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Uma
tecnologia utilizada por varias áreas do conhecimento como, por exemplo;
geologia, engenharia, analise de terremotos e movimentação do solo, navegação
em geral entre outras.
A
técnica passou a ser utilizada também por arqueólogos e o resultado tem sidos fantásticos
tecnologias que deixariam qualquer Indiana Jones no chinelo.
Vamos falar a verdade: Indiana Jones era um arqueólogo muito ruim.
Ele destruía seus sites arqueológicos e era mais propenso a matar seus colegas
do que escrever um trabalho com eles – sem falar naquele chicote
(cientificamente inútil).
Independentemente disso, “Os Caçadores da Arca Perdida”, que celebra seu 30º aniversário em junho, inspirou uma geração de cientistas. E os arqueólogos modernos, felizmente, aprenderam com os erros de Jones.
Hoje, a utilização de tecnologia avançada, tais como imagens de satélite, mapeamento a laser, robôs e scanners, é o que configura o mundo da arqueologia.
Independentemente disso, “Os Caçadores da Arca Perdida”, que celebra seu 30º aniversário em junho, inspirou uma geração de cientistas. E os arqueólogos modernos, felizmente, aprenderam com os erros de Jones.
Hoje, a utilização de tecnologia avançada, tais como imagens de satélite, mapeamento a laser, robôs e scanners, é o que configura o mundo da arqueologia.
Essas inovações permitiram que os arqueólogos descobrissem
pirâmides enterradas a partir do espaço, criassem mapas 3D de antigas ruínas
maias, explorassem destroços de navios romanos e encontrassem doenças em múmias
de 3.000 anos de idade.
A maior parte do novo kit de ferramentas arqueológicas vem de outras áreas como biologia, química, física ou engenharia, bem como dispositivos comerciais que incluem GPS, computadores portáteis e smartphones.
Os cientistas comparam o novo campo de exploração arqueológica com o da medicina. Eles precisam dessas ferramentas, assim como os médicos precisam fazer raios-X e tomografias antes de operar uma pessoa.
“Se cavamos um site para achar algo, acabamos o destruindo”, diz David Hurst Thomas, curador de antropologia do Museu Americano de História Natural,em Nova York. “A tecnologia nos permite descobrir
muito mais sobre ele antes de desenterrá-lo”, completa.
Os arqueólogos têm aproveitado essas ferramentas para encontrar antigos locais de interesse mais facilmente do que nunca. Eles podem cavar com maior confiança e menos danos colaterais, aplicar técnicas de laboratório recentes para antigos artefatos humanos ou restos mortais, e identificar melhor quando as pessoas ou objetos existiram no tempo.
Uma das revoluções é com os satélites. A egiptóloga Sarah Parcak usou imagens de satélite para observar10
metros abaixo do deserto egípcio e descobriu 17
pirâmides desconhecidas e mais de 1.000 túmulos. As imagens também revelaram
ruas e casas enterradas da antiga cidade egípcia de Tanis (site arqueológico
bem conhecido que foi destaque em “Os Caçadores da Arca Perdida”).
Mesmo imagens de satélite comuns, usadas pelo Google Earth, ajudam. Muitos dos sites antigos egípcios foram enterrados em arquitetura de tijolos de barro que se desfazem ao longo do tempo e se misturam com a areia. Quando chove, o solo com tijolos de barro mantém a umidade por mais tempo e aparece em fotos de satélite descolorido.
Ferramentas como o radar de penetração no solo também podem ajudar os arqueólogos a evitar destruição de dados preciosos enquanto escavam sítios arqueológicos. Magnetômetros podem distinguir entre metais, pedras e outros materiais enterrados baseado em diferenças no campo magnético da Terra, e levantamentos de resistividade do solo detectam objetos com base em mudanças na velocidade da corrente elétrica.
Uma vez que os objetos ou os ossos vêm à tona, os arqueólogos podem levá-los a laboratórios forenses que impressionam qualquer agente CSI. Tomografias computadorizadas (TC) comumente usadas na medicina revelam até artérias obstruídas de uma antiga princesa egípcia mumificada há 3.500 anos.
