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Pois amigos a pouco tempo,
uma reportagem em rede nacional falava de uma barragem e rio cheios em plena
seca. Tratava-se de uma reportagem sobre Ilha Solteira no interior paulista.
http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/tem-noticias-2edicao/videos/t/edicoes/v/estiagem-em-ilha-solteira-e-pereira-barreto-chega-a-130-dias/6937342/
Semanas depois uma outra
reportagem do Fantástico fala de Três Gargantas na China e a navegabilidade do
rio Yang-tsé.
http://www.naoviu.com.br/fantastico-mostra-usina-tres-gargantas-maior-do-mundo-menos-producao/
O que tem em comum e
diferentes de outras estes dois sistemas. A diferença esta que a
navegabilidade, a hidrovia tem importância tão grande como a geração.
Um lago artificial para
geração hídrica tem a função de armazenar água de forma que a geração possa ser
constante mesmo nos períodos de seca. Elas regulam a vazão dos rios tornando-os
perenes, diminuindo riscos de inundações e secas depois das barragens.
Como efeito conseqüente pode
trazer formas de outros negócios para aquela determinada região como; criação
de peixes, turismo e laser entre outros.
Agora o que vimos nestes casos,
uma outra função foi adicionado mais prioritário, talvez, que a geração. Nos
referimos a hidrovia em cujo transporte de carga barato é um meio importante de
baratear custos, trazer outras formas de riquezas e investimento para determinada
região.
A Hidrovia Paraná – Tiete;
Hidrovia
Tietê-Paraná é
uma via de navegação situada entre as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, que permite a navegação e
consequentemente o transporte de cargas e de passageiros ao longo dos
rios Paraná e Tietê. Um sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos
desníveis das muitas represas existentes nos dois rios. Possui uma
extensão de 2,4 mil quilômetros, sendo 1,6 mil no Rio Paraná e a Hidrovia Tietê - Paraná é uma via de navegação situada entre a Região sul, sudeste e centro- oeste do Brasil, que permite a
navegação e consequentemente o transporte de cargas e de passageiros ao longo
dos rios Paraná e Tietê. Um sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos
desníveis das muitas represas existentes nos dois rios.
É uma via
muito importante para o escoamento da produção agrícola dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais. A hidrovia movimentou dois
milhões de toneladas de carga no ano de 2001. Possui doze terminais
portuários, distribuídos em uma área de 76 milhões de hectares. A
entrada em operação desta hidrovia impulsionou a implantação de 23 pólos
industriais, 17 pólos turísticos e 12 pólos de distribuição. Gerou
aproximadamente 4 mil empregos diretos.
Somente a
hidrovia do Paraná movimentou, em 2010, mais de 3,7 milhões de toneladas de
cargas. A hidrovia Tietê-Paraná, em 2013, movimentou cerca de 6,3 milhões
de toneladas de carga, sendo a previsão para 2017 no valor de 7 milhões de toneladas.
Foi
a segunda hidrovia brasileira em quantidade de carga, sendo superada apenas
pela quantidade transportada na bacia amazônica,
que foi de cerca de 9,8 milhões de toneladas.
A
implantação e a manutenção da hidrovia e todas ações que se referem à
sua infra-estrutura, com exceção das do rio Tietê (que estão a cargo do Departamento Hidroviário do estado de São Paulo),
estão a cargo da Administração das Hidrovias do Paraná AHRANA (órgão da
sociedade de economia mista federal vinculada ao Ministério dos Transportes,
Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP) .
Canal de Navegação da Eclusa de Nova
Avanhandava.
Extensão:
A hidrovia permite a navegabilidade no rio
Piracicaba, desde o
encontro com o rio Tietê até 22 km
a montante, no rio Tietê, desde a cidade paulista de Conchas até o encontro do Tietê com o
Paraná, numa extensão de 554 km ,
no rio
Paranaíba, desde a base
da barragem da Usina de São Simão até
ao encontro com o rio Paraná, numa extensão de 180 km , no rio Grande, desde a base da barragem da Usina
Hidrelétrica de Água Vermelha até ao encontro do rio Grande com o rio Paraná,
numa extensão de 59 km ,
no rio Paraná desde o encontro dos rios Grande e Parnaíba, até a barragem
da Usina Hidrelétrica de Itaipu, numa extensão de 800 km e no canal
Pereira Barreto, que
liga a barragem Três Irmãos da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, no rio Tietê,
ao rio
São José dos Dourados, afluente da margem esquerda do
rio Paraná,
no Estado de São Paulo, numa extensão de 53 km .
