"Peço aos amigos que deem uma clicada nos reclames da lateral direita ou inferior da página. Assim estarão ajudando este blogueiro a manter a página e receber algum do Google".
A revista Inovação Tecnológica de 29/102014 trouxe esta noticia interessante que pode mudar a forma como teria ocorrido a separação da América do Sul em relação a Africa...
Com o título :
Pedaço de continente submerso no meio do Atlântico
Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1.500 km do Rio de Janeiro. [Imagem: CPRM]
Oceano submerso
Há mesmo uma grande porção continental submersa
no fundo do Oceano Atlântico, o que muda as
teorias aceitas até agora sobre como se deu a
separação entre América do Sul e África.
Em 2011, geólogos colheram amostras de granito,
um tipo de rocha continental, da Elevação do Rio
Grande, uma cadeia de montanhas submersas a
cerca de 1.300 quilômetros (km) do litoral do Rio
Grande do Sul.
Até então, eles acreditavam que essas montanhas
seriam resultado da formação do assoalho oceânico
e de erupções vulcânicas, portanto formadas por
outro tipo de rocha.
Dois anos depois, por meio de um submarino, foram
formações continentais, cuja análise reforçou a
hipótese de que essa região do Atlântico Sul poderia
de fato ser um pedaço de continente que teria
submergido durante a separação da América do Sul
e da África, iniciada há 120 milhões de anos.
Mineração submarina
A conclusão deu valor econômico à Elevação do Rio
Grande. Em julho passado, o governo federal
recebeu a autorização para levar adiante o plano de
exploração de jazidas de cobalto dessa região,
situada em águas internacionais, e a possibilidade de
ali haver reservas de outros minerais, como níquel,
manganês e terras-raras tornou-se mais concreta.
.Cresceu também seu valor científico, por servir de
argumento adicional para a hipótese de que a
separação da América do Sul da África foi mais
complicada e fascinante do que se pensava.
Agora já parece haver um consenso entre os
geólogos de várias partes do mundo de que os
grandes blocos de rochas - ou microplacas, uma
referência às placas tectônicas continentais - que
formam os dois continentes e o assoalho oceânico
não se afastaram como duas partes de uma folha
rasgada, mas se esticaram, quebraram-se e se
posicionaram caoticamente. Algumas partes podem
ter ficado no meio do caminho e afundado, enquanto
outras se afastavam e se misturavam, formando
um imenso mosaico que agora se torna um pouco
mais claro.
As rochas coletadas da Elevação do Rio Grande -
granitos, granulitos, gnaises e pegmatitos - devem
ter de 500 milhões a 2,2 bilhões de anos, de acordo
com as análises de equipes da Universidade de
Brasília e e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
"As idades não estão fora do que encontramos na
América do Sul e na África," diz Roberto Ventura
Santos, da CPRM. Segundo ele, os levantamentos
sísmicos indicaram que a espessura da crosta é de
cerca de 30 km na região da Elevação Rio Grande,
"típica de crosta continental e não oceânica",
reiterando a conclusão de que se trata de um
resquício de continente.
A prova definitiva do "continente perdido" no Atlântico Sul foi coletada por um robô submarino durante uma expedição nipo-brasileira. [Imagem: Davi Fernandes/MCTI]
Quebra-cabeças continental
Essa descoberta, uma das mais espetaculares da
geologia brasileira dos últimos tempos, trouxe
algumas dúvidas. Pensava-se que as duas cadeias
montanhosas do Atlântico Sul, a Rio Grande e a
Dorsal Atlântica, tivessem se formado na mesma
época, mas agora se cogita que pode não ter sido
assim.
E quais são os efeitos da Elevação do Rio Grande?
Uma cadeia com montanhas de 3.200 metros de
altura no fundo do Atlântico Sul, cujo topo está a
apenas 800 metros de profundidade, deve formar
barreiras para a circulação oceânica, mas ainda não
se sabe ao certo como.
Ventura acredita que algumas respostas podem vir
à tona com a análise de uma coluna com 70 metros
de sedimentos do fundo do mar, que, espera-se,
permitirá a reconstituição de fenômenos climáticos e
geológicos dos últimos 7 milhões de anos.
"A identificação de rochas continentais na Elevação
do Rio Grande muda o quadro da evolução do
Atlântico Sul, que se formou com a separação dos
dois continentes", comenta o geólogo Peter Christian
Hackspacher, professor da Universidade Estadual
Paulista (Unesp) de Rio Claro.
Há quase 20 anos, por meio de pesquisas de campo
no Sudeste e Sul do Brasil, na Namíbia e em Angola,
ele examina os sinais das possíveis forças que
levaram à separação da América do Sul e da África.