Olhar para as razões de diferentes elementos, chamados isótopos, em ossos de povos antigos também pode revelar o que eles comeram. Os detalhes da dieta podem incluir se a pessoa preferia alimentos como milho ou batata, ou se curtiam carne.
Assinaturas químicas similares podem dizer onde os humanos cresceram. Arqueólogos identificaram a origem de dezenas de soldados encontrados em uma vala comum de 375 anos na Alemanha; eles foram capazes de descobrir que alguns vieram da Finlândia, outros da Escócia.
Os arqueólogos têm muitas outras novas ferramentas na caixinha. A técnica de mapeamento a laser usada em ruínas maias, chamada LIDAR (em inglês, Light Detection And Ranging), tornou-se uma norma para a arqueologia: os robôs começaram a explorar pirâmides e cavernas, bem como naufrágios.
A tecnologia é brilhante, mas os arqueólogos garantem (e adoram) que ela não vai eliminar a necessidade de escavar muito em breve. “É uma constante em arqueologia; você tem que escavar e explorar”, afirma Sarah Parcak.
A maior parte do novo kit de ferramentas arqueológicas vem de outras áreas como biologia, química, física ou engenharia, bem como dispositivos comerciais que incluem GPS, computadores portáteis e smartphones.
Os cientistas comparam o novo campo de exploração arqueológica com o da medicina. Eles precisam dessas ferramentas, assim como os médicos precisam fazer raios-X e tomografias antes de operar uma pessoa.
“Se cavamos um site para achar algo, acabamos o destruindo”, diz David Hurst Thomas, curador de antropologia do Museu Americano de História Natural,
Os arqueólogos têm aproveitado essas ferramentas para encontrar antigos locais de interesse mais facilmente do que nunca. Eles podem cavar com maior confiança e menos danos colaterais, aplicar técnicas de laboratório recentes para antigos artefatos humanos ou restos mortais, e identificar melhor quando as pessoas ou objetos existiram no tempo.
Uma das revoluções é com os satélites. A egiptóloga Sarah Parcak usou imagens de satélite para observar
Mesmo imagens de satélite comuns, usadas pelo Google Earth, ajudam. Muitos dos sites antigos egípcios foram enterrados em arquitetura de tijolos de barro que se desfazem ao longo do tempo e se misturam com a areia. Quando chove, o solo com tijolos de barro mantém a umidade por mais tempo e aparece em fotos de satélite descolorido.
Ferramentas como o radar de penetração no solo também podem ajudar os arqueólogos a evitar destruição de dados preciosos enquanto escavam sítios arqueológicos. Magnetômetros podem distinguir entre metais, pedras e outros materiais enterrados baseado em diferenças no campo magnético da Terra, e levantamentos de resistividade do solo detectam objetos com base em mudanças na velocidade da corrente elétrica.
Uma vez que os objetos ou os ossos vêm à tona, os arqueólogos podem levá-los a laboratórios forenses que impressionam qualquer agente CSI. Tomografias computadorizadas (TC) comumente usadas na medicina revelam até artérias obstruídas de uma antiga princesa egípcia mumificada há 3.500 anos.
Olhar para as razões de diferentes elementos, chamados isótopos, em ossos de povos antigos também pode revelar o que eles comeram. Os detalhes da dieta podem incluir se a pessoa preferia alimentos como milho ou batata, ou se curtiam carne.
Assinaturas químicas similares podem dizer onde os humanos cresceram. Arqueólogos identificaram a origem de dezenas de soldados encontrados em uma vala comum de 375 anos na Alemanha; eles foram capazes de descobrir que alguns vieram da Finlândia, outros da Escócia.
Os arqueólogos têm muitas outras novas ferramentas na caixinha. A técnica de mapeamento a laser usada em ruínas maias, chamada LIDAR (em inglês, Light Detection And Ranging), tornou-se uma norma para a arqueologia: os robôs começaram a explorar pirâmides e cavernas, bem como naufrágios.
A tecnologia é brilhante, mas os arqueólogos garantem (e adoram) que ela não vai eliminar a necessidade de escavar muito em breve. “É uma constante em arqueologia; você tem que escavar e explorar”, afirma Sarah Parcak.
A
novidade da semana passada foi a publicação de um achado feito por
pesquisadores australianos usando esta tecnologia.
A
BBC Brasil publicou o titulo deste tópico com repercussão em toda imprensa.
Angkor Wat - Atlântida perdida em Selva no Camboja.
A tecnologia da
Lidar revelou a cidade original de Angkor, as linhas vermelhas indicam os
traços modernos incluindo estradas e canais. Foto: Khmer Archaeological LiDAR
Consortium (KALC)
Nas
profundezas da selva do Camboja encontram-se os restos de uma vasta cidade
medieval que permaneceu escondida até o século 19.
Agora, técnicas modernas de arqueologia
estão revelando os segredos dessa cidade misteriosa: uma rede intrincada de
templos, largas avenidas
e sofisticadas obras de engenharia. E, mais incrível ainda, os arqueólogos
encontraram na região uma outra cidade, ainda mais antiga - uma verdadeira "Atlântida"
em plena selva do Camboja.
Em abril de 1858, um jovem
explorador francês, Henri Mouhot, velejou de Londres para o sudeste da Ásia.
Durante três anos de viagens, ele pesquisou e identificou exóticos insetos da
floresta que ainda hoje carregam seu nome.
Patrimônio Mundial da UNESCO - Templo de Angkor Wat.
Mouhot morreu em Laos, em 1861,
vítima de uma doença contraída na selva. Muito provavelmente, o nome do
explorador teria caído no esquecimento. No entanto, um diário de viagem escrito
por ele, narrando suas aventuras, foi publicado dois anos mais tarde.
O livro conquistou o público não
apenas por conta de suas representações de aranhas e outros insetos. O diário
de Mouhot também continha vívidas descrições de templos invadidos pela
floresta, apresentando ao mundo, em todo o seu esplendor, a cidade medieval
perdida de Angkor, no Camboja.
"Um desses templos, um rival
do templo de Salomão, erguido por um Michelangelo da Antiguidade, mereceria
lugar de honra ao lado das nossas mais belas construções. É mais grandioso do
que qualquer obra deixada para nós pelos gregos ou romanos", ele escreveu.
As descrições de Mouhot ajudaram a
firmar, na cultura popular, a poderosa fantasia de exploradores às voltas com
templos esquecidos.
Hoje, o Camboja é famoso por essas
ruínas. A maior, Angkor Wat, construída por volta de 1150, continua sendo o
maior complexo religioso do planeta, cobrindo uma área quatro vezes maior do
que a Cidade do Vaticano.
A cidade medieval atrai dois
milhões de turistas por ano e ocupa lugar de honra na bandeira do Camboja.
Atlântida da Selva
Em 1860, no entanto, Angkor Wat era
conhecida apenas por monges e moradores da região. E eles não tinham a menor idéia
de que esse grande templo havia sido cercado, um dia, por uma cidade com quase
um milhão de habitantes.
Foi necessário quase um século de
exaustivos estudos arqueológicos de campo para completar o mapa. Aos poucos, a
cidade perdida de Angkor começou a ressurgir, rua após rua. Ainda assim,
restavam várias lacunas em branco.
No ano passado, arqueólogos
anunciaram uma série de novas descobertas sobre Angkor. E disseram ter
encontrado uma cidade mais antiga ainda, escondida mais além, nas profundezas
da floresta.
Uma equipe internacional, liderada
pelo arqueólogo Damian Evans, da Universidade de Sydney, Austrália, tinha
mapeado 370 km
quadrados em torno de Angkor com uma precisão de detalhes absolutamente sem
precedentes. Um feito impressionante, tendo em vista a densidade da floresta e
a presença de minas remanescentes da guerra civil no Camboja. Mais notável
ainda, o mapeamento foi feito em apenas duas semanas.
