terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O outro lado de armazenar o vento como disse a Presidenta brasileira.

"Peço aos amigos que deem uma clicada nos reclames acima, na lateral direita ou inferior da página. Assim estarão ajudando este blogueiro a manter a página  e receber algum do Google".

A presidenta brasileira é versada em frases de efeito, algumas confusas, outras sem sentido e outras chegam a causarem até “meme" na internet com aquela de armazenar o vento.
É mais provável que a iminente presidenta brasileira no caso,tenha escorregado num tema muito técnico que não domina.
É muito provável que devesse dizer amazenamento de energia, assim ficaria bem claro dentro das pesquisas atuais neste seguimento.
Por exemplo na energia solar algumas usinas que utilizam o vapor ( água aquecida por espelhos  projetados para aquecerem tubulações e destas para caldeiras), poderiam até depois do por do sol, continuarem a gerar energia  por algum tempo.

Agora no setor eólico tem algumas novidades publicadas pela revista eletrônica Inovação Tecnológica.

A primeira publicada na edição de 27/11/2015 com o tema :

Especial Armazenar o Vento , tecnologia  que deve serem 

levadas a sério.

Especial Armazenar o vento: Bateria Orgânica com Água.



Protótipo da bateria de fluxo orgânica, baseada apenas em materiais não tóxicos.[Imagem: Eliza Grinnell/Harvard Paulson School]

Bateria orgânica
Kaixiang Lin, da Universidade de Harvard, nos EUA, 

desenvolveu um novo tipo de bateria recarregável 


que pode tornar o armazenamento de eletricidade a 


partir de fontes de energia intermitentes, como a 


solar e a eólica, segura e barata, tanto para uso 


residencial como comercial.
Na operação da bateria, os elétrons são coletados e 

liberados por compostos químicos seguros, de 


baixo custo e abundantes - carbono, oxigênio, 


nitrogênio, hidrogênio, ferro e potássio - dissolvidos 


em água.
Os componentes ativos dos eletrólitos na maioria 

das baterias de fluxo são íons de metais como o 


vanádio dissolvido em ácido sulfúrico. Além de 


serem caros, corrosivos e difíceis de lidar, esses 


materiais são cineticamente lentos, o que talvez 


explique porque um conceito tão promissor quanto o


 das baterias de fluxo ainda não tenha sido 


largamente adotado.
Geração distribuída de energia
No ano passado, a mesma equipe havia apresentado

 uma bateria de fluxo orgânica na qual os metais 


foram substituídos por moléculas orgânicas 


(baseadas em carbono) chamadas quinonas, 


substâncias químicas naturais e abundantes, 


essenciais em processos biológicos como a 


fotossíntese e a respiração celular.
Mas as quinonas formavam apenas metade da 

bateria, seu eletrodo negativo, enquanto o lado


positivo dependia de um eletrólito de bromo. Esse 


metal é usado em várias outras baterias, sendo 


razoável seu uso em ambiente industrial, por 


pessoal qualificado.
Mas a toxicidade e a volatilidade do bromo depõem 

contra seu uso em ambientes residenciais, rumo 


à geração distribuída de energia, na qual painéis 


solares ou turbinas eólicas residenciais geram 


durante o dia a energia que a família usará à noite.
Ferrocianeto
Agora, a equipe finalmente conseguiu substituir o 

bromo por íons de um ferrocianeto não-tóxico e não-


corrosivo.
"Isso soa mal porque tem a palavra 'cianeto',", 

pondera o professor Michael Marshak. "O cianeto é 


letal porque se liga muito firmemente ao ferro do 


corpo humano. No ferrocianeto ele já está ligado ao 


ferro, por isso é seguro. Na verdade, o ferrocianeto 


é comumente usado como aditivo alimentar e 


também como fertilizante."
"Esta é a química que eu ficaria feliz em colocar no 

meu porão," disse seu colega Michael Aziz. "A não-

toxicidade e materiais abundantes e baratos 

colocados em uma solução de água significa que é 

segura - ela não pega fogo - e isso é uma enorme 

vantagem quando você está armazenando grandes 

quantidades de energia elétrica em qualquer lugar 

O Segundo artigo se refere a Bateria de Fluxo Térmica.
Especial Armazenar o vento: Bateria de fluxo

térmica, artigo publicado em 26/11/2015.
Em termos conceituais, toda a energia produzida pode ser armazenada indefinidamente e utilizada mais tarde. [Imagem: Kelvin Randhir/Universidade da Flórida]

