sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Uma lei da física além dos poderes da Matemática

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Interessante artigo publica pela Revista Eletrônica Inovação

 Tecnológica de 15/12/2015


Física indecifrável
Um problema matemático que está na base de 
questões fundamentais da física - da física quântica 
e da física de partículas - é comprovadamente 
insolúvel.
Este que é o primeiro grande problema na física 
para o qual uma limitação tão fundamental foi 
comprovada foi identificado por Toby Cubitt 
(Universidade College de Londres), David Perez-
Garcia (Universidade Complutense de Madri) e 
Michael Wolf (Universidade Técnica de Munique).
Um material com intervalo espectral (esquerda) tem um único estado fundamental no limite termodinâmico. Um material sem intervalo espectral (direita) tem um espectro contínuo a partir do estado fundamental. [Imagem: Cubitt/Perez-Garcia/Wolf]

A importância da descoberta pode ser vista no fato 
de que ela demonstra que, mesmo de posse de uma 
descrição perfeita e completa das propriedades 
microscópicas - ou quânticas - de um material, isto 
não é suficiente para prever o seu comportamento 
macroscópico.
Intervalo espectral
Veja, por exemplo, o caso dos semicondutores, que 
estão na base de toda a tecnologia atual. Esses 
materiais, e vários outros, possuem um pequeno 
"intervalo espectral" - a energia necessária para 
transferir um elétron de um estado de baixa energia 
para um estado excitado, de energia mais alta.
Quando esta energia se torna muito pequena, o 
intervalo espectral se fecha, tornando possível para 
o material fazer uma transição para um estado 
completamente diferente - tornar-se 
um supercondutor, por exemplo.
Conhecer os detalhes microscópicos de um material 
e extrapolar matematicamente essas propriedades e 
comportamentos para o material em escala humana 
- em outras palavras, passar da física quântica para 
a física clássica - é considerado um dos 
instrumentos mais importantes na busca por novos 
materiais, incluindo algum que exiba a 
supercondutividade a temperatura ambiente ou que 
tenha qualquer outra propriedade desejável ou útil.
O trio demonstrou que esta abordagem tem uma 
limitação crucial, um beco sem saída.
Problemas indecidíveis
O trabalho prova matematicamente que, mesmo 
com uma descrição completa de um material em 
escala atômica ou molecular, determinar se ele 
possui um intervalo espectral ou não é, de fato, uma
 "questão indecidível".
"Alan Turing é famoso por seu papel na quebra do 
código Enigma. Mas, entre os matemáticos e 
cientistas da computação, ele é ainda mais famoso 
por provar que certas questões matemáticas são 
'indecidíveis'. Elas não são nem verdadeiras e nem 
falsas, só estão fora do alcance da matemática.
"O que nós mostramos é que a diferença espectral é 
um desses problemas indecidíveis. Isso significa 
que não pode existir um método geral para 
determinar se a matéria descrita pela mecânica 
quântica terá um intervalo espectral ou não. Isto 
limita a extensão na qual podemos prever o 
comportamento dos materiais quânticos e, 
potencialmente mesmo da física de partículas mais 
fundamental," explicou o professor Toby Cubitt.
O trabalho mostra que é matematicamente impossível sair dos componentes básicos da matéria e derivar seu comportamento macroscópico. [Imagem: Cubitt/Perez-Garcia/Wolf]
"Nós sabíamos da possibilidade de problemas que 
são indecidíveis em princípio desde os trabalhos de 
Turing e Godel na década de 1930. Até agora, 
porém, isso somente afetava os cantos muito 
abstratos da ciência da computação teórica e da 
lógica matemática. Ninguém antes tinha 
contemplado seriamente isto como uma 
possibilidade diretamente no coração da física 
teórica.
"Mas nossos resultados mudam esse quadro. De 
uma perspectiva mais filosófica, eles também 
desafiam os pontos de vista reducionistas, já que a 
dificuldade intransponível reside precisamente na 
derivação das propriedades macroscópicas partindo 
de uma descrição microscópica," acrescentou o 
professor Michael Wolf.
Nova Física
"Mas nem tudo são más notícias," acode rapidamente o 
terceiro membro do grupo, professor David Perez-Garcia.
"A razão pela qual este problema é impossível de resolver 
em geral é porque os modelos neste nível 
essencialmente desafiam qualquer tentativa de analisá-los.
"Mas esse comportamento bizarro também prevê uma 
física nova e muito estranha que não tinha sido vista antes.
 Por exemplo, os nossos resultados mostram que a adição 
de até mesmo uma única partícula a um pedaço de 
matéria grande poderia, em princípio, mudar 
dramaticamente suas propriedades. Novas físicas como 
esta são frequentemente exploradas em tecnologia," 
completou Perez-Garcia.
De fato, a dopagem - a adição de poucos átomos a um 
material para alterar suas propriedades - é parte essencial 
da eletrônica.
Os pesquisadores estão agora justamente verificando se 
sua descoberta vai além dos modelos matemáticos 
artificiais produzidos pelos seus cálculos, e atingem 
materiais mais realistas que possam ser testados em 
laboratório.
Assunto correlato:

