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Ao longo do ano passado, vínhamos
alertando desta possibilidade seguindo três fatores principais;
O primeiro se
referia a seca que ocasionava uma disponibilidade menor de geração hídrica nas
principais bacias de rios nacionais.
A segunda se tratava no baixo investimento
para mudar a característica da matriz energética.
A terceira no crescimento da
demanda.
Pois no dia 19/01/2015 o tão
temido apagão chegou.
Segundo as primeiras
informações, por volta das 14h30min um pico de demanda chegou muito perto da
sobrecarga do sistema. O Operador Nacional mandou algumas Distribuidoras
diminuírem o fornecimento e então como um efeito cascata uma série de estados
tiveram apagões.
Dados do G1 – Da Rede Globo;
Corte
de energia afeta estados do Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste
SP, RJ, ES, MG, PR, RS, SC,
GO, DF, MS, MT e RO ficaram sem luz.
Redução na energia foi feita a pedido do Operador Nacional do Sistema.
Redução na energia foi feita a pedido do Operador Nacional do Sistema.
Distribuidoras de
energia em estados das regiões Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste disseram que
reduziram o fornecimento de luz na tarde desta segunda (19) após uma orientação
do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o órgão
responsável pela gestão de energia no país.
Em São Paulo, passageiros
do Metrô tiveram que caminhar pelos túneis por causa da interrupção da
circulação dos trens após o corte de energia.
O G1 confirmou, até o momento, que houve
falta de luz em São Paulo ,
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás,
Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Por volta das
18h40, o ONS divulgou nota em que informa ter havido "restrições na
transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste" que
"aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na
freqüência elétrica".
O ONS também
disse que adotou "medidas operativas em conjunto com os agentes
distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, impactando menos de 5%
da carga do Sistema".
Nesta terça (20),
às 14h30, haverá uma reunião "com os agentes envolvidos para analisar a
ocorrência", segundo o órgão.
A TV
Globo apurou que
o corte determinado pelo ONS foi de 3.000 MW em todo o país - isso representa
8% de tudo que é gerado de energia.
Momento crítico
O sistema elétrico brasileiro enfrenta um momento crítico por conta da falta de chuvas. Na região Sudeste, uma das maiores responsáveis pela geração de energia no país, os reservatórios das usinas hidrelétricas estão com 19% de sua capacidade, quando o esperado era no mínimo de 40%.
O sistema elétrico brasileiro enfrenta um momento crítico por conta da falta de chuvas. Na região Sudeste, uma das maiores responsáveis pela geração de energia no país, os reservatórios das usinas hidrelétricas estão com 19% de sua capacidade, quando o esperado era no mínimo de 40%.
Para o
especialista em
energia Adriano Pires , diretor do Centro Brasileiro de
Infraestrutura (CBIE), o que aconteceu pode ser classificado como racionamento
forçado por geração insuficiente ou estrutura de transmissão insuficiente para
atender a demanda (leia a entrevista).
A usina nuclear
de Angra 1 também foi desligada.
A ação é automática e acontece toda vez que há oscilação de energia na área da
usina. O desligamento não ofereceu riscos, segundo comunicado da gestora da
usina.
Veja mais abaixo
a situação em cada estado atingido:
Cartaz informa que a
circulação nos trens da Linha 4 Amarela em São Paulo foi interrompida pela falta de energia
(Foto: Fernando Zamora/Futura Press/Estadão Conteúdo)
São Paulo
Segundo a Eletropaulo, a energia distribuída para São Paulo foi reduzida em 700 megawatts. A empresa disse que a totalidade da carga de energia distribuída foi restabelecida às 15h50, também por orientação do ONS.
Segundo a Eletropaulo, a energia distribuída para São Paulo foi reduzida em 700 megawatts. A empresa disse que a totalidade da carga de energia distribuída foi restabelecida às 15h50, também por orientação do ONS.
As estações República
e Luz da Linha 4-Amarela foram fechadas porque, segundo a ViaQuatro, empresa
que administra a linha, houve um problema de alimentação de energia elétrica na
região da Estação da Luz. Não há confirmação se isso ocorreu após o pedido do
ONS.
Movimentação na estação
República do Metrô de São Paulo (Foto: André Lucas Almeida/Futura Press/Estadão
Conteúdo)
Durante a redução
da carga, anunciada pela Eletropaulo por volta das 15h20, houve relatos de
falta energia em alguns bairros de São Paulo, como Campo Belo, Campos Elíseos,
Santa Cecília, Pinheiros e Vila Mariana. A queda de energia durou cerca de meia
hora.
Rio de Janeiro
A Light informou que alguns bairros da cidade sofreram corte de energia. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Light, a partir de uma determinação do ONS. A Ampla, que também atende o estado, também confirmou que houve corte. Segundo as duas concessionárias, às 16h a energia já estava totalmente restabelecida.
A Light informou que alguns bairros da cidade sofreram corte de energia. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Light, a partir de uma determinação do ONS. A Ampla, que também atende o estado, também confirmou que houve corte. Segundo as duas concessionárias, às 16h a energia já estava totalmente restabelecida.
De acordo com a
Ampla, o corte de 100 megawatts de energia distribuída teve início às 14h55 e
foi encerrado às 15h55. Foram afetados 180 mil pessoas em 13 municípios da área
de concessão da companhia, que atende no total, cerca de 2,8 milhões de
clientes residenciais, comerciais e industriais em 66 cidades – 73% do estado
do Rio de Janeiro.
A Light, que
atende a capital, não informou os bairros e quantas pessoas foram afetadas até
as 17h.
Minas
Gerais
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), responsável pela distribuição de energia na maioria das cidades mineiras, confirmou que recebeu recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão federal responsável pela gestão de energia no país, para reduzir o fornecimento de luz.
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), responsável pela distribuição de energia na maioria das cidades mineiras, confirmou que recebeu recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão federal responsável pela gestão de energia no país, para reduzir o fornecimento de luz.
Porém, a empresa
ainda não divulgou quais os municípios foram afetados pelo corte. Ainda de
acordo com a Cemig, não há informações sobre apagões em Belo Horizonte e na
Região Metropolitana da capital.
Espírito
Santo
O fornecimento de energia elétrica ficou prejudicado em oito municípios do Espírito Santo. De acordo com a distribuidora Escelsa, parte dos municípios de Piúma, Alegre, Cachoeiro de Itapemirim, Marataízes, Presidente Kennedy, João Neiva, Barra de São Francisco e Pinheiros foram afetados. O fornecimento da energia elétrica já foi normalizado nessas áreas, após a liberação do ONS, segundo a empresa.
O fornecimento de energia elétrica ficou prejudicado em oito municípios do Espírito Santo. De acordo com a distribuidora Escelsa, parte dos municípios de Piúma, Alegre, Cachoeiro de Itapemirim, Marataízes, Presidente Kennedy, João Neiva, Barra de São Francisco e Pinheiros foram afetados. O fornecimento da energia elétrica já foi normalizado nessas áreas, após a liberação do ONS, segundo a empresa.
Paraná
No Paraná, houve corte no fornecimento de energia na tarde desta segunda-feira (19) em alguns municípios, de acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). Não havia confirmação, porém, de quantas pessoas ou quais cidades foram atingidas, até as 16h30.
No Paraná, houve corte no fornecimento de energia na tarde desta segunda-feira (19) em alguns municípios, de acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). Não havia confirmação, porém, de quantas pessoas ou quais cidades foram atingidas, até as 16h30.
A Copel estima
que quase 6% das unidades consumidoras (entre casas e indústrias) do estado
tiveram algum tipo de problema durante a tarde. O problema, diz a Copel, foi
rápido. A luz já havia sido retomada em boa parte dos locais atingidos, por
volta das 16h30, ainda conforme a Companhia.
Rio Grande do Sul
Pelo menos 115 mil clientes ficaram sem luz em várias regiões do estado. Segundo a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), pelo menos 100 mil pontos na área da empresa ficaram sem luz por cerca de 50 minutos entre 15h e 16h. A empresa reduziu a energia distribuída em 100 megawatts (MW).
Pelo menos 115 mil clientes ficaram sem luz em várias regiões do estado. Segundo a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), pelo menos 100 mil pontos na área da empresa ficaram sem luz por cerca de 50 minutos entre 15h e 16h. A empresa reduziu a energia distribuída em 100 megawatts (MW).
