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A revista inovação Tecnológica de 21/11/2014 trouxe mais um avanço na pesquisa sobre o eletro-magnetismo, a magnetoeletricidade.
Bombeamento de carga
Uma equipe internacional de pesquisadores
descobriu um novo elo entre o magnetismo e a
eletricidade que pode ter aplicações em eletrônica.
Eles demonstraram que é possível gerar uma
corrente elétrica em um material magnético
simplesmente rotacionando sua magnetização.
O fenômeno, chamado "bombeamento de carga",
produz uma corrente alternada de alta frequência.
A magnitude da eletricidade gerada e a dependência de um campo magnético externo permitirão o uso do fenômeno para detectar informações armazenadas magneticamente. [Imagem: Chiara Ciccarelli et al. - 10.1038/nnano.2014.252]
A geração e a modulação de correntes de alta
frequência são elementos centrais nos aparelhos de
comunicações via rádio, como telefones celulares,
redes Wi-Fi, Bluetooth, e também estão sendo
incluídas nos radares desenvolvidos para os carros
O novo comportamento é um espelho
da magnetoeletricidade, descoberta em 2010, na
qual as propriedades magnéticas de um material
podem ser controladas por um campo elétrico
externo.
Spintrônica
Segundo a equipe, a magnitude da eletricidade
gerada e a dependência de um campo magnético
externo permitirão o uso do fenômeno para detectar
informações armazenadas magneticamente.
O fenômeno poderá ser útil na transferência e
manipulação de dados na spintrônica, uma
tecnologia que armazena e processa dados usando o
spin de elétrons individuais como bits.
A spintrônica vem sendo explorada no
armazenamento de dados desde a descoberta
com o Nobel de Física em 2007.
"O fenômeno é um resultado de uma ligação direta entre a eletricidade e o magnetismo," diz o professor Arne Brataas. [Imagem: Cortesia Arne Brataas/Gemini]
Ligação direta entre a eletricidade e o
magnetismo
Já se sabe há algum tempo que rotacionar a
magnetização em um material magnético pode gerar
correntes de spin puras em condutores colocados
juntos ao magneto - correntes de spin puras são
correntes em direções opostas formadas por
elétrons com spins para cima e para baixo,
respectivamente.
Entretanto, não é possível detectar essas correntes
de spin com um voltímetro comum porque elas são
canceladas pelo fluxo de carga associado - a
corrente comum de cargas elétricas - seguindo na
mesma direção.
Por isso é necessário um elemento adicional, como
um outro ímã ou uma forte interação spin-órbita, o
que gera um efeito Hall de spin.
O que a equipe descobriu agora é que, em uma
classe especial de materiais ferromagnéticos, a
conversão spin-carga ocorre dentro do mesmo
material, eliminando a necessidade do elemento
secundário e viabilizando o aproveitamento prático
do fenômeno.
Em termos simples, o material ferromagnético
funciona como gerador de corrente alternada
induzida pela rotação da magnetização - em termos
menos simples, o material converte diretamente a
corrente de spin em corrente de carga por meio da
interação spin-órbita.
"O fenômeno é um resultado de uma ligação direta
entre a eletricidade e o magnetismo. Ele abre a
possibilidade de técnicas de detecção em nanoescala
de informações magnéticas e a geração de
correntes alternadas de frequências muito altas,"
disse Arne Brataas, da Universidade Norueguesa de
Ciência e Tecnologia.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=conexao-entre-eletricidade-magnetismo&id=010110141121&ebol=sim#.VHMZN9LF8l8
Assuntos Correlatos:
Em 19/12/2013 a mesma revista trouxe o artigo :
Eletromagnon: o elo que faltava entre o "eletro" e o "magnetismo"
Eletricidade e magnetismo são duas faces da mesma
moeda - toda a tecnologia atual, incluindo a
eletrônica, é baseada na interação entre a matéria e
o eletromagnetismo.
Ondas no espaço livre, como a luz ou a radiação de
um telefone celular, sempre consistem tanto de um
componente magnético quanto de um componente
elétrico.
Na ciência dos materiais, contudo, efeitos elétricos e
magnéticos têm sido geralmente estudados
separadamente - há materiais com ordenamento
magnético, que reagem a campos magnéticos, e há
materiais com ordenação elétrica, que podem ser
influenciados por campos elétricos.
Só recentemente um material multiferroico permitiu controlar o magnetismo usando eletricidade a temperatura ambiente pela primeira vez.[Imagem: Ruhr Universitat]
Um ímã tem um campo magnético, mas nele não há
campo elétrico. Um cristal piezoelétrico, por outro
lado, pode gerar um campo elétrico, mas não um
campo magnético. Ter os dois ao mesmo tempo
parecia impossível.
"Normalmente, os dois efeitos são criados de
maneiras muito diferentes. O ordenamento
magnético surge quando os elétrons alinham seus
momentos magnéticos, e a ordenação elétrica vem
quando cargas positivas e negativas movimentam-se
umas em relação às outras," explica o professor
Andrei Pimenov, da Universidade de Tecnologia de
Viena, na Áustria.
Eletromagnons
Contudo, em 2006, Pimenov encontrou indícios de
excitações que pareciam ser baseadas
simultaneamente nas ordenações elétrica e
magnética.
Essas excitações, que ele batizou de
"eletromagnons", ficaram meio no limbo, sendo
contestadas por muitos outros cientistas.
Agora Pimenov finalmente conseguiu demonstrar
seus eletromagnons na prática e de forma
indiscutível.
Para isso, ele ligou e desligou os eletromagnons
usando apenas um campo elétrico, em um material
especial feito de disprósio, manganês e oxigênio
(DyMnO3).
Este foi o complexo aparato desenvolvido por Pimenov para demonstrar que suas suspeitas iniciais estavam corretas. [Imagem: TUWien]
Magnetoelétricos
Cada elétron tem uma orientação magnética que é
ligeiramente distorcida em relação à dos elétrons
adjacentes - por conseguinte, os elétrons criam
espirais de momentos magnéticos.
Essa espiral magnética tem duas orientações
possíveis - no sentido horário ou anti-horário - e,
surpreendentemente, um campo elétrico externo
pode fazê-la alternar entre essas duas
possibilidades.
Nesses materiais magnetoelétricos, as cargas e os
momentos magnéticos dos átomos estão
conectados. E no óxido de manganês e disprósio
essa ligação é particularmente forte: "Quando os
momentos magnéticos oscilam, as cargas elétricas
se movem muito," disse Pimenov.
Nesse material, os momentos magnéticos e as
cargas elétricas tomam parte simultaneamente na
excitação, e, por conseguinte, os dois podem ser
influenciados por um campo externo único.
Pimenov afirma haver muitas ideias para futuras
aplicações dos eletromagnons: onde quer que seja
desejável combinar as vantagens dos efeitos
magnéticos e elétricos, os novos materiais
magnetoelétricos poderão ser usados no futuro.
Isto inclui novos tipos de amplificadores,
transistores ou dispositivos de armazenamento de
dados, além de sensores altamente sensíveis.
E mais tempo atrás ainda, precisamente na edição
de 23/03/2005, um dos primeiros temas neste
assunto com o título;
Descoberto novo fenômeno físico: o Efeito Spin-Hall
Famíla Hall de efeitos
Duas equipes internacionais de cientistas,
trabalhando em separado, anunciaram
simultaneamente a descoberta de um novo
fenômeno físico, detectado em uma camada
condutiva ultra-fina incorporada no interior de um
chip.
O novo efeito foi batizado de Efeito Spin-Hall, ou
efeito Hall de spin.
A descoberta inclui um novo membro naquela que é
uma das mais respeitadas famílias de fenômenos
nafísica e na microeletrônica - a família dos efeitos
Hall.
O Efeito Spin-Hall enriquece a família fornecendo uma forma sem precedentes para a magnetização de semicondutores por meio de uma tensão elétrica. [Imagem: Wunderlich et al.]
Os três irmãos mais velhos (Efeitos Hall Ordinário,
Anômalo e Quântico) são os responsáveis por todo o
entendimento fundamental que a ciência adquiriu
sobre os metais e os semicondutores.
Esses efeitos são utilizados em um sem-número de
equipamentos, para a detecção de campos
magnéticos, magnetização interna em condutores ou
como padrão de resistência elétrica.
Efeito Hall de spin
O Efeito Spin-Hall enriquece a família fornecendo
uma forma sem precedentes para a magnetização de
semicondutores por meio de uma tensão elétrica.
Isso dá um impulso e expande o horizonte da
tecnologia conhecida como spintrônica, que há
alguns anos atrás revolucionou a indústria das
memórias de computadores, que até então só
utilizava metais magnetizados de forma natural.
O Efeito Spin-Hall foi inicialmente previsto em 1971.
Então, elétrons em movimento, levando consigo um
minúsculo magneto chamado "spin", colidiu com
impurezas e essas colisões geraram magnetizações
opostas nas extremidades do condutor. Apesar das
possibilidades intrigantes, a teoria caiu na
obscuridade até 1999, quando foi redescoberta e
voltou a ter atenção dos cientistas.
Agora, duas equipes independentes, uma ligada à
empresa japonesa Hitachi, e outra formada por
cientistas da Universidade Santa Bárbara, Estados
Unidos, propuseram um novo mecanismo, chamado
Efeito Spin-Hall Intrínseco, que consegue efetuar a
magnetização sem a necessidade de colisões.
Camada condutiva
Os cientistas Jörg Wunderlich e Bernd Kaestner, do
laboratório da Hitachi na Inglaterra, desenvolveram
um novo tipo de equipamento para medir a
magnetização em cada um dos lados de uma
camada condutiva ultra-fina, inserida no interior de
um chip semicondutor, utilizando diodos emissores
de luz (LED).
Como eles utilizaram um design especial em
camadas, os resultados de suas medições foram
cerca de 10 vezes maiores do que as efetuadas pela
equipe da Universidade de Santa Bárbara, que
utilizou semicondutores convencionais.
A pesquisa foi publicada no último exemplar da
revista Physics Today.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010110050323&id=010110050323#.VHMaXtLF8l8
Vejam também;
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010110050323&id=010110050323#.VHMaXtLF8l8
Vejam também;
Fontes:
J.A.
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