quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Como o Rádio Galena tecnológico para futuro.

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Para aqueles que não lembram ou não tiveram conhecimento, nos longínquos anos 50 e 60, era comum se encontrar alguém que possuísse um equipamento desses.
Tratava-se de um pequeno receptor de rádio AM sem uso de fonte alguma, sendo a própria onda eletromagnética a energizar o dispositivo.
Segundo a definição do Wikipédia;

O rádio de galena é um dos receptores mais simples de modulação AM que se pode construir. Ele utiliza as propriedades semicondutoras do mineral galena, um dos primeiros semicondutores utilizados, ou seja, antes do germânio e silício. Ele demanda uma antena de grande extensão (tipicamente 15 m de fio cru, um circuito ressonante formado por uma bobina em um capacitor, em que um deles é variável (vide indutor variável e capacitor variável) sintonizado na freqüência AM de interesse, passando por um circuito retificador (formado pelo diodo de galena) associado com um circuito "passa-baixa" do tipo RC (resistor-capacitor) que filtra as altas freqüências. O sinal sintonizado, retificado e filtrado é transmitido diretamente a um transdutor de alta impedância do tipo transdutor de cristal como monofone (alto-falante).
 O rádio de galena não necessita de fonte de energia para produzir som audível no monofone pois toda a energia é captada pela antena de grandes dimensões, tipicamente de 1/2, 1/4 e 1/8 do comprimento de onda a ser sintonizado.”
Foto do circuito de um rádio galena;
Foto da rocha cristal galena;
Porque toquei neste assunto tão antigo, justamente porque a tecnologia moderna esta caminhando para isso, ou seja, utilizar a energia das ondas de rádio sem uso de baterias.
A revista eletrônica Inovação Tecnológica de 17/10/2014 trouxe esta interessante notícia;

Rádio sem baterias para Internet das Coisas


Miniaturizar um rádio não parece ser coisa de outro mundo - afinal, tudo está sendo miniaturizado constantemente neste mundo mesmo.
Contudo, fazer um rádio completo, capaz de transmitir e receber dados, captando comandos e repassando-os para outros equipamentos, tudo do tamanho de um chip, apresenta alguns desafios nada pequenos.
Já existem dispositivos parecidos com microrrádios, as etiquetas RFID, mas sua potência de recepção e transmissão não supera alguns poucos centímetros.
Este é um rádio completo, incluindo as antenas - e ele não precisa de baterias para funcionar. [Imagem: Amin Arbabian]
Por isso, Amin Arbabian, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, propôs aos seus alunos e colegas refazer a engenharia inteira do rádio.
O trabalho começou pela antena, que, por ser pequena demais, deve operar a uma frequência muito alta - 24 GHz. Também foi necessário separar a antena de recepção da antena de transmissão, mas mantendo ambas dentro do chip.
Os transistores atuais não conseguem processar facilmente sinais nessa frequência, o que exigiu um projeto completamente novo não apenas dos circuitos, mas dos próprios componentes eletrônicos individuais.
Rádio sem bateria
O resultado foi melhor do que o esperado: o rádio, mais ou menos do tamanho de uma formiga do açúcar, não precisa de nenhum outro dispositivo externo para funcionar, nem mesmo de baterias. Ele coleta toda a energia de que precisa das próprias ondas eletromagnéticas captadas por sua antena.
O rádio em um chip gasta tão pouca energia que, se precisasse de uma bateria - o que ele não precisa - uma pilha AAA poderia alimentá-lo por mais de um século.
Outra proposta da equipe era fabricar um microrrádio que fosse o mais barato possível. Eles encomendaram uma centena deles a uma fábrica de semicondutores e obtiveram um orçamento para grandes quantidades em que cada um custaria poucos centavos.
O baixo custo é importante porque o principal objetivo dos pesquisadores é fornecer conectividade para que qualquer equipamento ou objeto possa ser conectado à internet das coisas.
Esse microradio que como as galenas do passado não utilizam baterias e sim a ondas de rádio terá importante papel na conectividade de outro estudo e pesquisa
; “A Internet das Coisas”.

Sobre este outro tema A mesma Revista Inovação Tecnologia de 06/08/2014 trás uma reportagem sobre o tema.