Suas conclusões reforçam a contestação do modelo
tradicional, segundo o qual as linhas de costa dos
dois continentes, representando os blocos de
rochas que os formaram, poderiam se encaixar. Há
um encaixe na costa do Nordeste com o Oeste da
África, mas em outras regiões, como o litoral do Rio
de Janeiro, parecem faltar partes do quebra-cabeça
de rochas.
Assuntos correlatos:
Em 24/07/2014 , a mesma revista trouxe esta outra
reportagem;
Brasil é autorizado a iniciar prospecção mineral no Atlântico
O governo brasileiro recebeu autorização da
Autoridade Internacional de Fundos Marinhos
(ISBA), entidade vinculada a ONU, para pesquisar e
explorar recursos minerais em uma área no Atlântico
Sul, chamada Elevação do Rio Grande, localizada
em águas internacionais.
O Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos,
cada com 20 quilômetros quadrados. Os blocos
formam oito grupos, totalizando 3 mil quilômetros
quadrados.
O trabalho será executado pelo Serviço Geológico do
Brasil (CPRM).
Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1.500 km do Rio de Janeiro. [Imagem: CPRM]
Mineração submarina
O Plano de Trabalho apresentado pela CPRM à ISBA
é paramineração submarina de crostas
ferromanganesíferas ricas em cobalto.
A escolha das crostas deveu-se a levantamentos
preliminares realizados após diversas expedições
que indicaram serem esses os depósitos de maior
potencial.
A mineração submarina já é feita em larga escala em
todo o mundo, mas, até anos recentes, o único
mineral explorado era o petróleo. Mais
recentemente, empresas privadas começaram a
obter autorização para início da exploração de
metais.
Segundo a CPRM, o trabalho permitirá ao Brasil
aumentar seu conhecimento estratégico sobre
recursos existentes em região próxima à
plataforma continental brasileira por meio da coleta
de dados ambientais, do estudo do potencial
econômico desses recursos minerais, bem como do
desenvolvimento de estudos oceanográficos e
ambientais.
Segundo a empresa, a proposta brasileira é
fortemente sustentada em parâmetros técnicos e
ambientais e inclui o compromisso em oferecer
oportunidades de treinamento em benefício de
outros países em desenvolvimento.
Investimentos
Foram mais de quatro anos de estudos e atividades
da CPRM, com a participação de mais de 60 e
pesquisadores brasileiros de diferentes instituições,
até a obtenção da autorização da agência da ONU
Foram investidos cerca de R$ 90 milhões em
pesquisas no Atlântico Sul, sendo mais R$ 20
milhões previstos para este ano.
Com a aprovação do pedido brasileiro pela ISBA, a
CPRM vai investir em pesquisas na Elevação do Rio
Grande, mais R$11 milhões nos próximos cinco
anos.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=onu-brasil-autorizado-prospeccao-mineral-atlantico&id=020175140724#.VFT9bzTF8l8
Em 19/05/2014 outra reportagem sobre o tema;
Mineração no fundo do mar vai começar.
Os nódulos metálicos serão triturados no fundo do oceano e sugados para um navio na forma de uma lama. [Imagem: Nautilus Minerals]
Mina oceânica
Os planos para abrir a primeira mina do mundo no
fundo do oceano estão significativamente mais
próximos de se tornarem realidade.
Uma empresa de mineração canadense concluiu um
acordo com o governo de Papua Nova Guiné para
começar a minerar uma área no fundo do mar.
O projeto polêmico pretende extrair minérios de
cobre, ouro e outros metais valiosos de uma
profundidade de 1.500 metros.
Enquanto muitos apontam para os "tesouros
minerais" no fundo do mar, ambientalistas dizem
que a mineração no fundo do oceano será
devastadora, causando danos duradouros à vida
marinha.
A mineração normal causa danos localizados ao meio
ambiente, mas há legislação em todos os países
para controlar esses impactos.
Só recentemente a ONU publicou as primeiras regras
mar.
Minérios submarinos
A mina terá como alvo uma área de fontes
hidrotermais onde águas superaquecidas e
altamente ácidas emergem do fundo do mar e
encontram a água muito mais fria e alcalina do
oceano, forçando-a a depositar altas concentrações
de minerais.
O resultado é que o fundo do mar na região está
coberto de minérios que são muito mais ricos em
ouro e cobre do que os minérios encontrados nas
minas terrestres, sejam superficiais ou subterrâneas.
Durante décadas, a ideia de minerar esses depósitos
- assim como os nódulos ricos em minerais
tem sido inviabilizada por causa do desafio de
engenharia e dos altos custos.
Mas o boom nas operações de petróleo e gás nas
últimas décadas levou ao desenvolvimento de uma
série de tecnologias avançadas que permitem a
exploração em grandes profundidades, ao mesmo
tempo em que uma demanda aquecida por metais
valiosos tem feito os preços globais das
commodities minerais disparar.
