"Peço aos amigos que deem uma clicada nos reclames acima, na lateral direita ou inferior da página. Assim estarão ajudando este blogueiro a manter a página e receber algum do Google".
Mais um grande programa da
NASA.
A Novo Horizonte esta a
poucos dias de passar pela órbita do sistema de Plutão. Algumas explicações,
contar a origem do projeto e seu desenvolvimento desde o seu lançamento em 19
de janeiro de 2006 é necessárias para conhecimento da missão não tripulada.
New Horizons é uma missão não-tripulada da NASA para estudar o planeta-anão Plutão e o Cinturão de Kuiper. Ela deverá ser a primeira
espaçonave a sobrevoar Plutão e suas pequenas luas Caronte, Nix, Hydra, Cérbero e Estige, com uma data estimada de chegada ao
sistema Plutão-Caronte em 14 de julho de 2015, após cerca de nove anos e meio
de viagem interplanetária.
O principal objetivo desta
missão é o de caracterizar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e suas luas, além de mapear
suas superfícies. Também vai procurar estudar a atmosfera neutra de Plutão e sua taxa de fuga. Outros objetivos secundários
incluem o estudo das variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de
Caronte ao longo do tempo. Serão obtidas imagens de alta-definição em estéreo de determinadas áreas dos dois corpos
celestes, para caracterizar a sua atmosfera superior, a ionosfera,
as partículas energéticas do meio ambiente e a sua interação com o vento solar.
Além disso, a sonda vai procurar pela existência de alguma atmosfera em torno de Caronte e caracterizar a
ação das partículas energéticas entre Plutão e Caronte. Também irá procurar por
satélites ainda não descobertos e por possíveis anéis que envolvam o
planeta-anão e seu satélite, antes de ser direcionado para o Cinturão de Kuiper
e de lá para o espaço interestelar.
Vídeo;
Lançada em 19 de janeiro de
2006, diretamente numa trajetória de escape Terra-Sol com uma velocidade relativa de 16,26
km/s ou 58.536 km/h
e usando uma combinação de foguete mono-propulsor e assistência gravitacional. Ela sobrevoou a
órbita de Marte em 7 de abril de 2006, a de Júpiter em
28 de fevereiro de 2007, a
de Saturno em 8 de junho de 2008 e a de Urano em 18 de março de 2011, a caminho da órbita
de Netuno,
que cruzou em 25 de agosto de 2014, em
sua jornada até Plutão.
Em dezembro de 2014, a nave encontrava-se
a uma distância de 31,96 AU da
Terra (4.781.148.000 km
ou 4,26 horas-luz, o tempo que os sinais de rádio enviados da Terra demoram
para chegar à espaçonave) e a 1,74 AU (260.300.000 km ) de
Plutão, com a frente virada para a Constelação de Sagitário, após sair de seu estado final de
"hibernação" eletrônica às 01:53 UTC de 7 de dezembro. Desde seu lançamento em 2006, a sonda passou 1873
dias hibernando no espaço, com a quase totalidade de seus equipamentos
desligados, 2/3 do tempo total de sua jornada, divididos por 18 períodos
diferentes de "hibernação" com duração variada entre 36 e 202 dias
contínuos. Este período de desligamento foi o último antes da chegada ao
planeta-anão. As primeiras observações de Plutão, mesmo que ainda à distância,
iniciaram-se em 15 de janeiro de 2015.
Os cientistas esperam que
ela se torne a quinta sonda interestelar já construída pelo Homem – após deixar
o Sistema Solar em
direção à heliosfera – e o segundo objeto artificial mais
veloz da história de exploração espacial.
Contexto
New Horizons é a primeira
missão na categoria do Programa New Frontiers da NASA, maior e mais caro que o Programa Discovery mas menor que o Programa
Flagship. O custo da missão, incluindo espaçonave, desenvolvimento
dos equipamentos a bordo, lançamento, operação da missão, análise de dados,
etc., é de aproximadamente US$700 milhões pelo período de quinze anos
(2001–2016). Uma proposta
anterior de uma missão a Plutão – Pluto Kuiper Express – foi cancelada em 2000 por razões
orçamentárias. A sonda foi construída através de um consórcio
formado entre o Southwest Research Institute e o Johns Hopkins Applied Physics Laboratory.