O segredo da equipe australiana
chama-se Lidar, uma tecnologia que está revolucionando a arqueologia,
especialmente nos trópicos.
Embutido em um helicóptero que
sobrevoou toda a selva do Camboja, o sistema Lidar emitiu um milhão de raios
laser a cada quatro segundos, registrando minúsculas variações na topografia do
solo.
Os arqueólogos encontraram traços
da cidade entalhados no chão da floresta, com templos, ruas e elaborados aquedutos
distribuídos pela região.
"Você tem essa espécie de
revelação quando coloca os dados na tela pela primeira vez e lá está, essa
cidade antiga, com absoluta clareza, bem na sua frente", disse Evans.
As novas descobertas transformaram
profundamente nossa compreensão de Angkor, a maior cidade medieval do mundo.
No seu apogeu, no final do século
12, Angkor era uma metrópole que cobria 1.000 km quadrados. (Para
se ter uma ideia, Londres só alcançou esse tamanho 700 anos depois.)
Angkor foi a capital do poderoso
império Khmer que, sob o comando de reis guerreiros, dominou aquela região
durante séculos. Seu território cobria o que hoje entendemos como Camboja,
Vietnã, Laos, Tailândia e Mianmar. Mas suas origens ainda eram mistério.
Inscrições indicavam que o império
havia sido fundado no início do século 9 por um grande rei, Jayavarman Segundo,
e que a primeira capital, Mahendraparvata, ficava em montanhas a nordeste do
ponto onde Angkor seria, mais tarde, construída.
Phra
Sav Ling Povn, palácio do rei leproso, perto de Angkor Wat, por volta de 1930
Mas ninguém sabia ao certo - até a
chegada da equipe australiana.
Uma análise da área com o auxílio
da nova tecnologia revelou tênues vestígios de templos desconhecidos e uma
elaborada rede de avenidas, diques e lagos artificiais - uma
"Atlântida" na selva.
Mais impressionante ainda foram
evidências de obras de engenharia hidráulica de grande escala identificadas
pelos sensores - uma marca registrada do império Khmer.
No final do século 9, quando a
capital foi transferida para um ponto mais ao sul, onde fica Angkor,
engenheiros Khmer já eram capazes de armazenar e distribuir grandes quantidades
de preciosa água recolhida durante a estação das monções por meio de uma rede
complexa de canais e reservatórios.
A capacidade de armazenar água
permitia estabilidade nos suprimentos de alimentos e enriqueceu a elite Khmer
Durante os três séculos seguintes,
essa riqueza financiou a maior concentração de templos da Terra.
Um destes, o Preah Khan, construído
em 1191, continha 60 toneladas de ouro. Hoje, essa material valeria US$ 3,3
bilhões.
Declínio
Mas apesar de toda essa riqueza,
Angkor não foi capaz de derrotar um inimigo inclemente: o clima.
No momento em que o programa de
construção de templos atingia seu pico, a rede hidráulica, vital para a
sustentação da cidade, começou a sofrer por falta de manutenção.
Variações climáticas dramáticas no final da
Idade Média levaram ao declínio de Angkor
No final da Idade Média houve
variações dramáticas de clima no sudeste asiático.
Amostras de troncos de árvores
registram flutuações repentinas entre secas extremas e chuvas torrenciais. E o
mapa produzido pelo sistema Lidar revela os danos catastróficos que as
inundações provocaram.
Sem esse mecanismo vital de sustentação,
Angkor caiu em declínio e jamais se recuperou.
No século 15, os reis Khmer
abandonaram a cidade e se mudaram para a costa. Lá, construíram uma nova
cidade, Phnom Penh, atual capital do Camboja.
Quando Mouhot chegou, encontrou
apenas os grandes templos de pedra, muitos, em ruínas.
Praticamente todo o resto - de
casas populares a palácios reais, feitos de madeira - havia apodrecido.
A metrópole que um dia existira em
torno dos templos tinha sido devorada pela floresta.
J.A.
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