A empresa Nautilus Minerals tem estado de olho nos
minérios do fundo do mar ao largo de Papua Nova
Guiné desde os anos 1990. O projeto ficou parado
não por questões técnicas, mas devido a
desentendimentos com o governo daquele país.
Segundo o acordo assinado agora, o governo de
Papua Nova Guiné terá uma participação de 15% na
mina oceânica, contribuindo com US$ 120 milhões
para cobrir os custos da operação.
Esta será a maior máquina da mina oceânica, um triturador de 310 toneladas. [Imagem: Nautilus Minerals]
Primeira mina no fundo do mar
A mina, conhecida como Solwara-1, será escavada
por uma frota de máquinas robóticas controladas a
partir de um navio na superfície.
O plano consiste em quebrar a camada superior do
fundo do mar de modo que o minério possa ser
bombeado para cima como uma lama.
Para quebrar as rochas e raspar o fundo do mar será
empregada a maior máquina da mina, um triturador
pesando 310 toneladas, que trabalhará 24 horas por
dia.
De acordo com a Nautilus,a mina terá um impacto
ambiental mínimo, o equivalente a cerca de 10
campos de futebol e com foco em uma área que é
suscetível de ser rapidamente recolonizada pela vida
marinha.
Mas esta será a primeira tentativa de extrair minério
do fundo do oceano, de modo que a operação - e as
garantias da empresa sobre os impactos - serão
vigiados de muito perto.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=mineracao-oceanos&id=010125140519#.VFT-MTTF8l8
Viajando até 07/05/2013 quando a primeira
expedição foi noticiada pela mesma revista com o
título;
Expedição nipo-brasileira encontra "continente perdido" no Atlântico Sul
Uma expedição do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM) com a cooperação da Agência Japonesa de
Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec)
pode ter encontrado no fundo do mar uma região
que era um continente.
Com o movimento das placas tectônicas, regiões que
foram continentes vão acabar no fundo do mar, e
vice-versa - é por isso que fósseis de conchas e
animais marinhos são encontrados em várias regiões
continentais de todo o mundo, muitas vezes em
regiões elevadas.
A expedição está sendo realizada na região da
Elevação do Alto Rio Grande, no fundo do Oceano
Atlântico, localizada a cerca de 1,5 mil quilômetros
da costa Sudeste do Brasil.
As novas conclusões foram obtidas a partir do apoio do submergível japonês Shinkai 6500, capaz de chegar a 6,5 mil metros de profundidade. [Imagem: CPRM]
A expedição está sendo realizada na região da
Elevação do Alto Rio Grande, no fundo do Oceano
Atlântico, localizada a cerca de 1,5 mil quilômetros
da costa Sudeste do Brasil.
Por meio de dragagem, pesquisadores brasileiros já
tinham encontrado granito na região.
As novas conclusões foram obtidas a partir do apoio
do submergível japonês Shinkai 6500, capaz de
chegar a 6,5 mil metros de profundidade. A missão
nipo-brasileira está sendo realizada a bordo do navio
Yokosuka.
Atlântida tupiniquim
"O fato de haver um continente naquela região, nos
abre outras possibilidades. Até que ponto foi uma
extensão de São Paulo que se desgarrou e ficou
para trás? Isso nos leva a pensar no que fazer para a
região. Não só conhecer, mas requerer essa área",
disse Roberto Ventura, diretor de Geologia e
Recursos Minerais da CPRM.
Ventura conta que o Alto Rio Grande tem sido
chamado de Atlântida no órgão, em referência ao
mitológico continente que teria afundado no oceano.
A hipótese mais provável é que uma parte da
plataforma continental brasileira desprendeu-se e
afundou com o movimento das placas tectônicas,
conforme a América do Sul se separa da África.
O tamanho do continente perdido ainda não foi
definido com clareza, mas os técnicos brasileiros
estimam que seja comparável ao estado de São
Paulo.
A longo prazo, segundo Ventura, a região pode se
tornar um ponto de mineração submarina, com a
perspectiva de extração de ferro, manganês e
cobalto. Já se sabe também da existência de
A expedição Iatá-Piuna - navegando em águas
profundas e escuras, em tupi-guarani - teve início
em 13 de abril, na Cidade do Cabo, na África do Sul
e percorreu, no primeiro trecho, a Elevação do Rio
Grande e a Cordilheira de São Paulo. No segundo
trecho, será explorado o Platô de São Paulo.
Seis pesquisadores brasileiros acompanham o navio
que, depois de pesquisar o Atlântico Sul, seguirá
para o Mar do Caribe.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=continente-perdido-atlantico-sul&id=010175130507
O certo é que depois do Pré Sal o Brasil se prepara
para outros desafios no Atlântico Sul e este por ceto
será mais um.
para outros desafios no Atlântico Sul e este por ceto
será mais um.
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário