segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Equipe brasileira testa eficácia do dióxido de estanho nos varistores.

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Publicado pela Revista Eletrônica Inovação Tecnológica 

de 13/11/2015.


Invenção brasileira protege rede elétrica contra raios

Negociações
Pesquisadores brasileiros foram até a Alemanha em 
busca de parcerias para testar em campo um novo 
componente eletrônico que promete aumentar a vida
 útil e a segurança de para-raios e grandes linhas de 
transmissão de energia elétrica.
O professor José Arana Varela, do Centro de 
Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), 
levou o invento brasileiro a uma reunião sobre 
materiais para transmissão de energia em Munique, 
na Alemanha, que reuniu inventores e empresários 
de 70 países.
Varistor de dióxido de estanho não precisa ser substituído quando recebe a descarga de um raio.[Imagem: Divulgação/CDMF]
Segundo o pesquisador, ainda são necessários 
testes experimentais para aplicar o novo 
equipamento na indústria. "Foi por isso que fomos 
atrás de parceiros nesta reunião com empresários 
em Munique, nós temos resultados acadêmicos 
sobre a eficácia do dióxido de estanho nos 
varistores, mas isso ainda precisa ser mais 
observado experimentalmente. Houve uma resposta 
muito positiva por parte desses empresários para a 
produção industrial do equipamento que 
desenvolvemos", apontou.
Varistor
O novo varistor é fruto de mais de 15 anos de 
pesquisas do grupo.
Varistores são componentes eletrônicos cuja 
resistência elétrica depende da tensão aplicada aos 
seus terminais.
Isto os torna ideais como proteção contra 
sobretensão e como limitadores de tensão em para-
raios - são os varistores que dissipam a corrente 
elétrica dos raios, protegendo as linhas de 
transmissão de curtos-circuitos.
Os varistores normalmente são feitos a partir de um 
composto químico à base de óxido de zinco (ZnO). 
problema é que eles são parecidos com fusíveis, 
precisando ser substituídos assim que cumprem sua 
função - caiu um raio, é necessário trocar o varistor.
Com a nova tecnologia desenvolvida pela equipe 
brasileira, o varistor é fabricado a partir de dióxido 
de estanho (SnO2). "A probabilidade do varistor de 
dióxido de estanho deteriorar é menor. A 
composição do estanho tem menos aditivos 
químicos e isso também ajuda o meio ambiente," 
comentou Varela.
Energia dos raios
Um raio pode alcançar 100 milhões de volts - 1 
milhão de vezes a tensão disponível nas tomadas 
domésticas. A corrente pode chegar a 30 mil 
amperes, mais de mil vezes maior do que a corrente 
consumida por um chuveiro elétrico, por exemplo.
Assim como os raios podem causar danos aos 
aparelhos domésticos, quando atingem as grandes 
linhas de transmissão o prejuízo pode ser bem 
maior, além de deixar milhares de residências sem 
energia.
Por isso os pesquisadores brasileiros esperam que 
alguma empresa se interesse em produzir protótipos
do varistor de dióxido de estanho e testá-lo em 
campo, oferecendo um elemento de proteção mais 
versátil e mais simples.
mundo. De acordo com o Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais (INPE), cerca de 70 milhões de 
raios atingem o país todos os anos - uma média de 
duas ou três descargas elétricas por segundo.

VEJAM TAMBÉM ASSUNTO CORRELATO : 

Raios vão ajudar a evitar apagões

Publicação da mesma revista em  16/04/2014

O lado bom dos raios
Raios são bem conhecidos como inimigos das redes 
de energia.
Mesmo quando eles não causam o desligamento 
total da rede, causando os apagões, as correntes 
induzidas pelos raios - os chamados transientes 
naturais - desgastam rapidamente a saúde dos 
componentes ao longo da rede de distribuição.
Roya Nikjoo descobriu uma forma de tirar proveito dos raios e transformá-los em uma ferramenta de "medicina preventiva" para as redes elétricas. [Imagem: Hakan Lindgren/RIT]
Roya Nikjoo, do Instituto Real de Tecnologia da 
Suécia, decidiu ver o lado positivo da coisa e analisar
 se poderia tirar algum proveito dos raios em 
benefício das redes elétricas.
O que ela descobriu poderá não apenas ajudar a 
monitorar a saúde dos componentes elétricos, como 
também evitar os apagões.
Impressão digital da rede elétrica
A técnica pode ser considerada como uma espécie 
de "medicina preventiva" para a rede elétrica - os 
componentes podem ser substituídos ou 
consertados antes que falhem de forma catastrófica, 
geralmente induzindo defeitos nos componentes 
vizinhos.
Nikjoo desenvolveu um sistema que usa os 
transientes naturais para medir o desgaste dos 
componentes de potência.
As medições começam quando os sinais criados 
pelos raios derrubam um circuito elétrico, 
interrompendo a corrente ou desviando-a de um 
condutor para outro.
Esses sinais são usados como "estímulos" para 
obter uma resposta dos componentes de energia, 
explica Nikjoo.
A saída é uma representação gráfica do sistema, da
 mesma maneira que um ultra-som produz uma 
imagem de um feto.
"É como tirar a impressão digital do componente," 
disse Nikjoo. "Conforme essa digital muda, eu 
posso usá-la para identificar o bem-estar do 
componente, e saber se algo está errado."
"Nós podemos usar essas altas tensões para obter 
mais informações sobre o estado de componentes 
como transformadores e isoladores do que por meio
das inspeções tradicionais," conclui a engenheira.

Fontes:

J.A.

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