sábado, 16 de agosto de 2014

Nova teoria do Universo pode ser testada pelo Hubble

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Mais um tema interessante publicado pela Inovação

Tcnológica de 11/08/2014

Impressão artística de uma vista do Sol a partir do Cinturão de Kuiper, onde está localizado o UX25.[Imagem: JHUAPL/SwRI]

Laboratório cósmico
Um candidato a planeta-anão, chamado UX25, e sua 
pequena lua, podem fornecer a primeira evidência 
experimental de um novo modelo cosmológico que 
inclui a antigravidade.
O modelo dispensa conceitos como matéria escura,
 energia escura e inflação cósmica.
A proposta de testar essa nova teoria observando o
 movimento dos dois objetos na borda do sistema 
solar foi anunciada por Alberto Vecchiato e Mario 
Gai, do Observatório Astrofísico de Turim, na Itália.
Em 1915, a ainda desconhecida Teoria Geral da
 Relatividade, de Albert Einstein, recebeu um grande
 impulso de credibilidade quando foi usada para
 explicar uma discrepância na órbita de Mercúrio que
 não poderia ser explicada apenas pela física 
newtoniana.
Agora, quase um século depois, Vecchiato e Gai 
calculam que o UX25 e seu minúsculo satélite - que 
orbitam o Sol no cinturão de Kuiper, além de Netuno
 - podem ser usados como um "laboratório natural" 
para testar esse modelo do Universo - para nós tão 
novo e ambicioso quanto a relatividade pareceu aos
 colegas de Einstein no início do século passado.
Dipolos gravitacionais virtuais
Desenvolvido pelo físico Dragan Hajdukovic, do
 CERN, o modelo - chamado Dipolos Gravitacionais 
Virtuais - é baseado no conceito de que o espaço
 vazio - também conhecido como vácuo quântico - 
não é de todo vazio. Em vez disso, o vácuo quântico
 é formado por "matéria virtual" e partículas de
 antimatéria que constantemente pululam entre a 
A ideia de Hajdukovic é que essas partículas têm 
cargas gravitacionais opostas, semelhantes a cargas
 elétricas positivas e negativas. Ele prevê ainda que,
 na presença de um campo gravitacional, as
 partículas virtuais do vácuo quântico vão gerar um
 campo gravitacional secundário que tem um efeito 
amplificador.
Teoria desenvolvida por físicos brasileiros prevê que a energia do vácuo quântico pode ser "acordada" por uma estrela de nêutrons. [Imagem: NASA/CXC/CfA/P. Slane et al.]
O resultado final é que as galáxias e outros objetos 
parecerão ter campos gravitacionais mais fortes do
 que seria previsto apenas pela massa de suas 
estrelas - uma discrepância que a maioria dos
 astrônomos explica invocando uma substância
 hipotética e misteriosa conhecida como matéria
 escura.
No novo modelo do Universo de Hajdukovic, 
também não há necessidade da energia escura, a 
enigmática força que os cientistas acham que está
 fazendo com que o Universo se expanda em um 
ritmo acelerado - se as partículas virtuais têm cargas
 gravitacionais, então o próprio espaço-tempo possui
 uma pequena carga que faz com que os objetos
 tenham uma repulsão mútua natural.
Sua teoria pode também dispensar a necessidade 
da inflação cósmica, um inchaço instantâneo no 
início do universo, quando o espaço-tempo teria se 
expandido mais rápido do que a velocidade da luz.
Além da relatividade
Hajdukovic já havia sugerido que sua teoria poderia
 ser testada se fosse encontrado um pequeno 
planeta com um satélite, ambos com uma órbita 
elíptica em torno do Sol. O sistema precisa estar 
localizado longe do Sol e outros corpos maciços que
 exerçam forte influência gravitacional.
Agora, Vecchiato e Gai sugerem que o modelo de
 Hajdukovic pode ser testado usando telescópios
 terrestres e espaciais para observar o sistema UX25
 - que está cerca de 43 vezes mais longe do Sol do
 que a Terra.
Até agora, todas as tentativas de encontrar sinais da matéria escura falharam. A busca pela Energia Escura continua. [Imagem: Matt Kapust/SURF]
"As propriedades dos vácuos quânticos descritos na
 teoria de Hajdukovic imporiam uma força 
[gravitacional] adicional sobre o UX25, perturbando
 a órbita do sistema," explicou Vecchiato.
O modelo de Hajdukovic prevê que a "taxa de 
precessão", uma oscilação da pequena lua ao redor 
do planeta-anão, deve ser maior do que é previsto
 pela física clássica.
Enquanto a física newtoniana prevê uma taxa de
precessão de 0,0064 arco-segundo - pequena
 demais para ser observada com os métodos atuais -
 a teoria de Hajdukovic prevê que a taxa de 
precessão deve ser de 0,23 arco-segundo por 
período - algo detectável pelo telescópio espacial
 ainda a ser lançado.
De acordo com Vecchiato e Gai, um grande 
telescópio terrestre, como o VLT (Very Large
 Telescope), no Chile, também pode ser capaz de
 fazer as observações necessárias do UX25.
Quântica cósmica
Evidências observacionais para a teoria de 
Hajdukovic resultariam em uma mudança dramática 
na forma como os astrônomos e astrofísicos 
observam e explicam o Universo, disse Gai.
"A maioria dos cientistas hoje acha que a física 
quântica é restrita ao mundo microscópico... Neste
 caso, o comportamento microscópico natural do
 espaço vazio resultaria em um efeito cumulativo de
 longo alcance atuando até escalas cósmicas,"
 concluiu ele.
Vejam também estes temas correlatos;
 A Inovação Tecnológica - 25/11/2008 apresentou esta
 notícia;

Confirmado: a matéria é resultado de flutuações do vácuo quântico.

