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Refrigeração quase passiva é possível ?
Pois a revista Eletrônica Inovação Digital trouxe um interessante artigo a este respeito.
O título diz :
Está pronto ar-condicionado que manda calor para o espaço
Com informações da New Scientist - 15/12/2016.
Eu disse quase passiva poque ,teremos que ter
dispositivos para fazer o vácuo no ambiente refrigerado
inicialmente, vejam...
Refrigeração passiva
Em 2014, uma equipe da Universidade de Stanford, nos
EUA, lançou uma ideia que, a princípio, parecia boa
demais para ser verdade: enviar calor para o espaço,
eliminando a necessidade de consumir energia para a
refrigeração em geral - sistemas de ar-condicionado,
geladeiras, etc.
Logo depois eles demonstraram que essa técnica
de resfriamento passivo funciona para valer, aplicando-a
em pequena escala em uma célula solar.
O emissor termal, que envia o calor para o espaço, é transparente e está sobre o quadrado preto no centro da imagem. [Imagem: Zhen Chen]
Agora a coisa está esfriando ainda mais: Zhen Chen e
seus colegas construíram um emissor termal - um
dispositivo capaz de liberar mais calor do que recebe - que
atinge uma temperatura 42,2º C abaixo da temperatura do
ambiente onde ele é colocado.
"Para atingir um resfriamento de alto desempenho, a
chave é acoplar qualquer objeto que você queira resfriar
com o espaço exterior e desacoplá-lo do meio ambiente
ao seu redor," disse Chen, lembrando que os -270 °C do
espaço além da atmosfera podem funcionar como um
dissipador de calor excepcional para qualquer aplicação
terrestre.
Enviar calor para o espaço
A atmosfera da Terra permite que a radiação térmica de
comprimentos de onda entre 8 e 13 micrômetros passe
direto através dela rumo ao espaço exterior, mas a maioria
dos objetos libera calor em comprimentos de onda
diferentes.
Assim, Chen projetou um emissor termal de modo que a
maior parte do calor que ele emite caia na faixa precisa da
radiação térmica que a atmosfera deixa passar, o que
significa que, em um dia limpo, o calor sairá dele direto
para o espaço, sem qualquer absorção ou reflexão pelo ar.
Para os testes, o emissor foi colocado em uma câmara de
vácuo, de forma a isolá-lo completamente da atmosfera e
eliminar virtualmente qualquer transferência de calor por
condução ou por convecção. Uma janela especialmente
projetada em cima da câmara de vácuo, voltada para uma
porção clara do céu, completou o arranjo experimental.
Meia hora depois de o ar ter sido bombeado da câmara, a
temperatura do emissor caiu 40 °C abaixo da temperatura
ambiente - muito abaixo do ponto de congelamento da
água. Ao longo das primeiras 24 horas, ele manteve uma
média de 37 °C abaixo da temperatura local, alcançando
um pico de resfriamento de 42,2 °C.
Configuração do experimento. [Imagem: Zhen Chen et al. - 10.1038/ncomms13729]
Refrigeração espacial
A vocação natural desta tecnologia de "refrigeração
espacial" está na complementação dos sistemas de ar-
condicionado instalados no topo dos edifícios e centros
comerciais. Ela não conseguirá substituir totalmente os
sistemas alimentados por eletricidade porque só funciona
em dias claros - basta o dia ficar nublado para que o efeito
cesse quase completamente.
A equipe, que já criou uma empresa para comercializar o
resfriamento passivo, espera também encontrar um
material mais barato do que o seleneto de zinco utilizado
para construir o emissor termal, que é muito bom em gerar
radiação termal nos comprimentos de onda precisos, mas
é caro.
Além disso, poucas aplicações vão exigir o desempenho
dramático obtido na demonstração, que reduz a
temperatura bem abaixo da temperatura de congelamento
mesmo em regiões muito quentes.
Fonte :
J.A.