terça-feira, 17 de novembro de 2015

Pioneirismo do Prof. Ênnio Amaral evolui - Cabos Pára-Raios Energizados (PRE).

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Esta é a conclusão do trabalho de pesquisa do engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP.

Os amigos que me acompanham devem lembrar dos artigos sobre o pioneirismo do Prof. Ênnio Amaral na eletrificação rural de baixo custo.
A idéia segue o mesmo caminho, transportar energia elétrica com retorno pela terra ou simplesmente conhecido como (RDR) ou ( MTR) e agora no artigo como(PRE).
Obviamente que precisaria de uma pesquisa cientifica de viabilidade técnica, econômica e segurança, coube ao autor do estudo mostrar os caminhos.

Vamos ao artigo:

Cabos para-raios tornam energia elétrica mais barata.

As linhas de transmissão, utilizadas para transportar grandes quantidades de energia elétrica, utilizam os cabos para-raios para protegê-las de descargas atmosféricas (raios), evitando com isso seu desligamento. Esses cabos também podem ser utilizados para transportar energia elétrica, por meio da Tecnologia Cabos Para-raios Energizados (PRE), para atender pequenas comunidades situadas nas proximidades dessas linhas. Um estudo desenvolvido pelo engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP, mostrou que a Tecnologia PRE tem um desempenho econômico e operacional melhor, se comparado às tecnologias convencionais, para abastecer essas pequenas comunidades próximas às linhas de transmissão.
Com a tecnologia PRE, além de proteger as linhas de transmissão contra descargas atmosféricas, os cabos pára-raios podem transportar energia elétrica a comunidades próximas.[Imagem: Ag.USP]

A Tecnologia PRE, desenvolvida na Itália, é baseada na 
utilização dos cabos para-raios em linhas de 
transmissão de Alta e Extra Alta Tensão, sendo esses 
cabos isolados e energizados para viabilizar a 
transmissão de energia elétrica em Média Tensão. 
“Nesses níveis de tensão é possível o atendimento às 
pequenas comunidades por intermédio de 
subestações, 
onde a tensão elétrica é reduzida para o nível de 
consumo doméstico ou de pequenas indústrias”, 
explica Ramos.
O engenheiro participou da implantação da tecnologia 
em Rondônia, acompanhando, posteriormente, sua 
operação e manutenção. Daí o interesse pelo estudo do
 PRE.
A pesquisa investigou, entre outras questões, como as 
descargas atmosféricas (raios) afetam a linha PRE e 
linhas de transmissão como um todo, o desempenho 
operacional resultante de mais de 180 meses de 
operação do PRE em Rondônia e sua viabilidade 
econômica em relação aos demais sistemas. 
“Estudamos também se as descargas atmosféricas são 
as principais causadoras das interrupções no Siste
ma PRE, e não as falhas em equipamentos ou outras 
limitações operacionais”, completa o engenheiro.
Foram utilizados como fonte de dados os registros 
operacionais do PRE em duas cidades de Rondônia: 
Jaru, entre 1996 a 2000, e Itapuã, entre 1997 e 2007. 
Os 180 meses de experiência operacional com as duas 
instalações PRE permitiu comparar o número de 
interrupções verificadas no período com o número de 
interrupções estimadas na teoria.
Também foram feitas também medições de 
resistividade do solo e resistência de terra, e utilização 
de dados disponíveis da região relacionados à 
quantidade de chuvas, temperatura, umidade relativa, 
pressão atmosférica, e registros de descargas 
atmosféricas.

Menos custos e mais benefícios

Uma das primeiras conclusões do trabalho foi a 
constatação de que o Sistema PRE não diminui o 
desempenho da linha de transmissão. Ao contrário, o 
desempenho da linha é melhorado. Os resultados 
mostraram também que o Sistema PRE é bastante 
sensível às descargas atmosféricas, de forma que, 
mesmo para baixas correntes de descarga, acontece a 
saída de operação do sistema. “Apesar disso, devido à 
característica sazonal das descargas atmosféricas, o 
desempenho operacional anual do PRE é igual ou 
melhor que os sistemas utilizados nas pequenas 
localidades da região”, explica.
No aspecto econômico, Ramos destaca que, somadas 
as duas cidades, a Tecnologia PRE evitou a queima de 
mais de 80 milhões de litros de óleo diesel para 
produção de energia, resultando em uma economia 
superior a R$ 180 milhões. “Comparando esse valor 
com o custo do investimento para implantar o PRE, eles
 foram pagos mais de 60 vezes. E comparando somente
 os cabos para-raios isolados e energizados, seu custo 
é quase dez vezes menor que os cabos convencionais”, 
completa.


Alternativa tecnológica

O estudo favorece futuros projetos de implantação ou 
expansão da Tecnologia PRE. Dessa forma, empresas 
públicas e privadas têm uma alternativa a mais em 
relação às convencionais com finalidades semelhantes: 
atender pequenas comunidades isoladas, próximas aos 
corredores das grandes linhas de transmissão.
Ramos espera que essa alternativa tecnológica possa 
ser utilizada nas políticas públicas de universalização 
da energia elétrica. “O grande desafio enfrentado pelas 
novas tecnologias é a falta de conhecimento sobre as 
mesmas, o que pode levar à sua rejeição. Portanto, a 
pesquisa tem o mérito de contribuir com a oferta de 
maior conhecimento, permitindo sua inclusão no rol 
das demais alternativas analisadas para atendimento a 
pequenas comunidades”, finaliza.
O estudo foi defendido como tese de doutorado, no 
IEE, em abril de 2010, com o título Universalização da 
energia elétrica através da tecnologia cabos para-raios
energizados (PRE). A pesquisa foi orientada pelo 
professor Alexandre Piantini.
Como é normalmente o cabo de cobertura aterrado ao contrario do proposto que tem isoladores.

Fontes:




J.A.

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