Wi-Fi sem baterias é nova esperança da Internet das Coisas


[Imagem: Univ. Washington]

Wi-Fi sem baterias
A Internet das Coisas promete muitas funcionalidades, mas o fato é que ninguém quer que cada uma de suas "coisas" tenha uma bateria ou precise ser ligada na tomada.
A saída pode estar em uma nova tecnologia Wi-Fi sem baterias, que acaba de ser desenvolvida por engenheiros da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Mas a tecnologia Wi-Fi está largamente disseminada, dispensando qualquer outro equipamento - é só pegar a "coisa" com capacidade Wi-Fi e ela estará prontamente plugada na internet.
"Se é para que os aparelhos da Internet das Coisas decolem, é preciso fornecer conectividade aos potencialmente bilhões de dispositivos sem bateria que serão incorporados nos objetos do dia-a-dia," afirmou Shyam Gollakota, um dos inventores da nova técnica. "Agora temos a capacidade de conectividade Wi-Fi consumindo ordens de magnitude menos energia do que o Wi-Fi requer normalmente."
Retroespalhamento Wi-Fi
A tecnologia, que se chama retroespalhamento Wi-Fi, usa como fonte de energia os sinais de rádio emitido pelos roteadores sem fio, pelas TVs ou rádios, de forma similar com o que ocorre com as etiquetas RFID.
Uma antena plana tem a função de retirar energia das ondas de radiofrequência do ambiente e rastrear os sinais Wi-Fi.
Para transmitir seus dados, o circuito associado à antena reflete ou não reflete os sinais do roteador, injetando suas informações como pequenas alterações no sinal que está circulando entre o roteador e um computador, tablet ou telefone inteligente.
O software rodando nesses equipamentos detecta as alterações no sinal e filtra os dados da "coisa" conectada - esses equipamentos já precisam fazer essa filtragem já que os sinais Wi-Fi sofrem pequenas alterações o tempo todo, quando batem nas paredes ou nos móveis, por exemplo.
O protótipo comunica-se a uma velocidade de 1 kbps (kilobit por segundo) a uma distância de até 2,1 metros do computador ou roteador.
A equipe afirma que pretende chegar a um alcance de 20 metros e então colocar a tecnologia no mercado.
Voltando mais no tempo sobre a Internet das Coisas, a mesma revista em 28/10/2013 trouxe este outro artigo;

Kit de código aberto para implementação da Internet das Coisas

Redes de sensores e Internet das Coisas
A IBM e a Libelium lançaram um kit de desenvolvimento de código aberto que permite implementar redes de sensores sem se preocupar com a infraestrutura para coletar os dados.
Redes de sensores são consideradas a base da chamada "Internet das Coisas", um conceito que permitirá conectar virtualmente qualquer aparelho à internet.
O kit permite ligar até 60 sensores e começar imediatamente o desenvolvimento dos aplicativos. [Imagem: IBM Research]
Embora os mundos real e virtual já estejam sendo conectados na Europa, a Internet das Coisas não decolou de vez porque é muito complicado instalar sensores que sejam pequenos, baratos e com baixíssimo consumo de energia e ainda fazer com que eles se entendam para que as informações cheguem a uma central de processamento.
Nas redes de sensores, cada sensor só precisa transmitir seus dados para o sensor mais próximo, que se encarrega de transmiti-lo para o seguinte, e assim por diante, até que as informações cheguem à estação coletora.
Sensores podem ser fabricados para qualquer coisa, como monitorar o clima, a presença de pessoas, vagas de um estacionamento, produtos em uma prateleira, o funcionamento de aparelhos etc, permitindo uma multiplicidade de novas aplicações e funcionalidades.
A "Internet das Coisas" permitirá conectar virtualmente qualquer aparelho à internet. [Imagem: IBM Research]
Kit de Iniciação da Internet das Coisas
"O novo Kit de Iniciação da Internet das Coisas integra a plataforma de sensores sem fios da Libelium com o software Mote Runner da IBM e o protocolo 6LoWPAN, que permite que cada sensor ou dispositivo conecte-se diretamente à Internet usando o novo protocolo IPv6," afirma a IBM.
O Mote Runner é uma plataforma de software aberto que permite fazer a conexão dos sensores à rede.
O SDK trabalha com linguagens de alto nível, como Java e C#, e permite usar seis protocolos de comunicação sem fios - Wi-Fi, ZigBee, 802.15.4, Bluetooth, NFC e 3G.
Já a parte do hardware possui um modo de espera no qual os sensores consomem apenas 65uA, "permitindo que a bateria dure anos", segundo a IBM.
O kit permite ligar até 60 sensores e começar imediatamente o desenvolvimento dos aplicativos.
O "SDK Internet das Coisas" inclui também o código fonte das bibliotecas do protocolo 6LoWPAN, permitindo que os programadores modifiquem e adicionem seus próprios algoritmos.
Embora tenha exagerado no título do tema, foi no intuito de mostrar uma forma básica do passado que deu certo, sendo aplicada da mesma maneira nos tempos atuais com muita tecnologia, dinamismo prático e eficiência.
Fontes:
J.A.


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