A teoria de que a matéria não tem fundações tão 
firmes quanto sugerem termos como "concreto" e
 "sólido" não é tão nova. Mas esta é a primeira vez
 que os cientistas conseguiram demonstrar que a
 matéria se origina de meras flutuações do vácuo
 quântico.
Modelo Padrão da Física
Uma equipe internacional de físicos demonstrou de 
forma conclusiva que o Modelo Padrão da física das
 partículas - a teoria que descreve as interações 
fundamentais das partículas elementares para formar
 toda a matéria visível no universo - explica com 
precisão a massa dos prótons e dos nêutrons.
[Imagem: Forschungszentrum Julich/Seitenplan/NASA/ESA/AURA-Caltech]
"Mais de 99% da massa do universo visível é 
formado por prótons e nêutrons," afirma o estudo,
 publicado na revista Science. "Esses dois tipos de 
partículas são muito mais pesados do que os quarks 
e glúons que as constituem, e o Modelo Padrão da 
física deve explicar essa diferença."
O que faz com que a matéria seja matéria?
Cada próton e cada nêutron é formado por três 
quarks. Ocorre que esses três quarks juntos
 respondem apenas por 1% da massa de todo os 
prótons ou nêutrons. A explicação conclusiva que 
faltava era: Então, o que responde pelo restante da
 massa dessas partículas? Em outras palavras, "O 
que faz com que a matéria seja matéria?"
O Dr. Andreas S. Kronfeld explica que, como os
 núcleos atômicos formam quase todo o peso do
 mundo, e como esses núcleos são compostos de
 partículas chamadas quarks e glúons, "os físicos
 acreditam há muito tempo que a massa do núcleo
 atômico tem sua origem na complicada forma com
 que os glúons se ligam aos quarks, conforme as leis
 da cromodinâmica quântica (QCD - Quantum 
ChromoDynamics)."
Partículas virtuais
Os glúons são uma espécie de "partículas virtuais," 
que surgem e desaparecem de forma aleatória. O
 campo formado por essas partículas virtuais seria 
responsável pela força que une os quarks - a 
chamada força nuclear forte.
Ocorre que, como o número de interações reais e 
virtuais entre quarks e glúons é estimada na casa 
dos trilhões, é incrivelmente difícil, ou até mesmo
impossível, usar as equações da QCD 
(cromodinâmica quântica) para calcular a força 
nuclear forte.
Os pesquisadores então criaram uma nova técnica,
 batizada por eles de Rede QCD, na qual o espaço é
 representado na forma de uma rede discreta de
 pontos, como os pixels de uma tela de computador.
 Este modelo permitiu que os cientistas 
incorporassem toda a física necessária e deu a eles o
 controle das aproximações numéricas e da taxa de 
erros nos cálculos da massa dos hádrons - prótons,
 nêutrons e píons.
A rede QCD reduz toda a complexidade das 
equações virtualmente insolúveis em um conjunto
 de integrais, que puderam ser programadas para
 solução em um programa de computador.
Isto permitiu que, pela primeira vez, os físicos 
incluíssem em seus cálculos as interações quark-
antiquark, uma das maiores complexidades da força 
nuclear forte. Agora, além dos glúons, eles sabem 
que a massa dos quarks-antiquarks se origina da 
flutuação do vácuo quântico.
Diferença entre acreditar e saber
Conforme os pesquisadores, agora é possível 
eliminar a expressão "os físicos acreditam", 
substituindo-a por "os físicos sabem", quando o
 assunto é a QCD.
Segundo o Dr. Kronfeld, os cálculos revelaram que, 
"mesmo se a massa dos quarks for eliminada, o 
massa do núcleo não varia muito, um fenômeno 
algumas vezes chamado de 'massa sem massa'."
Toda a matéria do universo é virtual
A forma como a natureza cria a massa dos quarks é 
um dos assuntos de maior interesse dos físicos que 
irão trabalhar no Grande Colisor de Hádrons, o LHC,,
 que deverá começar a funcionar em 2009.
O LHC vai tentar confirmar experimentalmente a 
existência do chamado campo de Higgs, que explica 
a massa dos quarks individuais, dos elétrons e de 
algumas outras partículas. Ocorre que o campo de 
Higgs também cria a massa a partir das flutuações
 do vácuo quântico.
Ou seja, com a atual confirmação de que a massa 
dos glúons e quarks-antiquarks tem sua origem na 
flutuação do vácuo quântico, se o LHC confirmar a
 existência do campo de Higgs, então a conclusão
 inevitável será de que toda a matéria do universo é 
virtual, originando-se de meras flutuações de
 energia.

