quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Reator de Fusão Wendelstein 7-X , pode inciar os testes agora em Novembro.

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Dentro dos grandes projetos de utilisar um reator nuclear de fusão, estaria perto de iniciar os seus testes inicias o europeu W7-X.

Segundo o Site "Aberto até de Madruga" ,que publicou a mátéria, isto estaria perto de acontecer já neste mês de novembro, vamos a reportagem;


A procura por fontes de energia há muito que nos faz sonhar com a fusão nuclear, e um novo reactor poderá revelar novos avanços já neste próximo mês de Novembro: o W7-X com a sua estranha configuração.

A fusão nuclear há muito que é perseguida por cientistas, mas tentar recriar aqui na Terra as condições que se passam no coração de uma estrela não é fácil; obrigando a enormes feitos de engenharia para conseguir criar um reactor que consiga manter no seu interior um plasma a mais de 100 milhões de graus(!) centígrados.

As várias experiências que se vão fazendo têm optado por um reactor do estilo "tokamak", que faz rodar o plasma num "donut" mantido por campos magnéticos; mas este W7-X europeu adota uma variação deste formato conhecida por "stellerator" que promete ser segura. Para conseguir manter o plasma no interior em segurança, o mesmo tem que ser torcido. Neste novo reactor de fusão, esse efeito é conseguido usando o próprio formato do reactor, com aros de super-condutores meticulosamente concebidos por computador. Isto faz com que o reactor seja inerentemente mais seguro, mesmo em caso de algo correr mal - e, caso tudo corra como previsto, demonstrará também a sua viabilidade como reactor capaz de produzir energia para uso comercial (até ao momento, os reactores de fusão continuam a gastar mais energia para conseguir manter o plasma do que a que produzem).

Esperemos que tudo corra bem e se tenham boas notíc
ias neste campo até ao final do ano.


Matéria do site Brasil Escola sobre o tema reator de fusão:

REATOR DE FUSÃO NUCLEAR


Um reator de fusão nuclear trará muitos benefícios, como uma extraordinária energia gerada, a não produção de rejeitos nucleares, além de matérias-primas de fácil obtenção.
As reações nucleares de fusão são aquelas que ocorrem no interior das estrelas, tais como o nosso sol, em que dois núcleos atômicos menores se unem para dar origem a um núcleo atômico maior e mais estável. Abaixo temos um mecanismo desse tipo de reação que ocorre no Sol, entre hidrogênios, dando origem ao hélio:

Possível reação de fusão de hidrogênios que ocorre no Sol

Mas o aspecto mais importante desse tipo de reação nuclear é a quantidade de energia liberada. Para se ter uma ideia, a fusão de apenas 2 . 10-9% do deutério(hidrogênio com um nêutron e um próton no núcleo) forneceria uma quantidade de energia que seria suficiente para sustentar a demanda de energia do mundo inteiro durante um ano!
É por isso que o sonho de muitos cientistas é conseguir aproveitar a energia liberada em reações de fusão. Os reatores usados atualmente em usinas nucleares são de fissão nuclear, que é o processo contrário à fusão e que produz uma quantidade menor de energia.
A fusão sem controle já foi usada na bomba de hidrogênio ou termonuclear, no ano de 1952, lançada pelos Estados Unidos em um atol do Pacífico. Essa bomba foi apelidada de “Mike” e possuía uma potência 700 vezes maior que a bomba de Hiroshima.
Além da grande quantidade de energia liberada, outras vantagens de se usar a fusão nuclear para gerar energia são que os materiais usados nessas reações são de fácil obtenção, pois o deutério é encontrado nas moléculas de água, o trítio (isótopo do hidrogênio que possui um próton e dois nêutrons no núcleo) pode ser obtido por meio do lítio, e o lítio é um metal encontrado na natureza.
Outro fator é que, ao contrário da fissão nuclear, os produtos da fusão não são radioativos, sendo, portanto, considerada um tipo de energia “limpa” que não causa alterações no meio ambiente.
Mas para ser usada para gerar energia, deve ser uma reação controlada e para tal existem ainda alguns empecilhos:
  • Para que a fusão seja efetiva, são necessárias altas temperaturas, como acontece no Sol, que possui regiões com temperaturas na ordem de 100 milhões de graus Celsius! Essa grande quantidade de energia é necessária para vencer a força de repulsão decorrente das cargas positivas dos núcleos que irão se unir.
Atualmente, isso é conseguido por meio da energia liberada na reação de fissão controlada de uma bomba atômica, que serve de estopim para a reação de fusão nuclear.
  • Outro problema que surge é: como trabalhar de maneira controlada com materiais a milhares de graus Celsius? Que materiais poderiam ser usados para construir o reator que aguentariam temperaturas tão elevadas?
  • Há também a necessidade de um rápido escoamento da energia liberada na reação de fusão.
As pesquisas nessa área têm levado a um tipo de reator denominado deTokamak, que é usado hoje apenas para pesquisas. O mais famoso é o que fica em Princeton, Estados Unidos, e que funciona com uma temperatura de 100 milhões de graus Celsius. Abaixo temos o Tokamak COMPASS no IPP apresentado em Praga, República Checa, durante a Semana da Ciência e Tecnologia organizada pela Academia de Ciências da República Checa, em 02 de novembro de 2012:
Tokamak COMPASS no IPP apresentado em Praga[2]

Nesses reatores é produzido um campo magnético extremamente forte. Gases de deutério e trítio são injetados e aquecidos a milhares de graus Celsius para reagirem. Visto que há a passagem de corrente elétrica e a geração de fortes campos magnéticos, forma-se um plasma, que fica em um tubo no interior do reator, não entrando em contato com as suas paredes.

O selo acima, impresso na URSS, mostra um dispositivo de fusão termonuclear tokamak por volta de 1987[3]

No entanto, até o momento, ainda não foi descoberto um meio de obtenção de energia útil de um reator desse tipo, pois a energia gasta para ativar o campo magnético onde o plasma fica confinado ainda é maior que a energia obtida na fusão dentro do reator.
* Créditos das imagens:

Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Fontes:


http://abertoatedemadrugada.com/2015/10/reactor-de-fusao-nuclear-w7-x-pode.html

J.A.

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