Santa Catarina
No estado, o corte foi de 150 megawatts, equivalente a 3,7% da demanda. Conforme a Celesc, o corte ocorre com o desligamento de 41 alimentadores e atinge cerca de 140 mil unidades consumidoras. A distribuidora ainda não mapeou os municípios que terão redução de carga e se o corte engloba estabelecimentos industriais, comerciais ou residências.
No estado, o corte foi de 150 megawatts, equivalente a 3,7% da demanda. Conforme a Celesc, o corte ocorre com o desligamento de 41 alimentadores e atinge cerca de 140 mil unidades consumidoras. A distribuidora ainda não mapeou os municípios que terão redução de carga e se o corte engloba estabelecimentos industriais, comerciais ou residências.
Às 18h45, havia
12.084 consumidores sem energia elétrica no estado.
Goiás
Segundo a Companhia Energética de Goiás (Celg), a energia distribuída para Goiás "sofreu um corte manual em cerca de 200 megawatts e afetou várias regiões do estado, inclusive parte de Goiânia", por volta das 15h. A companhia não informou o número de clientes atingidos, mas adiantou que começou a restabelecer o serviço às 16h, e que aguarda novas informações do ONS.
Segundo a Companhia Energética de Goiás (Celg), a energia distribuída para Goiás "sofreu um corte manual em cerca de 200 megawatts e afetou várias regiões do estado, inclusive parte de Goiânia", por volta das 15h. A companhia não informou o número de clientes atingidos, mas adiantou que começou a restabelecer o serviço às 16h, e que aguarda novas informações do ONS.
Em Goiânia, a queda de energia foi registrada
principalmente nos bairros da região sul, onde semáforos apagaram e deixaram o
trânsito tumultuado em algumas avenidas.
Distrito Federal
No DF, a CEB informou que desligou oito subestações de energia elétrica. A interrupção teve início às 15h nas unidades de Samambaia Oeste, Brazlândia, PAD/DF, Planaltina, São José, Vale do Amanhecer, São Sebastião e Sobradinho.
No DF, a CEB informou que desligou oito subestações de energia elétrica. A interrupção teve início às 15h nas unidades de Samambaia Oeste, Brazlândia, PAD/DF, Planaltina, São José, Vale do Amanhecer, São Sebastião e Sobradinho.
Segundo a
companhia, às 15h40, o fornecimento havia sido restabelecido, exceto na PAD/DF
e em São José. A
CEB informou que o ONS solicitou a redução de 113 megawatts. O fornecimento foi
interrompido em 157 mil unidades consumidoras, o equivalente a 16% do total
atendido pela distribuidora, que é de 980 mil.
Mato Grosso
As Centrais Elétricas de Mato Grosso (Cemat), empresa concessionária da distribuição de energia no estado, informou que cerca de 150 mil clientes em 11 municípios sofreram interrupções no fornecimento de eletricidade no início da tarde desta segunda-feira (19).
As Centrais Elétricas de Mato Grosso (Cemat), empresa concessionária da distribuição de energia no estado, informou que cerca de 150 mil clientes em 11 municípios sofreram interrupções no fornecimento de eletricidade no início da tarde desta segunda-feira (19).
De acordo com
nota emitida pela Cemat, os cortes afetaram clientes das cidades de Cuiabá,
Várzea Grande (na região metropolitana da capital), Rondonópolis, Campo Verde,
Nova Mutum, Juara, Tangará da Serra, Alta Floresta, Paranaíta, Nova Monte Verde
e Juruena.
Os cortes no fornecimento de energia foram realizados exatamente entre 13h55 e 14h26, gerando interrupções médias de 33 minutos aos clientes.
Os cortes no fornecimento de energia foram realizados exatamente entre 13h55 e 14h26, gerando interrupções médias de 33 minutos aos clientes.
Mato Grosso do
Sul
O fornecimento de energia elétrica foi suspenso em três municípios do estado atendidos pela Elektro, empresa do Grupo Iberdrola.
O fornecimento de energia elétrica foi suspenso em três municípios do estado atendidos pela Elektro, empresa do Grupo Iberdrola.
Em nota, a
concessionária afirmou que a interrupção foi parcial e durou 45 minutos em Três Lagoas ,
Brasilândia e Santa Rita do Pardo.
Rondônia
Seis municípios de Rondônia tiveram o fornecimento de energia suspenso temporariamente nesta segunda-feira (19), entre 13h e 13h40 (horário local, uma hora a menos em relação a Brasília).