Material bizarro abre fronteiras na spintrônica e na computação quântica

Site Inovação Tecnológica -  

Fontes:

J.A.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A História dos modernos goleiros linha no futebol

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O futebol ao longo dos tempos sempre teve bons goleiros e até aqueles fora de série, muitos virando lendas no futebol, como Lev Yashin da Russia (o Aranha Negra), Sepp Maier da Alemanha, O goleiro Inglês Gordon Banks, o brasileiro Gilmar dos Santos Neves entre muitos outros.

O futebol evoluiu, desde que a Holanda apresentou aquele futebol, genial em 1974 com uma inovação não só no esquema , mas no jeito de jogar, com muita posse de bola, marcação no campo adversário, troca de posições entre jogadores, exigiu uma nova postura  do goleiro. Com um grande espaço entre  o meio campo e a goleira era necessário um novo posicionamento do goleiro, jogando adiantado.

Vídeo explicativo da Laranja Mecânica:
Este mesmo estilo foi apresentado pela Ajax tradicional clube Holandês logo em seguida e atualmente pelo Barcelona para onde foram treinadores  e jogadores holandesas e que, o Clube Catalão, abraçou este estilo de jogo, tornando-o seu.
Graças a seu treinador atual Guardiola,oriundo do Barcelona,  que acabou aplicando no Bayern de Munique o mesmo estilo e esquema de jogo.
Poderemos citar que a Seleção Espanhola também joga neste estilo.

Era notório que os goleiros precisariam aprenderem a jogarem com o pés para sustentarem o rápido e trépido futebol, sendo um ponto seguro para as bolas recuadas e um líbero nos contra ataques adversários.
 Por incrível que parece coube  a goleiros da América inovarem nesta arte.
Os goleiros Jorge Campos do México, Higuíta da Colômbia, Chilavert do Paraguai e Rogério Ceni do S. Paulo foram exemplos de habilidade em jogar com os pés.

Mas faltava algo a mais, não bastava só o goleiro saber jogar com os pés era necessário que todo um sistema defensivo de um time de futebol se preparasse para jogar com um goleiro linha como no futesal.

Abro um parentese:
O Futesal sofreu atualizações na regra em  em 1990 com aumento da área de atuação do goleiro, proibição de atrasar bolas com as mãos e para o goleiro foi permitido que chutasse contra a área adversaria, que pudesse sair de sua área desde que jogasse com os pés.

Também no Handebol foi inserido a figura do goleiro linha com algumas restrições.”

Enfim o goleiro ideal.

Finalmente surgiu o goleiro linha moderno na figura do goleiro da seleção campeão do mundo no Brasil, o Goleiro Manoel Neuer.


Ele veio completar a evolução no futebol iniciado em 74 pela Holanda e para isso, seus companheiros defensivos tem fator importante. Se observa tanto no Barcelona como na Seleção Alemã e também no  Bayern que os jogadores de defesa quando atrasam a bola se posicionam para receberem de forma  a não deixarem seu goleiro em apuros.
Os zagueiros se deslocam para a linha de fundo, os laterais e meio campistas  procuram os espaços vazios nos lados e meio para receberem a bola de volta. Uma coisa que os goleiros da América não tinham nos seus tempos. Os zagueiros atrasavam a bola e deixavam que eles se virassem e muitas vezes surgiam situações desastrosas. Me vem em mente a lambança de Higuita fez perante Roger Milla. Vídeo abaixo;
Jorge Campos parecia um irresponsável, muitas vezes se lançava ao ataque e abandonava o gol, tal era sua habilidade com os pés.
Vídeo abaixo:

Neuer, não é infalível de vez em quanto tem algum acidente, mas é o exemplo típico do goleiro moderno, que serve com desafogo para os defensores quando estão apertados pelos adversários.
Agora entendo porque  o treinador  atual da Seleção brasileira e treinador de goleiros Cláudio Taffarel colocaram Jeferson na reserva. Tanto ele , quanto Marcelo do Grêmio e Victor do Atlético Mineiro são muitos ruíns no trato da bola com os pés. Já o Goleiro do Inter  Alísson e do Corínthias Cássio tem mais intimidade com a bola e não a chamam de Dona ou Senhora.

Vídeo do melhor goleiro da atualidade.


Goleiros modernos uma evolução da escola Holandesa de praticar um futebol  total, em que, todo time que apostar em muita posse de bola no seu estilo de jogar futebol ,vai ter que olhar com carinho o treinamento dos seus goleiros.

Fontes:

 Wikpédia e vídeos disponíveis no Youtube.


J.A.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O outro lado de armazenar o vento como disse a Presidenta brasileira.

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A presidenta brasileira é versada em frases de efeito, algumas confusas, outras sem sentido e outras chegam a causarem até “meme" na internet com aquela de armazenar o vento.
É mais provável que a iminente presidenta brasileira no caso,tenha escorregado num tema muito técnico que não domina.
É muito provável que devesse dizer amazenamento de energia, assim ficaria bem claro dentro das pesquisas atuais neste seguimento.
Por exemplo na energia solar algumas usinas que utilizam o vapor ( água aquecida por espelhos  projetados para aquecerem tubulações e destas para caldeiras), poderiam até depois do por do sol, continuarem a gerar energia  por algum tempo.

Agora no setor eólico tem algumas novidades publicadas pela revista eletrônica Inovação Tecnológica.

A primeira publicada na edição de 27/11/2015 com o tema :

Especial Armazenar o Vento , tecnologia  que deve serem 

levadas a sério.

Especial Armazenar o vento: Bateria Orgânica com Água.



Protótipo da bateria de fluxo orgânica, baseada apenas em materiais não tóxicos.[Imagem: Eliza Grinnell/Harvard Paulson School]

Bateria orgânica
Kaixiang Lin, da Universidade de Harvard, nos EUA, 

desenvolveu um novo tipo de bateria recarregável 


que pode tornar o armazenamento de eletricidade a 


partir de fontes de energia intermitentes, como a 


solar e a eólica, segura e barata, tanto para uso 


residencial como comercial.
Na operação da bateria, os elétrons são coletados e 

liberados por compostos químicos seguros, de 


baixo custo e abundantes - carbono, oxigênio, 


nitrogênio, hidrogênio, ferro e potássio - dissolvidos 


em água.
Os componentes ativos dos eletrólitos na maioria 

das baterias de fluxo são íons de metais como o 


vanádio dissolvido em ácido sulfúrico. Além de 


serem caros, corrosivos e difíceis de lidar, esses 


materiais são cineticamente lentos, o que talvez 


explique porque um conceito tão promissor quanto o


 das baterias de fluxo ainda não tenha sido 


largamente adotado.
Geração distribuída de energia
No ano passado, a mesma equipe havia apresentado

 uma bateria de fluxo orgânica na qual os metais 


foram substituídos por moléculas orgânicas 


(baseadas em carbono) chamadas quinonas, 


substâncias químicas naturais e abundantes, 


essenciais em processos biológicos como a 


fotossíntese e a respiração celular.
Mas as quinonas formavam apenas metade da 

bateria, seu eletrodo negativo, enquanto o lado


positivo dependia de um eletrólito de bromo. Esse 


metal é usado em várias outras baterias, sendo 


razoável seu uso em ambiente industrial, por 


pessoal qualificado.
Mas a toxicidade e a volatilidade do bromo depõem 

contra seu uso em ambientes residenciais, rumo 


à geração distribuída de energia, na qual painéis 


solares ou turbinas eólicas residenciais geram 


durante o dia a energia que a família usará à noite.
Ferrocianeto
Agora, a equipe finalmente conseguiu substituir o 

bromo por íons de um ferrocianeto não-tóxico e não-


corrosivo.
"Isso soa mal porque tem a palavra 'cianeto',", 

pondera o professor Michael Marshak. "O cianeto é 


letal porque se liga muito firmemente ao ferro do 


corpo humano. No ferrocianeto ele já está ligado ao 


ferro, por isso é seguro. Na verdade, o ferrocianeto 


é comumente usado como aditivo alimentar e 


também como fertilizante."
"Esta é a química que eu ficaria feliz em colocar no 

meu porão," disse seu colega Michael Aziz. "A não-

toxicidade e materiais abundantes e baratos 

colocados em uma solução de água significa que é 

segura - ela não pega fogo - e isso é uma enorme 

vantagem quando você está armazenando grandes 

quantidades de energia elétrica em qualquer lugar 

O Segundo artigo se refere a Bateria de Fluxo Térmica.
Especial Armazenar o vento: Bateria de fluxo

térmica, artigo publicado em 26/11/2015.
Em termos conceituais, toda a energia produzida pode ser armazenada indefinidamente e utilizada mais tarde. [Imagem: Kelvin Randhir/Universidade da Flórida]

Armazenamento termoquímico

Nathan Rhodes, da Universidade Estadual do 

Oregon, nos EUA, descobriu uma nova abordagem 


para o armazenamento de energia térmica solar 


concentrada, uma abordagem que reduz o custo e 


torna o mecanismo mais prático para uso em larga 


escala.
O avanço é baseado no armazenamento 

termoquímico, no qual uma reação química é usada 


em ciclos repetitivos para manter o calor, dirigi-lo 


para acionar turbinas e gerar energia e, em seguida, 


reaquecer o material para continuar o ciclo.
O armazenamento termoquímico lembra uma 

bateria, na qual ligações químicas são utilizadas para


 armazenar e liberar energia, mas a diferença 


essencial é que a transferência de energia é baseada 


no calor, e não na eletricidade.
Bateria térmica
O sistema se baseia na decomposição reversível do 

carbonato de estrôncio em óxido de estrôncio e 


dióxido de carbono, o que consome energia térmica 


(carregamento). No ciclo de uso da energia 


(descarregamento), a recombinação do óxido de 


estrôncio e do dióxido de carbono libera o calor 


armazenado.
Em comparação com outras técnicas, o novo 

sistema tem a vantagem de permitir um aumento de 


10 vezes na densidade de energia, tornando o 


equipamento muito menor e mais barato.
"Nesse tipo de sistema, a eficiência energética está 

estreitamente relacionada com o uso das 


temperaturas mais elevadas possíveis," explica o 


professor Nick Auyeung. "Os sais fundidos que 


estão sendo usados hoje para armazenar energia 


termossolar só funcionam a cerca de 600º C, e 


também requerem grandes recipientes e materiais 


corrosivos. O composto que estamos estudando 


pode ser utilizado a até 1200º C, e pode ser duas 


vezes mais eficiente que os sistemas existentes.
E os materiais não são corrosivos e nem inflamáveis,

 e estão disponíveis industrialmente a custo 


razoável.
Mais ciclos
Em termos conceituais, por este processo toda a 

energia produzida pode ser armazenada 


indefinidamente e utilizada mais tarde, quando a 


eletricidade for necessária. Alternativamente, uma


 parte da energia poderia ser utilizada imediatamente


 e o restante direcionado para armazenamento e 


uso posterior.
Em testes em escala de laboratório, o sistema 

funcionou bem por 45 ciclos de aquecimento e 


resfriamento, quando então o material começou a 


apresentar alterações químicas que reduziram sua 


eficiência.
Assim, mais pesquisas serão necessárias para 

identificar formas de reprocessar os materiais ou 


aumentar significativamente o número de ciclos que


 podem ser executados com essa bateria térmica.



http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=armazenar-vento-bateria-fluxo-termica&id=010115151126#.Vl3cndKrRkg

.O terceiro se refere a Bateria orgânica. 

Especial Armazenar o vento: Bateria Orgânica .



O primeiro protótipo é pequeno, mas sua robustez (10.000 ciclos) entusiasmou a equipe a construir uma versão maior.[Imagem: Anne Guenther/FSU]



.Bateria orgânica
Uma equipe de pesquisadores da Universidade 

Friedrich Schiller de Jena, na Alemanha, 


desenvolveu um sistema que usa polímeros 


orgânicos e uma solução salina inofensiva para 


armazenar energia.
O sistema é voltado para o armazenamento 

temporário de fontes intermitentes de energia, como


 a solar e a eólica, que geram energia demais num 


momento, e de menos em outro.
"O que é novo e inovador na nossa bateria é que ela 

pode ser fabricada a um custo muito menor, e quase


 atinge a capacidade dos sistemas tradicionais que


 usam ácidos e metais," disse o professor Martin 


Hager, coordenador da equipe.
Durante um longo tempo, as baterias de fluxo - 

também conhecidas como sistemas redox - foram 


desenvolvidas utilizando o metal vanádio dissolvido 


em ácido sulfúrico como eletrólito. Ocorre que o 


vanádio é extremamente caro, e o ácido sulfúrico 


altamente corrosivo.
Bateria redox sem ácidos
Nesta bateria redox construída pela equipe alemã, 

são utilizados materiais sintéticos. A estrutura 


central lembra o isopor (poliestireno), no qual 


grupos funcionais foram adicionados para permitir 


que o material aceite ou doe elétrons.
Os polímeros literalmente "nadam" em uma solução 

aquosa, sem necessidade de ácidos agressivos.
"Assim, conseguimos usar uma membrana de 

celulose simples e barata e evitar materiais tóxicos e


caros," disse Tobias Janoschka, principal projetista 


do sistema.
Nos primeiros testes, a bateria redox de fluxo 

suportou 10.000 ciclos de carga e descarga com 


uma perda mínima de capacidade.
A densidade de energia do protótipo chegou a 10 

Watts-hora por litro. A equipe afirma já estar 

trabalhando em uma versão maior e mais eficiente. 


O quarto,  se refere a Fluxo de lítio, publicada em 
30/11/2015.



A tecnologia possui uma inusitada junção de elementos sólidos e líquidos, uma novidade nas baterias redox. [Imagem: C. Jia et al. - 10.1126/sciadv.1500886]


Tecnologia matadora

Se existe uma tecnologia "matadora" para as baterias de fluxo, ela consiste na incorporação da tradicional tecnologia das baterias de lítio nos fluxos eletroquímicos que permitem armazenar energia em tanques.
Isto porque as baterias de lítio têm uma densidade
de energia muitíssimo mais elevada do que qualquer
bateria de fluxo demonstrada até hoje, incluindo as
mais desenvolvidas - mas muito problemáticas -
baterias redox de vanádio.
Pois o feito acaba de ser realizado por Chuankun
Jia, da Universidade Nacional de Cingapura, cuja 
equipe construiu a primeira bateria de fluxo redox
usando o lítio como elemento principal do ciclo
 eletroquímico que armazena a energia.
Bateria de fluxo de lítio
Jia manteve a arquitetura geral de uma bateria de
fluxo, com tanques de armazenamento de cargas
separados por uma pilha central de eletrodos,
responsáveis por armazenar e depois recuperar a
 eletricidade.
Mas, no interior dos tanques externos, ele usou
compostos de lítio em estado sólido, um contendo
um material comumente usado no polo negativo das
baterias de íons de lítio, chamado fosfato de ferro-
lítio (LiFePo4), e o outro contendo dióxido de titânio
(TiO2), frequentemente usado no polo positivo das
bateria de lítio.
Os líquidos foram mantidos no papel de
transportadores de carga - os chamados mediadores
 redox. Os materiais sólidos são porosos o suficiente
 para permitir que os mediadores redox líquidos os
 atravessem e capturem elétrons e íons de lítio,
levando-os para a membrana de separação.
A equipe ainda modificou o material comumente
usado como membrana nas baterias de fluxo,
chamado Nafion, combinando-o com outro polímero
que permite que os íons de lítio passem mais
facilmente.
Bateria redox sólido-líquida
E essa configuração sólido-líquido inusitada para uma bateria de fluxo funcionou. E funcionou bem, armazenando 10 vezes mais energia por volume nos tanques do que as baterias tradicionais de vanádio - a densidade de energia chegou a 500 Watts-hora por litro.
A novidade trouxe novo ânimo para os
pesquisadores da área, que agora devem se
debruçar na melhoria dos detalhes que faltam para
viabilizar a adoção prática da bateria de fluxo de lítio.
O principal desafio a ser vencido é que, embora 
armazene muita energia, a nova bateria libera essa 
energia muito lentamente. A equipe afirma estar 
enfrentando o problema tentando melhorar a 
membrana e os mediadores redox usados, de forma 
a preservar os ganhos com o uso dos compostos 
sólidos de lítio.