Ampliação:
Em 2012 foi
iniciado um trabalho de ampliação e melhoria da hidrovia, com benfeitorias
orçadas em R$ 1,5 bilhão, com um convênio firmado entre o governo do estado de
São Paulo e o governo federal. O objetivo era modernizar e ampliar a navegação
na hidrovia, no trecho paulista. Deste montante, R$ 900 milhões foram
provenientes do PAC 2 e R$ 600 milhões do governo do estado. O pacote
contemplou a construção da barragem de Santa Maria da Serra,
ampliando a navegação em 55 km ,
até o distrito de Ártemis e
a extensão de 200 km
entre os municípios de Anhembi e Salto, com a
construção de cinco barragens.
Em 2011, a hidrovia movimentou
5,8 milhões de toneladas de cargas como milhos, soja, cana e areia. Em 2012 o
sistema movimentou mais de 6,0 milhões de toneladas de cargas.
Para o início
do transporte de etanol no trecho São Simão no
estado de Goiás a Anhembi no estado de São Paulo
pela hidrovia, o estaleiro Rio Tiete iniciou a construção em 2011, na cidade
de Araçatuba, de oitenta barcaças e vinte
empurradores fluviais, para a Transpetro, operadora do sistema. O
projeto prevê o transporte neste trecho de cerca de quatro bilhões de litros
por ano, equivalendo 40 000 viagens de caminhão.
Em janeiro
de 2016, sua extensão total era de 2,4 mil quilômetros, sendo 1,6 mil no Rio
Paraná e 800
quilômetros no Rio Tietê.
Traçado da Hidrovia :
km
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Descrição
|
Local
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km 0
|
Início do trecho navegável
|
|
km X
|
Barragem
da Penha (sem eclusa)
|
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km X
|
Trecho navegável de
|
|
km X
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Barragem
de Edgar de Souza (sem eclusa)
|
|
km X
|
Barragem
de Pirapora do Bom Jesus (sem eclusa)
|
|
km X
|
Corredeiras (trecho não-navegável)
|
|
km X
|
Passagem por cidade
|
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km 120
|
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km 180
|
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km 252
|
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km 357
|
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km 406
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2 Eclusas na Barragem
de Nova Avanhandava
|
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km 545
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2 Eclusas na Barragem Três Irmãos
|
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km 863
|
Conexão com o Rio Paraná
|
No Rio Paraná
A
Administração da Hidrovia do Paraná, dividiu a extensão navegável do rio Paraná
em 4 trechos:
·
O
Trecho I da Hidrovia está situado entre a Usina
Hidrelétrica de Itaipu, na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, e a entrada do Canal de Navegação, sob
a Ponte Rodoviária Ayrton Senna, nas proximidades da cidade de Guaíra, Paraná, apresentando profundidades que variam
entre 10 metros
e 180 metros ,
com extensão de 170 km .
Este trecho fica na região de fronteira entre o Brasil (estado do Paraná) e
o Paraguai.
·
O
Trecho II, com extensão de 245 km ,
estende-se desde o Canal de Navegação sob a Ponte Rodoviária Ayrton Senna até a
UHE Eng.° Sérgio Motta (Porto Primavera). Este trecho está localizado na divisa
dos estados de Paraná e São Paulo com o estado do Mato Grosso do Sul
·
O
Trecho III, com extensão de 270 km
e totalmente situado no reservatório da UHE de Eng.° Sérgio Motta, na divisa
dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Neste trecho o Paraná passa
pelas cidades de Presidente Epitácio e Panorama e
recebe as águas do Rio Pardo (trecho
III-A), onde possui um trecho navegável de 33 km no Mato Grosso do
Sul. O Trecho IV, com extensão de 225 km , apresenta boas condições de
navegação desde a foz do Rio São José dos
Dourados até o Complexo Portuário de São Simão (Goiás),
com o percurso de 55 km
no Rio Paraná, 170 km
no Rio Paranaíba e
80 km
no Rio Grande (trecho IV-A). Este trecho fica nas divisas dos estados de São
Paulo e Minas Gerais, com
mato Grosso do Sul.
Quem regula o trecho
navegável dos rios em questão é a UE Ilha Solteira. O ONS (Operador Nacional)
Informou que Ilha Solteira esta gerando abaixo de suas capacidade para
permitir que o lago e toda a hidrovia fiquem navegáveis. flexibilizando a cota mínima de 325,40 metros no lago
da UHE de Ilha Solteira, fixada no edital de licitação da hidrelétrica ainda em
2017.
Desta formas uma Usina com 20 Geradores com
capacidade total de geral 3.444
Megawatt-hora é diminuída para privilegiar a navegabilidade da hidrovia.
Para finalizar, podemos
dizer que as duas hidroelétricas em que nos referimos , têm duas funções
principais; “gerarem energia e manter a navegabilidade de suas hidrovia”.
Quando chove muito nos seus rios ela aumenta a potencia gerada podendo em
situações extremadas até abrir seus vertedouros, no entanto, quando esta em período
de secas ou de baixa vazão de seus rios, elas reduzem a potencia gerada para
não prejudicar a hidrovia.
Fontes:
J.A.