 1 mês na cidade, chegam às peças. Resolvo então bater um papo com um colega do laboratório de desenvolvimento, o Luiz Soares.
O Luiz me disse;
- J.A. isso parece sacanagem. Esse tipo de falha acontece em fabrica quando o enrolamento do trafo de driver estava invertido o sentido de polarização, dá uma olhada se as identificações estão corretas e suas numerações.
-Respondi, tudo perfeitamente, inclusive as interna .
- Então J.A. se alguém aprontou esta sacanagem, fazes o seguinte:
Solta toda fiação que chega ao trafo de driver e pega uma pilha e liga o negativo dela no comum do primário, e o positivo da pilha, fica cutucando no positivo do primário, como um chaveador. Antes,pega o multitester analógico,em resistência ôhmica, coloca o negativo no enrolamento secundário comum, correspondendo ao emissor e o positivo no correspondente a base dos transistores de potência. Ao cutucar no pólo positivo da pilha, o multitester marcar positivo mais se ele der um contra aí esta o pepino.
Não deu outra, os enrolamentos internos do trafo de driver daqueles dois braços estavam invertidos, ou seja, o ponteiro do multitester quase grudou no batente antes do zero He.he.he.
Confesso se não fosse o Luiz nunca teria descoberto esta pilantragem. O Luiz era daqueles auto- didata que beirava a genialidade, sem contar a pessoa boníssima e espetacular que era e deve continuar sendo, aposentado no interior de S.Paulo.
Nunca descobri quem foi o filho de uma mãe que aprontou esta.
J.A.
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