A edição da  Inovação Tecnológica - 23/06/2014 complementarmente traz;

Descoberta sobre sinais do Big Bang é contestada

Veja a reportagem original para entender melhor o argumento sobre a detecção das ondas gravitacionais que seriam resquícios da inflação cósmica.[Imagem: Yinweichen/Wikipedia]

Inflação de resultados
Em Março deste ano, uma equipe de astrofísicos
 norte-americanos anunciou ter detectado ondas
 seriam a primeira comprovação experimental da
 inflação cósmica e, além disso, confirmariam uma 
"profunda conexão entre a mecânica quântica e a
 relatividade geral".
Não por acaso, os resultados foram saudados como 
a "descoberta do século".
Mas não demorou muito para que outros 
pesquisadores começassem a apontar falhas no 
método utilizado pelos pesquisadores do 
observatório BICEP2 (Background Imaging of
 Cosmic Extragalactic Polarisation), um 
radiotelescópio instalado no Pólo Sul.
Agora, finalmente o estudo foi publicado em uma 
revista científica, no qual a equipe sustenta seus 
resultados, mas admite que todo o efeito detectado 
pode ser devido à poeira cósmica da nossa própria 
galáxia.
Em Março, a equipe afirmava ter encontrado indícios 
- eles chamaram de "primeira evidência direta" - da 
inflação cósmica, a expansão exponencial do 
Universo que teria ocorrido na primeira fração de
 segundo após o Big Bang.
Esses indícios apareceram na forma de um padrão 
de polarização, chamado "modos-B", na radiação 
cósmica de fundo, que os pesquisadores 
interpretaram como sendo produzido por ondas 
gravitacionais primordiais, ondulações no espaço-
tempo criadas pelo surto de crescimento do 
Universo - veja mais detalhes do mecanismo na 
reportagem:

Uso de dados preliminares
Contudo, dando razão aos críticos, a equipe do
 BICEP2 agora admite que esses padrões de 
polarização podem ter sido gerados pela poeira 
cósmica presente na nossa galáxia - a poeira 
cósmica, restos de estrelas que explodiram e mesmo
 alguns corpos celestes podem polarizar a luz no 
mesmo padrão que eles detectaram.
Todo o argumento inicial começou a ser desmontado
 quando a equipe do telescópio espacial Planck fez
um anúncio preliminar dos seus próprios resultados
 - que se espera serem mais precisos - e mostrou 
que o peso representado pela poeira cósmica na 
geração da polarização era muito maior do que eles 
haviam considerado.
A equipe do Planck não mostrou dados referentes à
 região do céu pesquisada pela equipe do BICEP2,
 que então admitiu ter usado dados de uma 
apresentação em formato pdf feita anteriormente 
pela equipe do Planck durante uma conferência, sem
 ter tido acesso aos dados originais.
Este é o mapa produzido pela equipe do BICEP2, mostrando a polarização de modos-B que seria causada pelas ondas gravitacionais primordiais - agora eles admitem que uma porção ainda incerta dela é produzida pela poeira disseminada pela galáxia. [Imagem: BICEP2 Collaboration]
Sintomaticamente - talvez para ter tempo de revisar 
melhor os dados - a equipe do Planck retirou de sua
 nova apresentação a porção do céu que a equipe do
 BICEP2 usou.
"Embora estes artigos [da equipe do Planck] não 
ofereçam informações definitivas sobre o nível de
 contaminação por poeira em nosso campo [parte do
 céu que a equipe analisou], eles sugerem que a
contaminação pode muito bem ser superior a 
qualquer um dos modelos considerados," escreveu a
 equipe do BICEP2 na versão do seu artigo que
agora foi publicada.
Mensuração da incerteza
De qualquer forma, ainda que a "descoberta" agora 
pareça se transformar em poeira, o estudo está 
longe de perder sua importância, tendo chamado a
 atenção para uma possibilidade real de detecção
 das ondas gravitacionais primordiais.
Com isso, nada menos do que oito experimentos 
estão neste momento fazendo suas próprias 
medições e tentando eliminar as incertezas do
 BICEP2.
A maior expectativa gira em torno dos estudos da
 equipe do Planck, que deverá apresentar seus 
resultados definitivos - incluindo a área estudada
 pelo BICEP2 - em outubro.
A grande pergunta que deverá ser respondida por
estes novos estudos é: Qual o percentual da 
polarização de modos-B detectada pode ser
 atribuído à poeira cósmica?
Somente esse número dirá se a polarização de 
modos-B pode ou não ser considerada indicativa de
 alguma coisa.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberta-sobre-sinais-big-bang-contestada&id=010130140623#.U_ALZ8VdUl8

Teorias estão aí para serem contestadas ou 
confirmadas, não é verdade...
Todos créditos a Revista Inovação Tecnológica estão
 indicados no final de cada uma das matérias.

J.A.

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