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É preocupante novamente o
nível dos reservatórios nas principais hidroelétricas do país.
Nesta mesma época em 2014,
lancei o tópico de um possível apagão no Brasil para o final de 2014/Inicio de
2015. Infelizmente acabou ocorrendo por defeito acidental que, no entanto,
pegou o sistema interligado nacional quase na sobrecarga desencadeando o tão
temido apagão.
Atualizado em :
http://blogdonevesja.blogspot.com.br/2014/06/possivel-apagao-energetico-para-o-final.html
O que me tinha levado a
fazer o tópico era o baixo nível dos reservatórios nacionais e que em seguida
enfrentaríamos o período de pouca chuva nas Regiões Sudeste e Nordeste
principalmente. O governo Federal demorou muito a acionar o sistema térmico de
geração de forma a compensar a geração hídrica. Obras importantes de linhas de
transmissão principalmente dos novos sistemas eólicos estava atrasadas. Novas
usinas hidroelétricas também com o cronograma atrasados e também um sério
problema ligado a gestão tarifárias para as distribuidoras.
Neste ano o cenário hídrico,
a situação atual não é melhor que o ano passado, ao contrario choveu abaixo do
esperado e os reservatórios estão piores que em 2014.
Segunda a Folha/ UOL, dos 28
principais reservatórios brasileiros, 17 estão com níveis inferiores ao ano
passado, sendo 10 deles na região sudeste com níveis aproximados de 20% do seu
volume total.
Ainda segunda a Folha/UOL,
Furnas, maior Distribuidora e Geradora da Região Sudeste e Centro Oeste, só
tinha 13,96% de ocupação dos seus lagos. Três Irmãos e Ilha Solteira já
operavam abaixo do nível mínimo recomendado.
Nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas ainda preocupa
Imagens:
Recente o Jornal Bom Dia
Brasil da Globo mostrou a situação atual e as perspectivas para o futuro
incluindo o sistema de abastecimento de água da maior cidade do país é preocupante.
Estiagem no
Sudeste deixa reservatórios em situação complicada
A ANA - Agência Nacional de Água também se mostrou preocupadíssima com o cenário
para 2015.
Reportagem
do Estadão:
O
presidente da Agência Nacional de Água (ANA), Vicente Andreu, traçou um
panorama alarmante da situação do abastecimento de água em 2015 nas regiões
Sudeste e Nordeste do País. Ao comparar a situação atual dos principais
reservatórios do País com o volume de água que estes continham um ano atrás,
Andreu disse não haver dúvidas de que 2015 será um "ano extremamente grave"
para o abastecimento nas duas regiões.
O
Sistema Cantareira é o exemplo claro da situação crítica que São Paulo terá que
enfrentar. As chuvas ocorridas entre dezembro e abril, segundo Andreu, sequer
conseguiram repor a água do volume morto do Cantareira. Hoje o saldo nas
represas é negativo em 10% em relação ao mínimo de seu volume útil. Um ano
atrás, nesta mesma época, o Cantareira tinha volume positivo de 30% sobre seu
volume útil. Ainda assim, atravessou o ano registrado como o pior da série
histórica de medições, feitas há 84 anos.
O
que agrava a situação, afirmou, é que o período de seca começa agora, sem haver
tempo para recorrer a obras emergenciais. Em audiência pública na Câmara, o
presidente da ANA declarou que, se as medidas tomadas neste início do ano na
gestão do Cantareira tivessem sido adotadas no início de 2014, como a agência
havia sugerido, a situação hoje estaria menos crítica em São Paulo.
"Quando
sugerimos reduzir a vazão no início do ano passado, falaram que queríamos o
racionamento em São Paulo ",
disse Andreu, acrescentando que hoje o Cantareira opera com vazão até inferior
àquela que a agência recomendava. "Porque se utilizou aqueles argumentos
em fevereiro de 2014 para a população?
Mais
crítico ainda é o cenário previsto para o Nordeste. Nas previsões da ANA, a
região deve se preparar para a pior situação de abastecimento já registrada.
Grande parte dos reservatórios da região, como o de Sobradinho, está
completamente comprometida.
"A
situação do Nordeste é extremamente grave, porque estamos no fim da quadra
chuvosa. A recuperação entre fevereiro e maio, no período de acumulação de
água, está muito baixa ou até negativa. Não houve acúmulo para abastecimento de
água dessas regiões", disse.
Os
dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico apontam que, atualmente,
Sobradinho, maior reservatório do País e responsável pela maior parte do
abastecimento na região, está com apenas 21% da capacidade total de acúmulo de
água, quando possuía 57% nesta mesma semana do ano passado.
O
presidente da ANA reconheceu a necessidade de aprimoramento na regulação da
água, tema que costuma ser alvo de conflito entre agentes da União, Estados e
municípios. Além disso, há polêmicas envolvendo o uso múltiplo da água,
envolvendo questões sobre abastecimento humano, transporte e geração de
energia.
O
modelo defendido pela ANA é de que seja criado um fórum de discussão para tomar
decisões técnicas em situações críticas de abastecimento. Andreu lembrou que o
processo de renovação de outorga do Sistema Canteireira está prestes a ser
iniciado.
O governo tem como
alternativas as Regiões Sul e Norte que tem seus reservatórios cheios para
tentar suprir grande parte da demanda elétrica.
Como possibilidade tem ainda
condições de acionar permanentemente a Usina Térmica de Uruguaiana com uso do
gás Argentino conforme ilustra esta reportagem há dois meses atrás...
Tratar de concluir as linhas
de transmissão dos sítios eólicos já instalados no país.
As grandes obras que poderiam resolver definitivamente o problema já estavam atrasadas e, agora, estão contingenciadas e o tempo para conclusão poderá ter aumentado ainda mais.
O Operador Nacional se
manifestou a imprensa sobre o assunto, dizendo que não ia desligar as térmicas para baratear as tarifas
em face da crise hídrica, conforme reportagem abaixo.
ONS: possibilidade de paralisar térmicas em 2015 praticamente
não existe
A falta
de chuvas e conseqüente necessidade de preservação do volume de água nos
reservatórios devem impedir o desligamento de térmicas no decorrer de 2015,
conforme sinalizado pelo diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS)
elétrico, Hermes Chipp. "A possibilidade de paralisar térmicas neste ano é
muito pequena, praticamente não existe. Isso porque a hidrologia, mesmo que
seja boa no período seco, tem efeito pequeno em termos de energia", disse
o diretor geral do ONS.
O
cenário mais preocupante do nível dos reservatórios de água no sistema Nordeste
levou o governo federal a estudar alternativas para reduzir a vazão da bacia do
São Francisco. De acordo com Chipp, a defluência foi reduzida de 1.300 metros por
segundo (m³/s) para 1.100 m³/s e depois para 1.000 m³/s em períodos de carga
leve.
Agora, o
ONS pleiteia que a vazão seja reduzida para 1.000 m³/s em todos os períodos de
carga e, futuramente, para 900 m³/s. Os testes para uma vazão de 900 m³/s já
foram autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Com
isso conseguimos armazenar muito mais (água) em Sobradinho e nos preparamos
para uma hidrologia mais crítica sem termos problemas", afirmou Chipp, que
participou hoje do Fórum GD e Cogeração - Iniciando um novo ciclo de
desenvolvimento, organizado pela Associação da Indústria de Cogeração de
Energia (Cogen) e pelo CanalEnergia.
Mais
cedo, Chipp destacou que o nível de afluências no período seco precisará ser
equivalente a no mínimo 77% da média histórica na região Nordeste para que o
volume dos reservatórios chegue a novembro com 10% da capacidade de
armazenamento. Essa projeção, complementou o diretor geral do ONS, considera
uma vazão de 1.100 m³/s. "Preferimos ser conservadores para não sermos
atingidos", salientou.
Na
região Sudeste/Centro-Oeste, o nível das chuvas no período seco, de maio a
novembro, precisa ser equivalente a no mínimo 66% da média histórica. De acordo
com ele, mantido esse patamar, o nível de água nos reservatórios da região, no
final de novembro, chegaria a 10%. Este é o nível considerado mínimo para que o
sistema possa ser operado.
No
cenário traçado, o nível dos reservatórios cairia mais de 20 pontos porcentuais
durante os próximos sete meses, a partir do patamar de 33,5% do início de maio.
Esse número, explicou Chipp, já considera um cenário de carga menor. O ONS
acabou de reduzir a previsão de carga no sistema elétrico brasileiro em 2015 de
um resultado de aproximadamente 3% para -0,1%.
Ou seja, temos tarifas elevadas e corremos risco até de apagões
mais adiante caso o quadro das distribuições de chuvas não se alterarem. Lembramos
que agora entramos nos períodos de seca nas Regiões citadas com previsões
otimistas para Novembro 2015 .
Oremos!
Fontes:
J.A.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirContribuem também para deixar mais instável o sistema interligado.
ResponderExcluir- A burocracia dos órgãos ambientais.
Licença ambiental demora em média 909 dias no Rio Grande do Sul
Prazo médio de obtenção do aval do Estado para começar a tocar obras, empreendimentos e parques industriais aumentou 40% em cinco anos.
Ex: Em 2010, quando um processo ingressava na Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), o prazo médio de tramitação era de 649 dias. Cinco anos depois, esse tempo nas entranhas burocráticas da instituição responsável pelo licenciamento ambiental no Rio Grande do Sul saltou para 909 dias.
São cerca de dois anos e cinco meses, em média, para se obter o aval do Estado que permite tirar do papel obras, empreendimentos e parques industriais morosidade que, segundo fontes consultadas por ZH, provoca perdas à economia gaúcha.....
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/05/licenca-ambiental-demora-em-media-909-dias-no-rio-grande-do-sul-4758113.html
- Planejamento e gestão de empresas ligadas ao sistema ELETROBRAS como mostra o vídeo abaixo, embora seja de 2013, serve no exemplo ;
https://youtu.be/peobbuxU0pY
Reportagem especial do Fantástico no último domingo, mostra por que conta de luz anda tão alta no Brasil..
ResponderExcluirhttp://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/t/edicoes/v/reportagem-especial-mostra-por-que-conta-de-luz-anda-tao-alta-no-brasil/4300688/