O cientista coordenador da missão é S. Alan Stern da Southwest Research
Video da NASA:
O controle geral, após a
separação da sonda do foguete lançador, é feito pelo Centro de Operações de
Missão do Applied Physics Laboratory da Universidade Johns Hopkins. Os
instrumentos científicos são operados desde o Clyde
Tombaugh Science Operations Center (T-SOC),
em Boulder, Colorado. A navegação, que não é feita em tempo
real, é realizada em várias instalações subcontratadas enquanto os dados de
posição de navegação e quadros de referência celestes relacionados a ela são
feitos pelo United States Naval
Observatory Flagstaff Station através
de seus quartéis-generais na NASA e na JPL. A empresa privada
KinetX, no Arizona,
comanda a equipe de navegação da New Horizons e é a responsável pelo
planejamento de ajustes de trajetória à medida que a espaçonave viaja pelo Sistema Solar exterior.
A missão New Horizons foi
inicialmente planejada como uma viagem ao único dos planetas que ainda não
havia sido explorado. Quando a sonda foi lançada, Plutão ainda era classificado
com um planeta, porém poucos meses depois (agosto de 2006) foi reclassificado
como planeta-anão pela União Astronômica Internacional (UAI). Alguns membros da equipe de missão,
como o cientista-chefe Alan Stern, discordam da UAI e ainda consideram Plutão
como o nono planeta. Os satélites Nix e Hydra também tem uma ligação com a
espaçonave: as primeiras letras de seus nomes, "N" e "H",
são as iniciais de New Horizons. Em 2005, quando estas pequenas luas foram
descobertas, seus descobridores escolheram seus nomes por esta razão, além da
relação mitológica de Nix e Hydra com o mitológico deus Plutão.
Além do sofisticado
equipamento científico, uma série de artefatos culturais viajam a bordo da
espaçonave. Aí se incluem uma relação de 434.738 nomes gravados num CD , moedas do estado da Flórida,
uma bandeira dos Estados
Unidos e um pequeno
recipiente redondo com cinzas do descobridor de Plutão, Clyde
Tombaugh, morto em 1997. Uma das cargas científicas a bordo –
um contador de poeira
cósmica – chama-se Venetia
Burney, o nome da menina de onze anos que, em 1930, com a descoberta
do planeta por Tombaugh, sugeriu que seu nome fosse Plutão, aceito pelo
descobridor.
A
sonda
A sonda
espacial tem as
dimensões e a aparência de um grande piano, e vem sendo comparada a um piano
atrelado a uma enorme antena parabólica do tamanho de um balcão de bar. Como ponto de partida para o desenho
da nave, a equipe responsável por sua criação escolheu a espaçonave Ulysses, que também carregava um gerador termoelétrico de
radioisótopos e antena
em forma de prato numa estrutura em forma de caixa por todo o Sistema Solar
exterior.
O corpo da nave apresenta a
forma de um largo triângulo medindo 0,68 x 2,11 x 2,74 metros de lado, com a estrutura cilíndrica do gerador termoelétrico de
radioisótopos saindo
de um de seus vértices,
no plano do triângulo e uma antena parabólica de 2,5 metros de diâmetro
apoiada em um das faces do triângulo. Tem uma massa de 478 kg , incluindo 77 kg de hidrazina e 30 kg de instrumentos
científicos.
Uma estrutura cilíndrica de alumínio situada no meio da sonda serve de base
para todas os demais secções da sonda e ela é o tanque de propelente da sonda. Toda a estrutura é coberta
por várias camadas de material térmico. As comunicações com a sonda deverão ser
efetuadas na banda X da faixa de microondas e em Plutão, a taxa de transferência
de dados deverá ser de 600 bps para
se comunicar com as antenas de espaço profundo de 70 metros de diâmetro da NASA.
O gerador termoelétrico de
radioisótopos deverá
fornecer aproximadamente 200 W de energia quando do encontro da sonda
com Plutão em 2015. No lançamento o gerador tinha uma capacidade de energia de
240 watts. Um tanque com mono
propelente a hidrazina deverá fornecer combustível para os 16
empurradores distribuídos ao longo da sonda. Ela é estabilizada em seus três
eixos além de poder girar em torno de sí de forma controlada. Câmeras voltadas
para as estrelas
estão montadas nas laterais da sonda, para auxilia-la na navegação. A massa
total dos instrumentos científicos da sonda é de 30 kg e eles necessitam de apenas 21 Watts
de energia para fazer funcionar os seus sete instrumentos científicos.
Instrumentos
científicos
Long Range Reconnaisance Imager (LORRI) - Câmera de longa distância focal projetada para
responsividade e resolução elevadas em comprimentos de onda visíveis. O instrumento é
equipado com um sensor CD monocromático de alta resolução
(1024×1024) com abertura de 208,3
mm , capaz de uma resolução de icrorradianos (aproximadamente um segundo de
arco). O CCD é mantido a uma temperatura bem abaixo de zero por um
radiador passivo na face anti-solar da sonda. Este diferencial de temperatura
requer isolamento térmico e isolamento físico do resto da estrutura. Os
espelhos Ritchey-Chrétien e a estrutura de medição são feitos de carbeto de silício para aumentar a rigidez, reduzir o
peso, e evitar a deformação em temperaturas baixas. Os elementos ópticos ficam
em um escudo de luz composto, com um suporte de titânio e fibra de
vidro para isolamento
térmico. A massa total é de 8,6
kg , com a montagem do tubo óptico pesando cerca de 5,6 kg , um dos maiores telescópios de carbeto
de silício já lançados ao espaço.
Ralph - O Ralph irá criar dois mapas cor das
superfícies de Plutão e Caronte com uma resolução de até 250 m por pixel, bem como
mapear a composição das superfícies dos dois corpos. O instrumento consiste de
um telescópio de 6 cm
de abertura, com estruturas que registram a luz em dois canais separados: a
Câmara de Imagem Visível Multispectral (Multispectral Visible Imaging Camera -
MVIC), que tem quatro CCDs para imagens coloridas com três CCDs para imagens
pancromáticas (preto e branco), e a Matriz de Imagens Espectrais de Etalons Lineares (Linear Etalon Imaging
Spectral Array - LEISA). A MVIC atua na faixa de 400-950 nm da luz visível e
a LEISA no infravermelho em comprimentos de onda de 1,25 a 2,5 mícrons.
A resolução da MVIC é de 20 microrradianos, e a da LEISA é de 62
microrradianos. O Ralph pesa 10,3
kg e utiliza 6,3 watts de potência média. O instrumento
foi desenvolvido pela Ball Aerospace, o Goddard Space Flight Center da NASA e o Southwest Research Institute.
Alice - Um espectrômetro de imagens ultravioleta para estudar a atmosfera de Plutão.
Alice pode ser operado em dois modos: o modo "airglow" em que as
emissões da atmosfera são medidos, e o modo "ocultação", que aponta o
instrumento para o sol ou para outro astro luminoso através da atmosfera de
Plutão e determinará a composição desta através da análise de como a luz do sol
é absorvida. Alice trabalha na faixa de luz ultravioleta de 50 a 180 nm e consiste de um
telescópio compacto, um espectrógrafo e um sensor que tem 32 áreas separadas
("pixels"), cada uma com 1024 canais espectrais. Alice pesa 4,5 kg e requer uma média de
4,4 watts de potência. O instrumento é uma versão atualizada do instrumento
Alice na sonda européia Rosetta,
que também veio dos EUA, e foi desenvolvido pelo Southwest Research Institute.
Pluto Energetic Particle Spectrometer Science Investigation (PEPSSI) - É um espectrômetro de íons e elétrons para procurar átomos neutros que
escapam da atmosfera de Plutão e são eletricamente carregados pelo vento solar.
No instrumento, íons com energia entre 1 e 5000 keV e elétrons com energias de 20 a 700 keV são detectados, e
a massa e energia de cada partícula são medidas. O PEPSSI pesa 1,5 kg e requer, em média,
2,5 watts de potência. O instrumento foi desenvolvido pelo Laboratório de
Física Aplicada (Applied Physics Laboratory - APL) da Universidade Johns Hopkins.
SWAP -
Tem a finalidade de medir a interação de Plutão com o vento solar.
Radio Science Experiment (REX) - Consiste em um
pequeno circuito integrado que contém um sofisticado sistema de
processamento de sinais de rádio. A sonda dispõem de duas cópias do REX e pode
utilizar ambas simultaneamente. A finalidade deste instrumento é a de medir a
temperatura da atmosfera e a sua pressão, medir a densidade da ionosfera e
procurar por atmosfera em Caronte.
Venetia Burney Student Dust Counter (VBSDC) - Consiste em um medidor de poeira interestelar, construído por estudantes
da Universidade do Colorado em Boulder, que opera todo o tempo da viagem
fazendo a medição de poeira. Nomeado em homenagem à menina que deu nome ao planeta em 1930, um
documentário de treze minutos sobre este aparelho ganhou o Prêmio Emmy de melhor desempenho escolar em 2006.
Lançamento
O lançamento da New Horizons
estava agendado originalmente para 11 de janeiro de 2006, mas foi adiado até 17
de janeiro para que inspeções no tanque de querosene do foguete Atlas V fossem realizadas. Dificuldades como
nuvens baixas na rota do foguete, ventos fortes e problemas técnicos sem
relação com o próprio foguete atrasaram o lançamento por mais dois dias. A
sonda finalmente decolou da Plataforma 41 da Estação da Força Aérea de Cabo
Canaveral, Flórida(diretamente
ao sul do complexo de lançamentos 39 para ônibus espaciais), às 19:00 UTC do dia 19 de
janeiro de 2006.
O segundo estágio Centaur
foi acionado às 19:30 UTC, enviando com sucesso a sonda em uma trajetória de
escape solar. A New Horizons demorou apenas nove horas para atingir a órbita da
Lua, ultrapassando-a antes das 05:00 UTC de 20 de janeiro de 2006.
Embora houvesse outras
oportunidades de lançamento em fevereiro de 2006 e fevereiro de 2007, apenas os
primeiros 23 dias de 2006 favoreciam um sobrevôo de Júpiter. Qualquer
lançamento fora desse período teria forçado a sonda a voar por uma trajetória
mais lenta até Plutão, atrasando seu encontro por 2 a 4 anos.
A sonda foi lançada por um
foguete Atlas V 551 da Lockheed
Martin, com um terceiro estágio adicional Star 48B da Alliant Techsystems para aumentar a velocidade de escape
heliocêntrica. Este foi o primeiro lançamento da configuração 551 do Atlas V,
bem como o primeiro lançamento do Atlas V com um terceiro estágio adicional (foguetes
Atlas V geralmente não têm um terceiro estágio). Voos anteriores haviam usado
nenhum, dois, ou três boosters sólidos, mas nunca com cinco. Isto colocou a
aceleração de decolagem do Atlas V 551 em mais de 9 MN,
mais que o Delta IV Heavy. A maior parte deste impulso vem do motor russo RD-180, capaz de 4,152 MN. O Delta IV
Heavy continua sendo o maior veículo, com mais de 726 toneladas,
contra 572 toneladas do Atlas AV-010. O foguete Atlas V já havia sido
ligeiramente danificado quando o furacão Wilma atingiu a Flórida em 24 de outubro de
2005. Um dos boosters sólidos foi
atingido por uma porta. A solução foi substituí-lo por uma unidade idêntica, ao
invés de inspecionar e requalificar o original.
Vídeo do lançamento.;
Correção
de trajetória e teste de instrumentos;
Em 28 e 30 de janeiro de
2006 os técnicos do Controle de Missão fizeram os primeiros ajustes na trajetória da sonda, divididos em duas partes. A
mudança total na velocidade foi de 18 m/s ou 65 km/h . A manobra foi
feita com tanta precisão que dispensou a segunda das três correções previstas. Durante a semana de 20 de fevereiro,
os controladores de vôo fizeram os primeiros testes em vôo de três equipamentos
científicos a bordo, o espectrômetro de imagens ultravioleta Alice, o sensor de
plasma PEPSSI e a câmera de longa distância focal LORRI. Nenhuma medição
científica ou imagens foram feitas, mas os instrumentos eletrônicos, e, no caso
de Alice, alguns sistemas eletromecânicos, mostraram estar funcionando corretamente.
Em 7 de março de 2006, às
17:00 UTC, os controladores fizeram a terceira correção de curso prevista. Os
motores da sonda queimaram por 76s ajustando a velocidade da espaçonave em
1,16m/s ou 4,2km/h. Em 25 de setembro de 2007 outro ajuste foi feito, com
15m37s de combustão dos motores, mudando novamente a velocidade da nave e em 30
de junho de 2010 a
última correção foi feita, com os motores queimando por 35,6s.
Passando
a órbita de Marte e encontro com asteróide;
Em 7 de abril de 2006, às
10:00 UTC, a sonda passou a órbita de Marte,
afastando-se a cerca de 21 km/s do Sol (76.000 km/h ) e a uma
distância solar de 243 milhões de quilômetros.
A New Horizons fez um sobrevoo distante do pequeno
asteróide 132524 APL (anteriormente conhecido por sua
designação provisória de 2002 JF56), a uma distância de 101.867 km às 04:05 UTC
de 13 de junho de 2006. A
melhor estimativa atual de diâmetro do asteróide é de aproximadamente 2,3 km , e a análise
espectral feita pela New Horizons revelou que o APL é um asteróide tipo S.
A sonda rastreou com sucesso
o asteróide de 10 a
12 de junho de 2006. Isto permitiu à equipe da missão testar a capacidade da
sonda para rastrear objetos em movimento rápido. Imagens foram feitas através
do telescópio Ralph.
Asteróide 132524 APL fotografado pela New Horizons
A câmera de Reconhecimento
de Longo Alcance (Long Range Reconnaissance Imager - LORRI) da New Horizons fez
as primeiras fotografias de Júpiter em 4 de Setembro de 2006. A sonda iniciou
estudos aprofundados do sistema Joviano em Dezembro de 2006.
A nave recebeu um auxílio
gravitacional de Júpiter após a máxima aproximação às 05:43:40 UTC de 28 de
Fevereiro de 2007. Ela passou através do sistema joviano a 21 km/s em relação a
Júpiter (23 km/s em relação ao Sol). O sobrevoo aumentou a velocidade em
aproximadamente 4 km/s em relação ao Sol, pondo a sonda em uma trajetória mais
rápida até Plutão, cerca de 2,5 graus distante do plano da órbita terrestre (a
"eclíptica").
Até outubro de 2011, a
atração gravitacional do Sol desacelerou a sonda até cerca de 15,6 km/s . A New Horizons foi a primeira sonda
lançada diretamente até Júpiter desde a sonda Ulysses em
1990.
Enquanto em Júpiter, os
instrumentos da New Horizons realizaram medições refinadas das
órbitas das luas interiores de Júpiter, particularmente Amalteia. As câmeras da sonda analisaram os
vulcões em Io e estudaram as quatro luas
galileanas detalhadamente, assim como realizaram estudos a longa
distância das luas exteriores Himalia e Elara. Imagens do sistema joviano
começaram a ser feitas em 4 de setembro de 2006. A
sonda também estudou a Pequena
Mancha Vermelha de
Júpiter e a magnetosfera do planeta e seu sistema de anéis.
Observação
de Júpiter
O sobrevôo do planeta
gigante foi feito a cerca de 3 gigametros (3 milhões de quilômetros) e foi o
foco de quatro meses de observações intensas. Júpiter é um alvo interessante e
sempre mutante, observado intermitentemente desde o fim da missão Galileu. A New Horizons tem
instrumentos construídos usando a mais moderna tecnologia, especialmente na
área de câmeras, que possui recursos muito maiores que as da sonda Galileu, que
eram versões evoluídas das câmeras das Voyager,
por sua vez versões modernizadas das câmeras das pioneiras sondas Mariner.
O encontro com Júpiter também serviu como um ensaio geral para o futuro
encontro com Plutão. Por causa da distância consideravelmente menor entre
Júpiter e a Terra, os links de comunicação podem transmitir muito mais dados de
sua memória do que o que se espera seja possível transmitir de Plutão. As
imagens de Júpiter começaram a chegar em 4 de setembro de 2006, após o qual
diversas imagens foram feitas.
Os primeiros objetivos do
encontro incluíam o estudo da dinâmica das nuvens jovianas, que foram muito
reduzidas no programa Galileu, e a leitura de partículas da magnetosfera joviana. A New Horizon também examinou
o lado escuro à procura de auroras e raios. A nave também foi a primeira a fazer uma
observação mais detalhada da Oval BA, a tempestade – menor que a Grande Mancha Vermelha – que tem sido informalmente chamada
de "Pequena Mancha Vermelha", desde que se tornou desta cor. Ela tinha a cor branca quando foi
sobrevoada pela nave Cassini em dezembro de 2000, a caminho de Saturno.
Detalhe de Júpiter através da câmera
infra-vermelha
Observação
das luas jovianas
Durante a passagem da New
Horizon, as maiores luas de Júpiter, as Luas de
Galileu, estavam numa posição difícil de serem observadas. O ponto
no espaço destinado à manobra de uso da assistência gravitacional de Júpiter
para impulsionar a nave estava a milhões de quilômetros de qualquer das grandes
luas. Ainda assim, os instrumentos a bordo da nave foram concebidos para
localizar pequenos alvos, sendo assim ainda úteis para a observação destes
satélites à grande distância. LORRI procurou por vulcões em Io e a capacidade em infravermelho de "Ralph" procurou por
composições químicas ( incluindo as camadas de gelo de Europa) e temperaturas nos lados escuros. A
observação de Io propiciou imagens do vulcão norte-polar Tvashtar a meio de uma espetacular erupção
vulcânica. Satélites menores, as
luas interiores de Júpiter, como Amalteia, tiveram medições refinadas de suas
órbitas.
Plutão
Operações
'distante-encontro' a Plutão começou no dia 4 de janeiro de 2015. . Nesta data, as imagens dos alvos com
a "LORRI imager" além do telescópio "Ralph" a bordo, só
seriam alguns pixelss de largura na imagem. Os pesquisadores
começaram a tirar fotos Plutão e do fundo do campo estelar para ajudar os
navegadores da missão na concepção de manobras de correção de curso que
modificariam a trajetória para colocar precisamente a New Horizons no curso de aproximação. Mais tarde,
no dia 15 de janeiro de 2015, a NASA fez uma breve atualização do
cronograma das fases aproximação e saída.
January 2015: New
Horizons produz imagens de Plutão
e Caronte
Mais um vídeo ilustrativo da
missão:
Depois de passar Plutão, New
Horizons vai penetrar mais para dentro do cinturão de Kuiper. Em poucos dias, a sonda New
Horizons deverá passar abaixo de 10.000 km de Plutão a uma velocidade relativa de
14 km/s quando de sua máxima aproximação e deverá se aproximar cerca de
27.000 km de Caronte. Depois
de estudar o planeta anão e seu satélite, ela deverá seguir em direção ao
Cinturão de Kuiper onde se espera que pesquise de um a três objetos deste
cinturão, que tenham o diâmetro entre 40–90 km, efetuando
pesquisas semelhantes às feitas em Plutão.
Imagens de fotografia tirada
à 2 dias atrás, donte NASA.
Atualizações com informações da NASA.
NASA visões de mundo Complex: New Horizons Pluto Ciência Atualização Set para 24 de julho.
" A cordilheira recém-descoberto fica perto da
margem sudoeste do Tombaugh Regio de Plutão ( Tombaugh Região) , situado entre
brilhante, planícies geladas e escuras terreno, fortemente crateras . Esta
imagem foi adquirida pela New Horizons ' Long Range Reconnaissance Imager (
Lorri ) em 14 de julho de 2015
a partir de uma distância de 48.000 milhas ( 77.000 quilômetros
) e recebidos na Terra em 20 de julho Características tão pequeno como um
meia-milha ( 1
quilômetro ) através são visíveis.
Créditos: NASA / JHUAPL / SWRI "
Os membros da equipe de New Horizons da NASA vai realizar
uma atualização de ciência no 2 pm EDT sexta-feira, 24 julho , para revelar
novas imagens e discutir resultados mais recentes da ciência da histórica 14 de
julho de vôo da nave espacial através do sistema de Plutão.
O briefing será realizado no Auditório James E. Webb na
sede da NASA , localizado na 300 E St. SW , em Washington. NASA
Television e site da agência vai levar o briefing ao vivo.
.
Animação:
Os participantes ido projeto:
Jim Green , diretor de Ciência Planetária, na sede da NASA
Alan Stern , investigador principal New Horizons no Southwest Research Institute ( SwRI ) em Boulder , Colorado
Michael Summers , New Horizons co- investigador da Universidade George Mason em Fairfax , Virginia
William McKinnon , New Horizons co- investigador da Universidade de Washington em St. Louis
Cathy Olkin , New Horizons cientista adjunto de projetos da SwRI
Os meios podem fazer perguntas por telefone. Para participar por telefone , os repórteres devem enviar um e-mail fornecendo o seu nome, filiação e número de telefone para Felicia Chou em felicia.chou@nasa.gov ao meio-dia sexta-feira. Mídia e do público também podem fazer perguntas durante o briefing no Twitter usando a hashtag #askNASA .
Para NASA TV streaming de vídeo , programação e informações downlink , visite :
http://www.nasa.gov/nasatv
http://www.nasa.gov/newhorizons
Informações complementares da Revista Eletrônica
Olhar Digital, publicado em 15/07/2015.
Na última terça-feira a sonda New Horizons passou a 766 mil quilômetros de Plutão, o mais próximo que uma sonda da NASA já esteve do planeta.
Com a aproximação foi possível observar melhor a superfície do planeta e aprender mais coisas sobre ele.
Confira algumas das principais descobertas sobre Plutão obtidas com a ajuda do equipamento, que usa o processador do primeiro PlayStation:
1. Plutão tem montanhas de geloA imagem mais nítida já capturada do planeta permitiu que os cientistas observassem que há diversas montanhas de gelo com altura de mais de 3 quilômetros. A foto mostrou também uma mancha mais clara em formato de coração.
Os pesquisadores da NASA acreditam que as montanhas são feitas de gelo de água, com base na composição do restante do sistema solar. A superfície de Plutão também é extremamente gelada, medindo por volta de -387 graus Fahrenheit (cerca de -232ºC). É essa temperatura que permite a formação de superfícies de gelo tão altas.
2. O planeta não se parece em nada com qualquer outra coisa no sistema solar
Plutão é único. Os cientistas que trabalham com a New Horizons não conseguiram comparar as características de aparência geral e superfície do planeta com nada encontrado no sistema solar. Antes, a ideia era de que que ele se parecesse com a lua Triton de Netuno, mas a aproximação acomprovou que a comparação não é correta.
"Triton não tem esse tipo de terreno acidentado", afirmou um dos responsáveis pela missão. "Ela tem uma grande quantidade de materiais estranhos, mas não se parece em nada com isso. Há algo muito diferente sobre geologia plutoniana".
3. É maior do que se acreditava
Dados da nave espacial mostram que Plutão é maior do que o estimado, se classificando como o maior objeto conhecido no Cinturão de Kuiper - cinturão de asteroides maciços que circunda o sistema solar.
Uma medição a partir da New Horizons mostra que o planeta mede aproximadamente 1473 milhas (cerca de 2.370 km) de diâmetro.
4. Plutão tem poucas crateras
Antes de chegar a Plutão, muitos pesquisadores esperavam encontrar um mundo repleto de crateras. No entanto, a superfície é muito mais suave - e, portanto, mais jovem - do que o previsto. A estimativa é de que as montanhas de gelo do planeta tenham apenas 100 milhões de anos, algo considerado pouco diante dos 4,5 bilhões de anos do sistema solar.
É possível que o planeta anão abrigue um oceano subterrâneo ou até mesmo vulcões de gelo, o que poderia ajudar a suavizar a superfície. No entanto, os pesquisadores afirmam que ainda não há informações suficientes para determinar isso.
5. Pode nevar em Plutão
Os cientistas sabiam há algum tempo que Plutão tem uma atmosfera rica em nitrogênio, mas descobriram que pode realmente nevar nitrogênio na superfície do planeta anão. O diretor de ciências planetárias da NASA Jim Green explicou que a formação em forma de coração é provavelmente feita de nitrogênio, metano, monóxido de carbono ou algum outro tipo de neve que cai na superfície.
6. Ele (provavelmente) não tem outras luas
Os responsáveis pela missão esperavam encontrar pelo menos mais uma lua orbitando Plutão, mas a sonda não encontrou nenhum indício de outras além das cinco já catalogadas: Caronte, Nix, Hidra, Cérbero e Estinge.
7. A maior lua de Plutão ainda pode ser geologicamente ativa
Caronte, a maior lua do planeta, parece ser jovem. Imagens de alta resolução do satélite mostram uma superfície suave, o que indica que ele pode ter sido geologicamente ativo há pouco tempo. Nas fotos é possível ainda observar uma grande depressão que mede entre 6 e 9 quilômetros.
Foto colorida da NASA em 27/07/2015
http://www.nasa.gov/image-feature/pluto-dazzles-in-false-color
A sonda olhou para trás e viu as brumas de Plutão
Mais fotos e descobertas sobre o planeta-anão e a sua principal lua reveladas pela equipa da sonda New Horizons da NASA.
Na mais recente imagem vinda da sonda New Horizons, a silhueta “quase perfeitamente esférica” de Plutão destaca-se no meio de um brilhante anel de luz do Sol. “A imagem mostra que a atmosfera de Plutão é brumosa, o que é uma enorme descoberta”, declarou Alan Stern, líder da equipa científica da missão a Plutão da NASA, na sexta-feira ao fim da tarde (hora de Lisboa), durante a conferência semanal transmitida em directo pela Web.A sonda da agência espacial norte-americana tirou a fotografia quando, a seguir à sua passagem ao pé de Plutão e do seu companheiro Caronte, virou a sua câmara para trás à medida que se afastava a toda a velocidade deste sistema binário de corpos que giram em torno do Sol, a caminho da chamada Cintura de Kuiper e dos confins do sistema solar.“Esta imagem deixou-nos estonteados”, disse Michael Summers, um outro elemento da equipa. “É a primeira vez que vemos realmente a atmosfera de Plutão, é o primeiro cheirinho que temos do seu clima.”Os cientistas descobriram ainda uma outra coisa a propósito das brumas de Plutão: elas estendem-se até a cerca de 160 quilómetros de altitude. “Cinco vezes mais do que se previa”, salientou Summers. “Mais um mistério que teremos de resolver.”Os cientistas também conseguiram medir o peso da atmosfera à superfície do planeta-anão – e aí também, tiveram uma surpresa: a pressão atmosférica à superfície é substancialmente inferior ao que esperavam e parece ter diminuído em poucos anos. “Também não percebemos porquê”, frisou Summers. A equipa estima que a pressão atmosférica de Plutão é inferior a dez microbares (milionésimos da pressão atmosférica terrestre ao nível do mar).Do ponto de vista da actividade geológica, tudo indica que existe um fluxo de gelo de azoto nas orlas da grande e gelada Planície de Sputnik (descoberta há uma semana no “coração” de Plutão). “É um fluxo semelhante ao dos glaciares na Terra”, salientou Bill McKinnon, geólogo da equipa. Outra das imagens apresentadas parece aliás mostrar o gelo a encher uma grande cratera, formando “um lago de gelo de azoto”, nas palavras deste especialista.Os cientistas descobriram ainda uma segunda cadeia de montanhas, na orla da planície, que baptizaram de Montes Hillary em homenagem a Edmund Hillary, que foi o primeiro, juntamente com o nepalês Tenzing Norgay, a escalar o Evereste. Recorde-se que já tinham baptizado de Montes Norgay uma primeira cadeia de altas montanhas, descoberta na semana passada.Quanto a Caronte, tudo continua a indicar que, a ter uma atmosfera, ela deverá ser “extremamente ténue”, disse Stern.Alguém perguntou no fim se Plutão não mereceria, na realidade, mais do que a designação de planeta-anão. “Acho muito difícil não chamar planeta a algo tão complexo como Plutão”, respondeu sem hesitar Stern, remetendo contudo para o futuro a decisão da comunidade científica sobre o estatuto do mais longínquo grande corpo do sistema solar.http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-sonda-olhou-para-tras-e-viu-as-brumas-de-plutao-1703118
Fontes :
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-sonda-olhou-para-tras-e-viu-as-brumas-de-plutao-1703118
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/7-descobertas-impressionantes-sobre-plutao/49861
http://www.nasa.gov/press-release/nasa-views-complex-world-new-horizons-pluto-science-update-set-for-july-24
Imagens da Internet e da
NASA.
J.A.
Novas imagens de Plutão mostram complexidade de sua superfície
ResponderExcluirSonda New Horizons fez fotos em passagem pelo planeta-anão, em julho.
Imagens são aproximadas em até 400 metros por pixel.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/09/novas-imagens-de-plutao-mostram-complexidade-de-sua-superficie.html
Novas informações da NASA.
ResponderExcluirPlutão tem céu azul e gelo de água, revela Nasa
‘É linda’, diz cientista da agência espacial sobre atmosfera do planeta-anão.
http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/plutao-tem-ceu-azul-gelo-de-agua-revela-nasa-17724796