sábado, 1 de novembro de 2014

Pedaço de continente submerso na costa sul brasileira !

"Peço aos amigos que deem uma clicada nos reclames da lateral direita ou inferior da página. Assim estarão ajudando este blogueiro a manter a página  e receber algum do Google".

A revista  Inovação Tecnológica de 29/102014 trouxe esta noticia interessante que pode mudar a forma como teria ocorrido a separação da América  do Sul em relação a Africa...

Com o título : 

Pedaço de continente submerso no meio do Atlântico

Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1.500 km do Rio de Janeiro. [Imagem: CPRM]

Oceano submerso
Há mesmo uma grande porção continental submersa
 no fundo do Oceano Atlântico, o que muda as
 teorias aceitas até agora sobre como se deu a
 separação entre América do Sul e África.
Em 2011, geólogos colheram amostras de granito, 
um tipo de rocha continental, da Elevação do Rio 
Grande, uma cadeia de montanhas submersas a
 cerca de 1.300 quilômetros (km) do litoral do Rio
 Grande do Sul.
Até então, eles acreditavam que essas montanhas
 seriam resultado da formação do assoalho oceânico
 e de erupções vulcânicas, portanto formadas por 
outro tipo de rocha.
formações continentais, cuja análise reforçou a
 hipótese de que essa região do Atlântico Sul poderia
 de fato ser um pedaço de continente que teria 
submergido durante a separação da América do Sul 
e da África, iniciada há 120 milhões de anos.
Mineração submarina
A conclusão deu valor econômico à Elevação do Rio 
Grande. Em julho passado, o governo federal 
recebeu a autorização para levar adiante o plano de 
exploração de jazidas de cobalto dessa região, 
situada em águas internacionais, e a possibilidade de
 ali haver reservas de outros minerais, como níquel,
manganês e terras-raras tornou-se mais concreta.
.Cresceu também seu valor científico, por servir de

 argumento adicional para a hipótese de que a 

separação da América do Sul da África foi mais 

complicada e fascinante do que se pensava.

Agora já parece haver um consenso entre os 
geólogos de várias partes do mundo de que os 
grandes blocos de rochas - ou microplacas, uma 
referência às placas tectônicas continentais - que 
formam os dois continentes e o assoalho oceânico 
não se afastaram como duas partes de uma folha 
rasgada, mas se esticaram, quebraram-se e se 
posicionaram caoticamente. Algumas partes podem 
ter ficado no meio do caminho e afundado, enquanto
 outras se afastavam e se misturavam, formando 
um imenso mosaico que agora se torna um pouco
 mais claro.
As rochas coletadas da Elevação do Rio Grande - 
granitos, granulitos, gnaises e pegmatitos - devem 
ter de 500 milhões a 2,2 bilhões de anos, de acordo 
com as análises de equipes da Universidade de 
Brasília e e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
"As idades não estão fora do que encontramos na
 América do Sul e na África," diz Roberto Ventura 
Santos, da CPRM. Segundo ele, os levantamentos 
sísmicos indicaram que a espessura da crosta é de 
cerca de 30 km na região da Elevação Rio Grande, 
"típica de crosta continental e não oceânica", 
reiterando a conclusão de que se trata de um 
resquício de continente.
A prova definitiva do "continente perdido" no Atlântico Sul foi coletada por um robô submarino durante uma expedição nipo-brasileira. [Imagem: Davi Fernandes/MCTI]
Quebra-cabeças continental
Essa descoberta, uma das mais espetaculares da 
geologia brasileira dos últimos tempos, trouxe 
algumas dúvidas. Pensava-se que as duas cadeias 
montanhosas do Atlântico Sul, a Rio Grande e a 
Dorsal Atlântica, tivessem se formado na mesma 
época, mas agora se cogita que pode não ter sido 
assim.
E quais são os efeitos da Elevação do Rio Grande? 
Uma cadeia com montanhas de 3.200 metros de 
altura no fundo do Atlântico Sul, cujo topo está a 
apenas 800 metros de profundidade, deve formar 
barreiras para a circulação oceânica, mas ainda não 
se sabe ao certo como.
Ventura acredita que algumas respostas podem vir 
à tona com a análise de uma coluna com 70 metros
 de sedimentos do fundo do mar, que, espera-se,
 permitirá a reconstituição de fenômenos climáticos e
 geológicos dos últimos 7 milhões de anos.
"A identificação de rochas continentais na Elevação 
do Rio Grande muda o quadro da evolução do 
Atlântico Sul, que se formou com a separação dos 
dois continentes", comenta o geólogo Peter Christian
 Hackspacher, professor da Universidade Estadual
 Paulista (Unesp) de Rio Claro.
Há quase 20 anos, por meio de pesquisas de campo 
no Sudeste e Sul do Brasil, na Namíbia e em Angola,
ele examina os sinais das possíveis forças que 
levaram à separação da América do Sul e da África.
Suas conclusões reforçam a contestação do modelo 
tradicional, segundo o qual as linhas de costa dos 
dois continentes, representando os blocos de 
rochas que os formaram, poderiam se encaixar. Há 
um encaixe na costa do Nordeste com o Oeste da 
África, mas em outras regiões, como o litoral do Rio 
de Janeiro, parecem faltar partes do quebra-cabeça
 de rochas.
Assuntos correlatos:
Em 24/07/2014 , a mesma revista trouxe esta outra
 reportagem;

Brasil é autorizado a iniciar prospecção mineral no Atlântico

O governo brasileiro recebeu autorização da 
Autoridade Internacional de Fundos Marinhos
 (ISBA), entidade vinculada a ONU, para pesquisar e 
explorar recursos minerais em uma área no Atlântico
 Sul, chamada Elevação do Rio Grande, localizada 
em águas internacionais.
O Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos, 
cada com 20 quilômetros quadrados. Os blocos 
formam oito grupos, totalizando 3 mil quilômetros 
quadrados.
O trabalho será executado pelo Serviço Geológico do
 Brasil (CPRM).
Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1.500 km do Rio de Janeiro. [Imagem: CPRM]
Mineração submarina
O Plano de Trabalho apresentado pela CPRM à ISBA 
é paramineração submarina de crostas 
ferromanganesíferas ricas em cobalto.
A escolha das crostas deveu-se a levantamentos 
preliminares realizados após diversas expedições 
que indicaram serem esses os depósitos de maior 
potencial.
A mineração submarina já é feita em larga escala em
 todo o mundo, mas, até anos recentes, o único 
mineral explorado era o petróleo. Mais 
recentemente, empresas privadas começaram a
 obter autorização para início da exploração de 
metais.
Segundo a CPRM, o trabalho permitirá ao Brasil 
aumentar seu conhecimento estratégico sobre
 recursos existentes em região próxima à 
plataforma continental brasileira por meio da coleta 
de dados ambientais, do estudo do potencial 
econômico desses recursos minerais, bem como do
desenvolvimento de estudos oceanográficos e 
ambientais.
Segundo a empresa, a proposta brasileira é 
fortemente sustentada em parâmetros técnicos e 
ambientais e inclui o compromisso em oferecer 
oportunidades de treinamento em benefício de 
outros países em desenvolvimento.
Investimentos
Foram mais de quatro anos de estudos e atividades 
da CPRM, com a participação de mais de 60 e 
pesquisadores brasileiros de diferentes instituições, 
até a obtenção da autorização da agência da ONU
Foram investidos cerca de R$ 90 milhões em 
pesquisas no Atlântico Sul, sendo mais R$ 20 
milhões previstos para este ano.
Com a aprovação do pedido brasileiro pela ISBA, a 
CPRM vai investir em pesquisas na Elevação do Rio
 Grande, mais R$11 milhões nos próximos cinco 
anos.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=onu-brasil-autorizado-prospeccao-mineral-atlantico&id=020175140724#.VFT9bzTF8l8
Em 19/05/2014 outra reportagem sobre o tema;

Mineração no fundo do mar vai começar.

Os nódulos metálicos serão triturados no fundo do oceano e sugados para um navio na forma de uma lama. [Imagem: Nautilus Minerals]

Mina oceânica
Os planos para abrir a primeira mina do mundo no
 fundo do oceano estão significativamente mais 
próximos de se tornarem realidade.
Uma empresa de mineração canadense concluiu um 
acordo com o governo de Papua Nova Guiné para 
começar a minerar uma área no fundo do mar.
O projeto polêmico pretende extrair minérios de 
cobre, ouro e outros metais valiosos de uma 
profundidade de 1.500 metros.
Enquanto muitos apontam para os "tesouros 
minerais" no fundo do mar, ambientalistas dizem 
que a mineração no fundo do oceano será 
devastadora, causando danos duradouros à vida 
marinha.
A mineração normal causa danos localizados ao meio
 ambiente, mas há legislação em todos os países
 para controlar esses impactos.
Só recentemente a ONU publicou as primeiras regras
mar.
Minérios submarinos
A mina terá como alvo uma área de fontes 
hidrotermais onde águas superaquecidas e 
altamente ácidas emergem do fundo do mar e 
encontram a água muito mais fria e alcalina do 
oceano, forçando-a a depositar altas concentrações 
de minerais.
O resultado é que o fundo do mar na região está 
coberto de minérios que são muito mais ricos em 
ouro e cobre do que os minérios encontrados nas 
minas terrestres, sejam superficiais ou subterrâneas.
Durante décadas, a ideia de minerar esses depósitos
 - assim como os nódulos ricos em minerais 
tem sido inviabilizada por causa do desafio de 
engenharia e dos altos custos.
Mas o boom nas operações de petróleo e gás nas 
últimas décadas levou ao desenvolvimento de uma
 série de tecnologias avançadas que permitem a 
exploração em grandes profundidades, ao mesmo 
tempo em que uma demanda aquecida por metais 
valiosos tem feito os preços globais das 
 commodities minerais disparar.
A empresa Nautilus Minerals tem estado de olho nos 
minérios do fundo do mar ao largo de Papua Nova 
Guiné desde os anos 1990. O projeto ficou parado
 não por questões técnicas, mas devido a 
desentendimentos com o governo daquele país.
Segundo o acordo assinado agora, o governo de 
Papua Nova Guiné terá uma participação de 15% na 
mina oceânica, contribuindo com US$ 120 milhões 
para cobrir os custos da operação.
Esta será a maior máquina da mina oceânica, um triturador de 310 toneladas. [Imagem: Nautilus Minerals]
Primeira mina no fundo do mar
A mina, conhecida como Solwara-1, será escavada 
por uma frota de máquinas robóticas controladas a 
partir de um navio na superfície.
O plano consiste em quebrar a camada superior do 
fundo do mar de modo que o minério possa ser 
bombeado para cima como uma lama.
Para quebrar as rochas e raspar o fundo do mar será
 empregada a maior máquina da mina, um triturador
 pesando 310 toneladas, que trabalhará 24 horas por
 dia.
De acordo com a Nautilus,a mina terá um impacto 
ambiental mínimo, o equivalente a cerca de 10
 campos de futebol e com foco em uma área que é 
suscetível de ser rapidamente recolonizada pela vida
 marinha.
Mas esta será a primeira tentativa de extrair minério 
do fundo do oceano, de modo que a operação - e as 
garantias da empresa sobre os impactos - serão
 vigiados de muito perto.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=mineracao-oceanos&id=010125140519#.VFT-MTTF8l8

Viajando até 07/05/2013 quando a primeira 
expedição foi noticiada pela mesma revista com o 
título;

Expedição nipo-brasileira encontra "continente perdido" no Atlântico Sul

Uma expedição do Serviço Geológico do Brasil 
(CPRM) com a cooperação da Agência Japonesa de 
Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec) 
pode ter encontrado no fundo do mar uma região 
que era um continente.
Com o movimento das placas tectônicas, regiões que
 foram continentes vão acabar no fundo do mar, e 
vice-versa - é por isso que fósseis de conchas e 
animais marinhos são encontrados em várias regiões
 continentais de todo o mundo, muitas vezes em
 regiões elevadas.
A expedição está sendo realizada na região da 
Elevação do Alto Rio Grande, no fundo do Oceano 
Atlântico, localizada a cerca de 1,5 mil quilômetros 
da costa Sudeste do Brasil.
As novas conclusões foram obtidas a partir do apoio do submergível japonês Shinkai 6500, capaz de chegar a 6,5 mil metros de profundidade. [Imagem: CPRM]
A expedição está sendo realizada na região da 
Elevação do Alto Rio Grande, no fundo do Oceano
 Atlântico, localizada a cerca de 1,5 mil quilômetros
 da costa Sudeste do Brasil.
Por meio de dragagem, pesquisadores brasileiros já
 tinham encontrado granito na região.
As novas conclusões foram obtidas a partir do apoio
 do submergível japonês Shinkai 6500, capaz de 
chegar a 6,5 mil metros de profundidade. A missão 
nipo-brasileira está sendo realizada a bordo do navio
 Yokosuka.
Atlântida tupiniquim
"O fato de haver um continente naquela região, nos 
abre outras possibilidades. Até que ponto foi uma 
extensão de São Paulo que se desgarrou e ficou 
para trás? Isso nos leva a pensar no que fazer para a
 região. Não só conhecer, mas requerer essa área", 
disse Roberto Ventura, diretor de Geologia e 
Recursos Minerais da CPRM.
Ventura conta que o Alto Rio Grande tem sido 
chamado de Atlântida no órgão, em referência ao 
mitológico continente que teria afundado no oceano.
A hipótese mais provável é que uma parte da 
plataforma continental brasileira desprendeu-se e 
afundou com o movimento das placas tectônicas, 
conforme a América do Sul se separa da África.
O tamanho do continente perdido ainda não foi 
definido com clareza, mas os técnicos brasileiros 
estimam que seja comparável ao estado de São 
Paulo.
A longo prazo, segundo Ventura, a região pode se 
tornar um ponto de mineração submarina, com a 
perspectiva de extração de ferro, manganês e 
cobalto. Já se sabe também da existência de 
A expedição Iatá-Piuna - navegando em águas 
profundas e escuras, em tupi-guarani - teve início 
em 13 de abril, na Cidade do Cabo, na África do Sul 
e percorreu, no primeiro trecho, a Elevação do Rio 
Grande e a Cordilheira de São Paulo. No segundo 
trecho, será explorado o Platô de São Paulo.
Seis pesquisadores brasileiros acompanham o navio 
que, depois de pesquisar o Atlântico Sul, seguirá 
para o Mar do Caribe.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=continente-perdido-atlantico-sul&id=010175130507
O certo é que depois do Pré Sal o Brasil se prepara 

para outros desafios no Atlântico Sul e este por ceto

será mais um.
Fontes:

Nenhum comentário:

Postar um comentário