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Esta é a conclusão do trabalho de pesquisa do engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP.
Os amigos que me acompanham devem lembrar dos artigos sobre o pioneirismo do Prof. Ênnio Amaral na eletrificação rural de baixo custo.
A idéia segue o mesmo caminho, transportar energia elétrica com retorno pela terra ou simplesmente conhecido como (RDR) ou ( MTR) e agora no artigo como(PRE).
A idéia segue o mesmo caminho, transportar energia elétrica com retorno pela terra ou simplesmente conhecido como (RDR) ou ( MTR) e agora no artigo como(PRE).
Obviamente que precisaria de uma pesquisa cientifica de viabilidade técnica, econômica e segurança, coube ao autor do estudo mostrar os caminhos.
Vamos ao artigo:
Cabos para-raios tornam energia elétrica mais barata.
As linhas de transmissão, utilizadas para transportar grandes quantidades de energia elétrica, utilizam os cabos para-raios para protegê-las de descargas atmosféricas (raios), evitando com isso seu desligamento. Esses cabos também podem ser utilizados para transportar energia elétrica, por meio da Tecnologia Cabos Para-raios Energizados (PRE), para atender pequenas comunidades situadas nas proximidades dessas linhas. Um estudo desenvolvido pelo engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP, mostrou que a Tecnologia PRE tem um desempenho econômico e operacional melhor, se comparado às tecnologias convencionais, para abastecer essas pequenas comunidades próximas às linhas de transmissão.
Com a tecnologia PRE, além de proteger as linhas de transmissão contra descargas atmosféricas, os cabos pára-raios podem transportar energia elétrica a comunidades próximas.[Imagem: Ag.USP]
A Tecnologia PRE, desenvolvida na Itália, é baseada na
utilização dos cabos para-raios em linhas de
transmissão de Alta e Extra Alta Tensão, sendo esses
cabos isolados e energizados para viabilizar a
transmissão de energia elétrica em Média Tensão.
“Nesses níveis de tensão é possível o atendimento às
pequenas comunidades por intermédio de
subestações,
onde a tensão elétrica é reduzida para o nível de
consumo doméstico ou de pequenas indústrias”,
explica Ramos.
O engenheiro participou da implantação da tecnologia
em Rondônia, acompanhando, posteriormente, sua
operação e manutenção. Daí o interesse pelo estudo do
PRE.
A pesquisa investigou, entre outras questões, como as
descargas atmosféricas (raios) afetam a linha PRE e
linhas de transmissão como um todo, o desempenho
operacional resultante de mais de 180 meses de
operação do PRE em Rondônia e sua viabilidade
econômica em relação aos demais sistemas.
“Estudamos também se as descargas atmosféricas são
as principais causadoras das interrupções no Siste
ma PRE, e não as falhas em equipamentos ou outras
limitações operacionais”, completa o engenheiro.
Foram utilizados como fonte de dados os registros
operacionais do PRE em duas cidades de Rondônia:
Jaru, entre 1996 a 2000, e Itapuã, entre 1997 e 2007.
Os 180 meses de experiência operacional com as duas
instalações PRE permitiu comparar o número de
interrupções verificadas no período com o número de
interrupções estimadas na teoria.
Também foram feitas também medições de
resistividade do solo e resistência de terra, e utilização
de dados disponíveis da região relacionados à
quantidade de chuvas, temperatura, umidade relativa,
pressão atmosférica, e registros de descargas
atmosféricas.
Menos custos e mais benefícios
Uma das primeiras conclusões do trabalho foi a
constatação de que o Sistema PRE não diminui o
desempenho da linha de transmissão. Ao contrário, o
desempenho da linha é melhorado. Os resultados
mostraram também que o Sistema PRE é bastante
sensível às descargas atmosféricas, de forma que,
mesmo para baixas correntes de descarga, acontece a
saída de operação do sistema. “Apesar disso, devido à
característica sazonal das descargas atmosféricas, o
desempenho operacional anual do PRE é igual ou
melhor que os sistemas utilizados nas pequenas
localidades da região”, explica.
No aspecto econômico, Ramos destaca que, somadas
as duas cidades, a Tecnologia PRE evitou a queima de
mais de 80 milhões de litros de óleo diesel para
produção de energia, resultando em uma economia
superior a R$ 180 milhões. “Comparando esse valor
com o custo do investimento para implantar o PRE, eles
foram pagos mais de 60 vezes. E comparando somente
os cabos para-raios isolados e energizados, seu custo
é quase dez vezes menor que os cabos convencionais”,
completa.
Alternativa tecnológica
O estudo favorece futuros projetos de implantação ou
expansão da Tecnologia PRE. Dessa forma, empresas
públicas e privadas têm uma alternativa a mais em
relação às convencionais com finalidades semelhantes:
atender pequenas comunidades isoladas, próximas aos
corredores das grandes linhas de transmissão.
Ramos espera que essa alternativa tecnológica possa
ser utilizada nas políticas públicas de universalização
da energia elétrica. “O grande desafio enfrentado pelas
novas tecnologias é a falta de conhecimento sobre as
mesmas, o que pode levar à sua rejeição. Portanto, a
pesquisa tem o mérito de contribuir com a oferta de
maior conhecimento, permitindo sua inclusão no rol
das demais alternativas analisadas para atendimento a
pequenas comunidades”, finaliza.
O estudo foi defendido como tese de doutorado, no
IEE, em abril de 2010, com o título Universalização da
energia elétrica através da tecnologia cabos para-raios
energizados (PRE). A pesquisa foi orientada pelo
professor Alexandre Piantini.
Como é normalmente o cabo de cobertura aterrado ao contrario do proposto que tem isoladores.
Fontes:
J.A.
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