Armazenamento termoquímico

Nathan Rhodes, da Universidade Estadual do 

Oregon, nos EUA, descobriu uma nova abordagem 


para o armazenamento de energia térmica solar 


concentrada, uma abordagem que reduz o custo e 


torna o mecanismo mais prático para uso em larga 


escala.
O avanço é baseado no armazenamento 

termoquímico, no qual uma reação química é usada 


em ciclos repetitivos para manter o calor, dirigi-lo 


para acionar turbinas e gerar energia e, em seguida, 


reaquecer o material para continuar o ciclo.
O armazenamento termoquímico lembra uma 

bateria, na qual ligações químicas são utilizadas para


 armazenar e liberar energia, mas a diferença 


essencial é que a transferência de energia é baseada 


no calor, e não na eletricidade.
Bateria térmica
O sistema se baseia na decomposição reversível do 

carbonato de estrôncio em óxido de estrôncio e 


dióxido de carbono, o que consome energia térmica 


(carregamento). No ciclo de uso da energia 


(descarregamento), a recombinação do óxido de 


estrôncio e do dióxido de carbono libera o calor 


armazenado.
Em comparação com outras técnicas, o novo 

sistema tem a vantagem de permitir um aumento de 


10 vezes na densidade de energia, tornando o 


equipamento muito menor e mais barato.
"Nesse tipo de sistema, a eficiência energética está 

estreitamente relacionada com o uso das 


temperaturas mais elevadas possíveis," explica o 


professor Nick Auyeung. "Os sais fundidos que 


estão sendo usados hoje para armazenar energia 


termossolar só funcionam a cerca de 600º C, e 


também requerem grandes recipientes e materiais 


corrosivos. O composto que estamos estudando 


pode ser utilizado a até 1200º C, e pode ser duas 


vezes mais eficiente que os sistemas existentes.
E os materiais não são corrosivos e nem inflamáveis,

 e estão disponíveis industrialmente a custo 


razoável.
Mais ciclos
Em termos conceituais, por este processo toda a 

energia produzida pode ser armazenada 


indefinidamente e utilizada mais tarde, quando a 


eletricidade for necessária. Alternativamente, uma


 parte da energia poderia ser utilizada imediatamente


 e o restante direcionado para armazenamento e 


uso posterior.
Em testes em escala de laboratório, o sistema 

funcionou bem por 45 ciclos de aquecimento e 


resfriamento, quando então o material começou a 


apresentar alterações químicas que reduziram sua 


eficiência.
Assim, mais pesquisas serão necessárias para 

identificar formas de reprocessar os materiais ou 


aumentar significativamente o número de ciclos que


 podem ser executados com essa bateria térmica.



http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=armazenar-vento-bateria-fluxo-termica&id=010115151126#.Vl3cndKrRkg

.O terceiro se refere a Bateria orgânica. 

Especial Armazenar o vento: Bateria Orgânica .



O primeiro protótipo é pequeno, mas sua robustez (10.000 ciclos) entusiasmou a equipe a construir uma versão maior.[Imagem: Anne Guenther/FSU]



.Bateria orgânica
Uma equipe de pesquisadores da Universidade 

Friedrich Schiller de Jena, na Alemanha, 


desenvolveu um sistema que usa polímeros 


orgânicos e uma solução salina inofensiva para 


armazenar energia.
O sistema é voltado para o armazenamento 

temporário de fontes intermitentes de energia, como


 a solar e a eólica, que geram energia demais num 


momento, e de menos em outro.
"O que é novo e inovador na nossa bateria é que ela 

pode ser fabricada a um custo muito menor, e quase


 atinge a capacidade dos sistemas tradicionais que


 usam ácidos e metais," disse o professor Martin 


Hager, coordenador da equipe.
Durante um longo tempo, as baterias de fluxo - 

também conhecidas como sistemas redox - foram 


desenvolvidas utilizando o metal vanádio dissolvido 


em ácido sulfúrico como eletrólito. Ocorre que o 


vanádio é extremamente caro, e o ácido sulfúrico 


altamente corrosivo.
Bateria redox sem ácidos
Nesta bateria redox construída pela equipe alemã, 

são utilizados materiais sintéticos. A estrutura 


central lembra o isopor (poliestireno), no qual 


grupos funcionais foram adicionados para permitir 


que o material aceite ou doe elétrons.
Os polímeros literalmente "nadam" em uma solução 

aquosa, sem necessidade de ácidos agressivos.
"Assim, conseguimos usar uma membrana de 

celulose simples e barata e evitar materiais tóxicos e


caros," disse Tobias Janoschka, principal projetista 


do sistema.
Nos primeiros testes, a bateria redox de fluxo 

suportou 10.000 ciclos de carga e descarga com 


uma perda mínima de capacidade.
A densidade de energia do protótipo chegou a 10 

Watts-hora por litro. A equipe afirma já estar 

trabalhando em uma versão maior e mais eficiente. 


O quarto,  se refere a Fluxo de lítio, publicada em 
30/11/2015.



A tecnologia possui uma inusitada junção de elementos sólidos e líquidos, uma novidade nas baterias redox. [Imagem: C. Jia et al. - 10.1126/sciadv.1500886]


Tecnologia matadora

Se existe uma tecnologia "matadora" para as baterias de fluxo, ela consiste na incorporação da tradicional tecnologia das baterias de lítio nos fluxos eletroquímicos que permitem armazenar energia em tanques.
Isto porque as baterias de lítio têm uma densidade
de energia muitíssimo mais elevada do que qualquer
bateria de fluxo demonstrada até hoje, incluindo as
mais desenvolvidas - mas muito problemáticas -
baterias redox de vanádio.
Pois o feito acaba de ser realizado por Chuankun
Jia, da Universidade Nacional de Cingapura, cuja 
equipe construiu a primeira bateria de fluxo redox
usando o lítio como elemento principal do ciclo
 eletroquímico que armazena a energia.
Bateria de fluxo de lítio
Jia manteve a arquitetura geral de uma bateria de
fluxo, com tanques de armazenamento de cargas
separados por uma pilha central de eletrodos,
responsáveis por armazenar e depois recuperar a
 eletricidade.
Mas, no interior dos tanques externos, ele usou
compostos de lítio em estado sólido, um contendo
um material comumente usado no polo negativo das
baterias de íons de lítio, chamado fosfato de ferro-
lítio (LiFePo4), e o outro contendo dióxido de titânio
(TiO2), frequentemente usado no polo positivo das
bateria de lítio.
Os líquidos foram mantidos no papel de
transportadores de carga - os chamados mediadores
 redox. Os materiais sólidos são porosos o suficiente
 para permitir que os mediadores redox líquidos os
 atravessem e capturem elétrons e íons de lítio,
levando-os para a membrana de separação.
A equipe ainda modificou o material comumente
usado como membrana nas baterias de fluxo,
chamado Nafion, combinando-o com outro polímero
que permite que os íons de lítio passem mais
facilmente.
Bateria redox sólido-líquida
E essa configuração sólido-líquido inusitada para uma bateria de fluxo funcionou. E funcionou bem, armazenando 10 vezes mais energia por volume nos tanques do que as baterias tradicionais de vanádio - a densidade de energia chegou a 500 Watts-hora por litro.
A novidade trouxe novo ânimo para os
pesquisadores da área, que agora devem se
debruçar na melhoria dos detalhes que faltam para
viabilizar a adoção prática da bateria de fluxo de lítio.
O principal desafio a ser vencido é que, embora 
armazene muita energia, a nova bateria libera essa 
energia muito lentamente. A equipe afirma estar 
enfrentando o problema tentando melhorar a 
membrana e os mediadores redox usados, de forma 
a preservar os ganhos com o uso dos compostos 
sólidos de lítio.

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