Seis municípios de Rondônia tiveram o fornecimento de energia suspenso temporariamente nesta segunda-feira (19), entre 13h e 13h40 (horário local, uma hora a menos em relação a Brasília).
Alguns pontos da
capital Porto Velho e das cidades de Vilhena e Espigão D'Oeste ficaram sem luz
por cerca de meia hora. Já em
Pimenta Bueno , a interrupção durou aproximadamente 15
minutos. Os municípios que tiveram a maior interrupção, por 39 minutos, foram
Ji-Paraná e Rolim de Moura.
A “ONS” soltou este boletim
sobre o Fato ocorrido, artigo em PDF abaixo.
A Jornalista Miriam Leitão comentou no Bom
Dia Brasil da Rede Globo;
Com a colaboração de San
Andreas do Papo Cabeça – Adrenaline que pinçou esta situação;
Sala de Controle do CNOS (Brasília) - Sede
do ONS.
Na imagem abaixo a freqüência está em 59,98 Hz, muito próximo de 60 Hz. No apagão a freqüência chegou a perigosos 59 Hz.
O objetivo do ONS é garantir a confiabilidade e estabilidade do sistema elétrico interligado nacional.
Na imagem abaixo a freqüência está em 59,98 Hz, muito próximo de 60 Hz. No apagão a freqüência chegou a perigosos 59 Hz.
O objetivo do ONS é garantir a confiabilidade e estabilidade do sistema elétrico interligado nacional.
Um mapa do sistema interligado
atual;
Capacidade de geração entre
os subsistemas;
Quando a freqüência cai no
sistema interligado (potencia ativa) já é um sinal de sobrecarga. Isso forçara
que as usinas que estão fornecendo um percentual de carga, atinjam sua
capacidade de fornecimento máxima e até, sobre cargas eventuais, desconectando-se
do sistema. Como disse o professor Ildo Sauer, o ONS gerou um apagão menor para
não deixar entrar em colapso o todo, mostrando um ponto de fragilidade.
O Discurso da Presidenta
Dilma que baixaria tarifas e melhoraria o sistema não se confirmou ao
contrario, voltamos a algo muito próximo do que ocorreu no tempo de FHC. Um
exagero é claro, as condições atuais são melhores que naquele tempo. O governo
errou não deu ouvidos aos especialistas que alertavam e preferiu ouvir seus políticos e
acabamos chegando a esta situação.
A condição climática
continua desfavorável, a previsão é que chova
abaixo das médias históricas na região Sudeste e Nordeste, portanto um cenário
preocupante se imaginarmos que a partir de Abril/2015 termina a estação das chuvas.
Fonte;
INPE/CEPTEC;
Ainda bem, lamentavelmente, que estamos numa
atividade econômica praticamente estagnada com a Indústria em crescimento
negativo caso contrario estaríamos numa situação bem pior.
Fonte:
O País conta, atualmente, com 201 usinas em funcionamento, produzindo
84.169.838 kW por hora (kW/h).
Mas só o Pará acrescentará
ao sistema ao final de 2015 considerando o cumprimento do cronograma inclusive
das linhas de transmissão, teremos;
UHE de Belo Monte no Rio Xingu, UHE de São Manoel, no Rio Tele Pires,
mais de 21 milhões de kW/h, representando quase 22% do total gerado no País.
Teremos vários parques
eólicos a serem inaugurados, mas como sabemos nem sempre as obras de
transmissão acompanham implantação do complexo sem contar que é um tipo de
energia complementar.
A Usina Nuclear Angra 3 (Dentro da Região Sudeste) que poderia injetar no sistema 1.405 MW
tem suas obras atrasadas e com indícios de superfaturamento segundo o TCU a sua
previsão passou para 2018 ou mais.
Outros
empreendimentos continuam inclusive de biomassa estão previstos, mas são
sistemas similares aos eólicos comentados acima.
Usinas PPH e Usinas menores de
geração hídrica estão também neste rumo.
A verdade é que o governo vai ter que arrumar soluções rápidas para a retomada do crescimento do país e investimento maior no setor. A previsão anterior da
Eletrobrás
era de investir
R$14,1 bi em 2015.
Por enquanto oremos!
Fontes: