terça-feira, 12 de maio de 2015

Brasil expande transmissão de energia em CC.



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Recente artigo da Revista Inovação Tecnológica fala num assunto,uma consequencia  da construção de Usinas Hidroelétricas na Amazônia.
Este conceito é conhecido principalmente  depois da criação de Itaipú e suas estações conversoras 
O mesmo se pode dizer em relação a estas estações interligando Argentina e Uruguai, digamos que é uma tecnologia muito conhecida .

Dos conceitos;

 - ".Os sistemas de corrente contínua em alta tensão (CCAT ou em inglês HVDC) são uma alternativa para a transmissão de grandes blocos de energia (acima de 1500 MW) a longas distâncias (acima de 1000 km).
Os sistemas de corrente contínua também são utilizados no intercâmbio entre dois sistemas defasados ou em frequências diferentes (por exemplo, Brasil e Argentina ou Brasil e Paraguai). Neste caso são usados sistemas "back-to-back", nos quais estações conversoras estão no mesmo edifício (não há linha de transmissão)."
Linha de transmissão CC e sua torre:

Vídeo:

Brazil-Argentina HVDC Interconnection

Mas a publicação de 12/05/2015 vem com algumas 
informações novas, diz o título;

Brasil começa a adotar corrente contínua na transmissão de energia


Transmissão por corrente contínua
Estudo feito por engenheiros da Escola Politécnica 
(Poli) da USP comprovou que a corrente contínua é a
 alternativa economicamente mais viável para a 
transmissão de energia elétrica a longas distâncias.
As conclusões corroboram análise publicada 
recentemente por pesquisadores dos EUA, que 
corrente contínua no tocante às transmissões de 
longas distâncias, os chamados linhões.
No estudo brasileiro, a equipe da professora Milana 
Lima dos Santos analisou também a viabilidade da
 transmissão por meia-onda, que não exige a 
conversão da corrente para consumo, mas esta 
apresentou maior custo de implantação, além de 
desafios técnicos que precisam ser superados para o
 seu uso.
A transmissão por corrente contínua é mais barata do que a transmissão por corrente alternada, enquanto a transmissão por meia-onda ainda enfrenta desafios.[Imagem: Cortesia CUNY]
"Durante o projeto, foram avaliadas as opções para
 transmissão a longa distância, comparando a 
corrente continua, já usada em parte do sistema de
 Itaipu, com a transmissão por meia-onda, 
fenômeno adotado em todo o mundo na construção 
de antenas de telecomunicações e que, apesar de 
ser estudada desde o início do século XX, e 
recomendada para distâncias superiores a 2.500 
quilômetros (km), não é utilizada comercialmente na
 transmissão de energia elétrica em nenhum país do 
mundo," contou Milana.
Os dados mostraram que a corrente contínua é mais 
vantajosa do que a corrente alternada em distâncias 
acima de 1.500 km.
Já a implantação da transmissão por meia-onda teria
 um custo 27% maior do que a transmissão por meio
 de corrente contínua. A linha de meia-onda só seria
 aplicável em distâncias de aproximadamente 2.500 
km, assumindo a frequência de 60 hertz (Hz) usada
 no Brasil.
Vídeo da ;

SE Coletora Porto Velho - RO. Bipolo 1 CPV/ARA2. Tiristores ABB.

Madeira e Belo Monte
Na prática, o uso da corrente contínua para 
transmissões de longa distância já está sendo
 implantada no Brasil.
No Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, por 
exemplo, uma das duas linhas de transmissão já 
está concluída e em funcionamento, enquanto a 
outra está na fase de testes. As duas linhas ligam 
Porto Velho a Araraquara (São Paulo), com 2.375 km
 de extensão.
Na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em construção,
 também foram projetadas duas linhas de 
transmissão por corrente contínua. Uma delas ligará 
a subestação Xingu, no Pará, à subestação Estreito,
 em Minas Gerais, percorrendo 2.092 km. A segunda
 linha irá interligar a subestação Xingu, no Pará, e a
 subestação Rio, em Nova Iguaçu (Rio de Janeiro),
 percorrendo 2.518 km.
"Em todas essas linhas, optou-se pela corrente 
contínua", aponta a professora da Poli. "Os 
resultados obtidos pelos pesquisadores confirmaram
 a escolha da EPE e da Aneel. No entanto, caso o 
projeto apontasse outra alternativa mais viável em 
termos econômicos, haveria tempo de se fazer 
alterações no projeto de transmissão".
Vídeo:

Tecnologia de HVDC em Araraquara-SP, video 2013 11 19 01 59 07

Menos cabos e torres menores
A corrente alternada é a mais utilizada para 
transmissão de energia no Brasil. Porém a partir de 
algumas centenas de quilômetros, é preciso 
construir subestações intermediárias para realizar 
uma compensação reativa, de modo a manter um 
perfil de tensão que torne a transmissão estável.
"Apesar das subestações terem um custo maior, elas
 disponibilizam energia para as regiões próximas da 
linha", afirma a professora. "No caso das grandes 
usinas da região Norte, a vocação das linhas de 
transmissão é serem ponto a ponto, pois o centro 
de consumo do Brasil está na região Sudeste e as 
cidades no caminho não são grandes o suficiente
para absorver a energia oferecida. Por isso, a 
corrente contínua e a transmissão por meia onda são
 mais adequadas".
Enquanto a corrente contínua, com suas três fases,
 exige um cabo específico para cada uma, a 
corrente contínua requer apenas dois cabos, uma 
para cada pólo, reduzindo o custo não apenas dos
 cabos e da instalação, mas também das torres, que
 poderão ser projetadas para sustentar um peso
 menor.
"Entretanto, como a geração e o consumo de 
energia é feita por meio de corrente alternada, é 
preciso implantar ao longo do percurso estações 
conversoras, que são equipamentos de alto custo. 
No caso da meia-onda, por ser um sistema do tipo 
ponto a ponto, as estações conversoras só são 
implantadas no início e no fim do percurso,"
 acrescentou Milana.

Fonte :

J.A.

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